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Inquerito Policial

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INQUÉRITO POLICIAL
PERSECUÇÃO CRIMINAL
Apuração de infrações penais -> Fases: preliminar- inquisitiva, investigativa, informativa, formar lastro probatório mínimo de autoria e materialidade, caráter instrumental, com o inquérito policial; segunda: contraditório e ampla defesa, fase processual, ação penal. Todas as etapas de combate a criminalidade (Investigação +Ação penal + Execução)
Instrumentalidade do IP: preservadora: embora possa ser prescindível, a sua instauração é precaução contra ações penais sem justa causa ou infundadas; preparatória: elementos de informação, prova contra a ação do tempo, justa causa para a ação penal. 
POLÍCIA JUDICIÁRIA E POLÍCIA ADMINISTRATIVA
Incumbência de preservar a paz e intervir nos conflitos com atividade investigativa e apurar infrações. 
Polícia administrativa ou de segurança
Efeito preventivo, ostensivo de atuação, impedir infrações. Polícia militar dos Estados.
Polícia judiciária
Atuação repressiva, age após as infrações penais, investigar elementos para apuração da autoria e materialidade do crime. Polícia Civil. 
Elaboração do inquérito policial. Traz informações necessárias para instrução e julgamento processual. Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público. Cumprir os mandados de prisão e representar prisão cautelar. 
CONCEITO E FINALIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL
O conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária para a apuração de uma infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em juízo. 
O IP visa carrear elementos de informação e não provas, não há contraditório.
É um procedimento administrativo, preliminar, presidido pelo delegado de polícia, no intuito de identificar o autor do ilícito e os elementos que atestem a sua materialidade (existência), contribuindo para a formação da opinião delitiva do titular da ação penal. Apuração de circunstâncias, materialidade e autoria das infrações penais.
Pode contribuir também para decretação de medidas cautelares no decorrer da persecução criminal. O juiz toma o IP como base para proferir a decisão, a prisão preventiva ou interceptação telefônica. 
Considerações Gerais: Fase pré-processual; administrativa, peça informativa; instrumento preparatório, caráter instrumental; peça dispensável. 
O IP elimina denúncias frágeis: Peneirão/ Diminui as ações penais. Primeiro filtro. Agilidade. 
Natureza jurídica do inquérito
Procedimento administrativo, caráter informativo, preparatório para a ação penal. Regras do ato administrativo em geral.
Verificação de procedência das informações (VPI)
É procedimento simplificado, forma prévia ao IP. Sindicância Preliminar. 
A partir da notícia crime levada ao delegado, verifica-se a procedência das informações, ordenará a instauração de inquérito. 
Constatação dos elementos mínimos necessários para que um inquérito policial. 
Uma vez iniciada tal investigação, ela passa a se sujeitar ao mecanismo de controle de arquivamento previsto no art. 28, do CPP, além do inquérito policial, quaisquer peças de informação devem ser arquivadas por meio de requerimento do Ministério Público dirigido ao juiz.
Destinatários do inquérito policial
Servem à formação da opinio delicti, a reunião de documentos, laudos e depoimentos serão suporte probatório ao exercício da ação penal, pública ou privada. 
Destinatários imediatos ou diretos do inquérito serão o Ministério Público ou o ofendido. O mediato ou indireto, será o juiz. 
No júri, o inquérito policial somente deve ter como destinatário o juiz da instrução preliminar (antes chamado juiz sumariante), que conduz o processo em sua primeira fase. Os jurados não são destinatários, sequer indiretos ou mediatos, dos elementos de informação do inquérito policial, a não ser de forma limitada às provas periciais irrepetíveis. 
INQUÉRITOS NÃO POLICIAIS
Investigações criminais não são exclusivas da polícia, existem procedimentos administrativos não policiais que servem para apurar infrações penais e podem viabilizar a ação criminal. 
1) Inquéritos parlamentares: patrocinados pelas CPIs, remeterão os respectivos relatórios com a resolução que o aprovar aos chefes do Ministério Público da União ou dos Estados, ou ainda às autoridades administrativas ou judiciais com poder de decisão, conforme o caso, para prática de atos de sua competência. Mas não é exclusivo da polícia legislativa exerça atividades de polícia federal referente aos delitos cometidos no Senado e Câmara Municipal. 
