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2015.1 1ª Ava Questões Subjetivas Direito Penal II

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2015.1 – Direito Penal II – 1ª Avaliação Parcial – Prova Presencial – Questões Subjetivas 25 a 30.
Nome________________________________Matricula___________________Data_______________Hora______________
25. Determinadas situações fáticas possibilitam que mais de uma causa tenha participação concreta na produção de um resultado
lesivo. Por isso, faz-se necessário, para a Teoria Geral do Delito, no que diz respeito ao eixo da Tipicidade, determinar qual das
causas é a responsável pela produção do referido resultado, a fim de punir adequadamente a conduta principal desencadeadora
da lesão ocasionada ao bem jurídico-penal. (PRADO, Cleber Freitas do. Do controle da criminalidade à criminalidade do controle
estatal: a expansão do novo modelo de Direito Penal e a sua ineficiência na concretização de direitos fundamentais. Dissertação
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. São Leopoldo: Unisinos, 2009). Sob tal circunstância relacionada ao estudo
das Concausas, analise o seguinte fato hipotético.
Mévio desejava a morte de sua esposa Themis. Ocorre que tudo deveria se passar por um acidente casual. Desse modo, cortou os
freios do veículo de Themis, pois ela sempre conduzia seu automóvel em velocidade excessiva, fato que redundaria num acidente
fatal. Ocorre que Themis ao entrar em seu veículo começou a dirigí-lo, imprimindo velocidade elevada. Não demorou muito, ela se
aproximou de um movimentado cruzamento, e o sinal estava fechado para ela. Diante disso, Themis iniciou o processo de
frenagem, mas sem obter resposta, pois seu veículo estava sem freios. Atordoada Themis decide arremassar seu automóvel
contra um barranco com vegetação rasteira, paralelo à rua por onde trafegava, na tentativa de fazê-lo parar. O veículo salta por
sobre o barranco e começa a descer uma ladeira, também de vegetação rasteira, ainda em velocidade excessiva. Ao término da
ladeira o veículo desgovernado de Themis foi arremessado para cima dos trilhos de uma estação férrea, e devido ao desnível de
pedras seu automóvel fica preso exatamente em cima dos trilhos. Nesse instante, Themis ouve uma buzina forte, prolongada e não
muito longe de onde estava. Olha para seu lado esquerdo e visualiza um trem que se desloca em sua direção, em velocidade
extraordinariamente elevada para aquele trecho urbano de trilhos. Atônita, Themis tenta movimentar seu veículo, em vão, pois
estava totalmente danificado e sem mobilidade devido a colisão com o barranco e o desnível entre a vegetação, as pedras e os
trilhos aonde o mesmo se encontrava. Assustada Themis tenta se desvencilhar do cinto de segurança, e não consegue soltá-lo
devido ao nervosismo que toma conta de si. Angustiada Themis aperta compulsivamente o botão laranja do suporte do cinto até
que ele se desprende, e quando vai abrir a porta do seu automóvel para dali sair, a locomotiva, seguida da composição de 28
vagões de carga, alveja seu veículo com ela ainda dentro, e o desintegra devido ao forte impacto, deixando um rastro de
destruição, com ferros e latas retorcidas. As partes do corpo de Themis foram recolhidas posteriormente, quilômetros à frente do
local do impacto com o trem. Posteriormente ao ocorrido, a polícia local instaurou inquérito policial para investigar o ocorrido. Um
vídeo do condomínio onde residia Themis gravou Mévio, no dia do acidente fatal da vítima, se agachando embaixo do veículo
desta, e lá permanecendo por vinte minutos. Diante disso, a polícia determinou uma perícia nas peças que restaram do automóvel
de Themis. O laudo pericial indicou que o automóvel estava sem freios, e, devido ao vídeo, Mévio foi indiciado, e, posteriormente,
processado criminalmente pela prática do delito de homicídio consumado, nos moldes do Art. 121, do Código Penal. 
De acordo com o fato narrado, e considerando as características doutrinárias do instituto das concausas, responda de forma
justificada a indagação formulada abaixo, indicando, ainda, a argumentação técnica incidente sobre o caso, e que vise à melhoria
da situação jurídico-penal do referido acusado, mediante a exposição fundamentada da espécie de concausa retratada pelo caso
em questão.
A acusação criminal imputada a Mévio, consistente na prática de homicídio consumado de Themis, está adequada ao instituto das
concausas?
