Educação integradora de saberes

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
Licenciatura em Pedagogia EAD
ELBA FRANCISCA DOS SANTOS RU 1065341
EVANNILSON FERREIRA DE SOUZA RU 1069224
VALQUIRA LIMA DE SOUSA RU 1062258
 ROSÂNGELA FREITAS DE LIMA RU 952817
Portfólio Gestão Educacional II
 Educação integradora de saberes
CAMAÇARI-BA
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
Pedagogia EAD
ELBA FRANCISCA DOS SANTOS RU 1065345
EVANNILSON FERREIRA DE SOUZA RU 1069224
VALQUIRA LIMA DE SOUSA RU 1062258
 ROSÂNGELA FREITAS DE LIMA RU 952817
Portfólio Gestão Educacional II
Educação integradora de saberes
Portfólio: Educação Integradora de Saberes, atendendo as exigências da UTA- Gestão Educacional II, do curso licenciatura em Pedagogia a distância da Faculdade UNINTER. Tutor local: Tauana Lima Dias
CAMAÇARI-BA
2016
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO	4
1.1 Conceito de Educação Integral	4
1.2 Educação Integral como direito à Aprendizagem	5
1.3 Educação Integral e Escola de Tempo	6
2. OS QUATRO PILARES DE UMA EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI	7
3.0 EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADORA DE SABERES	8
4.0 PARÓDIA- (Lulu Santos - Assim Caminha A Humanidade)	10
5.0 CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS	12
1.0 INTRODUÇÃO
 1.1 Conceito de Educação Integral	
 A educação é por definição integral na medida em que deve atender a todas as dimensões do desenvolvimento humano e se dá como processo ao longo de toda a vida. Assim, educação integral não é uma modalidade de educação, mas sua própria definição.
De acordo com ZEN E OLIVEIRA (2013) para educar um indivíduo é preciso envolver e articular diversos outros indivíduos, tempos e espaços. Afinal, somos todos sujeitos completos, totais, com as mais diversas características, necessidades e possibilidades de aprendizagem ao longo da vida.
A educação integral reconhece oportunidades educativas que vão além dos conteúdos compartimentados do currículo tradicional e compreende a vida como um grande percurso de aprendizado e reconhece a própria como uma grande, permanente e fluída escola.
A educação integral fundamenta o Projeto Integrador deve estar na essência de um modelo que tem como objetivo a formação humana integral e integrada, considerando os conhecimentos advindos da natureza, do trabalho, da tecnologia, da ciência e da cultura, a prática integradora, a exemplo do projeto integrador, é fortalecida no contexto de um currículo integrado, aquele que prima por uma formação integral para o ser humano.
A escola de tempo integral implica considerar a questão da variável tempo e espaço, e a ampliação da jornada escolar. Colocada como o próprio espaço da escola, como o continente dessa extensão de tempo. Variáveis essas que estão longe de se constituírem neutras, segundo Viñao-Frago: 
 [...] esses lugares e tempos são determinados e determinam uns ou outros modos de ensino e aprendizagem. [...] Em síntese, o espaço e o tempo escolares não só conformam o clima e a cultura das instituições educativas, mas também educam (VIÑAO-FRAGO, p. 99, trad. dos autores, apud Pessanha; Daniel e Menegazzo,: 2004, p. 65).
 Segundo HENRIQUE & NASCIMENTO (2015), a educação integral e o desenvolvimento de uma escola em tempo integral implica em um compromisso com a educação pública que extrapole interesses políticos partidários imediatos; que se engaje politicamente numa perspectiva de desenvolvimento de uma escola pública que cumpra com sua função social, propiciando às crianças e jovens conhecer o mundo em que vivem e compreender as suas contradições, o que lhes possibilitará a sua apropriação e transformação.
 1.2 Educação Integral como direito à Aprendizagem 
As crianças precisam ser formadas em atitudes e valores que caminhem para construção de sua personalidade, uma preocupação com o coletivo em geral, mas é necessário que as atividades sejam integradas com os conteúdos escolares tradicionais.
Uma proposta de Educação em Tempo Integral precisa ser bem estruturada e organizada, caso contrário, corre o risco de representar mais uma sobrecarga de trabalho para os profissionais da educação e também uma atividade cansativa para os alunos. 
Segundo Ramos (2008), só faz sentido pensar na ampliação da jornada escolar, ou seja, na implantação de escolas de tempo integral, se considerar uma concepção de educação integral com a perspectiva de que o horário expandido represente uma ampliação de oportunidades e situações que promovam aprendizagens significativas e emancipadoras. 
Os estabelecimentos privados de ensino já oferecem atividades extracurriculares em seu contra turno, funcionando como uma jornada escolar expandida. , muitas famílias compõem, para seus filhos, uma agenda de investimentos educativos, oferecendo uma suplementação do horário escolar, com atividades de aprendizagem, por meio de cursos de idiomas, práticas de atividades físicas, esportes diversificados, cursos artísticos etc. 