2) Inquéritos policiais militares: polícia judiciária militar, composta por integrantes da carreira. Não impede que seja requisitada da polícia civil e respectivas repartições técnicas pesquisas e os exames necessários a subsidiar o inquérito militar. Nada impede que seja também instaurado inquérito policial no âmbito da polícia civil, coexistindo os procedimentos.
3) Inquérito Civil: é presidido pelo Ministério Público e objetiva reunir elementos para a propositura da ação civil pública. Pode perfeitamente embasar ação de âmbito criminal.
4) Inquérito judicial: tratado na antiga Lei de Falências. Revogada. Por mais essa razão, não há que se falar em juiz inquisidor, ainda que se trate de delito que envolva organização criminosa. Segundo a nova lei, todas as providências investigativas criminais que não já decorram da finalidade da atividade policial, dependerão de requerimento do Ministério Público ou de representação da autoridade policial, ouvido o Parquet, formulado ao juiz competente. 
5) Inquérito por crimes praticados por magistrados ou promotores: presididos pelos órgãos de cúpula de cada carreira. 
6) Investigações envolvendo autoridades que gozam de foro por prerrogativa de função. Aqui o delegado não pode indiciar e nem instaurar investigações das infrações, pois irão tramitar perante o tribunal onde a autoridade desfruta do privilégio. (Ex. senador e inquérito presidido por ministro do STF; deputado que preso em flagrante, seguirá comunicação ao STF)
7) Investigações particulares que podem embasar ação penal. É limitado pelos poucos recursos que o cidadão tem para elementos probatórios.
8) Investigações a cargo do Ministério Público: o MP por força própria promove a colheita de material probatório para viabilizar o futuro processo. Quem tem atribuição constitucional para exercer a ação, também deve possuir as ferramentas. 
9) Investigações pelos demais órgãos públicos: a autoridade administrativa que conduz procedimento para apurar faltas disciplinares, diante da notícia de crime de ação penal pública incondicionada, extraia cópias e remeta ao órgão do Ministério Público, podendo este valer-se de tais peças para oferecer denúncia. 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
Discricionariedade
Não tem o rigor procedimento da persecução em juízo. O delegado de polícia conduz as investigações. Diligencias nas mãos dele também. Pode atender ou não aos requerimentos do indiciado. Faz juízo de conveniência e oportunidade. Só não pode indeferir a realização do exame de corpo de delito, quando a infração deixar vestígios (discricionaridade não absoluta). Recurso administrativo contra denegação de diligencia requerida será para o Chefe de Polícia. 
Espécies de sigilo: interno e externo
Externo: que é aquele imposto para evitar a divulgação de informações essenciais do inquérito ao público em geral.
Interno: que é aquele imposto para restringir o acesso aos autos do procedimento por parte do indiciado e/ou do seu advogado. Não tem sigilo entre MP, juiz, advogado/investigado. 
Investigações em andamento ou atos futuros não existe sigilo para juiz e MP, apenas para advogado
Acesso aos autos do inquérito pelo advogado
O advogado do indiciado pode consultar os autos do inquérito policial, conforme preceito legal estampado no art. 7º, XIII a XV, e § 1ºdo EOAB. 
Não existe sigilo para o advogado no inquérito policial e não lhe pode ser negado o acesso às suas peças nem ser negado o direito à extração de cópias ou fazer apontamentos,desde que munido de procuração do indiciado ou suspeito.
O sigilo do inquérito é o estritamente necessário ao êxito das investigações e à preservação da figura do indiciado, evitando-se um desgaste daquele que é presumivelmente inocente. Evita-se condenações sumárias pela opinião pública e muitas não são provadas em ação penal. 
Havendo documentação do material probatório, que já faz parte dos autos do inquérito, não há razão para impedir o acesso.
Havendo arbítrio por parte da autoridade, admite-se o manejo do mandado de segurança, da reclamação constitucional ao STF (para fazer valer o mandamento da súmula vinculante) e até mesmo de habeas corpus, caso se possa constatar, mesmo que indiretamente, risco de ofensa à liberdade de locomoção do indiciado, sem prejuízo da responsabilidade por abuso de autoridade. 
Quaisquer outras informações de inquéritos em curso só serão certificadas se requisitadas por magistrado, membro do Ministério Público, autoridade policial ou agente do Estado, em pedido devidamente motivado, explicitando o uso do documento. 
Ampliação do acesso aos autos de investigação preliminar pelo advogado
Necessidade de assegurar maior acesso às investigações criminais: Com muito mais razão, não se pode tolerar a negativa de acesso aos autos de processo penal instaurado pelo advogado. Necessidade de sigilo não tem abrangência que mitigue o direito ao contraditório e à ampla defesa pela defesa técnica. 