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26. Conforme doutrina de Fernando Capes: “conduta é a ação ou a omissão humana, consciente e voluntária, dirigida a uma
finalidade. Os seres humanos são entes dotados de razão e vontade. A mente processa uma série de captações sensoriais,
transformadas em desejos. O pensamento, entretanto, enquanto permanecer encastelado na consciência, não representa
absolutamente nada para o Direito Penal. Somente quando a vontade se liberta do claustro psíquico que a aprisiona é que a
conduta se exterioriza no mundo concreto e perceptível, por meio de um comportamento positivo, a ação (um fazer), ou de uma
inatividade indevida, a omissão (um não fazer o que era preciso)”. Assim, para o referido autor, as pessoas dotadas de razão
possuem o livre arbítrio para decidir-se pelo crime ou não, eis que é conhecedora dos processos de causa e efeito. Por isso, o
Direito Penal funda-se no princípio da evitabilidade de comportamentos danosos. Sob tal ótica, onde não houver vontade, não
existirá conduta perante o ordenamento penal, eis que interessam apenas os comportamentos que poderiam ter sido evitados. (Por
tal razão não se pune com a lei penal os casos fortuitos ou de força maior, ou condutas praticadas mediante coação física ou moral
irresistível). (CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, Volume 1: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 114).
Tendo em vista tais considerações doutrinárias, suponha a seguinte situação fática. Um funcionário público do Poder Judiciário
estadual, recém integrado ao serviço público forense, foi lotado na Distribuição-Contadoria de uma comarca do interior. Ocorre
que, num determinado dia, chegou para ele dois inquéritos policiais onde o delegado de polícia representa ao juiz da causa o
deferimento do pedido de quebra de sigilo telefônica de doze pessoas suspeitas de praticarem o crime de tráfico ilícito de
entorpecentes (Art. 33, caput, §1º e art. 34, ambos da Lei n.º 11.343/2006) na cidade e arredores. Como o referido funcionário
estava em dúvida acerca de como cadastrar osexpedientes, solicitou auxílio a um colega, que se recusou a prestar ajuda. Sem
saber como cadastrar os autos do inquérito e os demais pedidos policiais sigilosos, resolveu, mesmo sob tais condições, qual seja,
sem buscar qualquer orientação ou informação precisa, fazer, mesmo assim, o cadastro no sistema virtual do Poder Judiciário,
sem, no entanto, colocar como segredo de justiça tais procedimentos, devido ao desconhecimento operacional do sistema de sigilo
formal. Desse modo, qualquer cidadão que acessasse a página virtual do Tribunal e a referida comarca, ao colocar o nome dos
investigados aparecia os pedidos policiais de quebra de sigilo telefônico e os procedimentos policiais que seriam efetivados. Tal
fato frustrou toda a investigação policial, pois o acesso a tais informações sigilosas tornou-se público, impedindo as possíveis
prisões em flagrante. Diante disso, o Ministério Público estadual denunciou criminalmente o referido funcionário público, por ter
incorrido nas penas dos Arts. 37 e 40, inciso II, ambos, da Lei n.º 11.343/2006, pois teria ele colaborado, como informante, com o
grupo de pessoas investigadas pela prática do crime de tráfico de drogas ilícitas, nos termos da referida legislação específica. O
Juiz da causa recebeu a denúncia-crime e citou o acusado para apresentar defesa no processo penal. 
De acordo com o fato narrado, e considerando as características doutrinárias das espécies de conduta, responda de forma
justificada a seguinte indagação.
Tendo em vista os elementos da tipicidade, na Teoria Geral do Delito, qual estratégia defensiva seria mais eficazmente apta a
absolver o acusado das referidas imputações criminais?
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27. Os elementos da tipicidade são importantes para a determinação da adequação típica entre fato concreto e tipo penal. Por isso,
Fernando Capes ressalta que: “conduta é a ação ou a omissão humana, consciente e voluntária, dirigida a uma finalidade. Os
seres humanos são entes dotados de razão e vontade. A mente processa uma série de captações sensoriais, transformadas em
desejos. O pensamento, entretanto, enquanto permanecer encastelado na consciência, não representa absolutamente nada para o
Direito Penal. Somente quando a vontade se liberta do claustro psíquico que a aprisiona é que a conduta se exterioriza no mundo
concreto e perceptível, por meio de um comportamento positivo, a ação (um fazer), ou de uma inatividade indevida, a omissão (um
não fazer o que era preciso)”. Assim, para o referido autor, as pessoas dotadas de razão possuem o livre arbítrio para decidir-se
pelo crime ou não, eis que é conhecedora dos processos de causa e efeito. (CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, Volume 1:
parte geral. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 114).
