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Cinesiologia Profª Danielle Miyuki Goto Plano de ensino Carga horária 80 horas Teórica: 40h Prática: 40h Ementa Conceituação e desenvolvimento das bases biomecânicas envolvidas no movimento humano, bem como a prática de técnicas de avaliação que visam analisar a função dos músculos envolvidos nos diferentes movimentos articulares. Conteúdos Programáticos Apresentação da disciplina, bibliografia, discussão dos conteúdos e definição dos objetivos da Cinesiologia, definição dos planos e eixos de movimento, definição dos movimentos articulares e intra-articulares, sistema de alavancas que possibilitam movimentos e torque, Definição dos diferentes papéis assumidos pelos músculos durante a execução dos movimentos. Definição e execução dos tipos de contração muscular e graus de força muscular, Análise cinesiológica: da articulação do quadril e da pelve, do complexo articular do joelho, do complexo articular do pé e tornozelo, da articulação temporo-mandibular e da coluna cervical, da coluna torácica, lombar e do sacro, do complexo articular do ombro, do complexo articular do cotovelo e antebraço, do complexo articular do punho e da mão. Aulas Práticas: Visualização dos posicionamentos adequados para realizar os testes de força muscular e treino dos testes de força específicos em todos os segmentos do corpo discutidos na parte teórica. Cronograma Semana Data Conteúdo 1ª 11/08 Apresentação da disciplina + Revisão de Biomecânica – Planos e eixos, torque, alavanca e tipos de contração 2ª 18/08 Análise Cinesiológica das Articulações do quadril e cintura pélvica 3ª 25/08 Análise Cinesiológica das Articulações do quadril e cintura pélvica (prática) 4ª 01/09 Análise Cinesiológica das Articulações do joelho 5ª 08/09 Análise Cinesiológica das Articulações do tornozelo e pé 6ª 15/09 Análise Cinesiológica das Articulações de MMII (prática) 7ª 22/09 Análise Cinesiológica das Articulações do ombro e cintura escapular 8ª 29/09 Análise Cinesiológica das Articulações do ombro e cintura escapular (prática) 9ª 06/10 Análise Cinesiológica das Articulações do cotovelo 10ª 13/10 AV1 (prática) 11ª 20/10 AV1 (teórica/prática) 12ª 27/10 Análise Cinesiológica das Articulações do punho e mão 13ª 03/11 Análise Cinesiológica das Articulações do cotovelo, punho e mão (prática) 14ª 10/11 Análise Cinesiológica das Articulações da Coluna 15ª 17/11 Análise Cinesiológica das Articulações da Coluna (prática) 16ª 24/11 Análise Cinesiológica da Articulação Temporo-Mandibular 17ª 01/12 AV2 18ª 08/12 AV3 19ª 15/12 REVISÂO DE NOTAS Bibliografia Básica • Kendall; F.P; Mccreary, E.K; Provance, P.G; Rodgers, M.M; Romani, W.A. Músculos: Provas e Funções. São Paulo: Manole, 2007. • Smith, L.K; Weiss, E.L; Lehmkuhl, L.D. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. São Paulo: Manole. 1997. • Hamil, J; Knutzen, K.M.K; Bases biomecânicas do movimento humano. São Paulo, Manole, 1999 • Hall, S.J. Biomecânica Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.2000. Complementar • Kapandji, A.I. Fisiologia Articular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Vols(1,2,3). 2000. • Lynn, L. Cinesiologia Clínica para Fisioterapeutas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.2003 • Thompson, C. Manual de Cinesiologia Estrutural. São Paulo: Manole, 2002. Cinesiologia • Definição: estudo do movimento. • Objetivo: compreender das forças que atuam sobre o corpo humano e manipular estas forças em procedimentos de tratamento tais que o desempenho humano possa ser melhorado e lesão adicional possa ser prevenida. Cinemática • Definição: ciência do movimento dos corpos no espaço. • Osteocinemática: movimentos dos ossos (ex: flexão, extensão, adução, abdução e rotação) • Artrocinemática: movimentos articulares (ex: rolamento, deslizamento e translação) Osteocinemática • Flexão: mov. de inclinação de um osso sobre o outro causando uma diminuição no ângulo articular. • Extensão: mov. de alinhamento de um osso em relação ao outro, causando um aumento no ângulo articular. Osteocinemática • Abdução: mov. para longe da linha mediana. • Adução: mov. para perto