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U4 Comércio Exterior

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EA
D
4
Mercado Internacional: 
Câmbio e Modalidades 
de Pagamento
1. OBJETIVOS
•	 Apresentar	um	breve	histórico	da	evolução	do	dólar	como	
moeda	utilizada	no	comércio	exterior.
•	 Conhecer	e	analisar	as	formas	de	transação	financeira	e	
os	aspectos	cambiais	das	operações	internacionais.
2. CONTEÚDOS
•	 Moeda	e	câmbio.
•	 Operações	de	câmbio.
•	 Modalidades	de	pagamento	no	comércio	internacional.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes	de	dar	 início	ao	estudo	desta	unidade,	é	 importante	
que	você	leia	as	orientações	a	seguir:
© Comércio Exterior132
1)	 Como	estamos	no	início	de	mais	uma	unidade,	é	muito	
importante	que	você	já	se	organize	para	o	estudo	des-
te	próximo	tema.	Assim,	recomendamos	que	selecione	
um	ambiente	propício	para	sua	concentração	e	que	nele	
mantenha	uma	rotina	diária	de	estudos,	pois	isso	muito	
poderá	lhe	auxiliar	no	alcance	de	seus	objetivos	quanto	
ao	curso.
2)	 Sua	participação	e	sua	dedicação	são	fundamentais	não	
apenas	para	garantir	a	compreensão	dos	conceitos	que	
iremos	abordar,	mas	também	para	ampliar	e	aprofundar	
as	discussões	sobre	os	temas	propostos.	Uma	boa	forma	
de	isso	ocorrer	com	êxito	é	fazer	o	uso	da	biblioteca,	len-
do	as	bibliografias	indicadas.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na	Unidade	3,	você	viu	quais	são	as	responsabilidades	dos	
exportadores	e	dos	importadores	nas	transações	internacionais	e	
também	a	metodologia	do	cálculo	para	a	 formação	do	preço	de	
exportação.
Nesta	unidade,	traçaremos	um	breve	histórico	da	evolução	
do	dólar	como	a	moeda	utilizada	no	comércio	exterior,	bem	como	
uma	abordagem	sobre	os	aspectos	cambiais	das	operações	inter-
nacionais	e	as	formas	de	transação	financeira.
5. MOEDA E CÂMBIO
A	 evolução	 do	 comércio	 internacional	 está	 ligada,	 direta-
mente,	ao	crescimento	da	moeda	como	instrumento	de	troca	en-
tre	as	nações.	Vamos	entender	como	isso	ocorre.	
Moeda
As	compras	e	as	vendas	de	bens	e	de	serviços	no	mercado	
internacional	geram	pagamentos	e	recebimentos	em	moedas	es-
trangeiras,	ou	seja,	em	divisas.
Claretiano - Centro Universitário
133© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
Assim,	a	moeda	é	um	bem	instrumental	que	serve	como:
•	 Intermediária de trocas:	pois	facilita	as	trocas,	reduzindo	
o	tempo	empregado	na	comercialização.
•	 Unidade de valor:	uma	vez	que	expressa	o	valor	dos	bens	
e	serviços	utilizando,	para	isso,	o	valor	monetário	do	país.
•	 Reserva de valor:	porque	garante	a	conversão	ao	 longo	
do	tempo,	possibilitando	sua	utilização	posterior,	e	asse-
gura	a	conversão	imediata	em	outros	ativos.
Por	características,	a	moeda	tem:
•	 Aceitabilidade:	 esta	 é	 a	 característica-base	 da	 moeda.	
Aqui,	 o	 recebedor	 tem	 a	 certeza	 de	 que	 a	moeda	 será	
aceita	por	terceiros.
•	 Conversibilidade:	esta	ocorre	quando	a	moeda	tem	acei-
tabilidade	no	âmbito	internacional.
A	moeda	 conversível	 é	 também	 chamada	moeda forte,	 e	
ocorre	quando	é	livremente	aceita	por	outros	países,	em	qualquer	
mercado	e	sem	restrições.	Está	diretamente	ligada	ao	grau	de	con-
fiança	que	os	países	têm	na	saúde	financeira	de	um	país.
Como	 exemplos	 de	moedas	 fortes,	 podemos	mencionar	 o	
euro,	 que,	 conforme	vimos	na	Unidade	2,	 é	 a	moeda	única	dos	
países	da	União	Europeia,	e	o	dólar dos	Estados	Unidos	da	Améri-
ca,	cuja	história	é	apresentada	no	texto	a	seguir.
Histórico do Dólar como Moeda Conversível –––––––––––––
Inicialmente, é importante ressaltar que o dólar americano é a moeda oficial dos 
Estados Unidos, mas também é muito usado como moeda reserva de alguns 
governos nacionais e circula em outros países livremente.
Toda emissão da moeda norte-americana é controlada pela Reserva Federal dos 
Estados Unidos. A evolução da importância do dólar no mundo pode ser mensu-
rada pelos números:
Em 1995, mais de 380 bilhões de dólares americanos estavam em 
circulação, dois terços disso fora dos EUA. Em abril de 2004, apro-
ximadamente 700 bilhões estavam em circulação, com uma estima-
tiva de metade de dois terços dele fora dos EUA (COBOLK, 2012).
O Federal Reserve, que é o banco central dos Estados Unidos, calcula que atual-
mente há 933 bilhões de dólares em circulação pelo mundo. 
© Comércio Exterior134
A importância do dólar no mundo inicia-se, propriamente, com a definição do sis-
tema monetário internacional, o qual foi definido em julho de 1944, na Conferência 
realizada na cidade americana de Bretton Woods. O sistema criou o Banco Mundial 
para a reconstrução das economias destruídas pela guerra e antigas colônias, a fim 
de fornecer empréstimos de longo prazo, e o Fundo Monetário Internacional (FMI) 
para monitorar as políticas econômicas dos países-membros e ajudar na tarefa de 
manter os balanços de pagamentos equilibrados, ou seja, sem déficits persistentes.
Entre 1870 e a I Guerra Mundial, o padrão-ouro havia sido o arranjo monetário 
internacional dominante. As moedas das nações mais importantes estavam atre-
ladas à quantidade de ouro existente nas economias. A lógica do sistema tinha 
como base mecanismos de correção automático dos desequilíbrios no balanço 
de pagamentos e tornava obrigatória a disciplina à política monetária, de modo 
a assegurar as baixas taxas de inflação. Foi uma fase de intensa estabilidade e 
abertura com crescimento do comércio internacional.
Com a I Guerra, os países romperam com o padrão-ouro, a fim de financiar o es-
forço de guerra. Não obstante as tentativas de restabelecê-lo nos anos 1920, ao 
final da década, o sistema entrava novamente em colapso. Não funcionava mais 
o mecanismo que garantia o ajuste do balanço de pagamentos. A guerra findou 
com o compromisso existente entre os governos no período anterior.
Na fase do padrão-ouro, os governos asseveravam a conversão da moeda do-
méstica em ouro e existia liberdade para a exportação e importação de ouro 
entre os países. As proibições às exportações de ouro levaram à criação de 
barreiras ao comércio e deflação nas economias industrializadas. A grande insta-
bilidade do período entreguerras inspirou a construção de um sistema acordado 
entre os países: o sistema de Bretton Woods. 
Foi estabelecido um sistema de taxas de câmbio fixo, porém ajustável de até 10%, 
em que todas as moedas conservavam uma paridade fixa ao dólar americano. 
