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cap 11 hidroponia

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Universidade Federal de Roraima 
Centro de Ciências Agrárias 
Departamento de Solos e 
Engenharia Agrícola 
Nutrição de Plantas – AGR 061 
 
Hidroponia – O Cultivo Sem Solo 
 
Prof. Dr. Armando J. Silva 
Conceito 
 
 Palavra formada por dois radicais gregos: 
 
 Hydros = Água 
 Ponos = Trabalho 
 Literalmente portanto, significa trabalho com água ou em 
água. 
 
 O conceito agronômico: 
 
 “técnica de cultivar plantas sem solo, onde as raízes 
recebem uma solução nutritiva balanceada que contém 
água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento 
da planta. 
 
 Na hidroponia as raízes podem estar suspensas em meio liquido 
(NFT) ou apoiadas em substrato inerte (areia lavada, 
vermiculita, etc.)”. 
Uma breve história da hidroponia 
 
 W. F. Gericke – Primeiro a usar a palavra hidroponia – década 
de 20 do século XX. 
 
 O Crescimento de plantas em solução nutritiva contudo, 
começou bem antes... 
 
 Experimentos clássicos com plantas crescendo em solução 
nutritiva foram executados pelos cientistas alemães Sacks, em 
1860 e Knop, entre 1861 e 1865. 
 
 Estes experimentos foram pioneiros no estabelecimento do 
que chamamos “ELEMENTOS ESSENCIAIS”. 
 
 Cientistas nos Estados Unidos, Europa e Japão aprimoraram as 
técnicas de hidroponia entre 1930 e 1940, refinando nossos 
conhecimentos sobre crescimento hidropônicos. 
Uma breve história da hidroponia 
 
 As forças armadas americanas usaram culturas hidropônicas para 
produzir alimentos frescos para as tropas nas ilhas inférteis do 
oceano pacífico, durante a segunda guerra mundial. 
 
 A partir de 1950 começaram a surgir fazendas hidropônicas 
viáveis comercialmente em todo o mundo. 
 
 No início dos anos 90 (século XX) culturas hidropônicas 
comerciais de verduras, frutas (principalmente morango) e flores 
aumentaram extensivamente em numerosos países. 
Sistemas Hidropônicos 
 
 Os diferentes sistemas hidropônicos podem ser classificados em 
abertos e fechados, dependendo da forma como a solução 
nutritiva circula: 
 
 Nos sistemas abertos, a solução nutritiva não retorna ao 
reservatório e, após irrigar as plantas, ela é dispensada. 
 
 Nos sistemas fechados, a solução nutritiva é bombeada 
para os canais de cultivo e, após irrigar as plantas, é 
drenada de volta para o reservatório. 
Sistemas Hidropônicos 
 
 Os sistemas hidropônicos podem também ser classificados de 
acordo com o número de fases: 
 
 Sistema bifásico: possui uma fase líquida (solução nutritiva) 
e uma fase gasosa que é o ar misturado à solução pelo 
turbilhonamento da solução em movimento – Exemplo: 
sistema NFT. 
 
 Sistema trífásico – Formado pelas fases líquida, gasosa e 
sólida. Neste sistema, a fase sólida é banhada pela fase 
líquida e possui poros que retêm a fase gasosa. Exemplos 
de fases sólidas (substratos inertes orgânicos ou mineais): 
turfa, areia, cascalho, lã mineral, espumas sintéticas, argila 
expandida, entre outros). 
Sistemas Hidropônicos 
 
 No geral, os sistemas fechados e abertos podem ser de dois 
tipos: 
 
 Cultura em água – nutrientes são dissolvidos em água, 
entrando em contato com as raízes. 
 