da linha mediana. • Rotação: mov. de um osso em torno do seu eixo longitudinal. Se a face do osso se mover em direção a linha mediana (ex. rotação medial ou interna) • Inclinação Lateral: Quando o corpo se move lateralmente. Osteocinemática • Inversão: é mover a sola do pé medialmente. • Eversão: é mover a sola do pé lateralmente. • Dorsiflexão: é a combinação de adução com supinação. • Flexão Plantar: é a combinação de abdução com pronação. Osteocinemática • Adução Horizontal: quando a articulação do ombro é flexionada a 90o e depois aduzida. • Abdução Horizontal: quando a articulação do ombro é flexionada a 90o e depois abduzida. • Desvio Ulnar: Quando a mão se move medialmente em direção a ulna. • Desvio Radial: Quando a mão se move lateralmente em direção ao rádio. • Supinação: a palma da mão está olhando para frente. • Pronação: a palma da mão está olhando para trás. Artrocinemática Formas de movimento 1- Movimento Linear (deslizamento ou translação) • Todas as partes do corpo movem-se a mesma distância, na mesma direção, para o mesmo intervalo de tempo • Movimentos retilíneos ou curvilíneos Deslizamento Artrocinemática Formas de movimento 2- Movimento Angular (rolamento) • Todas as partes do corpo movem-se no mesmo ângulo, na mesma direção, para o mesmo intervalo de tempo • Movimentos caracterizados por eixos de rotação Rolamento Classificação das articulações • Há 3 grandes grupos : - Fibrosa - Cartilaginosa (Anfiartrose) - Sinoviais (Diartrose) Fibrosas • O que as interpõe é tec. conjuntivo fibroso. A grande maioria se encontra no Crânio. Possui uma mobilidade reduzida. a) Suturas -planas ossos nasais -escamosa ossos parietais -serreadas osso temporal b) Sindesmose ou Ligamentosa – não são encontradas no crânio. Ex:tíbio-fibular c) Gonfose – entre os dentes e a parede dos alvéolos. Fibrosas Anfiartroses • O que interpõe é tecido cartilaginoso. - Cartilagem Hialina SINCONDROSE (ex: sincondrose esfeno-occipital) - Cartilagem Fibrosa SÍNFISE (ex: sinfise púbica) Cartilaginosas (Anfiartroses) Sínfise púbica Sinoviais ou Diartroses • Os elementos que a interpõe é o líquido sinovial. Sendo que a cápsula articular é o elemento que envolve esta articulação. • É uma articulação com movimentos livres. Não há ligação direta entre as extremidades. Sinoviais ou Diartroses Classificação Morfológica da Diartroses • Plana ou Irregular permite deslizamento (ex. Sacro-ilíaca) anaxial • Dobradiça ou Ginglimo refere-se aos mov. que são realizados: flexão e extensão (ex. artic. do cotovelo) uni-axial • Trocóidea São segmentos de cilindro. Permitem rotação e seu eixo de mov. é único= longitudinal uni-axial (ex. rádio ulnar proximal) Classificação Morfológica da Diartroses • Condilar uma superfície articular com formato convexo ovóide, e a outra superfície com formato côncavo. Movimentos flexão, extensão, abdução, adução e circundução. Ex: articulações radiocárpicas. bi-axial (ex. Art. rádio cárpica). • Selar apresenta concavidade num sentido e convexidade no outro. Superfícies ósseas possuem formato de assento de sela de equitação. Movimentos mesma da condilóidea (com maior ADM). bi-axial (ex.carpometacarpica do polegar) • Esferóide as superfícies articulares são esferas e se encaixam em receptáculo ocos. tri-axial Movimentos nos 3 planos de movimento (F/E, ABD/ADD E Rotações) TIPO MOV. ESTRUTURA EXEMPLOS Sinartrose zero Fibrosa/sutura Ossos do crânio Sindesmose ligeiro Fibrosa/ligam. Tíbio-fibular distal Anfiartrose pouco cartilagínea Sínfise púbica,vertebras Diartrose livre sinovial Quadril, cotovelo, joelho Classificação da Articulação Planos e eixos • Para definir os movimentos das articulações e segmentos e para registrar a localização no espaço de pontos específicos no corpo, é necessário um ponto de referência. • Posição anatômica do corpo: posição em pé ereta com a cabeça, os dedos dos pés e as palmas das mãos para frente e com os dedos das mãos estendidos . Plano Sagital Plano Frontal Plano Transversal Eixo látero-lateral Eixo ântero-posterior Eixo longitudinal Eixo longitudinal Plano transversal Eixo ântero-posterior Eixo látero-lateral Classificação Funcional Graus