A esta altura os Estados Unidos eram a maior potência mundial e o dólar ame-
ricano tinha um valor invariável no que diz respeito ao ouro. Todavia, o arranjo 
demorou a entrar em pleno funcionamento, tendo em vista que vários países 
retardaram a introdução da conversibilidade da moeda.
Os controles de capital eram permitidos, entretanto, as restrições cambiais e as 
transações correntes deveriam ser eliminadas o mais breve possível. Os Esta-
dos Unidos e o Canadá determinaram a conversibilidade em 1945, e os países 
europeus, em 1958. Desde esta data, os mercados de moeda começam a operar 
com conversibilidade para fins de transações em contas correntes, e tornou-se 
mais difícil impor controles sobre os movimentos de dólares. 
Desse modo, os mercados financeiros aumentaram seu grau de integração e os 
movimentos de reservas internacionais se tornaram mais inconstantes. As pres-
sões inflacionárias e o aumento nos fluxos de capital pressionavam para que o 
dólar fosse desvalorizado no início da década de 1970.
Em 1971, o dólar americano deixou de ser conversível em ouro, e o fim do ar-
ranjo monetário internacional estabelecido em Bretton Woods ocorreu em 1973.
Em virtude dos avanços tecnológicos que possibilitam negociações rápidas e em 
grandes volumes, passou a existir o câmbio flutuante, englobando várias moe-
das, mas, ainda assim:
[...] de lá para cá o dólar manteve-se como moeda de referência in-
ternacional, em razão de dois principais fatores: o uso em reservas 
internacionais e o volume de comércio dos EUA [...].
Claretiano - CentroUniversitário
135© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
O dólar ainda impera como reserva internacional. Em 1975 – por-
tanto, após o fim da conversibilidade – estimava-se que 80% das 
reservas dos diversos países se encontravam em dólar. Em 2005, 
este valor passou para 66% e atualmente, para 64% [...]. Vale res-
saltar que boa parte dessa queda se deve mais à desvalorização 
do dólar (16% sobre uma cesta de moedas no período) do que a 
uma efetiva troca nas reservas internacionais (KISTLER, 2012).
O destaque é que "mesmo no comércio em que os EUA não estão 
diretamente envolvidos, ainda impera o uso do dólar, em grande 
parte porque este constitui moeda de referência para reservas in-
ternacionais e pela liquidez dos títulos estadunidenses" (KISTLER, 
2012).
Muitos começam a acreditar que o yuan – a moeda chinesa – deverá, no futuro, 
compor a cesta de moedas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Entretanto:
A moeda chinesa não é livremente conversível: sua cotação é ad-
ministrada pelo governo chinês, o que impede sua livre flutuação, 
condição primordial para que o yuan seja futuramente classificado 
como livremente utilizável pelo FMI e faça parte da cesta que com-
põe o SDR [Direito Especial de Saque] (KISTLER, 2012).
Para diversos analistas, o papel do dólar como moeda de reserva está longe de 
ser substituído. Vários países emergentes têm estudado a troca do dólar nas 
transações comerciais diante do enfraquecimento da moeda americana. Toda-
via, falta confiabilidade no mercado internacional, que dê garantias às empresas. 
Enquanto isso, o dólar ainda é a moeda de intervenção no mercado de câmbio, 
e responde por 80% das transações internacionais.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Câmbio
Câmbio	é	a	operação	de	compra	e	venda	de	moedas	estran-
geiras	ou	de	papéis	que	a	represente.	Numa	operação	de	câmbio	
em	uma	exportação,	o	exportador	pode	utilizar	qualquer	uma	das	
moedas	conversíveis,	como	o	dólar,	o	euro,	o	iene	e	a	libra	esterli-
na.	Porém,	recebe,	o	pagamento,	em	reais.
Divisas
As	 divisas	 são	 as	 disponibilidades	 que	 um	 país	 possui	 em	
moedas	estrangeiras,	que	são	obtidas	por	meio	de	exportações,	
empréstimos	de	capitais,	vendas	de	tecnologias,	direitos	de	paten-
tes	etc.
As	reservas	cambiais,	como	também	são	chamadas,	repre-
sentam	a	quantidade	de	moeda	estrangeira	acumulada	pelo	país.	
© Comércio Exterior136
Para	compreender	a	variação	dessas	reservas,	torna-se	relevante	
mencionar	sobre	o	balanço	de	pagamentos,	o	qual	reflete	o	resul-
tado	monetário	das	transações	de	bens	e	serviços	realizados	com	
o	exterior.	O	resultado	do	balanço	de	pagamentos	demonstrará	a	
variação	de	reservas	cambiais	quanto	ao	acúmulo	ou	à	perda	de	
moeda	estrangeira	em	um	determinado	período.
Assim,	podemos	dizer	que,	em	maio	de	2010,	o	Brasil	con-
tava	com	um	estoque	de	U$	250	bilhões	em	moeda	estrangeira	
(reservas	cambiais).	O	valor	é	cerca	de	25%	superior	ao	registrado	
no	ano	anterior.	Praticamente,	a	maior	parte	desse	dinheiro	está	
investida	em	títulos	do	governo	dos	Estados	Unidos,	e	as	outras	
aplicações	relevantes	são	recursos	depositados	em	bancos	no	ex-
terior	e	no	Fundo	Monetário	Internacional	(FMI).
As	reservas	internacionais	funcionam	como	se	fossem	um	se-
guro	contra	possíveis	crises.	No	Brasil,	elas	são	muito	mais	do	que	
suficientes	para	pagar	compromissos	externos	do	país.	Por	esse	mo-
tivo,	a	economia	brasileira	de	hoje	é	credora	ao	invés	de	devedora.
6. OPERAÇÕES DE CÂMBIO
As	operações	de	câmbio	são	resultados	da	coexistência	en-
tre	o	internacionalismo	do	comércio	e	o	nacionalismo	das	moedas.	
Podem	ser	feitas	por	meio	de	instituições	autorizadas	ou	creden-
ciadas	 pelo	 Banco	 Central	 do	 Brasil.	 As	 autorizadas	 são	 aquelas	
que	tratam	de	câmbio	livre,	e	as	credenciadas	são	aquelas	que	tra-
tam	de	câmbio	flutuante.
São	 constituídas	principalmente	pelas	 operações	de	 finan-
ciamento	ao	exportador,	e	podem	também	consistir	na	 interme-
diação	cambial,	como	uma	operação	acessória.	
Mercados de câmbio
Mercado	de	câmbio	é	o	ambiente	físico	ou	virtual	(as	trocas	
de	moeda	são	feitas	por	meio	eletrônico,	sem	a	presença	física	dos	
Claretiano - Centro Universitário
137© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
participantes)	onde	se	realizam	as	operações	de	câmbio	entre	os	
agentes	autorizados	pelo	Banco	Central	(bancos,	corretoras	e	dis-
tribuidoras)	e	entre	esses	e	seus	clientes.
Dependendo	do	grau	de	interferência	do	governo	nas	tran-
sações	efetuadas	 com	moedas	estrangeiras,	 teremos	o	mercado	
de	câmbio	livre	ou	o	controlado.
•	 Mercado de câmbio livre:	 ocorre	 quando	 não	 existem	
restrições	à	entrada	e	à	saída	de	divisas	no	país.	As	autori-
dades	somente	irão	interferir	para	impedir	especulações	
que	possam	prejudicar	o	mercado	interno.