 Cultura em substratos estéreis (agregados) – Também os 
nutrientes são dissolvidos em água, mas as raízes crescem 
em meio sólido o qual deve permitir boa retenção de água 
e aeração. 
Sistemas Hidropônicos 
 
As Vantagens do Cultivo em água 
 
 No geral, as vantagens do cultivo em água são: 
 
 Baixo custo de implantação; 
 Facilidade de operação e de esterilização do sistema, após 
cada cultivo; 
 Facilidade de automação; 
 Facilidade de manejo; 
 Economia de fertilizantes em relação ao cultivo no solo ou 
aos sistemas abertos. 
Sistemas Hidropônicos 
 
As Desvantagens do Cultivo em água 
 
 No geral, as desvantagens do cultivo em água são: 
 
 Dificuldades de fazer reparos no sistema durante o cultivo, 
pois as plantas não podem ficar sem água por muito tempo; 
 Má exaustão dos gases produzidos durante o metabolismo 
das plantas – exemplo: acúmulo de etileno que produz a 
morte das raízes; 
 Envelhecimento precoce das plantas devido ao acúmulo de 
etileno nos canais de cultivo; 
 Deficiência de oxigênio e menor disponibilidade de 
nutrientes nos canais de cultivo muito longos; 
 Fácil disseminação de patógenos; 
 A esterilização entre as colheitas não garante a isenção de 
patógenos. 
As variáveis de um sistema hidropônico 
 
Os tipos de sistema hidropônico que podem ser usados variam em 
função de numerosas variáveis . As principais são: 
 
 Aplicação da solução – sistemas fechados ou abertos (a 
solução é reciclada ou drenada). 
 Operação – manual ou automática. 
 Tipo de meio – areia lavada, argila, palha de arroz carbonizada, 
etc... 
 Materiais de construção – concreto, fibra de vidro, plástico, 
vidro, madeira, metais, PVC, cerâmica, etc. (como será o seu 
“container”). 
 Taxa e frequência de irrigação e alimentação. 
 Injeção de ar – no caso de cultura em água. 
 Suporte para as plantas. 
 Controles ambientais – temperatura, ventilação, etc. 
Por que praticar hidroponia (vantagens)? 
 
1. Você pode cultivar em qualquer lugar. 
2. O cultivo é intensivo – um grande n. de plantas pode ser 
cultivado em pequeno espaço e num curto período de tempo. 
É também possível cultivar plantas em diversos níveis. 
3. O trabalho pesado é reduzido – trabalhos de revolvimento do 
solo, cultivo, fumigação, irrigação e outras práticas tradicionais 
podem ser reduzidos ou simplesmente eliminados. 
4. A água é conservada (há menos desperdício) – um sistema 
hidropônico bem desenhado e planejado utiliza menos água 
do que a agricultura tradicional. 
Por que praticar hidroponia (vantagens)? 
 
5. Problemas com pragas e doenças são reduzidos – a 
necessidade de fumigação é minimizada. Microrganismos 
patogênicos do solo não existem ou são erradicados. A 
possibilidade do surgimento de doenças humanas que teriam 
origem no solo também não existe. 
6. Ervas daninhas praticamente não existem. 
7. Altas produtividades são mais facilmente obtidas – a máxima 
produtividade de uma cultura pode ser alcançada em cultivos 
de alta densidade. 
8. Nutrientes são conservados – isto resulta em diminuição na 
poluição de solos e águas subterrâneas. 
9. O ambiente é mais facilmente controlado - por exemplo, em 
cultivos controlados, fatores como luz, temperatura, umidade 
e composição do ar são facilmente controlados 
Por que praticar hidroponia (vantagens)? 
 
10. A química na zona radicular é facilmente controlada – 
toxicidade de sais, pH e condutividade elétrica podem ser 
controladas nas proximidades da raiz. 
11. Mudas (novas plantas) se adaptam mais facilmente em 
sistemas hidropônicos – o impacto do transplantio é 
minimizado. 
12. Não há necessidade de rotação de culturas – todas as áreas 
sob cultivo podem ser utilizadas o tempo todo em sistemas 
hidropônicos. 
Desvantagens da hidroponia 
 