De acordo com Nicolescu (1999), é preciso repensar o ensino das instituições privada, na lógica de mercado, a educação oferecida concorre, por sua clientela, com outras instituições similares na oferta de um produto melhor, em termos de uma política pública de educação, a concepção de educação integral também incorpora a ideia de uma oferta maior de oportunidades complementares de formação e enriquecimento curricular, como direito de aprendizagem das novas gerações, independentemente da lógica perversa de mercado que determina que o acesso se define por quem pode pagar mais. 
1.3 Educação Integral e Escola de Tempo 
Uma das principais metas do Plano Nacional da Educação é a ampliação da jornada escolar para um período mínimo de sete horas. Embora se trate de uma prática comum em países desenvolvidos, ela pode não significar uma melhoria automática do sistema educacional brasileiro. 
Segundo Ramos (2008), a ampliação do tempo não significa necessariamente a Educação Integral, é necessário ter o cuidado de trabalhar uma Educação Integral que persiga a formação e o desenvolvimento humano mais amplo e múltiplo possível, sem esquecer a base do currículo. Faz-se necessário atentar para o aspecto legal da lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional, que traz em seus objetivos a formação integral do indivíduo e o regime para facilitar a execução e o seu alcance. 
É desnecessário aumentar o tempo, até porque, se você aumentar o tempo de funcionamento de uma escola em que as condições são muito precárias, você está aumentando o tempo de uma aprendizagem precária, e não resolve. É importante ressaltar o caráter educativo do espaço-tempo escolar, algumas discussões a respeito da extensão do tempo, para o desenvolvimento das aprendizagens de crianças e jovens, consideram, prioritariamente, outros espaços educativos, além da escola. 
Associados à proposta de ampliação de tempo, precisamos visar, ainda, à ressignificação e ampliação de espaços e tempos escolares, de modo a oportunizar a aprendizagem do educando-cidadão em suas múltiplas dimensões e na perspectiva da sustentabilidade humana, da cidadania, dos direitos humanos e do respeito à diversidade. 
2. OS QUATRO PILARES DE UMA EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI 
O livro Educação: um Tesouro a Descobrir, sob a coordenação de Jacques Delors, aborda de forma bastante didática e com muita propriedade os quatro pilares de uma educação para o século XXI, associando-os e identificando-os com algumas máximas da Pedagogia prospectiva, e subsidia o trabalho de pessoas comprometidas a buscar uma educação de qualidade. 
Jacques Delors (1998) cita: “À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússolaque permite navegar através dele”.
Segundo Delors, a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares do conhecimento: 
Aprender a conhecer - Indica o interesse, a abertura para o conhecimento, que verdadeiramente liberta da ignorância; 
Aprender a fazer - Mostra a coragem de executar, de correr riscos, de errar mesmo na busca de acertar; 
Aprender a conviver - Traz o desafio da convivência que apresenta o respeito a todos e o exercício de fraternidade como caminho do entendimento; e, finalmente, 
Aprender a ser - Talvez, seja o mais importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver.
Os pilares são quatro, e os saberes e as competências a se adquirir são apresentados, aparentemente, divididos. Essas quatro vias não podem, no entanto, dissociar-se por estarem imbricadas, constituindo interação com o fim único de uma formação holística do indivíduo.
Jacques Delors (1998) aponta como principal consequência da sociedade do conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida, fundamentada em quatro pilares, que são, concomitantemente, do conhecimento e da formação continuada.
Uma educação fundamentada nos quatro pilares acima elencados sugere alguns procedimentos didáticos que lhe seja condizente, como:
Relacionar o tema com a experiência do estudante e de outros personagens do contexto social;
Desenvolver a pedagogia da pergunta (Paulo Freire e Antonio Faundez, Por uma Pedagogia da Pergunta, Editora Paz e Terra, 1985);
Proporcionar uma relação dialógica com o estudante;
Envolver o estudante num processo que conduz a resultados, conclusões ou compromissos com a prática;
Oferecer um processo de auto-aprendizagem e co-responsabilidade no processo de aprendizagem;
Utilizar o jogo pedagógico com o princípio de construir o texto.
3.0 EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADORA DE SABERES
 As práticas integradoras são assim denominadas porque mobiliza a integração entre sujeitos, saberes e instituições. Elas podem ocorrer em diversos níveis e envolvendo uma diversidade de elementos, de forma a propiciar a existência de uma rede de relações de saberes, o que se pode identificar como rede epistêmica. 
A necessidade de religar os saberes traduziu-se pelo surgimento, na metade do século XX, diz respeito ao estudo de um objeto por várias disciplinas ao mesmo tempo, o ser humano, como objeto de estudo, por exemplo, pode ser analisado, entre outras ciências, sob a ótica da biologia, da antropologia ou da psicologia. 
De acordo com Jacques Delors (1998), a rede epistêmica é caracterizada pela efetiva relação entre noções, conceitos e paradigmas que se articulam entre si para a compreensão de uma dada realidade, os docentes são cotidianamente desafiados às práticas pedagógicas que visem à integração ou ao diálogo entre diferentes disciplinas, cursos, áreas de conhecimento e instituições, como processo pedagógico.
