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RESUMO EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOVO CPC

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RESUMO DE PROCESSO CIVIL ELABORADO POR BEATRIZ ARAUJO COM BASE NA DOUTRINA E AULAS 
 
 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA 
1. Cabimento: controvérsia intra muros. 
O objetivo desse recurso é sanar uma controvérsia nascida no Tribunal Superior. A razão de ser desse 
recurso é uma divergência existente dentro do Tribunal. O STJ e STF tem mais de uma turma de 
julgamento, e entre as apreciações dos recursos e ações surgem divergências entre as turmas, e ai os 
embargos de divergência aparece para sanar essas divergências entre as turmas. 
EX: A Primeira Turma do STJ tem um posicionamento sobre a desconsideração da pessoa jurídica no 
processo e a Segunda Turma do STJ tem posicionamento diferente. Essa divergência precisa ser 
sanada, para isso é usado o embargo de divergência. 
Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário(fracionário, órgão composto por partes dos 
membros do tribunal) que: 
●Decisão de órgão especial ou do pleno não pode ser atacada por não ser órgão fracionário, os exemplos 
citados (pleno/ corte especial) são compostos pela maioria. 
I – em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do 
mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; ex: direito de proprietário de imóvel 
de despejar inquilino dentro do prazo estabelecido na lei do inquilinato sem que o inquilino tenha 
oportunidade de purgar a mora, ou seja pagar dentro do atraso, ou decidir o inverso que ele tem direito de 
pagar o atraso e toda vez que o proprietário se insurgir contra esse cenário ele não vai ter mas âmbito. 
II – em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do 
mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de admissibilidade; ex: Possa 
ser que o STF entenda que hipóteses relacionadas ao direito do consumidor no que se refere a pagamento 
de mensalidades de escola particular é uma questão que apresenta repercussão geral (problema de 
admissibilidade), uma turma entenda que existe repercussão geral a outra que não. Ou quanto os requisitos 
de admissibilidade de recurso extraordinário, uma turma entenda que a violação a CF em um determinado 
prazo é direta, enquanto a outra entende que é reflexa não admite, logo divergência contra admissibilidade 
do Rextr, isso também enseja embargos de divergência. 
Tanto questões divergentes sobre o mérito ou admissibilidade podem geram embargos de divergência. 
 
III – em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do 
mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha 
apreciado a controvérsia; ex: o acórdão é de mérito o outro não é de mérito, pois o recurso não foi conhecido. 
Duas decisões divergentes uma implica o conhecimento do Rext ou especial admitiu-se o recurso e em seguida 
avançou para apreciar o mérito, só que o acórdão paradigma aquela que apresentou a divergência essa não 
apreciou o mérito, é possível extrair divergência de um cenário como esse? ●Uma questão de mérito nem 
sempre é uma questão de direito material, uma questão de mérito nem sempre implica uma discussão de 
direito material, uma questão de mérito pode discutir direito processual, olha o que pode acontecer eu estou 
discutindo no mérito do meu Recurso extraordinário um problema relacionado ou ( ex: posso estar discutindo 
no mérito de um agravo [para destrancar recurso extraordinário e recurso especial “preso” / sobrestado no 
tribunal de origem] remetido ao STF, isso porque vimos hipóteses em que Recurso extraordinário fica 
RESUMO DE PROCESSO CIVIL ELABORADO POR BEATRIZ ARAUJO COM BASE NA DOUTRINA E AULAS 
 