1. O custo inicial é alto – isto é um fator limitante da atividade, 
devendo ser considerado antes de iniciar o empreendimento. 
2. Habilidade e conhecimento são necessários para operar o 
sistema hidropônico – plantadores treinados devem conduzir a 
operação. Os conhecimentos de como as plantas crescem e 
sobre os princípios da nutrição de plantas são importantes. 
3. Doenças e pragas, quando ocorrem, podem se espalhar 
rapidamente em um sistema hidropônico. 
4. Plantas reagem rapidamente tanto a boas quando a más 
condições – isto significa que o plantador hidropônico deve 
observar suas plantas mais atentamente quanto às alterações 
que elas sofrem diante de determinado fator. 
5. Cultivares de plantas disponíveis nem sempre sãoideais para 
sistemas hidropônicos – Para maioria das culturas, as cultivares 
foram criadas para crescer em condições de campo, no solo. 
Considerações sobre o local onde o sistema 
hidropônico será instalado 
 
1. Clima 
2. Temperatura 
3. Fotoperíodo 
4. Luminosidade 
5. Regime de chuvas 
6. Umidade relativa do ar 
7. Evaporação 
8. Ventos 
9. Suprimento de água – quantidade e qualidade 
10. Proximidade do mercado consumidor. 
Clima 
 
 O clima afeta o crescimento e o número de cultivos durante o 
ano. 
 Mesmo em condições de casas de vegetação ou ambientes 
controlados o clima externo tem grande influência no cultivo 
hidropônico. 
 Não só a qualidade dos fatores climáticos, mas também a 
quantidade pode ser crítica – por exemplo, para cultivar 
abóbora, a condição de clima quente não é suficiente, mas o 
número de dias quentes é também crítico. 
Temperatura 
 
 Afeta o desenvolvimento de flores e frutos em muitas 
espécies. 
 Frequentemente, a planta não apenas precisa que a 
temperatura esteja a um certo nível, mas ela necessita de uma 
sequência correta de temperaturas diárias 
Fotoperíodo 
 
 O comprimento do dia é um dos mais importantes fatores que 
afetam o florescimento e a formação de frutos. 
 Para algumas plantas a sequência apropriada de fotoperíodo 
deve ser obedecida para obtenção de altas produtividades. 
 Para outras plantas um mínimo ou máximo de comprimento 
do dia deve ocorrer para um ótimo florescimento. 
Luminosidade 
 
 Para algumas plantas, a intensidade de luz é tão crítica quanto 
o comprimento do dia e temperatura. 
 Muitos vegetais não produzem com a mesma qualidade e 
intensidade se a intensidade de luz for muito baixa. 
 Para outras plantas as condições de baixa intensidade de luz 
ou mesmo sombreamento são indispensáveis. 
Chuvas 
 
 Em áreas de baixa ou média ocorrência de chuvas, não há 
necessidade de sistemas hidropônicos cobertos. 
 Em áreas com alta precipitação pluviométricas, as instalações 
devem ser cobertas, para evitar a diluição da solução ou 
lixiviação de nutrientes para fora do sistema. 
Umidade Relativa do Ar 
 
 Fator de grande importância em sistemas hidropônicos. 
 Altas umidades ocasionam o aparecimento de doenças 
fúngicas. 
 A polinização pode também ser prejudicada em condições de 
alta umidade. 
Água 
 
 A quantidade e a qualidade da água são importantes fatores , 
pois afetam a viabilidade de qualquer sistema hidropônico. 
 A água pode ser obtida de rios, da chuva, lagos ou até mesmo 
do mar (neste caso deve ser dessalinizada ou destilada). 
 A quantidade de sais presentes na água não deve ser alta. 
Tolera-se no máximo 2.500 ppm de sais na água utilizada para 
hidroponia. 
 É importante conhecer a qualidade da água a ser utilizada na 
hidroponia. 
 A qualidade da água pode variar com o tempo. Assim, deve-se 
monitorar a qualidade da água durante o ciclo da planta em 
um sistema hidropônico. 
 
Sistemas Hidropônicos 
 
 Dois grupos básicos: Sistemas Passivos e Sistemas Ativos. 
 
 Nos sistemas passivos, a solução nutritiva permanece estática, 
e é conduzida às raízes das plantas, geralmente, por 
capilaridade. 
 
 Isto se consegue utilizando-se um meio de cultura de alto 
poder capilar, geralmente adicionado de um pavio, como 
aquele utilizado em lamparinas ou lâmpadas de óleo. 
 