•	 Mercado de câmbio controlado:	ocorre	quando	o	gover-
no	impõe	restrições	ao	mercado	ou	assume	o	controle	to-
tal	dos	pagamentos	ao	exterior.	Esse	controle	é	uma	arma	
de	 política	 econômica,	 geralmente	 utilizada	 por	 países	
com	problemas	no	Balanço	de	Pagamentos.
No	Brasil,	 o	 regime	de	 câmbio	 adotado	 é	 o	 controlado.	O	
controle	 é	 exercido	 pelo	 Banco	 Central	 (Bacen),	 que	 publica	 o	
Regulamento	 do	 Mercado	 de	 Câmbio	 e	 Capitais	 Internacionais	
(RMCCI),	instituído	pela	Circular	nº	3.280/2005,	substituindo	a	an-
tiga	Consolidação	das	Normas	Cambiais	(CNC)	e	visando	regular	a	
entrada	e	a	saída	de	moeda	estrangeira	no	país.
Segundo	Gustavo	Loyola	(apud	FREITAS,	2012),	ex-presidente	
do	Banco	Central,	ao	retomar	a	história	cambial	brasileira:
Até	o	final	da	década	dos	anos	1980,	conviviam	no	País	dois	mer-
cados	cambiais:	1)	o	mercado	"oficial",	com	operações	sujeitas	a	
normas	rígidas	de	controle	por	parte	das	autoridades;	e	2)	o	mer-
cado	negro	("black"),	totalmente	à	margem	da	legalidade,	com	a	
impossibilidade	de	 identificar	os	titulares	das	operações.	A	partir	
da	liberalização	gradual	do	câmbio,	iniciada	com	a	criação	do	cha-
mado	 "mercado	 de	 taxas	 flutuantes"	 por	meio	 da	 Resolução	 nº	
1.552,	de	22	dez.	1988,	do	CMN,	surgiu	a	oportunidade	de	pessoas	
físicas	e	pessoas	jurídicas	transacionarem,	à	luz	do	dia,	com	moeda	
estrangeira	de	forma	lícita,	com	identificação,	sem	se	submeterem	
ao	constrangimento	de	operar	com	os	"blequistas".	O	"mercado	de	
taxas	flutuantes"	possibilitou	aos	brasileiros,	a	partir	de	1991,	a	ti-
tularidade	de	cartões	de	crédito	com	validade	internacional.
© Comércio Exterior138
Atualmente,	podem	ser	autorizados	a	operar	no	mercado	de	
câmbio	os	bancos	comerciais,	os	bancos	múltiplos,	os	bancos	de	
investimento,	os	bancos	de	desenvolvimento,	as	caixas	econômi-
cas,	as	sociedades	de	crédito,	de	financiamento	e	de	investimento,	
as	 sociedades	 corretoras	de	 câmbio	ou	de	 títulos	 e	 valores	mo-
biliários,	as	sociedades	distribuidoras	de	títulos	e	de	valores	mo-
biliários,	 as	 agências	 de	 turismo	 e	 os	meios	 de	 hospedagem	de	
turismo.
Política cambial
Política	cambial	consiste	no	conjunto	de	regras	e	de	meca-
nismos	utilizados	pelo	governo	para	controlar	a	entrada	e	a	saída	
de	moedas	estrangeiras	no	país,	visando	à	manutenção	do	equilí-
brio	das	contas	externas.	Está	fortemente	ligada	à	política	mone-
tária,	 e	 a	movimentação	 de	 divisas	 implica,	 obrigatoriamente,	 a	
movimentação	da	moeda	nacional,	interferindo,	diretamente,	no	
controle	da	inflação	e	da	dívida	pública.
A	política	cambial	brasileira	encontra-se	em	evolução;	vem	
de	um	total	controle	governamental	para	um	sistema	de	taxas	de	
câmbio	 livres,	no	qual	a	 intervenção	governamental	é	motivada,	
apenas,	por	distorções	especulativas.	Desse	modo:
[...]	A	taxa	de	câmbio	deixou	de	ser	defendida	pelo	Banco	Central	
e	passou	a	ser	definida	pelas	 forças	de	mercado.	Essas	 forças	de	
mercado	agem	dentro	da	racionalidade	da	livre	ofertae	demanda	
das	moedas	(FREITAS,	2012).
Todavia,	alguns	economistas,	como	Roberto	Giannetti	da	Fon-
seca,	presidente	da	Fundação	Centro	de	Estudos	de	Comércio	Exte-
rior	 (Funcex),	entendem	que	há,	ainda,	algumas	regras	 inadequa-
das	ao	 regime	de	câmbio	 flutuante,	 como	"a	obrigação	de	venda	
do	câmbio	de	exportação	ao	Banco	Central	em	prazo	determinado"	
(FREITAS,	2012).	Esse	prazo,	desde	14	de	março	de	2005,	de	apenas	
20	dias,	foi	estendido	para	210	dias.	Gianetti	entende	que	o	ingresso	
das	divisas	deve	continuar	sendo	garantido,	porém	sem	a	obrigató-
ria	conversibilidade	em	reais	no	prazo	determinado,	pois:
Claretiano - Centro Universitário
139© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
O	momento	da	 conversibilidade	em	 reais	 seria	ditado	pelo	 fluxo	
de	caixa	e	pelo	custo	de	oportunidade	dos	exportadores	brasilei-
ros.	As	divisas,	até	o	momento	da	conversibilidade	em	reais,	deve-
riam	permanecer	em	contas	correntes	denominadas	em	dólares,	
abertas	em	instituições	financeiras	e	tituladas	por	pessoas	 jurídi-
cas	registradas	como	exportador	ou	importador	no	SISCOMEX,	[...]	
(FREITAS,	2012).
A	 legislação	 cambial	 brasileira	 proíbe	 a	 livre	 circulação	 de	
moedas	estrangeiras	de	quaisquer	espécies	no	país	e	também	pre-
vê	penalidades	e	outras	sanções	às	pessoas	que	contratam	opera-
ções	a	taxas	que	se	situam	em	patamares	distantes	das	praticadas	
pelo	mercado.
Quanto	à	sua	natureza,	as	operações	de	câmbio	podem	ser:
•	 Financeiras:	são	as	operações	resultantes	da	entrada	e	da	
saída	de	capitais,	que	podem	acontecer	sob	a	forma	de	
empréstimos	ou	de	investimentos	diretos,	do	pagamento	
de	assistência	 técnica,	de	direitos	autorais,	de	royalties,	
de	juros,	de	dividendos	e	de	lucros.
Royalties é o termo utilizado para designar a importância paga ao 
detentor ou proprietário ou um território, recurso natural, produto, 
marca, patente de produto, processo de produção, ou obra origi-
nal, pelos direitos de exploração, uso, distribuição ou comercializa-
ção do referido produto ou tecnologia (CNM, 2012).
•	 Comerciais:	são	as	operações	relacionadas	com	o	comér-
cio	exterior,	como	a	importação	e	a	exportação,	o	frete,	o	
seguro	e	a	comissão	de	agente.