 A educação Integral prevê práticas não dicotomizadas, que reconhecem a importância do saber formal e não formal, a construção de relações democráticas entre pessoas e grupos, imprescindíveis à formação humana, valorizam os saberes prévios, as múltiplas diferenças e semelhanças e fazem de todos nós sujeitos históricos e sociais. 
Não podemos negar o fortalecimento desse campo de conhecimento pelas pesquisas realizadas, sua sistematização e divulgação no meio acadêmico, no entanto, no âmbito das práticas docentes, notamos grande resistência da maioria dos professores por adotar iniciativas pedagógicas que promovam o diálogo interdisciplinar entre os saberes. 
O Projeto Político-Pedagógico e os projetos de cursos do Ensino Médio Integrado e das Licenciaturas que oferta, mantém a proposta do Projeto Integrador como possibilidade oficial de integração de saberes. 
O Projeto Integrador se apresenta como oportunidade para o desenvolvimento de práticas integradoras entre disciplinas e cursos, fortalecendo a concepção de currículo integrado que visa à formação humana integral dos sujeitos. 
Para ZABELLA 2002 essa discussão para o âmbito escolar, não se pode esquecer que, na escola, qualquer decisão que se tome, consciente ou inconscientemente, tem por base a concepção de ser humano que se quer formar e o modelo de sociedade que se pretende. Em consequência, caso se pretenda formar um sujeito que compreenda a realidade e nela atue, é necessário que se eduque para a complexidade.
4.0 PARÓDIA- (Lulu Santos - Assim Caminha A Humanidade)
Assim Caminha a Educação
Vivemos em uma Sociedade
Dotados de Especialidades;
Com suas Organizações
Que nascem , crescem, aprende a educar
Mas nem sempre foi assim...
Tanto pra vc....quanto pra mim....
Um Hospital, Uma Escolaaa
Uma criança pra estudar...
Assim anda educação
Em passos de formiga ...sem pressão
Não vou dizer que é tão bom...
Também não é ruim assim...
Apenas quero mais educação dentro da instituição
Quero um professor e uma lição
Mas nem sempre foi assim
Até o século 17, melhorou as diretrizes da nossa educação
 Vou dizer que foi é tão bom...
Revolução na Educação....
Revolução na educação...
5.0 CONCLUSÃO
 O presente trabalho possibilita-nos ampliar reflexões a respeito das práticas integradoras e sobre as modalidades de materialização dessas no âmbito das ações pedagógicas, reconhecemos aqui o esforço dos profissionais da educação envolvidos na materialização de práticas integradoras. 
 Notamos que através de ações que viabilizam o diálogo entre saberes no interior de uma mesma disciplina ou entre disciplinas de áreas de conhecimento diferente a interação percebe proveitosa. A experiência aponta que a adoção da escola de tempo integral é a melhor solução para se garantir uma aprendizagem plena e dinâmica, pois o aluno é motivado continuamente e as escolas de tempo integral significam escolas com insumos integrais.
Sabemos que não tem sido fácil para muitos professores se envolverem ou promoverem esse tipo de integração por vários motivos, pois os docentes não recebem formação específica para o desenvolvimento de práticas integradoras, as instituições de ensino/educação não organizam o currículo e a jornada de trabalho dos professores e alunos de forma a oportunizar a vivência de tais práticas, não há disposição pessoal de professores em promoverem ações dessa natureza, pois alegam ser mais complexo o planejamento e a execução dessas ações. 
De acordo com MORIN (2000), as escolas de tempo integral é a melhor solução para a elevação dos níveis de aprendizagem do aluno, sobretudo daquele que vive em um ambiente doméstico de privação cultural. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de conhecimento e que tem sido objeto de preocupação constante de quem ensina deverá dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se e pesquisar, ter raciocínio lógico, fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autônomo; enfim, ser socialmente competente.
Não adianta a jornada ser ampliada se o aluno pensar separadamente: de manhã aula regular e, à tarde, atividades de Educação Integral, ou vice-versa. Não são dois mundos separados, e o professor tem um papel importantíssimo de fazer esta articulação.
 REFERÊNCIAS
HENRIQUE & NASCIMENTO. Conhecimento e transdisciplinaridade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015. 
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação futuro. São Paulo: Cortez, 2000. 
 NICOLESCU, Basarab. O Manifesto da Transdisciplinaridade. São Paulo: Triom, 1999. 
 ZABALLA. Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. São Paulo: Artmed, 2002. 
ZEN, Eliezér Toretta; OLIVEIRA, Edna Castro de. O projeto integrador e a centralidade do trabalho para a formação humana no programa de integração da educação profissional, 2013.
DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortezo 1998. p. 89-102.
Leia mais:
“Tendências para Educação Integral”, desenvolvida peloCenpec, cita experiências de vários estados brasileiros. Documento disponível no link http://www.direitosdacrianca.org.br/midiateca/publicacoes/tendencias-para-educacao-integral