sobrestado na origem, quando ele for um recurso repetitivo, o tribunal de origem pode determinar o 
sobrestamento dele e encaminhar para o STF apenas o recurso paradigma, quando o tribunal de origem tem 
esse poder de sobrestar recursos vai caber o outro recurso a essa decisão ao tribunal a quo chamado de agravo 
que tem poder de destrancar recurso extraordinário e especial, assim quando você vai ao STF esta pedindo o 
destrancamento do seu recurso,está suplicando a reforma da decisão que sobrestou seu recurso argumentado 
que o juízo a quo sobrestou sem razão fez um juízo de admissibilidade equivocado, o STF vai ter oportunidade 
então de no mérito do agravo discutir o direito processual sobre admissibilidade da coisa julgada. 
●O mérito do agravo se confunde com a admissibilidade do extraordinário 
Ex: um acórdão em apelação, foi violada a CF, cabe extraordinário, vamos ao STF, protocolo recurso 
extraordinário no tribunal de origem e aguardo, suponha que o presidente ou vice-presidente do TJ determinou 
o sobrestamento do recurso porque ele entendeu que o recurso era repetitivo, com essa decisão vou ao STF 
através de outro recurso (agravo) para atacar essa decisão e tento convencer o STF que meu caso é diferente e 
não se trata de sobrestamento que esse precedente não se aplica ao meu caso, o pedido no agravo , destranque 
o recurso extraordinário, o mérito do agravo só vai ser apreciado mediante a discussão do agravo das questões 
de admissibilidade do recurso extraordinário, o que era admissibilidade do extraordinário é mérito no agravo. 
Ex: Imagine uma ação rescisória ajuizada diretamente no STJ, com fundamento que o próprio STJ deixou de 
aplicar dispositivo do CPC no que diz respeito à admissibilidade do recurso especial, (admitiu recurso especial 
que violou dispositivo de lei, fez coisa julgada daí a parte ajuizou ação rescisória), pediu a reforma da decisão, 
assim o mérito/pedido da ação rescisória, é admissibilidade do recurso especial. Ao se pedir para reformar a 
decisão do recurso especial desconstruindo coisa julgada para admiti-lo. 
● Admissibilidade: é tudo aquilo que a lei exige para autorizar o decisor apreciar o pedido. Ex: ofensa reflexa, 
repercussão geral, cabimento. 
IV – nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo 
tribunal. 
● Não são só nos recursos especiais e extraordinários que você pode atacar decisões por embargos 
divergentes, embargos divergentes são utilizados para atacar acórdãos proveniente de recursos especiais e 
extraordinários incisos I, II, III, mas podem surgir para atacar acórdãos de processos de competência 
originaria ex: ação rescisória, reclamação constitucional 
 
1.1. Julgamento de turma do STF ou STJ. 
§ 3º Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão 
embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros. 
● Acórdão paradigma é um acórdão que não foi proferido em seu recurso, mas que foi proferido em outro 
caso, mas que é um precedente divergente do acórdão do seu caso, esse acórdão paradigma, essa outra 
tese jurídica pode justificar embargos de divergência se ela for produzida pela mesma turma? Pode, no 
caso em que a turma modifique a sua composição, se a maioria dos membros da turma sair e novos 
membros entrarem compondo uma nova maioria a divergência pode ser proveniente da mesma turma a 
desafiar embargos de divergência. Se nada mudar não cabe, houve ouverruling superação de precedente. 
 
 1.2. Julgamento em RE ou REsp. 
RESUMO DE PROCESSO CIVIL ELABORADO POR BEATRIZ ARAUJO COM BASE NA DOUTRINA E AULAS 
 
OBS. Não se admite embargos de divergência se o RE ou REsp não for conhecido, a não ser 
que a divergência esteja na admissibilidade. 
Enunciado 315, STJ 
Não cabem embargos de divergência no âmbito do agravo de instrumento que não admite 
recurso especial. 
● Na verdade cabem embargos de divergência em qualquer hipótese desde que exista divergência quanto 
admissibilidade ou quanto ao mérito,o enunciado quis dizer: não cabe embargos de divergência que não 
admite recurso especial se a divergência for de mérito, claro se não admite recurso especial o especial não 
teve o mérito julgado, mas se a divergência for na admissibilidade cabe embargos de divergência sim. 
● Contra decisão monocrática do tribunal não cabe embargos de divergência, só cabe embargos de 
divergência da decisão da turma. 
● Não cabe embargos de divergência quando o órgão que representa já firmou posicionamento sobre a 
matéria que esta em divergência. 
 
