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PORTFÓLIO PEQUENAS AÇÕES, GRANDES RESULTADOS NO CONTEXTO ESCOLAR.

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PEQUENAS AÇÕES, GRANDES RESULTADOS NO CONTEXTO ESCOLAR.
Ajasio Paulino da SILVEIRA
UNINTER 
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo descrever um relato de experiência no qual o ambiente escolar tenha usado de práticas sustentáveis para contribuir com uma conscientização sobre a preservação do meio ambiente, práticas sustentáveis e como essas experiências podem influenciar no dia a dia de alunos e pessoas como eu e você para uma sociedade mais consciente de como é importante praticar atividades interescolares e extracurriculares com os alunos da atualidade. Pode-se perceber por este relato que pequenas ações podem resultar em grandes resultados na vida desses alunos, pais e professores.
Palavras-chave: Práticas sustentáveis. Conscientização. Meio Ambiente. 
Neste presente relato de experiência estarei transmitindo minha experiência no âmbito escolar, minhas impressões e posição sobre o tema de práticas sustentáveis dentro da escola, como isso me afetou como pessoa e como esse tema é de suma importância a ser abordado e praticado nas escolas da atualidade. O objetivo deste relato é posicionar o leitor quanto a isso, quanto a práticas sustentáveis dentro das escolas e como isso influencia positivamente a vida dos alunos como cidadão consciente. Não se pode esquecer que o mundo está cada vez mais preocupado com o meio ambiente e sua preservação e para que tenhamos um mundo melhor e mais sustentável precisamos começar a conscientizar dentro da escola, para que quando esses alunos se formarem, tenham uma consciência maior dessa importância, e queiram ser exemplos para seus filhos, tornando assim uma sociedade preocupada com o meio em que vive.
	Na época em que eu estava no ensino fundamental, que é quando começamos a ter uma percepção melhor atualmente sobre o meio ambiente – a educação ambiental ainda era um assunto muito desconhecido, era raro ter profissionais interessados a estudar o meio ambiente, ir a campo e passar esse conhecimento a diante, visto que antigamente o meio ambiente não era levado tão a sério como os dias atuais, não haviam materiais suficiente a serem estudados, tudo ainda era desconhecido, portanto, cresci em uma escola que não tinha essa preocupação em passar uma conscientização sobre o meio ambiente, não haviam práticas sustentáveis no âmbito escolar e nem experiência em campo como muito é trabalhado atualmente. A escola dos anos 70 passava por momentos políticos turbulentos em que a ditadura era dominante e esse detalhe não era ainda observado com bons olhos. Eu e mais milhares de alunos crescemos tendo aulas de geografia que visava o estudo da história do Brasil e suas lindas paisagens. Então, segundo Vlach (2004), “Sua presença ocorria por meio da história do Brasil e da língua nacional, cujos textos eram dedicados à descrição   do seu imenso território com ênfase para suas dimensões e belezas naturais”.
Neste contexto, podemos perceber que os alunos dos 70 cresceram sem ter uma consciência mais efetiva sobre a preservação do meio ambiente, sobre a sustentabilidade que ainda era uma prática desconhecida e talvez por essa falta de conscientização ao longo dos anos viemos degradando o nosso planeta de tal forma que muito já não dá para se reconstruir. Não tínhamos essa preocupação em preservar o meio ambiente, na escola o tema não era muito citado. Segundo McCormick (1992), “Finalmente, no início de 1970, 300 mil americanos participaram do Dia da Terra, a maior manifestação ambientalista do planeta e que foi o ápice do começo da discursão meio ambiente, a partir de então começou a sofrer uma transformação, dando origem à Revolução Ambientalista norte-americana”. Logo após isso, segundo Carvalho (2003), “Em 1972, aconteceu a Conferência das Nações Unidas, que reuniu 113 nações em Estocolmo para discutir problemas do meio ambiente”. Contudo, referente a educação ambiental nas escolas da época, ainda era muito cru para colocar isso dentro de uma sala de aula, era uma questão mais política do que educacional, não viam necessidade de colocar essa conscientização dentro da sala de aula para alunos ainda em fase de crescimento. Talvez por isso a sociedade demorou tanto para ver a importância dessas práticas dentro do âmbito escolar. Posso dizer que a consciência de preservação do meio ambiente em minha vida se deu mais por meio da televisão, das propagandas, jornais, depois de muitos anos, hoje sou sim um cidadão consciente e que se preocupa com o meio ambiente.