 Todos os Sistemas Ativos, de uma forma ou de outra, 
necessitam a circulação da solução nutritiva através de uma 
bomba, e grande parte deles também necessitam de algum 
sistema paralelo e conjunto, para fazer-se a aeração ou 
oxigenação da solução. 
 
Sistemas Hidropônicos 
 
 
 Considerando os sistemas passivos e ativos, há um total de 6 
sistemas básicos: 
 
 Sistema de Pavio, 
 Sistema de Leito Flutuante, 
 Sistema de Sub-Irrigação, 
 Sistema NFT, 
 Sistema de Gotejamento e 
 Sistema Aeropônico. 
 
 Existem centenas de sistemas hidropônicos, mas qualquer 
um deles é sempre uma variação de um destes seis, ou uma 
combinação de dois ou mais deles. 
 
Meios Hidropônicos 
 
 
 Meio é o termo usado para materiais sólidos que substituem o solo 
em sistemas hidropônicos passivos. 
 
 Um meio hidropônico deve preencher os seguintes critérios: 
 
 Ser quimicamente inerte; 
 Ser quimicamente estável; 
 Ser limpo; 
 Deve permitir uma drenagem perfeita da solução; 
 Deve ter uma capacidade de retenção de água adequada; 
 Deve permitir uma boa aeração; 
 Deve possuir uma boa capacidade tampão (para pH); 
 A CTC deve ser de moderada a boa. 
 
 Há três principais grupos de meios hidropônicos: 
 Meios derivados de rochas; 
 Meios derivados de materiais sintéticos; 
 Meios orgânicos. 
Meios Hidropônicos derivados de rochas 
 
Cascalho ou argila expandida (vermiculita) 
 
 Consiste em um sistema fechado de três fases 
 Neste caso, o substrato serve também para apoiar as plantas 
 O cascalho, por seu tamanho irregular permite a formação de poros de 
tamanho variado que resulta em melhor equilíbrio aeração/umidade. 
 
 Vermiculita - é um mineral semelhante à mica formado essecialmente 
por silicatos hidratados de alumínio e magnésio. 
 É muito leve e esponjosa e retém água, ar e nutrientes muito bem, 
sendo ótima para cultivos hidropônicos. 
 
Meios Hidropônicos derivados de rochas 
 
Cascalho ou argila expandida (vermiculita) 
 
 O cascalho ou a argila expandida são meios de cultivo com pouca ou 
nenhuma atividade química, de modo que a solução nutritiva deve ser 
sempre adicionada para permitir a nutrição das plantas. 
 Neste caso, o substrato funciona também como uma forma de escorar 
as plantas, não havendo necessidade de suportes especiais como no 
NFT. 
 
Meios Hidropônicos derivados de rochas 
 
Cascalho ou argila expandida (vermiculita) 
 
 Os canais de cultivo são feitos na superfície do solo; 
 Devem ter fundo em “V” e serem recobertos com lona de vinil de 
cerca de 200 µm de espessura (Figura); 
 Exemplo de dimensões dos canais: 80 cm de largura por 3 a 35 m de 
comprimento e altura de 30 a 35 cm. 
 A solução nutritiva é fornecida por subirrigação ou gotejamento. 
 Na subirrigação, da mesma forma do cultivo em NFT, o sistema é 
fechado e circulante, apresentando basicamente os mesmos 
componentes. 
 A mesma tubulação captura a solução nutritiva, após a irrigação do 
substrato, pelo uso de temporizador e válvulas solenoides. 
 Sobre a tubulação é colocado o substrato. 
 