Tendo em vista tais considerações doutrinárias, suponha a seguinte situação fático-hipotética: Otávio, de 26 anos de idade,
arrumou inimizade com sua vizinha, Ofélia, de 66 anos, pois o mesmo ouve música em intensidade elevada, o que perturba a
referida senhora. Tal discórdia já vem se prolongando por vários meses. Ambos já chegaram a discutir em voz alta por causa
dessa sua atitude, trocando ofensas e palavras de baixo calão. Ocorre que numa tarde de sábado, os primos pequenos de Otávio
estavam jogando futebol na lateral de sua casa, próximo à casa da vizinha com quem possui desavenças e inimizades, quando,
repentinamente, a bola vai em direção à Otávio, que estava assando um churrasco próximo aos seus primos. Otávio, com a
intenção de devolver a bola para os primos, aplica-lhe um chute que, devido à força empregada, a bola segue em direção à janela
da casa da referida vizinha, que estava com o vidro fechado. A bola bate na vidraça, provocando a sua total destruição. Diante do
ocorrido, Ofélia procura um advogado e ajuíza uma ação penal contra Otávio, acusando-lhe da prática do crime de dano, com
previsão no Art. 163, do Código Penal. Sobre tal aspecto, você é contratado por Otávio para elaborar sua defesa técnica nos autos
do referido processo penal ajuizado contra si. 
Nesse sentido, atento apenas ao caso narrado, e, ao contexto sugerido, responda de forma fundamentada e justificada, indicando
a fundamentação legal pertinente, ao seguinte problema que se segue:
Tendo em vista a Teoria Geral do Delito, qual estratégia de defesa técnica será mais adequada e apta a absolver Otávio da
acusação criminal contra si formulada?
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28. Tendo em vista a doutrina de Fernando Capes, no sentido de que: “conduta é a ação ou a omissão humana, consciente e
voluntária, dirigida a uma finalidade. Os seres humanos são entes dotados de razão e vontade. A mente processa uma série de
captações sensoriais, transformadas em desejos. O pensamento, entretanto, enquantopermanecer encastelado na consciência,
não representa absolutamente nada para o Direito Penal. Somente quando a vontade se liberta do claustro psíquico que a
aprisiona é que a conduta se exterioriza no mundo concreto e perceptível, por meio de um comportamento positivo, a ação (um
fazer), ou de uma inatividade indevida, a omissão (um não fazer o que era preciso)”. Assim, para o referido autor, as pessoas
dotadas de razão possuem o livre arbítrio para decidir-se pelo crime ou não, eis que é conhecedora dos processos de causa e
efeito. Por isso, o Direito Penal funda-se no princípio da evitabilidade de comportamentos danosos. Sob tal ótica, onde não houver
vontade, não existirá conduta perante o ordenamento penal, eis que interessam apenas os comportamentos que poderiam ter sido
evitados. (Por tal razão não se pune com a lei penal os casos fortuitos ou de força maior, ou condutas praticadas mediante coação
física ou moral irresistível). (CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, Volume 1: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 114).
Tendo em vista tais considerações doutrinárias, suponha a seguinte situação fática. Certo dia, Rogério, que reside na zona rural,
estava limpando seu revólver quando este disparou acidentalmente e atingiu sua empregada (Gertrudes) que estava próxima a ele.
Ocorre que Rogério havia esquecido um cartucho na arma antes de começar a limpá-la. Temendo ser responsabilizado pelo
evento fático, e percebendo que era muito provável que a empregada morresse, e ainda, considerando que estavam somente os
dois na casa; foi embora e deixou a arma próximo de Gertrudes para fazer parecer que esta tinha encontrado o revólver e se
atirado acidentalmente. Voltou somente algumas horas depois, ocasião em que encontrou Gertrudes já morta. 
De acordo com o fato narrado, e considerando as características doutrinárias das espécies de conduta criminosa, solucione o
problema sugerido abaixo, de forma justificada na jurisprudência e na doutrina pátria, mencionando-se, ainda, os dispositivos legais
pertinentes ao caso em tela em cada posicionamento jurisprudencial a respeito.
