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Prof. José Araújo (DIP) - Resumo Prova 2
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Tribunal de Justiça dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e RS Esses tribunais posicionam-se contrariamente ao do Rio de Janeiro. Eles não aceitavam clausulas que resultassem na incompetência da justiça brasileira. Somente um caso foi favorável a clausula de eleição de foro estrangeiro: um contrato de representação comercial firmado no exterior. Ademais, foro estrangeiro não era aceito, bem como a jurisprudência estrangeira. Glossário: “Salvo estipulação em contrário” (art. 13): O Artigo 13 regulará, salvo estipulação em contrário, quando á substância e aos efeitos das obrigações, a lei do lugar ondem forem contraídas. FACAMP – Faculdades de Campinas 3ºB 2012 10 CIDACI: Convenção Interamericana sobre o Dir. Aplicável aos Contratos Internacionais. Derrogação: É a revogação parcial de uma lei. Litígio: contestação, pendência contestada. TRF: Tribunal Regional Federal – Os Tribunais Regionais são responsáveis por julgar ações de qualquer estado da federação. Ação rescisória: é a forma de impugnar uma ação judicial transitada em julgado, para desconstituir a coisa julgada material. Ação de competência originária dos tribunais por meio do qual se pede a anulação ou desconstituição de uma sentença ou acórdão transitado materialmente em julgado e a eventual reapreciação do mérito. Trânsito em julgado: Expressão usada para uma decisão (sentença ou acórdão) da qual não se pode mais recorrer, seja porque já passou por todos os recursos possíveis, seja porque o prazo para recorrer terminou. Forum Non Conveniens: o poder discricionário de um tribunal para declinar a competência que lhe foi atribuída, em função da conveniência das partes (testemunhas, etc.), no interesse da Justiça. Denegação de justiça: Falta de acesso à prestação de serviço jurisdicional. Declinatoria Fori: declinação ao foro; recusa ao foro. Embargo infringente: Os embargos infringentes são recursos cabíveis contra apelação e ação rescisória, no caso em que ambas forem julgadas procedentes. Este recurso é corriqueiramente conhecido como o “recurso do recurso”, podemos fazer um paralelo entre ele e a impugnação de contestação no rito ordinário. Jurisprudência: conjunto de soluções dadas pelos tribunais as questões do Direito; na atualidade possui 3 funções distintas mas complementares: 1) função quase automática de aplicar a lei; 2) função de adaptação, consiste em pôr a lei em harmonia com as ideias contemporâneas e as necessidades modernas; 3) função criadora, destinada a preencher as lacunas da lei. Autonomia da vontade: Princípio no qual se funda a liberdade contratual dos contratantes, consistindo no poder de estipular livremente, como melhor lhes convier, mediante acordo de vontades, desde que se submetam à norma jurídica e seus fins não contrariem a ordem pública e os bons costumes. Depéçage: Mecanismo pelo qual um contrato é dividido em diversas partes, onde cada uma delas será submetida a leis diferentes. Homologação: confirmar ou aprovar por autoridade judicial ou administrativa. Acórdãos: São decisões que podem ser emanadas de um juiz embargador e etc. FACAMP – Faculdades de Campinas 3ºB 2012 11 Capítulo 15: Direito de Família no DIPr “A família sempre foi a peça nuclear da sociedade, tendo recebido do Direito a correspondente proteção” (ARAÚJO, p. 441). Na concepção clássica, o casamento compreende as pessoas procedentes dessa união e aquelas que vinham de uma genealogia antepassada comum ou até mesmo pela adoção, mas hoje nota-se uma mudança da concepção clássica a partir da “família moderna”, que envolve inclusive o plano internacional. Um dos motivos dado pela autora da ocorrência dessa nova concepção de família é o avanço da comunicação global, possibilitando a relação das famílias transnacionais, o que afeta o DIPr principalmente em relação à validade do casamento, ao regime de bens e à questões relacionadas as crianças. Outra mudança, ressaltada por Renato Ribeiro, é que hoje a família como um todo se tornou mais empenhada em ser feliz, pois a sua manutenção não é mais obrigatória, “ela só sobrevive quando vale a pena”, estando estes, então, mais dispostos a correr riscos em busca dessa felicidade, sendo este um assunto delicado (ARAÚJO, p. 442). No plano interno sempre houve regras que regulassem as questões relativas ao casamento, mas com a globalização, segundo a autora, foi desenvolvida uma dicotomia: enquanto os direitos individuais são de caráter universal, as necessidades específicas do interesse da família estão atreladas à cultura, às tradições e à religião de cada sociedade, sendo o conflito entre culturas um dos maiores problemas para o DIPr lidar. Desde 1942, o Brasil adota o caráter domiciliar para reger as questões relativas à habilidade de julgar estes casos, excluindo os brasileiros domiciliados no estrangeiro dessas regras brasileiras. 15.1.1 – Casamento celebrado no Brasil Em relação aos casamentos solenizados no Brasil que tem repercussões no DIPr depende de duas coisas: “da capacidade dos nubentes e de quando um dos nubentes está se habilitando no Brasil, mas seu divórcio se deu no exterior” (ARAÚJO. p. 445). De acordo com o artigo 7º, as formalidades da celebração do casamento realizado no Brasil seguem a lei brasileira, sendo, portanto, uma aplicação da locus regit actum (o lugar regula o ato) que especificamente segue a regra lex loci celebrationis (lei do lugar onde o casamento é celebrado). Em 1917, o LICC definiu o critério como sendo o da nacionalidade, mas os atos jurídicos estavam subordinados ao locus regit actum. Em 1942, esse sistema foi modificado para o critério domiciliar Para Amílcar Castro, como o casamento interessa a ordem pública não deve ser tratado em igualdade com qualquer outro contrato feito pelo direito de obrigações, até mesmo porque para Castro o próprio direito civil estabeleceu alguns limites para a FACAMP – Faculdades de Campinas 3ºB 2012 12 capacidade de casar ao contrário dos outros contratos em geral. Portanto, para essa questão a LICC unificou a forma e fundo sob uma mesma lei e estabelece a territorialidade como princípio para resolver as pendências que permeiam esse assunto. 15.1.2 – Habilitação de nubente divorciado no estrangeiro Nesse momento a autora explica e exemplifica que, atualmente, para que um casamento seja habilitado a ser realizado no Brasil, caso uma das partes tiver se divorciado anteriormente no exterior, é de extrema necessidade que proceda a homologação desta sentença como condição á concessão da habilitação. Em um primeiro momento, surge certa polêmica entre os tratadistas do DIPr, uma vez que a condição do divorciado diz respeito a uma questão de estado. Dessa maneira, Haroldo Valladão sempre defendeu a imprescindibilidade da homologação sem exceção. Já Eduardo Espíndola, juntamente com Serpa Lopes e Oscar Tenório, é contrário a necessidade para a questão de mero estado, sendo desnecessária a homologação. Porém, essas diferentes vertentes foram "pacificada" pela decisão do Supremo Tribunal Federal, que tornou a homologação da sentença estrangeira obrigatória; sendo que esta homologação é essencial na outorga de eficácia a qualquer sentença estrangeira; por meio do Art. 483: “A sentença proferida por tribunal estrangeiro não terá eficácia no Brasil senão depois de homologada pelo Supremo Tribunal Federal." Assim em 1973, quando entra em vigor o Código de Processo Civil entra em vigor, o sistema é modificado. 15.1.3 – Casamento consular celebrado no Brasil Casamento consular é celebrado perante uma autoridade diplomática ou consular de ambos os noivos.,