Quanto	à	movimentação	das	moedas,	o	câmbio	pode	ser:
•	 Sacado:	é	a	operação	cambial	que	ocorre	mediante	mo-
vimentação	 (débitos	 e	 créditos)	 de	uma	 conta	bancária	
em	moeda	 estrangeira.	 Ela	 pode	 ser	 entendida	 como	a	
operação	que	se	processa	por	meio	de	saques	–	letras	de	
câmbio	ou	 letras	 cambiais,	 cartas	de	crédito,	ordens	de	
pagamento,	cheques,	valores	imobiliários	etc.
© Comércio Exterior140
•	 Manual:	é	a	operação	realizada	com	o	manuseio	da	moe-
da	estrangeira	ou	traveller’s checks,	trocando-a	por	moe-
da	nacional	ou	vice-versa.	Ela	ocorre	nas	compras	e	ven-
das	para	os	turistas	que	se	encaminham	ao	exterior,	bem	
como	àqueles	que	chegam	ao	país.
Taxa de câmbio
A	taxa	de	câmbio	é	o	preço	da	moeda	estrangeira	expresso	
em	moeda	nacional.	Nesse	sentido,	a	taxa de compra	é	utilizada	
nas	exportações	e	a	 taxa de venda	 é	utilizada	nas	 importações.	
Tais	denominações	 são	dependentes	da	operação	efetuada	pelo	
banco:	na	exportação,	o	banco	compra	a	moeda	e	o	exportador	
vende	(taxa	de	compra);	e,	na	importação,	o	banco	vende	a	moeda	
e	o	importador	compra	(taxa	de	venda).
Quanto	à	classificação	da	operação	de	câmbio,	temos:
•	 Taxas livres	(dólar comercial):	instituída	em	1990,	tal	taxa	
não	é	arbitrada	pelo	Bacen,	mas	este	costuma	interferir	
no	mercado	sob	a	forma	de	pressões	de	oferta	e	procura,	
vendendo	e	comprando	moedas	estrangeiras,	buscando,	
assim,	o	equilíbrio.
•	 Taxas flutuantes (dólar	turismo):	instituída	em	1989,	essa	
taxa	é	utilizada	nas	operações	financeiras.	Seu	valor	é	de-
finido	pelo	mercado;	não	é	arbitrada	pelo	Bacen	e	foi	ex-
tinta	em	2002.
Contrato de câmbio
O	 contrato	 de	 câmbio	 é	 o	 instrumento	 específico	 firmado	
entre	o	vendedor	e	o	comprador	de	moeda	estrangeira,	no	qual	
são	estabelecidas	as	características	e	as	condições	sob	as	quais	se	
realiza	a	operação	de	câmbio.
Nesse	sentido,	consta	no	manual	Exportação passo a passo	
do	Ministério	das	Relações	Exteriores:
Claretiano - Centro Universitário
141© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
[...]	 Assim,	 juridicamente,	 o	 contrato	 de	 câmbio	 apresenta	 um	
comprador	e	um	vendedor	que	 têm	obrigações	 recíprocas.	Cabe	
ao	vendedor	disponibilizar	a	moeda	estrangeira	vendida	e	ao	com-
prador,	pagar	o	contravalor	em	moeda	nacional.	O	contrato	possui	
ainda	as	seguintes	características:	é	consensual,	pois	depende	da	
vontade	das	partes;	é	oneroso,	tendo	em	vista	que	dele	resultam	
obrigações	patrimoniais	para	as	duas	partes;	e	é	cumulativo,	pois	
considera	que	cada	uma	das	partes	recebe	uma	contraprestação	
mais	ou	menos	equivalente	[...]	(BRASIL	GLOBAL	NET,	2012,	grifos	
nossos).
Tipos de contratos de câmbio
Elencamos,	na	sequência,	uma	breve	seleção	dos	dez	tipos	
de	contratos	de	câmbio	existentes:
a)	 tipo	1:	 destinado	à	 contratação	de	 câmbio	de	exportação	de	
mercadorias	ou	de	serviços;
b)	 tipo	2:	destinado	à	contratação	de	câmbio	de	 importação	de	
mercadorias	[...];
c)	 tipos	3	e	4:	transferências	financeiras,	sendo	as	compras	tipo	3	
e	as	vendas	tipo	4,	destinados	à	contratação	de	câmbio	referen-
te	a	operações	de	natureza	financeira,	importações	financiadas	
sujeitas	a	 registro	no	Banco	Central	do	Brasil	e	as	de	câmbio	
manual;
d)	 tipos	5	e	6:	destinados	a	contratação	de	câmbio	entre	institui-
ções	 integrantes	do	sistema	financeiro	nacional	autorizadas	a	
operar	no	mercado	de	câmbio,	inclusive	arbitragens	e	entre	es-
tas	e	banqueiros	no	exterior	a	título	de	arbitragem,	sendo	as	
compras	tipo	5	e	as	vendas	tipo	6;
e)	 tipos	7	e	8:	alteração	de	contrato	de	câmbio,	sendo	as	compras	
são	tipo	7	e	as	vendas	tipo	8;
f)	 tipos	9	e	10:	 cancelamento	de	contrato	de	câmbio,	 sendo	as	
compras	tipo	9	e	as	vendas	tipo	10,	usados,	também,	por	adap-
tação,	 para	 a	 realização	 das	 baixas	 da	 posição	 cambial;	 [...]	
(BRASIL,	2012).
Sob	o	aspecto	cambial,	as	operações	de	exportação	podem	
ser	efetuadas	com	ou	sem	cobertura	de	câmbio.	E	não	é	só	isso:	
há,	ainda,	a	possibilidade	da	operação	com	o	contrato	de	câmbio	
simplificado.
© Comércio Exterior142
Com	cobertura	cambial
Na	operação	de	exportação	com	cobertura	de	câmbio,	ocorre	
o	pagamento	oriundo	do	exterior	em	razão	da	remessa	da	merca-
doria.	Aqui,	as	exportações	devem	estar	vinculadas	a	um	contrato	
de	câmbio	no	Sistema	Integrado	de	Comércio	Exterior	(Siscomex).
A	contratação	ou	o	fechamento	do	câmbio	é	um	momento	
fundamental	no	processo	de	exportação,	uma	vez	que	nele	irá	se	
suceder	a	venda	ao	banco	pelo	exportador	da	moeda	estrangeira	
resultante	da	operação	(APRENDENDO	A	EXPORTAR,	2012a).
De	acordo	com	o	manual	Exportação passo a passo,	a	opera-
ção	cambial	envolve	os	seguintes	agentes:
•	 o	exportador,	que	vende	a	moeda	estrangeira	[ou	o	importador	
que	compra];
•	 o	banco	autorizado	pelo	Banco	Central	a	realizar	operações	de	
câmbio;	e
•	 a	corretora	de	câmbio,	caso	seja	requerida	pelo	vendedor	[ou	
pelo	 comprador]	 da	moeda	 estrangeira.	 A	 intermediação	 de	
uma	corretora	de	câmbio	é	facultativa	e	sua	participação	pode	
implicar	custos	adicionais	para	o	exportador	[ou	o	importador]	
(BRASIL	GLOBAL	NET,	2012).