Essa participação do advogado no interrogatório do indiciado não afasta a natureza inquisitiva do IP.
A alteração no art. 7°, XXI, a, da EOAB, trouxe a possibilidade de incidência regrada de porção do contraditório e da defesa, assegurando a paridade de armas, defesa técnica
Direito do advogado do representado de examinar os autos da investigação. Deve apresentar procuração.
Quando o advogado não estiver agindo em proveito da defesa, ou se valendo de sua condição para divulgar informações das investigações à imprensa, a autoridade policial deve indeferir o seu acesso aos autos. Pois o delegado é responsável pelos limites do acesso do advogado aos elementos de prova. Ele querendo só deixa o advogado examinar diligencias e documentos já constantes nos autos do IP, os relacionados ainda em diligencia em andamento se a autoridade quiser o advogado não poderá ter acesso. 
Diante da possibilidade de frustração de seus objetivos por conta do acesso ao seu conteúdo pelo advogado, a autoridade competente deve descrever, de maneira fundamentada nos autos, a parte que deve o advogado ter acesso. Se o delegado deparar com esta situação e não tiver atribuição de resolvê-la, deverá enviá-la para o juiz para que decida motivadamente. 
O fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente.
O direito ao acesso pelo advogado com procuração é pleno em relação aos autos de investigação submetidos a sigilo, porquanto já inclusa a documentação. O sigilo deve ser oposto restrita e relativamente a terceiros, estranhos à apuração. No que concerne aos elementos pendentes de documentação, por conta de diligências em andamento, é de responsabilidade do delegado aceitar o acesso ou não. 
Direito do advogado de se fazer presente às declarações do investigado. 
Atento a essa realidade, o inciso XXI, do referido art. 7º, do Estatuto da OAB, veio preconizar que é direito do advogado “assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: a) apresentar razões e quesitos dentro do interrogatório. Pode o advogado também apresentar quesitos na produção pericial. O delegado de polícia poderá negar, fundamentadamente, juntada de razões e quesitos que afrontem o ordenamento jurídico ou que visem tumultuar a condução dos trabalhos. 
Veda-se ao delegado que toma interrogatório de indiciado sem a presença de um advogado. 
O indiciado tem direito de ser tomado ciência de que antes de ser ouvido deve solicitar um defensor ou advogado. Se ele não quiser deverá manifestar em documento sua vontade.
Nulidade do ato investigativo sem que seja assegurado ou permitido advogado. 
Oficialidade
Delegado de polícia de carreira: preside o IP, é o órgão oficial do Estado.
Oficiosidade/Obrigatoriedade
Quando há crime de ação penal incondicionada, o delegado de polícia deve atuar de ofício, instaurando o inquérito e apurando prontamente os fatos.
Já nos crimes de ação penal pública condicionada e ação penal privada, condiciona-se a persecução criminal à autorização desta, ou conferir-lhe o próprio direito de ação, a autoridade policial depende daquela permissão para poder atuar, eis que a própria legislação condicionou o início do inquérito a este requisito. Em delação anônima ou terceiro for a delegacia no lugar do ofendido, o delegado não pode instaurar o IP. 
Indisponibilidade
De ordem pública, uma vez iniciado o IP, não pode o delegado dele dispor. Se a partir da analise dos fatos o delegado perceber que não houve crime não se deve iniciar o IP. Não se deve instalar um IP a qualquer modo, antes deve se precaver, aferindo a noticia crime com cautela. 
Uma vez iniciado o procedimento investigativo, deve levá-lo até o final, não podendo arquivá-lo. 
Inquisitivo
As atividades persecutórias ficam concentradas nas mãos de uma única autoridade e não há oportunidade para o exercício do contraditório ou da ampla defesa. Não há partes, só o delegado investigando um indiciado por uma suposta infração. A inquisitoriedade permite agilidade nas investigações. Ausência de Publicidade. 
Tem-se que assegurar ao indiciado não só a assistência de advogado, mas também a realização efetiva da defesa necessária no próprio inquérito, além da produção de elementos que terão força probatória ao longo da persecução penal, seja para convencer o magistrado que a inicial acusatória deve ser rejeitada, seja para lastrear habeas corpus trancativo do próprio inquérito, ou, embasar a defesa preliminar no intuito do êxito na obtenção do julgamento antecipado do mérito.