de liberdade •Anaxial O mov. tende a ser linear em vez de angular •Uni-axial Possui 1 grau de liberdade •Bi-axial Possui 2 graus de liberdade •Tri-axial Possui 3 graus de liberdade Músculos • Nome dos músculos: • Localização (tibial anterior, reto abdominal) • Forma (trapézio, serrátil) • Ação (extensor ulnar do carpo) • Número de divisões ou cabeças (bíceps braquial) • Fixações – origem/inserção (ECM) • Direção das fibras (oblíquo interno, externo) • Tamanho do músculo (peitoral maior e menor) Função • Agonista: músculo ou grupo muscular que causam o movimento • Antagonista: músculo que faz o movimento oposto ao do agonista • Sinergista: músculos agonistas secundários e estabilizadores • Fixadores: músculos que suportam mantém firme uma parte do corpo e auxilia a ação do agonista • Neutralizadores: Previne movimentos indesejados Tipos de contrações musculares Todas as contrações musculares podem ser classificadas como isométricas ou isotônicas: • isométricas ocorrem quando a tensão desenvolvida é dentro do músculo, mas os ângulos articulares permanecem constantes. Elas podem ser imaginadas como estáticas, já que pode ser desenvolvida uma quantidade significativa de tensão no músculo para manter o ângulo articular numa posição relativamente estática ou estável. • isotônicas envolvem desenvolvimento de tensão por parte do músculo para originar ou controlar o movimento articular e podem ser imaginadas como contrações dinâmicas, já que a variação no grau de tensão dos músculos faz com que os ângulos articulares mudem. O tipo isotônico de contração muscular é ainda subdividido em concêntrico e excêntrico, dependendo se ocorrerá encurtamento ou alongamento. Conceituando os tipos de contrações: Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a contração. Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto outras são movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa. Cadeias cinéticas • Cadeia Cinética Aberta • Cadeia Cinética Fechada TESTE DE FORÇA MUSCULAR Teste de Força muscular • Teste manual • Tomar cuidado com a parte lesada ser manuseada • Bom posicionamento – dor • Habilidade para aplicar pressão ou resistência – melhor resposta • Aplicar o teste chega a ser uma arte • Afetar a precisão • Os achados são úteis apenas quando são acurados • Testes não acurado resultam em mau encaminhamento - diagnósticos errados • Cada músculo é um movimento primário em uma ação específica • Deve-se conhecer a ação do músculo (origem e inserção) • Agonistas e antagonistas • Faz parte do exame físico. Teste de Força muscular Os testes dependem • Conhecimento • Habilidade • Experiência do examinador A importância do teste: • Diagnosticar, dar prognóstico e tratamento a distúrbios neuromusculares e musculoesqueléticos. • Neuromusculares (fraqueza muscular) • Músculo-esqueléticos (alongar músculo- encurtados – fortalecer músculos fracos) Etapas para Realizar um Teste Muscular Manual 1. Explicar a finalidade do procedimento ao paciente; 2. Posicionar o paciente na posição com gravidade resistida 3. Estabilizar o segmento articular proximal 4. Instruir o paciente acerca do movimento específico a ser realizado enquanto se movimenta passivamente o segmento articular distal do paciente através da amplitude de movimento. Etapas para Realizar um Teste Muscular Manual 5. Recolocar o segmento distal na posição inicial 6. Palpar o músculo que está sendo testado enquanto é mantida a estabilidade do segmento articular proximal 7. Pedir ao paciente que se movimente ativamente através de sua amplitude disponível de movimento. Símbolos de Graduação (0) Nulo não se sente contração nenhuma (1) Traço pode –se sentir o enrijecimento muscular, mas não se consegue produzir movimento (2) Fraca ou precária produz mov com a gravidade eliminada, mas não é capaz de funcionar contra a gravidade • Símbolos de Graduação (3) Regular consegue elevar a parte contra a gravidade (4) Boa pode elevar a parte contra resistência externa bem como contra a gravidade (5)Normal é capaz de superar maior quantidade de resistência do que o músculo bom Obrigada!
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