Meios Hidropônicos derivados de rochas 
 
Cascalho ou argila expandida (vermiculita) 
 
 O canal de cultivo deve ser preenchido com a solução de cultivo de 
forma lenta (20 a 30 mm), permitindo a perfeita exaustão dos gases 
gerados pelo metabolismo radicular; 
 Deve-se ter o cuidado de não molhar a superfície do substrato com a 
solução nutritiva para evitar a proliferação de algas e minimizar a 
evaporação; 
 A solução nutritiva deve permanecer em contato com o substrato por 
30 minutos e drenada após esse tempo; 
 No inverno, devem ser realizados de três a quatro ciclos de rega e, no 
verão, de cinco a oito ciclos, dependendo dos fatores relacionados à 
planta e às condições ambientais. 
 A concentração de nutrientes e o pH da solução devem ser ajustados 
diariamente, por seis a oito semanas, depois deve ser feita a troca da 
solução. 
Meios Hidropônicos derivados de rochas 
 
 
PERLITA 
 
 A PERLITA é um mineral de rocha de origem vulcânica, formada 
principalmente por silicatos. 
 É utilizada nas formulações de substratos proporcionando maior 
aeração ou utilizada como meio em cultivos hidropônicos e para 
enraizamento de plantas. 
É usada em misturas de solo porque é capaz de modificar a 
estrutura do solo, melhorando a sua aeração, mantendo-o solto 
e leve, evitando compactação. 
 Um solo composto de terra vegetal, turfa, e perlita é excelente 
para o cultivo em vasos, já que ele retém a quantidade ideal de 
água e oxigênio. 
 É um produto especial para mesclas com turfa e outros 
componentes formando substratos de alta qualidade. 
Meios Hidropônicos 
derivados de rochas 
Areia 
 
 O cultivo huidropônico em areia é frequente em regiões 
desérticas, sendo comum no Arizona e no Texas (USA), no 
México, nos Emirados Árabes, no Irã e em Israel 
 Areias de origem granítica devem ser as preferidas. 
 Areias calcárias são muito alcalinas e impróprias para o 
crescimento de plantas. 
 Areias de praia não são adequadas devido ao alto teor de 
sais. 
 Algumas areias têm um alto conteúdo de sujeiras e outros 
materiais finos, devendo ser lavadas antes da utilização 
em hidroponia. 
 A areia tem a desvantagem de necessitar constante 
irrigação para evitar o secamento das plantas. 
Meios Hidropônicos derivados de rochas 
Areia 
 
 É um sistema de três fases e aberto. 
 A areia é colocada em bancadas, canais ou na superfície 
total da casa de vegetação. 
 Os canais devem ter o fundo arredondado ou em “V”. 
 A solução nutritiva deve ser fornecida por gotejamento 
com cinco a seis irrigações diárias. 
 O sistema de irrigação deve ser automatizado, acionado 
pela tensão hídrica (medida em tensiômetros colocados 
junto às plantas). 
 Em casa de vegetação, a superfície do solo deve ser 
sistematizada com um declive de 2% em direção ao dreno 
principal. 
 Entre a superfície do solo e a areia, deve-se instalar um 
filme espesso de polietileno para impedir a drenagem da 
solução. 
Meios Hidropônicos derivados de rochas 
Areia 
 
 Perpendicularmente ao dreno principal, locado no lado 
mais baixo da casa de vegetação, colocam-se os demais 
drenos, distanciados entre si de 1,5 a 2,0 m. 
 Os drenos podem ser de PVC de 50 mm e perfurados. 
 Ao redor dos drenos, deposita-se uma camada de cascalho 
fino para impedir o seu entupimento pela areia. 
 Após a preparação da superfície do solo e dos drenos, 
recobre-se toda a área de plantio com uma camada de 20 
a 30 cm de areia. 
 Cuidados fitossanitários devem ser tomados a cada ciclo 
de cultivo (esterilização com vapor, solarização, 
fumigação, etc.). 
 Entre os cultivos, as raízes remanescentes devem ser 
retiradas e, após a desinfecção, a casa de vegetação deve 
ficar aberta e ventilada por 4 a 5 dias antes do novo ciclo 
de cultivo. 
Meios Hidropônicos derivados de rochas 
 Lã de Rocha (Rockwool) 
 