No	mesmo	manual,	consta	que	o	contrato	de	câmbio	deve	
conter	estes	dados:
•	 nome	do	banco	autorizado	a	contratar	o	câmbio;
•	 nome	do	exportador	[importador];
•	 valor	da	operação;
•	 taxa	de	câmbio	negociada;
•	 prazo	para	liquidação;
•	 nome	do	corretor	de	câmbio,	se	houver;
•	 comissão	do	corretor	de	câmbio;
•	 nome	do	importador	[exportador];
•	 dados	bancários	do	exportador	[importador];
•	 condições	de	financiamento	etc.	(BRASIL	GLOBAL	NET,	2012).Claretiano - Centro Universitário
143© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
Sem	cobertura	cambial
Nesse	tipo	de	operação	de	exportação,	não	há	remessas	de	
divisas	do	exterior	para	o	pagamento	da	mercadoria,	como:
•	 remessas	de	mercadorias	para	participação	em	feiras	e	exposi-
ções	no	exterior,	até	o	limite	de	U$	5.000.	É	necessária	a	com-
provação	da	participação	no	certame;
•	 remessas	 de	mercadorias	 para	 complementação	 ou	 correção	
de	embarque,	tais	como:	quebra,	avaria,	indenização	por	defei-
to	de	fábricas	etc.;
•	 animais	reprodutores;
•	 material	destinado	a	testes,	exames	ou	pesquisas,	com	finalidade	
industrial	ou	científica	etc.	(APRENDENDO	A	EXPORTAR,	2012a).
Enfim,	as	operações	de	câmbio	 são	 formalizadas	por	meio	
de	um	contrato	de	câmbio,	mediante	os	dados	 informados	pelo	
Sistema	de	 Informações	Banco	Central	 (Sisbacen),	que	monitora	
as	operações	cambiais.
Contrato de câmbio simplificado
Na	próxima	unidade,	trataremos	do	Registro	de	Exportação	
Simplificado	 (RES).	 Todavia,	 como	 aqui	 também	 se	 encaixa	 esse	
tema,	uma	vez	que	estamos	abordamos	as	operações	de	câmbio	e,	
consequentemente,	entre	elas,	o	contrato	de	câmbio	simplificado,	
oferecemos	a	você	uma	prévia	do	assunto,	para	que	já	se	integre	
da	matéria	que	será	mais	bem	explorada	adiante.
Acompanhe.	
O Contrato de Câmbio Simplificado e o 
Registro de Exportação Simplificado (RES) ou Simplex –––––
O Simplex é uma iniciativa do governo brasileiro no sentido de desburocratizar as 
operações de exportação de pequenos valores.
Consta no site desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co-
mércio, o Brasil Global Net, que "essa modalidade de exportação é uma ferramen-
ta de grande utilidade para as PME – Pequenas e Médias Empresas com vocação 
exportadora e que têm interesse em explorar o comércio eletrônico – e-commerce".
Na sistemática dessa modalidade, de acordo com o nosso já conhecido manual 
Exportação Passo a Passo:
© Comércio Exterior144
[...] a comprovação de ingresso no país das receitas de exportação 
pode se dar pela liquidação de contrato simplificado de câmbio de ex-
portação, pela liquidação simultânea de contrato simplificado de trans-
ferência financeira para constituição de disponibilidade no exterior, ou 
por operações de câmbio simplificado não simultâneas decorrentes de 
vendas de mercadorias e de serviços ao exterior, por pessoa física ou 
jurídica, observando-se o seguinte:
- as operações de valor igual ou inferior a US$ 50.000,00 (cinquenta 
mil dólares dos Estados Unidos) ou seu equivalente em outras moe-
das podem ser realizadas pelas sociedades de crédito, financiamento e 
investimento, sociedades corretoras de câmbio ou de títulos e valores 
mobiliários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários 
autorizadas a operar no mercado de câmbio;
- não há limite de valor para as operações conduzidas por bancos auto-
rizados a operar no mercado de câmbio.
De acordo com a Portaria SECEX nº 8/2008 que altera a Portaria SECEX 
nº 36 de 22 de novembro de 2007, qualquer produto pode ser exportado 
por intermédio do Simplex, tanto por empresas como por pessoas físicas 
(de acordo com o previsto nas respectivas portarias), exceto:
− exportação para consumo a bordo;
− exportação de material usado;
− exportação em consignação;
− exportação sujeita ao Registro de Venda (RV);
− exportação com financiamento do PROEX;
− exportação de produtos sujeitos a pagamento do Imposto de Expor-
tação;
− exportação sujeita ao regime aduaneiro de drawback;
− exportação sujeita a procedimentos especiais, em virtude da legisla-
ção ou de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil;
− exportação contingenciada;
− exportação sujeita a controles por órgãos governamentais.
[...]
Algumas características do Registro de Exportação Simplificado:
− os ingressos de valores decorrentes das vendas de mercadorias 
e de serviços ao exterior previstas no Simplex podem também ser 
conduzidos mediante utilização de cartão de crédito internacional 
emitido no exterior ou por meio de Vale Postal Internacional (Dinhei-
ro Certo – Correios);
− a negociação da moeda estrangeira deve ser formalizada mediante 
assinatura do boleto de compra e venda pelo exportador, nos mol-
des do Anexo 11 do RMCCI, com instituição integrante do Sistema 
Financeiro Nacional, autorizada a operar no mercado de câmbio, 
no país, e pode ocorrer até 360 dias antes ou até 360 dias após o 
embarque da mercadoria ou da prestação dos serviços.
− na utilização do câmbio simplificado, o exportador deverá guardar os 
respectivos documentos por cinco anos, para eventual verificação 
pelo Banco Central;
Claretiano - Centro Universitário
145© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
− aplica-se à exportação efetuada no quadro do Simplex o mesmo tra-
tamento tributário referente à exportação pelo sistema convencional 
(BRASIL GLOBAL NET, 2012).
Ressalta-se que não se pode utilizar o Simplex e o contrato de câmbio concomi-
tantemente, e que o contrato de câmbio simplificado é normalizado pelo Regula-
mento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI). 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
7. MODALIDADES DE PAGAMENTO
Não	basta	somente	negociar	em	moeda	estrangeira	o	valor	
do	 produto	 ou	 serviço	 comprado	 ou	 vendido.	 É	 necessário	 que	
seja	negociada	a	melhor	maneira	de	pagamento.
As	modalidades de pagamento,	também	conhecidas	como	
modalidades de transação,	constituem	o	meio	pelo	qual	o	paga-
mento	ou	a	cobertura	cambial	da	operação	se	efetiva.	Pela	trans-
ferência	da	moeda	estrangeira	é	que	se	dá	o	pagamento	ou	o	rece-
bimento	do	contravalor	em	moeda	nacional.
As	modalidades	de	pagamento	são	as	seguintes:
1)	 Pagamento	antecipado.
2)	 Cobrança	documentária.
3)	 Remessa	direta	de	documentos.
4)	 Carta	de	crédito.
Esses	 tipos	de	pagamentos	 são	 influenciados	pelo	grau	de	
confiança	estabelecido	entre	as	partes	envolvidas,	como	empre-
sas,	bancos	e	países;	e	pela	garantia	desejada	para	a	operação.	
Pagamento antecipado
O	pagamento	antecipado	ocorre	quando	o	importador	efe-
tua	 o	 pagamento	 ao	 exportador	 antes	mesmo	do	 embarque	de	
uma	mercadoria,	ou	antes	da	prestação	de	um	serviço.	
Essa	modalidade	é	utilizada,	especialmente,	quando	o	expor-
tador	necessita	de	recursos	financeiros	para	a	produção	da	merca-
doria	desejada	e	o	importador	lhe	fornece	esses	recursos	neces-
© Comércio Exterior146
sários.	Aqui,	é	necessário	que	o	importador	tenha	plena	confiança	
no	exportador,	pois,	no	caso	de	o	contrato	não	ser	cumprido,	ele	
poderá	encontrar	dificuldades	para	reaver	o	valor	desembolsado	
antecipadamente.
