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Comercio Exterior- O PAPEL DA DISTÂNCIA GEOGRÁFICA E LOGÍSTICA NAS EXPORTAÇÕES de Veículos (HS Code 87) da Bélgica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
CSE-CNM DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
CNM7220 – COMÉRCIO EXTERIOR
PROF. FERNANDO SEABRA 
ALUNO: HERÁCLIO COSTA DA SILVA JUNIOR 
TRABALHO DE PESQUISA 1
O PAPEL DA DISTÂNCIA GEOGRÁFICA E LOGÍSTICA NAS EXPORTAÇÕES
Florianópolis
2016
Introdução
O sistema gravitacional de comércio leva em conta diversos fatores entre as trocas de dois países, como o PIB, distância geográfica, população, tamanho do país e similaridade cultural. Em forma de equação, o sistema busca mostrar a probabilidade de ocorrer comércio entre determinados países ou explicar porque eles ocorrem, e a frequência com que ocorrem.
O modelo de Uppsala trata da forma como ocorre a internacionalização de firmas, tendo como ponto de partida fatores cultural. Propondo que há a internacionalização gradual da firma, conforme ela adquire conhecimento sobre a cultura e o funcionamento do mercado no qual ela está se inserindo.
Inicialmente, o trabalho traz dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos principais importadores de Veículos HS Code “87” do país da Bélgica, dentre os principais produtos que esse país exporta ao mundo. Também a distancia geográfica em milhas náuticas, entre o Porto de Antuérpia, principal porto da Bélgica, e os principais portos de seus parceiros comerciais, dando preferencia aqueles que tem menor distancia de Antuérpia.
 Em seguida, há a o papel determinante que a geografia tem no comércio internacional. Através do sistema gravitacional de comércio e do modelo de Uppsala é possível saber o quão impactante ela é e de que forma influencia.
Também será apresentado o indicador logístico “Logistics Performance Index LPI)” dos países importadores, que indica quais países tem o melhor facilitação, fluxo de comércio para uma melhor logística interna do país.
2. Revisão Teórica
2.1 Modelos Gravitacional de Comércio
Apresentando uma análise empírica dos padrões internacionais de comércio, o sistema gravitacional de comércio segue o princípio básico da teoria da atração gravitacional de Isaac Newton (1642-1727). Timberger (1962) e Poyhonen (1963) deram início a teoria, apontando que o comércio entre dois países é proporcional as suas massas (PIB) e inversamente proporcional a sua distância (custos de comércio). 
O tamanho da economia é fator determinante, segundo este modelo, pois quanto maior o PIB do país, mais recursos ele terá para poder realizar atividades comerciais com outros países. Os custos de comércio são de igual importância, porque mesmo que o país tenha uma forte economia, ele não importará em grande quantidade caso haja dificuldade na chegada de produtos. Distância conta muito, mas o que mais pode gerar empecilhos numa negociação são as barreiras tarifárias e barreiras não tarifárias e altas taxas de importação.
O sistema começou a ganhar uma face mais elaborada a partir das pesquisas de Deardoff (1997), que começou a relacionar o modelo gravitacional com o modelo de Heckscher-Ohlin. Este modelo prevê que um determinado país irá explorar e exportar mais produtos que dependem da matéria-prima que dispõe em seu território e irá importar aquilo que lhe mais carece.
Assim, além das variáveis iniciais, PIB e custo de comércio, foram adicionadas à equação a população e o tamanho do país, com a justificativa de que representam os recursos naturais. Outro fator adicionado posteriormente foi a similaridade entre culturas. Este fator leva em conta o idioma, que quanto mais parecidos, mais fácil se torna a interação dos países; e os hábitos e costumes, que aumentam as chances de aprovação do produto negociado.
2.2 Modelo de Uppsala
Modelo de internacionalização de Uppsala foi proposto pela primeira vez em 1977 por Jan Johanson e Jan-Erik Vahlne. Indo além das teorias econômicas, como pouquíssimos estudos da época, e abrangendo também a teoria do comportamento organizacional. O modelo adotava variáveis comportamentais, culturais, ambientes externos, estrutura organizacional, entre outros.
Baseando-se na forma como as empresas nórdicas realizavam seus processos de internacionalização, Johanson e Vahlne identificaram algumas diferenças entre as empresas internacionais de países que possuem grande mercado interno para as empresas internacionais de países que possuem pequeno mercado interno. As primeiras tem mais facilidade em crescer, pois o país lhe dá margem para fazer isso internamente, e só depois de grandes buscam internacionalizar o capital e a marca. A segunda não encontra o mesmo ambiente favorável no próprio país e vê na internacionalização uma forma de conseguir continuar se desenvolvendo.