Sistemático: Segue uma seqüência lógica e cronológica; Unidirecional: indícios de materialidade e autoria. 
Autoritariedade
O delegado de polícia é presidente do IP, autoridade pública. Princípio do delegado natural.
Dispensabilidade
O inquérito não é imprescindível para a propositura da ação penal. Se os elementos que venham lastrear a inicial acusatória forem colhidos de outra forma, não se exige a instauração do inquérito. A denuncia ou a queixa podem ter por base inquéritos não policiais. Mas se esse for a base para propor a ação penal, esta vai acompanhar a denuncia do MP. 
Drogas afins, contrabando e descaminho; Polícia civil , atribuição residual, delitos que não for da competência da União, Justiça Militar. 
Critério em razão da pessoa
Leva-se em consideração a figura da vítima, tais como as delegacias da mulher, do turista, do idoso, dentre outras. Nada impede que em comarcas com mais de uma circunscrição, a autoridade de uma delas ordene diligencias em outra, sem precatória ou requisição. O inquérito não pode tramitar em local diverso da infração. O advogado do indiciado pode impetrar HC trancativo pela ilegalidade. 
PRAZOS PARA O ENCERRAMENTO DO IP
Não pode se estender indefinidamente. Alguns tem prioridade na tramitação (Lei de Proteção a Vítimas e Testemunhas e Estatuto do Idoso).
O critério é quando o investigado está solto ou preso. 
Solto: o prazo ostenta natureza processual, excluindo o dia de inícioe incluindo o dia de vencimento.
Preso: ostenta natureza material, inclui-se o dia do início (data da prisão) e excluindo o dia final. Regime de tramitação deve ser urgente. E o prazo não pode ser prorrogado. 
Não havendo remessa do IP a Justiça implica constrangimento ilegal. 
Regra geral
Polícia civil estadual: conclusão do IP se o indiciado estiver preso é de 10 dias, improrrogável. E é de 30 dias se estiver solto, prorrogável com requerimento do delegado e autorização do juiz. Não há limites pra quantas prorrogações e qual o tempo, será pelo tempo necessário e com autorização do juiz. 
Prazos especiais
inquéritos a cargo da polícia federal:o indiciado estando preso, o prazo é de 15 dias, prorrogável por uma vez com autorização do juiz. Solto é a regra geral de 30 dias, prorrogável com requerimento do delegado e autorização do juiz
crimes contra a economia popular:10 dias para indiciado solto ou preso, improrrogável.
Lei antitóxicos: prazo de 30 dias, duplicáveis sendo preso. E de 90 dias, duplicáveis se solto, por autorização judicial e ouvindo o MP. 
Inquérito militar: sendo preso, o prazo é de 20 dias. Se solto é de 40 dias, prorrogáveis por mais 20 dias com autorização militar superior. 
VALOR PROBATÓRIO
Tem valor relativo, pois carece de confirmação por outros elementos colhidos durante a instrução processual. O IP junta subsídios para formação da opinião delitiva do MP. Nessa fase não há contraditório e nem ampla defesa. O juiz não irá julgar o réu de acordo com as provas do IP. 
Relatividade das provas do IP: provas não são submetidas ao contraditório e ampla defesa; o juiz não toma decisões a partir dos elementos do IP, salvo em casos de provas cautelares, antecipadas e irrepetíveis, o IP não é excluído do processo; os elementos do IP devem ser interpretados em conjunto com as provas carreadas em juízo, são relativos pois devem comportar compatibilidade com as provas dentro do processo penal. 
As provas do IP é endoprocessual, eficácia probatória interna a esta fase. 
As provas que podem ser repetidas, devem ser novamente realizadas na fase processual perante o juiz, dialeticamente, e sob o contraditório e a ampla defesa, para embasar a sentença condenatória.
Há as provas não repetíveis, deve ser realizadas imediatamente senão perecerão e não podem ser mais produzidas, que podem prejudicar a demonstração da verdade senão forem realizadas. 
Produção de provas não-repetível, a solução encontra guarida no incidente de produção antecipada de prova, em que ainda durante o inquérito, instaura-se um procedimento, perante o magistrado, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, com a participação das futuras partes do processo, desde que determinada prova seja imprescindível para a prolação de futura sentença, e haja indícios a demonstrar que o perecimento da mesma é provável.