 Este material é fabricado por meio do superaquecimento 
de rocha e posterior moagem, criando-se fibras finas e 
esponjosas. 
 Constitui-se em uma mistura de carvão “coque”, basalto, 
argila e resíduos de siderurgia em alta temperatura. 
 Ela deve ser tratada com surfactantes para aumentar a 
absorção de água e apresentar densidade adequada. 
 Pode ser encontrada na forma de cubos de propagação, 
tiras ou placas de cultivo, de tamanhos variados. 
 É geralmente utilizada por dois anos, e em seguida, 
descartada, decompondo-se lentamente. 
 A lã de rocha tem a desvantagem de não apresentar CTC, 
sendo que também não tem nenhum efeito no pH do 
meio. 
Meios Hidropônicos derivados de 
rochas 
 Três macronutrientes devem estar presentes na forma de 
cátions em soluções nutritivas: potássio, cálcio e 
magnésio. 
 Dois macronutrientes devem estar presentes na forma de 
ânions em soluções nutritivas: fósforo e enxofre 
 As soluções nutritivas devem conter nitrogênio como 
cátion amônio , como ânion nitrato, ou ambos, mas 
nitrato é a principal fonte na maioria. 
 Recomenda-se que a solução seja formada por no mínimo 
4 sais para permitir maior flexibilidade na variação das 
concentrações e proporções dos íons. 
 Considerando os macronutrientes, uma solução nutritiva 
pode ser formada com três sais: 
 Nitrato de potássio, 
 Fosfato de cálcio e 
 Sulfato de magnésio. 
Soluções Nutritivas 
 Micronutrientes também devem estar nas soluções 
nutritivas, mas em quantidades extremamente pequenas. 
 Um grande número de fórmulas de nutrientes tem sido 
desenvolvido para uso em hidroponia. 
 Não se pode dizer que existe uma fórmula melhor do que 
a outra. 
 O sucesso de cada fórmula depende das condições nas 
quais ela é utilizada e de como as plantas se comportam 
em termos de crescimento e produção. 
 Para se fazer uma solução nutritiva, é necessário conhecer 
as concentrações de nutrientes que a planta precisa. Isto 
depende do tipo de planta que se vai cultivar. 
Soluções Nutritivas 
 Escreva a fórmula do sal – Exemplo: Sulfato de Amônio 
 (NH4)2SO4 – isto significa 2 x NH4 + SO4 
 No total, o sulfato de amônio contém: 
 2 átomos de nitrogênio, 
 8 átomos de hidrogênio, 
 1 átomo de enxofre e 
 4 átomos de oxigênio 
 Multiplique o número de átomos de cada elemento pelo respectivo peso 
atômico (tabela periódica): 
 N – 2 x 14 = 28 
 H – 8 x 1 = 8 
 S – 1 x 32 = 32 
 O – 4 x 16 = 64 
Calaculando o teor de 
nutrientes em um sal 
 Calcule o peso molecular, somando o total dos pesos atômicos dos 
elementos: 
 28 + 8 + 32 + 64 = 132 
 Considere o peso calculado do elemento, divida este peso pelo peso 
molecular do sal, multiplique por 100 e você terá a porcentagem do 
elemento no sal. 
 Exemplo - Nitrogênio – 28 ÷ 132 x 100 = 21,21% 
 Isto significa que qualquer quantidade de sulfato de amônio apresenta 
21,21% de nitrogênio. 
Calaculando o teor de 
nutrientes em um sal 
 Outro exemplo: 
 Calcular a concentração de potássio no sal Sulfato de potássio 
 Fórmula do Sal – K2SO4 
 Elementos: K – 2 átomos, S – 1 átomo, O – 4 átomos 
 Pesos atômicos dos elementos: K – 39, S – 32, O – 16 
 Assim, temos: 
 Para K – 2 x 39 = 78 
 Para S – 1 x 32 = 32 
 Para O – 4 x 16 = 64 
 Peso molecular do sal – 78 + 32 + 64 = 174 
 Percentagem de K = 78 ÷ 174 x 100 = 44,82% 
 Percentagem de S = 32 ÷ 174 x 100 = 18,39% 
Calaculando o teor de 
nutrientes em um sal 
Fonte Fórmula P. M. (g) % de nutrientes 
Fosfato de monoamônio NH4H2PO4 115,0 N (21) P (27) 
Nitrato de amônio NH4NO3 80,1 N (35) 
Sulfato de amônio (NH4)2SO4 132,2 N (21) S (24) 
Sulfato de cálcio CaSO4.2H2O4 172,2 Ca (22) S (19) 
Sulfato de magnésio MgSO4.7H2O 246,5 Mg (9,9) S (13) 
Ácido fosfórico H3PO4 98,0 P (31,5) 
Fosfato de monopotássio KH2PO4 136,1 K (32,5) P (26%) 
Cloreto de potássio KCl 74,6 K (52) 
Sulfato de potássio K2SO4 174,3 K (44) S (18) 
Sulfato de ferro FeSO4.7H2O 278,0 Fe (20%) S (11,5) 
Tabela – Fontes de nutrientes utilizadas no preparo de soluções 
nutritivas 
 A unidade mais utilizada para descrever o teor de um 
nutriente em uma solução é “partes por milhão” (ppm) 
 Considerando que 1 g de peso = 1 cm3 de água 
 Temos que 1 ppm = 1 g do nutriente em questão em 1 milhão 
de cm3 de água (1.000 litros), 
 Assim, para fazer uma solução com 1 ppm de um nutriente, 
basta pesar 1 g do nutriente e adicionar em 1.000 litros de 
água. 
 Mas para pesar 1 g do nutriente é preciso utilizar uma fonte 
(sal) do nutriente. 
 Vejamos um exemplo, com sulfato de amônio, no próximo 
slide. 
Calculando a dose de 
nutrientes em uma solução 
Um exemplo do cálculo da dose de nitrogênio 
utilizando o sulfato de amônio. 
 