OBS. 2. Não se admite embargos contra decisão proferida por relator, mas é admitido o 
recurso quando for proferida decisão em Agravo Interno. SÓ CABE EMBARGO DA DECISÃO DA 
TURMA 
OBS. 3. Embargos contra divergência instaurada na mesma turma. 
 1.3. Divergência. 
 a) Atualidade da divergência. ( a atualidade da divergência e fundamental para o 
cabimento do embargo) 
Enunciado 168, STJ (de igual teor, STF, 598) 
Não cabem embargos de divergência, quando a jurisprudência do tribunal se firmou no 
mesmo sentido do acórdão embargado. 
Se a Corte especial ou Pleno já firmou posicionamento sobre a matéria divergente. 
 
 b) Manutenção da competência do órgão que proferiu acórdão paradigma. 
Enunciado 158, STJ 
Não se presta a justificar embargos de divergência o dissídio com acórdão de turma ou 
secção que não mais tenha competência para a matéria neles versada. 
● Não cabem embargos de divergência se a turma ou seção de onde se originou o acórdão paradigma 
divergente não tem mais competência para apreciar, não tem mais divergência, não cabe. 
 
 c) Cotejo analítico. 
RESUMO DE PROCESSO CIVIL ELABORADO POR BEATRIZ ARAUJO COM BASE NA DOUTRINA E AULAS 
 
● cotejo analítico: é o seu esforço interpretativo diante das duas decisões para demonstrar divergência 
inclusive jurídica essa construída sobre fatos semelhantes. Deve demonstrar que por se trata de fatos 
semelhantes, as decisões deveriam ter sido semelhantes, como não foram, você busca sanar essa 
divergência. 
Construir uma comparação entre as decisões divergentes entre Tribunais locais. É o seu esforço interpretativo 
das duas decisões para demonstrar divergência sobre fatos semelhantes, fundamentando seu pedido de sanar 
a divergência. 
 
2. Objeto: divergência. 
● o objeto desse recurso não é o erro,na verdade não dá pra construir o que é erro antes do tribunal 
superior, objeto não é o erro mas sim a divergência. Não ataca um erro propriamente e sim a divergência, 
pois o error iudicando só será constatado no futuro. 
 
3. Forma de interposição. 
 3.1. Escrita. 
 3.2. Prazo de 15 dias (art. 1.003, §5º, CPC). 
 3.3. Local de interposição: no mesmo tribunal.(pleno/ corte especial) 
 3.4. Competência. 
 3.4.1. STF: Plenário. 
 3.4.2. STJ: 
 a) Seção, se o paradigma é de turma que integra a mesma seção. Se o 
paradigma provem de uma turma que faz parte da composição da mesma seção da turma que apresentou o 
meu acórdão( o qual eu quero combater) no meu recurso, a competência para julgar os embargos é da 
mesma seção 
 b) Seção, se o paradigma é da seção integrada pela turma. Se a divergência se 
der entre uma turma e uma outra seção quem aprecia os embargos divergentes é a seção. 
 c) Corte Especial, se o paradigma é de outra seção ou turma. ●Agora se o 
paradigma provem de uma turma ou de outra seção ai cabe corte pois a divergência é intraseção, intra STJ 
 3.5. Exigem preparo (Tabelas de Custas STJ/STF). 
4. Efeitos. 
RESUMO DE PROCESSO CIVIL ELABORADO POR BEATRIZ ARAUJO COM BASE NA DOUTRINA E AULAS 
 
 4.1. Suspensivo. 
 4.1.1. RISTJ - não terão efeito suspensivo. (STJ) 
 4.1.2. Prevalece na jurisprudência e doutrina que os EDiv têm efeito suspensivo, 
embora haja divergência a respeito. É possível esse entendimento, embora não seja uniforme. 
(se você tá no STF e quer efeito suspensivo, peça efeito suspensivo ou alegue tutela de 
urgência, grave dano e difícil reparação) 
 4.2. Devolutivo e translativo.( Tem esses efeitos) 
 4.3. Interrupção de prazo de interposição de RE. 
● é possível dizer que os embargos de divergência ao STJ uma vez apresentados interrompem o prazo para 
recurso extraordinário ao STF 
5. Procedimento. 
 A) Opostos perante Secretaria do Tribunal. 
 B) Juntados aos autos independentemente de despacho. 
 C) Conclusão ao relator. 
 D) Admissibilidade (único juízo de admissibilidade). 
 E) Intimação do embargado para contrarrazões em 15 dias. 
 F) Manifestação do MP. 
 G) Conclusão ao relator e pedido de dia de julgamento. 
 G) Desnecessária presença de revisor. 
 H) Cabimento de sustentação oral.

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