Exemplo são as perícias que normalmente são utilizadas na fase processual como prova similar às colhidas em juízo por causa do profissionalismo dos peritos. (Provas irrepetíveis, justificam-se por vestígios que tendem a desaparecer, impossibilidade de refazimento, aproveitadas na fase processual). 
Os documentos colhidos na fase preliminar, interceptações telefônicas, objetos conseguidos mediante busca e apreensão, têm sido valorados na fase processual, quando serão submetidos à manifestação da defesa, num contraditório diferido ou postergado. (Essas provas se justificam por sua necessidade e urgência, para que os elementos não venham a se esvair.)
Esses elementos ganham o status de prova a ser valorada na sentença após a submissão ao contraditório e a manifestação da defesa, o que se dá, em regra, na fase processual.
VÍCIOS
Atingem a ação penal. Sendo o inquérito dispensável, algo que não é essencial ao processo, não tem o condão de, uma vez viciado, contaminar a ação penal. A irregularidade ocorrida durante o inquérito poderá gerar a invalidade ou ineficácia do ato inquinado, todavia, sem levar à nulidade processual. 
Caso a inicial acusatória esteja embasada tão somente em inquérito viciado, deverá ser rejeitada por falta de justa causa, diga-se, pela ausência de lastro probatório mínimo e idôneo ao início do processo. 
NOTITIA CRIMINIS (NOTÍCIA DO CRIME)
Conceito
É o conhecimento pela autoridade, espontâneo ou provocado, de um fato aparentemente criminoso. Ato de noticiar o fato criminoso.
Normalmente é endereçada à autoridade policial, ao membro do Ministério Público ou ao magistrado. 
Caberá ao delegado, diante do fato aparentemente típico que lhe é apresentado, iniciar as investigações. O MP, diante de notícia crime que contenha em si elementos suficientes revelando a autoria e a materialidade, dispensará a elaboração do inquérito, oferecendo de pronto denúncia; diante de notícia crime deficiente, poderá requisitar diligências à autoridade policial. Já o magistrado, em face da notícia crime que lhe é apresentada, poderá remetê-la ao MP, para providências cabíveis, ou requisitar a instauração do inquérito policial. 
Espécies
1) espontânea/direta (cognição imediata): é o conhecimento direto dos fatos pela autoridade policial ou através de comunicação informal. Através de investigações, imprensa, denúncia anônima (cuidado e investigação redobrada nesta). 
2) provocada (cognição mediata/ indireta): é o conhecimento da infração pela autoridade mediante provocação de terceiros (Atos Jurídicos) Não existem formas, podem ser escritos ou até oral.. São elas: a) Requisição do juiz ou do Ministério Público: nos crimes de ação penal pública, estes podem determinar a instauração do IP pela requisição, devendo o delegado dá início ao IP; 
b) Requerimento da vítima: a vítima da infração ou o seu representante legal noticiam o fato à autoridade policial através de requerimento, devendo conter a narração dos fatos e suas circunstâncias; a individualização do suposto autor da infração, ou seus sinais característicos e razões de convicção de ser o mesmo o sujeito ativo do delito; a nomeação de testemunhas, com indicação da profissão e das respectivas residências. Se o delegado indeferir o requerimento por entender não ter infração penal a apurar, cabe recurso administrativo ao chefe de polícia. O delegado deve analisar os elementos trazidos para exercer um juízo de tipicidade. 
Restaria ainda a provocação acerca da possibilidade ou não da autoridade policial invocar o princípio da insignificância para deixar de instaurar o inquérito policial. A posição francamente majoritária tem se inclinado pela impossibilidade do delegado de polícia invocar o princípio da insignificância para deixar de atuar, pois estaria movido pelo princípio da obrigatoriedade. 
Delação: qualquer do povo, nos crimes de ação penal pública incondicionada, pode, validamente, noticiar o fato delituoso à autoridade policial (delacio criminis). Não tem cabimento nos crimes ação privada e pública condicionada já que pressupõe manifestação do ofendido. 
d) Representação da vítima (delatio criminis postulatória): nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, ou seja, naqueles em que o legislador, por uma questão de política criminal, conferiu à vítima o poder de autorizar ou não a persecução criminal, se ela resolve fazê-lo, noticiando o fato para que o inquérito seja instaurado, estará representando.
e) Requisição do Ministro da Justiça: em alguns crimes de ação pública condicionada autorização do Ministro da Justiça, não é uma ordem e sim uma mera autorização para início da persecução criminal.