O	pagamento	antecipado	é	a	modalidade	de	maior	risco	para	o	
comprador;	por	isso,	ela	é	pouco	utilizada.	Entretanto,	nas	situações	
em	que	a	antecipação	de	uma	parte	do	pagamento	pode	contribuir	
para	uma	redução	no	preço	negociado	com	o	importador,	há	a	pos-
sibilidade	de	acontecer	essa	modalidade.	Tal	possibilidade	também	
ocorre	em	períodos	nos	quais	a	taxa	de	câmbio	não	é	favorável	ao	
exportador,	e	o	importador	antecipa	o	pagamento	(ou	parte	dele)	
para	ajudar	na	compra	dos	insumos	a	serem	usados	na	produção.
Os	 países	 carentes	 de	 divisas	 dificultam	 a	 utilização	 dessa	
modalidade,	pois	tal	forma	de	pagamento	representa	um	desem-
bolso	de	moeda	estrangeira	por	antecipação.	
São	as	seguintes	as	etapas	do	pagamento	antecipado:
1. Pagamento:	após	os	contatos	preliminares,	o	importador	com-
pra	a	mercadoria	do	exportador	e	efetua	o	pagamento	por	meio	
de	um	banco.
2. Embarque:	o	exportador	providencia	o	despacho	e	o	embarque	
da	mercadoria	para	o	importador.
3. Documentos:	o	exportador	remete	a	documentação	para	o	im-
portador.
4. Desembarque:	o	importador,	de	posse	dos	documentos,	solici-
ta	o	desembaraço	da	mercadoria(APRENDENDO	A	EXPORTAR,	
2012d).
Cobrança documentária
A	cobrança	documentária	é	uma	modalidade	de	transação	
na	qual	o	exportador,	após	o	embarque	da	mercadoria,	entrega	a	
um	banco	(o	remetente)	os	documentos	representativos	da	expor-
tação	e	a	letra	de	câmbio	–	que	também	é	conhecida	por	"cambial"	
ou	"saque"	–,	a	fim	de	que	estes	sejam	encaminhados,	por	meio	
de	uma	carta	de	cobrança,	a	um	banco	no	país	do	importador	(o	
Claretiano - Centro Universitário
147© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
cobrador),	que	se	incumbirá	de	obter	do	importador	o	pagamento.	
Vale	ressaltar	que	o	banco	cobrador	entregará	os	documentos	ao	
importador	mediante	o	pagamento	ou	o	aceite	do	saque;	então,	o	
importador	poderá	desembaraçar	a	mercadoria	importada.
Os	documentos	a	 serem	encaminhados	 juntamente	com	a	
carta	de	cobrança	são:
1)	 Fatura	comercial;
2)	 Conhecimento	de	embarque;
3)	 Certificado	de	origem	(se	for	necessário);
4)	 Packing list	(romaneio);
5)	 Apólice	de	seguro	internacional;
6)	 Outros	certificados	(quando	exigidos	pelo	importador).
Nas	cobranças à vista,	o	risco	para	o	exportador	é	limitado,	
pois	a	documentação	necessária	ao	desembaraço	da	mercadoria	
somente	será	liberada	contra	o	pagamento.	
Já	nas	cobranças a prazo,	ocorre	um	risco	maior,	pois	a	docu-
mentação	será	liberada	mediante	aceite	cambial,	cujo	pagamento	
deverá	ser	efetuado	no	vencimento.	Se	o	pagamento	não	for	efe-
tuado,	o	importador	estará	sujeito	a	sanções	legais.
Veja	as	etapas	dessa	modalidade:
1. Embarque:	após	os	contatos	preliminares,	o	exportador	efetua	
a	venda	da	mercadoria	e	providencia	o	despacho	e	o	embarque.
2. Documentos:	assim	que	a	mercadoria	é	embarcada,	o	expor-
tador	dirige-se	a	um	banco	em	seu	país,	com	os	documentos	
da	exportação	e	um	saque	contra	o	importador,	e	contrata	os	
serviços	desse	banco.
3. Documento em cobrança:	o	banco	do	exportador	envia	os	do-
cumentos	e	o	saque	a	um	seu	correspondente	no	país	do	im-
portador	(banco	cobrador).
4. Documentos:	o	banco	cobrador	entrega	os	documentos	ao	impor-
tador,	que	paga	à	vista	ou	aceita	o	saque	para	pagamento	futuro.
5. Ordem de pagamento:	assim	que	o	importador	efetua	o	paga-
mento	ou	aceita	a	cambial,	o	banco	cobrador	expede	a	ordem	
de	pagamento	(no	caso	do	pagamento	à	vista)	ao	banco	do	ex-
portador.
© Comércio Exterior148
6. Pagamento:	o	banco	do	exportador	efetua	o	pagamento	a	ele.
7. Desembarque:	finalmente,	de	posse	dos	documentos,	o	impor-
tador	solicita	o	desembarque	da	mercadoria	(APRENDENDO	A	
EXPORTAR,	2012c).
Para	os	casos	de	cobrança	a	prazo,	ainda	acrescentamos	a	
etapa	"pagamento da cambial a prazo",	na	qual	o	importador	efe-
tua	o	pagamento	dessa	cambial	na	data	combinada.
Remessa direta de documentos ou remessa sem saque
Essa	 modalidade	 ocorre	 quando	 o	 exportador	 embarca	
a	mercadoria	 e	 remete	 toda	 a	documentação	necessária	 ao	de-
sembaraço	das	mercadorias	diretamente	ao	importador.	Com	es-
ses	documentos,	ele	providenciará	o	desembaraço	aduaneiro	das	
mercadorias	e	posteriormente	efetuará	o	pagamento	por	meio	de	
um	banco	cobrador,	que	apresentará	a	letra	de	câmbio	para	o	de-
vido	recebimento.	
Tal	modalidade	de	pagamento	exige	total	confiança	do	ven-
dedor	no	comprador,	pois	não	há	um	título	representativo	de	cré-
dito	(cambial,	letra	de	câmbio	ou	saque).
A	remessa	direta	de	documentos	é	comumente	utilizada	na	
condução	de	operações	entre	empresas	coligadas.	
Ela	tem	a	vantagem	de	se	constituir	na	maneira	mais	rápida	
de	os	documentos	chegarem	ao	importador,	uma	vez	que	o	trânsi-
to	bancário	é	eliminado,	evitando,	inclusive,	o	pagamento	de	des-
pesas	com	armazenagem	no	local	de	desembarque.
São	as	seguintes	as	etapas	dessa	modalidade:
1. Embarque:	após	os	contatos	preliminares,	o	importador	com-
pra	a	mercadoria	do	exportador;	este	providencia	o	despacho	
e	embarque.
2. Documentos:	 o	 exportador	 remete	 a	 documentação	 direta-
mente	para	o	importador.
3. Desembarque:	de	posse	dos	documentos,	o	importador	solicita	
o	desembaraço	da	mercadoria.
Claretiano - Centro Universitário
149© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
4. Pagamento:	o	importador,	por	meio	de	um	banco	localizado	no	
seu	país,	providencia	o	pagamento.
5. Ordem de pagamento:	o	banco	do	importador	remete	uma	or-
dem	de	pagamento	ao	banco	do	exportador.