 Para adicionar 1 ppm de N utilizando sulfato de amônio (SAM), 
deve-se calcular a quantidade do sal a ser adicionada na solução 
nutritiva. 
 Ou seja, 
 1 g de N como SAM em 1.000 litros de água 
 Temos que 100 g de SAMpossui 21 g de N (Teor de N no SAM = 
21%) 
 Então, se nós queremos pesar 1 g de N, utilizando SAM, teremos 
que utilizar 4,76 g de SAM em 1.000 Litros de água 
 Este fator de conversão (4,76) pode ser utilizado para qualquer 
dose de N (em ppm). 
 Por exemplo, se quisermos utilizar a dose de 200 ppm de N em 
uma solução, utilizando SAM, é só multiplicar 200 x 4,76. 
 Então, temos que adicionar 952 g de SAM em 1.000 L de água. 
 A composição da solução nutritiva depende principalmente da 
espécie que vai ser cultivada. 
 Deve-se pesar os sais separadamente. O sucesso do 
empreendimento depende da precisão da pesagem. 
 Adicione os sais em um recipiente e agite vigorosamente até a 
completa dissolução dos mesmos. 
 Ajuste o pH da solução após a mistura dos sais. 
 Os micronutrientes devem ser adicionados após o ajuste do pH. 
 O pH deve estar entre 5 e 6,5. Caso o pH esteja abaixo de 5, 
deve-se usar hidróxido de potássio para a correção e, caso 
esteja acima de 6,5, adiciona-se ácido clorídrico. 
Preparando uma 
solução nutritiva 
 Soluções com macro e micro nutrientes são inicialmente 
preparadas separadamente. Depois elas são unidas e 
misturadas. 
 No preparo da solução com macronutrientes, coloca-se no 
reservatório um pouco mais da metade da quantidade de 
solução desejada, dissolvendo separadamente cada fertilizante, 
começando pelos de menor índice de solubilidade, sempre 
agitando a solução. Depois se completa o reservatório com 
água. 
Preparando uma 
solução nutritiva 
 
 Os micronutrientes devem ser dissolvidos em mais ou menos 1 
litro de água. 
 Após previamente preparadas separadamente, as soluções de 
macro e a de micronutrientes, são misturadas em um 
reservatório com água, sendo os macronutrientes colocados 
primeiro. 
 Após a homogeneização da solução, são colocados os 
micronutrientes. 
Preparando uma 
solução nutritiva 
Cultivo de alface sob 
hidroponia 
Soluções nutritivas e 
uma planta de alface 
hidropônica 
Esquema de um 
sistema hidropônico 
Cultivo de alface sob 
hidroponia

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