F) notícia crime revestida de forma coercitiva: é aquela apresentada juntamente com o infrator preso em flagrante. Pode representar hipótese de notícia crime espontânea, quando quem realiza a prisão é a própria autoridade policial ou seus agentes, ou provocada, quando quem realiza a prisão é um particular. Prisão em flagrante (ver caderno)
PEÇAS INAUGURAIS DO INQUÉRITO POLICIAL
O auto de prisão em flagrante, as requisições e os requerimentos se materializam na peça inaugural do inquéritopolicial. Nos demais casos, a autoridade policial baixa uma portaria para o início do procedimento. Esta nada mais é do que uma peça sucinta, indicando, sempre que possível, o nome e o prenome do suposto autor do fato e da vítima, o dia, local e hora do fato delituoso, e o desfecho é a determinação da instauração do inquérito. Mesmo com requisições ou requerimentos, os delegados podem baixar a portaria pra iniciar o IP. 
INCOMUNICABILIDADE
Há possibilidade de decretação da incomunicabilidade do preso durante o IP, por conveniência da investigação ou quando o interesse da sociedade o exigisse, por deliberação judicial, mediante requerimento da autoridade policial ou do MP, e por até três dias. Há entendimento que esse art. 21 CPP não continua em vigor. 
O agendamento e organização das visitas não significa incomunicabilidade e sim expediente administrativo. 
PROVIDÊNCIAS
Apesar da discricionariedade, há diligências a ser elencadas no decorrer do IP.
Além de providencias específicas, há o poder de requisitar perícia, documentos e dados para apuração dos fatos.
Diligencias do art. 6° e 7° do CPP. 
I – Dirigir-se ao local dos fatos, isolando a área para atuação dos peritos: é obrigatória, importância da atuação destes para desvendar a infração, colhendo elementos e as impressões necessárias para a elaboração do laudo. Só após a liberação dos peritos, é que os objetos poderão ser apreendidos e a cena do crime poderá ser alterada.
II – Apreender objetos: enriquecer a instrução em juízo, pois esses instrumentos do crime acompanharão os autos do IP. Devem ser periciados para verificar a natureza de sua eficiência. Apreender antes msm de iniciar o IP.
III – Colher todas as provas: o delegado deve ter cuidado para não desaparecer provas necessárias para investigação. Colher todo o material probatório. Elucidação da verdade, e os elementos de defesa tbm não são desconsiderados. 
IV – Ouvir o ofendido: as informações trazidas pela vítima podem ser de fundamental importância para a apuração da verdade, trazendo elementos que norteiem o rumo das investigações. Não será compromissado em dizer a verdade, não é testemunha, mas se imputar infração a quem é inocente, incorre no crime de denunciação caluniosa. Notificado a ser ouvido e não comparecer, será conduzido coercitivamente. 
V – Ouvir o indiciado: trata-se de interrogatório como na fase judicial, sendo-lhe assegurado o direito ao silêncio. O interrogatório (judicial) seja realizado em duas partes: (1) a primeira destinada a perguntas relativas à pessoa do agente (circunstâncias judiciais); (2) a segunda atinente aos fatos. Na diferença do interrogatório do IP, o delegado não perguntará sobre a pessoa do imputado. A presença do advogado é facultativa, mas podendo ele o assistir e acompanhar durante todo o interrogatório. O termo de oitiva do indiciado será assinado por duas testemunhas que tenham ouvido a sua leitura, na presença do indiciado, como forma de evitar distorções entre aquilo que foi dito pelo suspeito e o que ficou registrado pelo escrivão. Notificado a ser ouvido e não comparecer, será conduzido coercitivamente. É uma diligência indispensável . Ato público e não secreto, personalíssimo e oral (em regra).
VI – Proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações: objetivando que alguém, na presença da autoridade, identifique pessoa ou objeto que já tenha visto em momento anterior. E quando existe divergência entre as declarações prestadas por aqueles que tem conhecimento dos fatos delitivos, necessita-se de acareações.
VII – Realização do exame de corpo de delito e outras perícias: para infrações que deixam vestígios. A ausência desse exame não pode ser suprida nem mesmo pela confissão do suspeito. Eventualmente, não sendo possível realizar o exame, a materialidade será demonstrada pela prova testemunhal (art. 167 do CPP) – também denominada de prova indireta. 