6. Pagamento:	 finalmente,	o	banco	do	exportador	efetua	paga-
mento	(APRENDENDO	A	EXPORTAR,	2012e).
Carta de crédito
Como	as	cobranças	não	oferecem	uma	garantia	total	do	pa-
gamento	das	exportações,	a	fim	de	suprir	essa	limitação,	foi	criada	
a	carta	de	crédito.	
Também	conhecida	como	crédito documentário,	a	carta	de	
crédito	é	uma	modalidade	bastante	usual,	porque	oferece	maior	
garantia	tanto	ao	exportador	quanto	ao	importador.	Ela	nada	mais	
é	do	que	uma	promessa	de	pagamento	condicional	cuja	efetivação	
está	sujeita	ao	cumprimento	de	uma	série	de	exigências	feitas	pelo	
tomador	(o	importador),	que	deverão	ser	cumpridas	pelo	benefi-
ciário	(o	exportador),	como:
1)	 Prazo	de	embarque.
2)	 Quantidade,	valor	e	características	da	mercadoria.
3)	 Local	de	embarque	e	de	desembarque.
4)	 Apresentação	 dos	 documentos	 representativos	 da	 ex-
portação	de	acordo	com	o	especificado.
É	a	modalidade	de	transação	que	oferece	maior	respaldo	ao	
exportador,	pois	a	operação	envolvida	é	garantida	por	um	ou	mais	
bancos	que	se	responsabilizam	pelo	pagamento.
Conforme	orienta	o	Sebrae,	em	seu	trabalho	Formas de pa-
gamento utilizadas no comércio exterior:	
É	importante	notar	que	as	instituições	financeiras	trabalham	com	
documentos	e	não	com	mercadorias.	Por	exemplo,	o	banco	con-
fere	os	dados	do	Conhecimento de Embarque	para	verificar	se	as	
mercadorias	estão	de	acordo	com	a	descrição	contida	no	crédito	
documentário.	Se	o	conhecimento	de	Embarque	for	fraudado,	não	
haverá	responsabilidade	do	banco	(SEBRAE,	2012).
© Comércio Exterior150
Além	disso,	esse	documento	cita	que	a	carta	de	crédito	tam-
bém	deve	trazer	qual	é	a	forma	de	pagamento	negociada,	ou	seja,	
como	é	que	o	pagamento	será	efetuado.	Estas	são	as	opções	exis-
tentes	para	o	pagamento:
•	 à vista:	se	a	documentação	estiver	em	ordem,	o	exportador	re-
cebe	o	pagamento	de	imediato;
•	 por aceite de letra de câmbio:	o	banco	sacado	dará	o	aceite	e	
devolverá	a	letra	de	câmbio	ao	exportador,	que	poderá	nego-
ciar	o	seu	desconto	na	rede	bancária;
•	 por diferimento:	 pagamento	 efetuado	 na	 data	 designada	 na	
carta	de	crédito;
•	 por negociação:	negociação	da	carta	de	crédito	com	um	banco)	
(SEBRAE,	2012).
Em	casos	de	pagamento	por	negociação,	a	carta	de	crédito	
pode	ser	restrita	ou	irrestrita.	
Ela	 será	 restritiva	 quando	 o	 importador,	 por	meio	 do	 seu	
banco	emissor	do	crédito	documentário,	designar,	na	carta	de	cré-
dito,	o	banco	avisador,	e	ela	será	irrestrita	quando	o	banco	avisa-
dor	for	de	livre	escolha	do	exportador.	Essa	segunda	alternativa	é	
a	mais	conveniente	para	o	exportador,	porque	ela	aumenta	a	sua	
capacidade	de	negociação	com	os	bancos.
Em	geral,	a	carta	de	crédito	é	 irrevogável,	 isto	é,	o	 impor-
tador,	que	é	o	emissor	da	carta	de	crédito,	só	pode	cancelá-la	ou	
modificá-la	com	a	aprovação	do	exportador.	
Ela	pode,	também,	ser	transferível,	ou	seja,	o	exportador	pode	
transferir	o	valor	ou	uma	parte	do	crédito	para	outros	beneficiários.
Essa	modalidade	é	muito	utilizada	nas	exportações	de	com-
modities.
Assim,	o	crédito	documentário	é	uma	alternativa	para	o	ex-
portador	que	não	quer	assumir	os	riscos	comerciais	de	uma	opera-
ção,	pois	a	responsabilidade	de	pagamento	é	conferida	ao	banco,	
mediante	o	cumprimento	dos	termos	e	das	condições	do	crédito,	
podendo,	também,	ter	eliminados	ou	reduzidos	os	riscos	políticos	
quando	se	utiliza	de	uma	carta	de	crédito	confirmada.
Claretiano - Centro Universitário
151© U4- Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
Entretanto,	é	muito	importante	que	o	exportador	verifique	
atentamente	todas	as	exigências	que	constam	nesse	documento,	
pois	qualquer	discrepância	no	atendimento	das	exigências	impos-
tas	pelo	importador	poderá	comprometer	a	exportação.
Nos	 casos	 em	 que	 ocorrerem	 discrepâncias,	 o	 exportador	
deverá	contatar	o	importador	antes	do	embarque	da	mercadoria	
para	pedir	emendas	na	carta	de	crédito	e	evitar	maiores	transtor-
nos	e	possíveis	atrasos	na	liquidação	desta.
As	cartas	de	crédito	são	regulamentadas	desde	o	dia	1º	de	
janeiro	de	1994,	pela	Publicação	500	da	Câmara	de	Comércio	In-
ternacional	(CCI),	que	estabelece	as	"Regras	e	Usos	Uniformes	so-
bre	Créditos	Documentários".
Veja,	a	seguir,	as	etapas	dessa	modalidade:
1. Abre o crédito:	após	os	contatos	preliminares,	o	importador	so-
licita	a	um	banco	de	seu	país	a	abertura	de	um	crédito	em	favor	
do	exportador.
2. Emite carta de crédito:	o	banco	importador	emite	carta	de	cré-
dito	e	comunica	ao	banco	do	país	do	exportador	a	existência	
desse	crédito.
3. Comunica o crédito:	o	banco	do	exportador	comunica	a	ele	a	
chegada	da	carta	de	crédito	e	suas	condições.
4. Embarque:	o	exportador	providencia	o	embarque	da	mercadoria.
5. Documentos e pagamentos:	 o	 exportador	 entrega	 os	 docu-
mentos	exigidos	pelo	crédito	ao	banco	[banco	avisador]	de	seu	
país	e	este	recebe	os	documentos,	examina-os	e,	se	estiverem	
em	ordem,	efetua	o	pagamento	ao	exportador.
6. Documentos:	o	banco	do	exportador	remete	os	documentos	ao	
banco	do	importador.
7. Documentos e reembolso:	o	banco	do	importador	entrega	os	
documentos	 a	ele	e	 cobra	deste	o	 reembolso	do	pagamento	
efetuado.
8. Desembarque:	o	importador,	de	posse	dos	documentos,	paga	
os	direitos	aduaneiros	e	retira	a	mercadoria	(APRENDENDO	A	
EXPORTAR,	2012b).
No	Quadro	1,	 veja	 algumas	das	 vantagens	e	desvantagens	
das	quatro	modalidades	de	pagamento	apresentadas.