Qual deverá ser a responsabilização criminal de Rogério?
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29. Conforme a doutrina de Fernando Capez, o poder da vontade humana não se esgota apenas no exercício da atividade final
positiva (o fazer), mas também na sua omissão. Ao lado da ação, a omissão aparece como uma forma independente de conduta
humana, suscetível de ser regida pela vontade, dirigida a um fim. Existem normas jurídicas que ordenam a prática de ações para a
produção de resultados socialmente desejados ou para evitar resultados socialmente indesejáveis. Assim, quando a norma impõe
a realização de uma conduta positiva, a omissão dessa imposição legal gera a lesão da norma penal mandamental. Logo a norma
é lesionada mediante a omissão da conduta ordenada. Estamos, portanto, tratando de uma espécie de omissão de uma ação
determinada, onde o infrator se omite da prática de uma conduta que deveria realizar. (CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal,
Volume 1: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 140).
Tendo em vista tais considerações doutrinárias, suponha a seguinte situação hipotética: em junho de 2011, sábado à noite, um
turista do Rio de Janeiro, ao atravessar a rua, é gravemente atropelado na avenida central do município de Santa Cruz do Sul/RS.
Imediatamente os comerciantes que presenciaram o atropelamento acionam a ambulância do S.A.M.U., que chega rápido ao local.
Levado ao hospital local, o médico plantonista se recusa a prestar atendimento ao turista, que trajava roupas do Clube de Futebol
Flamengo, sob a alegação de que o mesmo não reside no município, e que, portanto, deveria ser encaminhado ao seu local de
origem, conforme orientações preliminares, de cunho meramente administrativas, expedidas pela Secretaria Municipal de Saúde.
Em razão da ausência de atendimento médico, o paciente, que estava exposto a perigo eminente de morte, face ao traumatismo
craniano ocasionado pelo atropelamento, morre, três horas depois da negativa de atendimento, em frente ao hospital da referida
cidade, ainda dentro da ambulância. 
De acordo com o fato narrado, e considerando as características teóricas informadas sobre o instituto da omissão criminosa,
responda de forma justificada às duas perguntas sugeridas, indicando, ainda, o dispositivo legal relacionado à omissão, e que
fundamentam as respostas.
a) Tendo em vista a Teoria Geral do Delito, qual espécie de omissão o caso está a remeter? 
b) O médico plantonista responderá criminalmente pela morte da vítima do atropelamento, ocasionada a título de omissão?
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30. Conforme a doutrina de Fernando Capez, o poder da vontade humana não se esgota apenas noexercício da atividade final
positiva (o fazer), mas também na sua omissão. Ao lado da ação, a omissão aparece como uma forma independente de conduta
humana, suscetível de ser regida pela vontade, dirigida a um fim. Existem normas jurídicas que ordenam a prática de ações para a
produção de resultados socialmente desejados ou para evitar resultados socialmente indesejáveis. Assim, quando a norma impõe
a realização de uma conduta positiva, a omissão dessa imposição legal gera a lesão da norma penal mandamental. Logo a norma
é lesionada mediante a omissão da conduta ordenada. Estamos, portanto, tratando de uma espécie de omissão de uma ação
determinada, onde o infrator se omite da prática de uma conduta que deveria realizar. (CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal,
Volume 1: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 140).
Tendo em vista tais considerações doutrinárias, suponha a seguinte situação fática. Uma babá descumpre o dever contratual de
cuidado e vigilância do bebê, e permanece de modo desatento, conversando ao telefone com uma amiga, tendo deixado a porta da
varanda aberta, enquanto que, a criança de 3 (três) anos a ser cuidada se dirige à piscina, e acaba caindo na água, vindo a falecer
por afogamento. 
De acordo com o fato narrado, e considerando as características doutrinárias e a classificação técnica das espécies de omissão
criminosa, responda de forma justificada as três perguntas sugeridas, indicando, ainda, o dispositivo legal relacionado à omissão, e
que fundamentam as respostas:
a) A referida babá incorreu em que espécie de omissão criminosa? 
b) Que elemento subjetivo da conduta típica está presente na situação fática narrada? 
c) A referida babá responderá por qual(is) delito(s)?
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QUESTÃO C (certa) D (meio certa) E (errada)
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