As empresas estudadas por Johanson e Vahlne são de origem nórdica, mais precisamente da Suécia, país com mercado doméstico relativamente pequeno. Portanto, para essas firmas internacionalizar se torna mais importante e mais fácil de se observar. Dessa forma, puderam concluir que a distância psíquica é determinante no sucesso e no avanço das negociações.
A distância psíquica, segundo Johanson e Vahlne representa “soma dos fatores que interferiam no fluxo de informação entre países”. Entre os fatores estão o idioma, cultura e experiência no mercado alvo. Por consequência, a medida que a empresa adquire conhecimento do mercado estrangeiro ela consegue desenvolver sua internacionalização.
Modelo de Uppsala de 1977:
Em 2009, Johanson e Vahlne mudaram um pouco o foco de sua tese, deixando a distância psíquica um pouco de lado e abrindo espaço para as redes de relacionamentos. Estas são responsáveis por facilitar a internacionalização, de modo que as empresas não dependam mais somente das próprias experiências, podendo aprender a partir das experiências compartilhadas na rede.
Análise Comparativa
3.1 Exportação de Veículos automóveis, tratores da Bélgica
A moderna economia de mercado da Bélgica é beneficiada pela localização geográfica privilegiada do país na Europa, por uma rede de transportes bastante desenvolvida, e por uma base industrial e comercial diversificada. Com poucos recursos naturais, o país importa grandes quantidades de matérias primas e exportam principalmente manufaturados. O resultado é uma economia bastante dependente dos mercados mundiais. 
Seus principais produtos exportados são máquinas e equipamentos, produtos químicos, diamantes finalizados e alimentos processados. E os principais produtos industrializados produzidos são produtos de metal, equipamentos de transporte, instrumentos científicos, motores de veículos, produtos químicos e alimentos processados.
A Bélgica tem como sua principal exportação em 2015 os Produtos Farmacêuticos, os veículos e trator vêm em segundo, seu Harmonized System Codes (HS Code) é “87”, que tem como seus principais importadores o Reino Unido, Alemanha, França e Holanda. Sua exportação de veículos no ano de 2015 ao total soma uma conta de US$ 41,4 Bilhões. Esta entrada fornece o valor total em dólares dos EUA às exportações de mercadorias em um CIF (custo, seguro e frete) ou FOB (Free on board). Este valor é calculado a taxa de câmbio corrente, e não em paridade de poder aquisitivo (PPP). 
Sua exportação ao total em 2015 foi de US$ 281,7 bilhões e sua importação no mesmo ano foi de US$ 280,3 bilhões, e a importação de veículos foi de US$ 42,5 bilhões. Isso mostra o quão importante são as exportações em comparação com as importações, e vice-versa, pois geralmente o país exporta uma quantia para poder importar a mesma, tendo assim uma dependência muito grande com o comercio exterior.
Os dez tipos de mercadorias mais exportados da Bélgica para o Mundo em 2015:
3.2 PIB dos países importadores
O PIB (Produto Interno Bruto) engloba o valor da produção de bens e serviços em USD das economias analisadas durante determinado período, este tem grande influência para o comércio exterior, ao dar uma dimensão do tamanho da economia. No gráfico logo abaixo temos a relação entre a exportação total de bens da Bélgicapara cada país destino e o produto entre seus PIBs. 
Nota-se que os principais países parceiros econômico da Bélgica são Europeus, no caso das importações de veículos produzido na Bélgica, com exceção dos EUA que como tem um PIB gigantesco ainda influencia a demanda por essa mercadoria. No caso quando se trata no total de produtos importado da Bélgico pelo Mundo no geral fica evidente como a Economia do país destino cobre a demanda pelos produtos, como no caso dos países emergente da China e Índia
Gráfico dos dez países que mais importaram mercadorias da Bélgica em 2015:
3.3 Indicador de distância
Distâncias geográficas entre a Bélgica e os 10 principais países para onde este país exporta:
Mostra-se importante salientar que as distâncias geográficas  tornam o comércio com países mais distantes  mais custoso e ineficiente, no caso da Bélgica, há uma predominância  de países europeus como principais importadores, 9 dos 10 países se encontram na Europa, dada a facilidade e fluxo comercial com diferentes meios de transporte e uma proximidade entre os países no continente, em conjunto com acordos e tratados comerciais entre os países pertencentes a EU. No entanto, economias sólidas e fortes como a estadunidense, apesar da distância ser extensa em relação a Bélgica e o custo de transporte ser dispendioso, ainda assim estão presente no mercado Belga.