© Comércio Exterior152
Quadro 1	Vantagens	e	desvantagens	das	quatro	modalidades	de	
pagamento.
MODALIDADE AGENTES VANTAGENS DESVANTAGENS
PAGAMENTO	
ANTECIPADO
Exportador
−	 Isenção	dos	custos	
de	cobrança,	do	risco	
de	insolvência	do	
importador;
−	 Recursos	a	custo	mais	
baixo;
−	 Isenção	de	despesas	
com	garantia	para	
captação	de	ACC.
−	 Assume	o	risco	de	
variação	cambial;
−	 Variação	do	custo	
de	matérias-primas	
importadas;
−	 Risco	de	gravames	
tributários.
Importador
−	 Transferência	do	
risco	de	variação	do	
preço	do	bem	ao	
exportador;
−	 Garantia	de	um	
fornecedor	cativo.
−	 Desencaixe	de	
capital	de	giro	
antecipadamente	ao	
embarque	do	bem;
−	 Assume	os	riscos	
políticos/comerciais;
−	 Atrasos	por	
contingenciamento	
da	exportação	do	
produto.
REMESSA	SEM	
SAQUE
Exportador
−	 Isenção/redução	de	
despesas	bancárias;
−	 Maior	agilidade	
na	tramitação	de	
documentos.
−	 Assume	o	risco	de	
inadimplência	do	
importador.
Importador
−	 Isenção	de	despesas	
bancárias;
−	 Recebimento	de	
mercadoria	sem	aceite/
pagamento	da	cambial;
−	 Maior	agilidade	
na	tramitação	de	
documentos.
−	 Risco	de	extravio	de	
documentação.
COBRANÇA	
DOCUMENTÁRIA
Exportador
−	 Garantia	de	que	
a	mercadoria	só	
será	entregue	ao	
importador,	após	este	
aceitar	ou	pagar	o	
saque.
−	 Assume	o	custo	
bancário	da	operação;
−	 Assume	o	risco	de	
inadimplência	do	
importador.
Importador
−	 Intermediação	da	
operação/tramitação	
de	documentos	via	
banco,	reduzindo-se	o	
risco	de	extravio.
−	 Liberação	da	
mercadoria	somente	
após	o	pagamento/
aceite	do	saque.
Claretiano - Centro Universitário
153© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
MODALIDADE AGENTES VANTAGENS DESVANTAGENS
CARTA	DE	
CRÉDITO
Exportador
−	 Garantia	do	
recebimento	do	valor	
da	exportação,	ao	
cumprir	os	termos	e	
condições	da	carta	de	
crédito.
Importador
−	 Pagamento	da	
operação	somente	
quando	cumpridos	os	
termos	e	condições	da	
carta	de	crédito.
Fonte:	APRENDENDO	A	EXPORTAR	(2012f).
8. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira,	a	seguir,	as	questões	propostas	para	verificar	seu	de-
sempenho	no	estudo	desta	unidade:
1)	 Qual	é	a	importância	do	dólar	como	moeda	conversível	e	adotada	nas	rela-
ções	comerciais	internacionais?
2)	 Na	política	interna	do	Brasil,	é	importante	o	controle	governamental	do	mer-
cado	de	câmbio?
3)	 Qual	é	a	importância	do	Simplex	para	as	empresas	que	exportam	pequenos	
valores?
9. CONSIDERAÇÕES
Terminamos	mais	uma	unidade	deste Caderno de Referência 
de Conteúdo.	Aqui,	você	pôde	aprender	a	respeito	da	moeda	e	das	
operações	cambiais,	bem	como	da	forma	em	que	ocorrem	as	tran-
sações	financeiras.
Agora,	 recapitule	 o	 que	 foi	 estudado	 para	 consolidar	 seus	
conhecimentos,	preparando-se,	dessa	maneira,	para	as	próximas	
unidades.
Até	mais!
© Comércio Exterior154
10. E-REFERÊNCIAS
APRENDENDO	A	EXPORTAR.	Faturamento da exportação.	Disponível	em:	<http://www.
aprendendoaexportar.gov.br/sitio/paginas/comExportar/fatExportacao.html>.	 Acesso	
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aprendendoaexportar.gov.br/informacoes/modalidadesdepagamento_cc.htm>.	 Acesso	
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______.	 ______.	 Cobrança documentária.	 Disponível	 em:	 <http://www.
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em:	23	jul.	2012c.
______.	 ______.	 Pagamento antecipado.	 Disponível	 em:	 <http://www.
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______.	______.	Remessa sem saque.	Disponível	em:	<http://www.aprendendoaexportar.
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______.	 ______.	 Vantagens e desvantagens.	 Disponível	 em:	 <http://www.
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de	Câmbio	e	Capitais	Internacionais	(RMCCI)	ao	disposto	na	Resolução	3.356,	de	2006.	
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,	Brasília,	DF,	5	abr.	2006.	Disponível	em:	
<https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?method=detalharNormat
ivo&N=106096230>.	Acesso	em:	24	jul.	2012.
BRASIL	GLOBAL	NET.	Manuais.	Exportação passo a passo.	Disponível	em:	<http://www.
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pdf>.	Acesso	em:	19	jul.	2012.
CMN.	 CONFEDERAÇÃO	NACIONAL	DE	MUNICÍPIOS.	Royalties.	 Disponível	 em:	 <http://
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KISTLER,	H.	O	dólar	como	moeda	internacional	de	referência:	é	possível	sua	substituição?	
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pontes/57118/>.	Acesso	em:	23	jul.	2012.
FREITAS,	N.	Artigos.	Mercado de câmbio.	Disponível	 em:	<http://www.newton.freitas.
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www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/FADEE6018F13BE3D03257146006AAD5D/
$File/NT000AFA9A.pdf>.	Acesso	em:	23	jul.	2012.
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155© U4 - Mercado Internacional: Câmbio e Modalidades de Pagamento
11. REFERÊNCIAS	BIBLIOGRÁFICAS
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CAIXETA,	N.;	NETZ,	C.;	GALUPPPO,	R.	Passaporte para o mundo.	São	Paulo:	Nobel,	2006.
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exterior:	 as	 transações	 internacionais	 no	 contexto	 da	 globalização.	 2.	 ed.	 São	 Paulo:	
Plêiade,	2000.
DE	NEGRI,	J.	A.;	ARAÚJO,	B.	C.	(Org.).	As empresas brasileiras e o comércio internacional.	
Brasília:	Ipea,	2006.
DIAS,	 R.;	 RODRIGUES,	W.	 (Org.).	Comércio exterior:	 teoria	 e	 gestão.	 São	 Paulo:	 Atlas,	
2004.
LEAL,	A.	M.	Manual de termos técnicos do comércio exterior e transportes marítimos.	2.	
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MAIA,	J.	M.	Economia internacional e comércio exterior.	11.	ed.	São	Paulo:	Atlas,	2007.
RATTI,	B.	M.	Comércio	Internacional	e	Câmbio.	9.	ed.	São	Paulo:	Aduaneiras,	1997.
RODRIGUES,	W.	Comércio exterior.	 Incoterms:	 operacionalização	 e	 prática.	 Campinas:	
Alínea,	2003.
SEGRE,	G.	(Org.).	Manual prático de comércio exterior.	São	Paulo:	Atlas,	2006.
VAZQUEZ,	J.	L.	Comércio exterior brasileiro.	8.	ed.	São	Paulo:	Atlas,	2007.
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