VIII – Ordenar a identificação datiloscópica do indiciado e fazer juntar sua folha de antecedentes: diferenciar o indiciado das demais pessoas. significa estabelecer sua identidade por intermédio de seus sinais e dados pessoais: deformidades, cicatrizes, tatuagens, peculiaridades, compleição, cútis, cor dos olhos, cor de cabelos, altura, alcunha, bem como outras qualidades sociais e morais que possam também identificá-lo. Somam-se a estes elementos a qualificação, levando em conta o prenome, sobrenome, filiação, naturalidade, estado civil, profissão, etc.
 O civilmente identificado, de regra, não será identificado criminalmente, servindo como documentos idôneos de identificação civil a carteira de identidade, de trabalho, profissional, passaporte, identificação funcional (civil ou militar), além da CNH. 
As hipóteses de admissibilidade, que podem dar margem à identificação criminal, mesmo diante da apresentação de documentação civil: Qnd o documento estiver rasurado ou suspeita de falsificação; o documento apresentado for insuficiente; documentos de identidades distintos e informações diferentes; identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
A determinação de identificação criminal feito pelo delegado, qnd tiver a necessidade. Em fase processual o juiz poderá autorizar a medida por provocação do MP. 
A identificação criminal com impressões digitais e fotografia serão acostados nos autos de toda persecução criminal. Sobrevir uma absolvição, arquivamento do IP ou rejeição da denúncia, o indiciado poderá requerer a retirada da identificação fotográfica dos autos, desde que apresente a identificação civil. 
A Lei de Identificação do Perfil Genético impôs, em sede de execução penal, uma consequência automática aos condenados por crime doloso cometido, com emprego de violência de natureza grave contra pessoa ou por qualquer dos crimes hediondo ou equiparado, pode ser determinado a extração do DNA. adoção de medida cautelar de cunho probatório, lastreada na necessidade devidamente justificada. De todo modo, o acesso ao banco de dados de perfis genéticos para fins criminais deverá ser informado pelo princípio da proporcionalidade, conjugado ao princípio da dignidade humana. Isso será alcançado, primordialmente, pelo consentimento do identificado. 
A autoridade policial deve fazer juntar aos autos do inquérito a folha de antecedentes do indiciado, sendo de valiosa contribuição para esclarecer a vida pregressa, identificar eventual reincidência e fornecer os elementos informadores de envolvimento do suspeito em outras infrações.
Reprodução simulada dos fatos
É a reconstituição do crime. Sendo necessário esclarecer a forma como aconteceu a infração, a reprodução simulada pode ser determinada. O indiciado não é obrigado a participar, não querendo autoincriminar-se. Mas se for determinação do delegado deve comparecer, sob pena de condução coercitiva, mesmo não querendo participar. 
Não será autorizada a reprodução simulada se constituir ofensa à moralidade ou à ordem pública. 
Indiciamento
Conceito: é a informação ao suposto autor a respeito do fato objeto das investigações. É a cientificação ao suspeito de que ele passa a ser o principal foco do inquérito. Só fala em indiciamento qnd houver lastro mínimo de prova da pratica delitiva pelo sujeito. Indícios que apontam o investigado como suposto autor do delito. Pode indiciar um suspeito em qualquer momento do IP. 
É ato privativo do delegado. Não há requisição judiciária de indiciamento, é incompatível com o sistema acusatório. Também não pode o delegado indiciar um suspeito de fato em termo circunstanciado de ocorrência, incompatibilidade com o JEcrim.
Indiciamentodireto: agente presente; Indireto( ausente, foragido ou lugar incerto). 
Deflagrado o processo, não será mais indiciado e sim réu, imputado. 
Indiciado menor: a possibilidade de nomeação de curador para o índio não aculturado (isto é, não adaptado ao convívio em sociedade), bem como para a pessoa inimputável.
Desindiciamento: quando o delegado entende que pelas investigações, a pessoa indiciada não vincula-se ao fato, promove na evolução do IP, no relatório ou no encerramento. 
Vedação ao indiciamento: no curso de investigação preliminar, existir indício de prática de infração penal por parte de agente com prerrogativa de função, a autoridade policial, civil ou militar remeterá, imediatamente, sob pena de responsabilidade, os respectivos autos ao Chefe da respectiva instituição, a quem competirá tomar as providências previstas para o prosseguimento da apuração. (Magistrados, MP, parlamentares federais.