Em contrapartida, meus filhos tiveram essa experiência que não tive, a época era outra, as grades curriculares das escolas introduziram essa conscientização da preservação do meio ambiente e eles cresceram em uma escola que se preocupava muito em conscientizá-los, em formar cidadãos preocupados com o meio ambiente, posso dizer que eles têm uma consciência muito mais ampla que a minha pelo fato de terem vivenciado isso em seu dia a dia na escola. Eles estudaram em escolas particulares e públicas em que a preocupação com o meio ambiente é prioridade, lá criaram um sistema de reciclagem do lixo, desenvolveram projetos de reutilização do lixo reciclado, desenvolveram programas para plantação de árvores na cidade, lá há uma vivencia com práticas sustentáveis, eles tantos outros alunos Uberlandenses visitaram os parques Siquierolli, Gávea, Santa Luzia e Linear do Rio Uberabinha; ETA Sucupira; e Galpão de triagem de resíduos sólidos, essas visitas eram como tours ambientais para despertar o interesse em preservar o meio ambiente; apresentavam teatros ao longo dos anos com educação ambiental, nos quais pais e familiares eram convidados para assistir, isso incentivava muito os alunos e pais a se preocuparem mais com o meio em que viviam; faziam feira ambiental, para exporem seus conhecimentos adquiridos sobre o meio ambiente em sala de aula e fora dela; havia o cultivo de sementes para auxiliar na promoção de mudanças de hábitos dos alunos e pais; entre outros muitos projetos implantados dentro da escola para despertar nos alunos essa conscientização que hoje vemos muito dentro das escolas. Isso tudo é muito importante para o desenvolvimento dos alunos como um ser humano consciente, antenado em práticas sustentáveis e com certeza com um senso de responsabilidade ambiental muito amplo. A sustentabilidade na escola é muito importante, não se pode esquecer que vivemos em um mundo onde o meio ambiente é degradado a todo o momento mesmo quando não estamos cientes deste fato, por isso os professores são de suma importância neste contexto.
	Vejo como aluno, pai, ser humano, pessoa, cidadão e futuro professor que o professor é de suma importância nessa introdução de práticas sustentáveis dentro da escola, ele não pode ser apenas um mero transmissor de conhecimento para seus alunos, mas também tem de ser um exemplo para eles, se entregar como cidadão consciente, querer fazer seu melhor e transmitir essa vontade de fazer a diferença para seus alunos, o seu papel tem de ser como um motivador, aquele que motiva seus alunos a quererem mudar o mundo com seus conhecimentos e práticas adquiridos dentro e fora da sala de aula. Além da teoria passada dentro da sala de aula o educador deve implantar ações sustentáveis práticas, que tem como objetivo criar uma responsabilidade e hábitos em seus alunos para ações atuais e futuras, nos quais os mesmos possam passar isso atualmente para familiares e amigos e posteriormente para seus filhos e netos, fazendo assim uma corrente de conscientização e responsabilidade. O educador tende a querer seus alunos quietos e parados, neste contexto da educação ambiental, ele como educador tem que abrir a mente e deixar que os alunos se libertem no meio ambiente, quando vai fazer uma visita a um parque por exemplo, o aluno deve sim se movimentar, é daí que surgem perguntas e questionamentos sobre o passeio, o meio ambiente em que se vivencia esta experiência e sua sensibilidade com este meio. O professor é um exemplo a ser seguido, quando ele sai em uma visita e colhe uma flor, ou uma sementede uma árvore o aluno olha e pensa ser o correto, achando que pode fazer o mesmo, por isso é muito importante que o professor se mantenha ético naquilo que está fazendo, tendo consciência que como um exemplo ele deve fazer a coisa certa, dar o exemplo certo, tudo deve se partir dele para poder passar isso para seus alunos. Barros (2000, p. 99) afirma que o aprendizado experiencial só é efetivo por meio de uma reflexão que integre a nova experiência às experiências vivenciadas no passado, justificando tal afirmativa pela necessidade de “dar um tempo” para que as pessoas reflitam sobre o que viram, sentiram e pensaram durante o evento.
Em suma, posso concluir que uma educação de qualidade atualmente envolve muito mais que aula bem elaborada, conteúdos programáticos de programas de aprendizado. Para se colocar em prática a conscientização da preservação do meio ambiente deve-se implantar práticas sustentáveis, desenvolver programas de responsabilidade ambiental, desenvolver projetos com os alunos para que se conscientizem sobre o meio ambiente. Antigamente não havia essa consciência da importância de implantar isso em sala de aula e essa experiência ou não experiência me atingiu, pois, vivi em uma época onde ia para escola e não via nada sobre a preservação do meio ambiente, contudo meus filhos puderam vivenciar tais experiências e pude ver um pouco ao longe o quanto tudo isso é importante para a formação do aluno como cidadão consciente. É isso que este trabalho representa para mim, um relato real de uma época diferente da que vivemos hoje em dia. Tudo melhorou com o decorrer dos anos e o que espero para o futuro como futuro professor é poder fazer a diferença com meus alunos, espero um dia se lembrarem que fiz a diferença na vida deles, que fui um exemplo, que fui um motivador de um cidadão consciente. O educador é o exemplo a ser seguido por seus alunos, portanto, sejam um exemplo aos seus, para que eles possam segui-lo e admirá-lo sendo instrumentos de outras gerações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Maria Isabel Amando de. Outdoor education: uma alternativa para a educação ambiental através do turismo de aventura. In: SERRANO, Célia. A educação pelas pedras: ecoturismo e educação ambiental. São Paulo: Chronos, 2000. p.85-110.
CARVALHO, Isabel .M. Os sentidos de “ambiental”: a contribuição da hermenêutica à pedagogia da complexidade. In: LEFF, Enrique..(Coord.). A Complexidade ambiental. Tradução de Eliete Wolff. São Paulo: Cortez, 2003. p. 99-120.
McCORMICK, J. Rumo ao paraíso: a história do movimento ambientalista. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1992.
VLACH, V. R. F. O ensino de Geografia no Brasil: uma perspectiva histórica. In:
VESENTINI, J. W. (org.). O ensino de Geografia no século XXI. Campinas: Papirus, 2004, p.187-217.

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