3.4 Índice de Desempenho Logístico
O Índice de Desempenho Logística é uma ferramenta criada para ajudar os países a identificar os desafios e oportunidades que enfrentam no seu desempenho logístico de comércio, e o que podem fazer para melhorar o seu desempenho. O LPI é baseado em uma pesquisa mundial de operadores no chão (transitórios global e transporte expresso), fornecendo feedback sobre o comercio e a logística básica dos países em que operam. O feedback dos operadores é complementado com dados quantitativos sobre o desempenho dos principais componentes da cadeia logística no país de trabalho.
O LPI consiste, portanto, de medidas qualitativas e quantitativas e ajuda a construir perfis logísticos para esses países. Mostra os problemas e avanços em questão de logística, avaliando esses países em diversos quesitos que envolvem as transações internacionais: tarifário, avaliando a eficiência e facilidade das tramitações alfandegárias; infraestrutura, avaliando a qualidade dos serviços de transporte e infraestrutura; a qualidade e competência dos serviços de logística; a possibilidade de acompanhamento via rastreamento dos produtos; e o cumprimento de prazos nas entregas.
4. Análise Final
O modelo gravitacional de comércio tem como seus pilares características que, de fato, influenciam no comércio mundial. Contudo, se analisarmos as variáveis que compõem sua equação separadamente concluímos que a investigação não se concretiza de maneira perfeita, haja vista que em certas ocasiões o fator agravante pode ser o tamanho dos PIBs, a distância geográfica ou até mesmo a distância cultural e elas devem ser analisadas conjuntamente. A aplicação do modelo gravitacional demonstra que em certas ocasiões a teoria falha em explicar o porque do comércio entre algumas nações que apresentam características peculiares. Depreende-se, também, que o capital, nessa caso o PIB tem um poder de influência no comércio que se sobressai diante dos outros fatores que movem as relações comerciais.
O determinante do LPI é fundamental para observar como os principais parceiros comerciais da Bélgica são os países europeus, que tem os maiores índice mundial, tendo uma melhores serviços como infraestrutura, legislação e networking, etc. Contando com a distancia geográfica, que como dito antes diminui custos de transações e facilita a troca de informações.
Dados gerais:
	Países Importadores
	Valore de exportação
	PIB do país de destino
	Distancia Geográfica (milhas náuticas)
	Índice de Desempenho Logístico
	United Kingdom
	8965
	2849
	465
	4,07
	Germany
	6676
	3357
	359
	4,23
	France
	5273
	2421
	252
	3,9
	Netherlands
	3995
	738
	179
	4,19
	Sweden
	1949
	493
	597
	4,2
	USA
	1324
	17947
	3388
	3,99
	Italy
	1229
	1815
	2248
	3,76
	Poland
	1142
	474
	966
	3,43
	Luxembourg
	1055
	57
	0
	4,22
	Spain
	890
	1199
	753
	3,73
5. Referências Bibliográficas
Bélgica Exportações. Disponível em: <http://www.indexmundi.com/pt/belgica/exportacoes.html> Acesso em 24 ago. 2016
Economia da Bélgica. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/paises/belgica/economia_belgica.htm>. Acesso em 24 ago. 2016
HOFSTEDE, Geert. Cultural Insights - The Hofstede Centre. Disponível em: <https://www.geert-hofstede.com/> . Acesso em: 22 ago. 2016
INTERNATIONAL LPI GLOBAL RANKING. Disponível em: <http://lpi.worldbank.org/international/global>. Acesso em: 25 ago. 2016
International Trade in Goods based on UN Comtrade. Disponível em: <http://comtrade.un.org/labs/BIS-trade-in-goods> . Acesso em: 23 ago. 2016
PAISES E PRINCIPAIS PORTOS. Disponível em: <http://www.nslbrasil.com/unidades-de-conversao/> . Acesso em: 23 ago. 2016
SEA DISTANCES / PORT DISTANCES - Online tool for calculation distances between sea ports. Disponível em: <http://www.sea-distances.org/> . Acesso em: 23 ago. 2016
SOUZA, Maurício Jorge Pinto de; BURNQUIST, Heloisa Lee. Impactos da facilitação de comércio: evidências do modelo gravitacional. Scientifc Eletronic Library Online. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20032011000400005> . Acesso em: 23 ago. 2016
World GDP Ranking 2015 | Data and Charts. Disponível em: <http://pt.knoema.com/nwnfkne/world-gdp-ranking-2015-data-and-charts> . Acesso em: 24 ago. 2016
Harmonized System Codes (HS Code) 87 - VEHICLES OTHER THAN RAILWAY OR TRAMWAY ROLLING STOCK. Disponível em: <http://www.foreign-trade.com/reference/hscode.cfm?cat=14>. Acesso em 24 ago. 2016

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