Afastamento do servidor público indiciado em crimes de lavagem de dinheiro: diante do indiciamento a autoridade policial tem o poder de, justificadamente, representar pela aplicação da medida cautelar de afastamento do servidor público de suas funções. O MP também pode requerer para que o juiz decida. 
Os limites do indiciamento e a Lei nº 12.830/2013: Sendo o ato de indiciamento de atribuição exclusiva da autoridade policial, não existe fundamento jurídico que autorize o magistrado, após receber a denúncia, requisitar ao Delegado de Polícia o indiciamento de determinada pessoa. A rigor, requisição dessa natureza é incompatível com o sistema acusatório, que impõe a separação orgânica das funções concernentes à persecução penal, de modo a impedir que o juiz adote qualquer postura inerente à função investigatória. 
Indiciamento feito com linguagem jurídica, constitutiva e competente, com fundamentação descrevendo elementos de informação da investigação preliminar. É norma individual e concreta. Sua estrutura: 
Seu antecedente normativo ou prótese: descrição da norma geral e abstrata expondo juízo de valor da imputação delitiva, além da descrição dos elementos da infração penal atribuída ao investigado.
Pelo seu consequente ou apódose normativa: produção de ato normativo individual e concreto. Declara o indiciamento da pessoa investigada. 
Não obstante a legislação processual penal seja silente a respeito, a doutrina penal define o indiciamento como sendo o ato de formalização da convicção, por parte da autoridade policial, que os elementos indiciários até então colhidos na investigação indiquem ser uma pessoa autora do crime. (Mirabete).
Elementos do indiciamento: Critério pessoal: (a) o sujeito ativo do indiciamento só pode ser o delegado de polícia, autoridade policial federal ou estadual conforme o caso; (b) o sujeito passivo é o investigado, ou seja, a pessoa física maior de 18 (dezoito) anos ou a pessoa jurídica, nos crimes que admitem tal espécie de autoria (Lei nº 9.605/1998), que sentirão os efeitos negativos do indiciamento; Critério material: “indiciar” “pessoa investigada”, núcleo do acontecimento, fato jurídico, decorrendo as conseqüências gravosas do indiciamento; Critério espacial: terá incidência na respectiva circunscrição do delegado de polícia com atribuição para investigar a infração penal; Critério temporal: durante o curso de investigação preliminar. 
Formalizado o indiciamento: conseqüências – elementos: Critério pessoal: (a) o sujeito ativo será o MP (preparar sua denuncia) ou o juiz para apreciar requerimentos de medidas cautelares; b) sujeito passivo será pessoa física ou jurídica indiciada; Critério de sujeição: em processo penal, as consequências são variadas, retratadas de forma tríplice: (a) privativa de liberdade (tal como a prisão temporária do indiciado que não apresenta elementos de sua identidade ou não possui residência fixa) (b) restritiva de direito (a exemplo das medidas cautelares diversas da prisão, a teor do art. 319, CPP); e (c) patrimonial. 
Com início do processo penal não tem mais sentido a continuidade das investigações preliminares pelo delegado, salvo diligencias pendentes que interessam ao processo. 
A qualidade de acusado suplanta ser indiciado. O indiciamento é ato fundamentado pelo delegado para indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. Depois vem o oferecimento da ação penal pelo MP com exposição do fato, circunstancias, qualificação do acusado, classificação do crime, rol de testemunhas. Não tem lógica o indiciamento ser depois do oferecimento da ação penal, iria representar um constrangimento desnecessário, ilegal.
Mas o não indiciamento não representa obstáculo para o MP, é irrelevante o pedido de formalização do indiciamento. Nem o juiz também pode requisitar o indiciamento. Viola a divisão de funções e retrata um ativismo judicial incompatível com o princípio da imparcialidade que permeia atividade jurisdicional. 
A nulidade do indiciamento A nulidade para produzir efeitos no processo precisa ser reconhecida judicialmente: qnd reconheça que fora feito com violação à regra de atribuição; sancione tal vicio que acarrete a nulidade. 
ENCERRAMENTO
Produção de minucioso relatório que informa tudo quanto apurado. Peça descritiva, um esboço com as principais diligencias e justificando as que não foram feitas, indica as testemunhas que não foram inquiridas e onde podem ser encontradas.
Não se esboça um juízo de valor, pois não é opinião delitiva. Na elaboração do relatório deve a autoridade policial justificar as razões que a levaram à classificação do delito. Os autos do inquérito, integrados com o relatório, serão remetidos ao Judiciário (art. 10, § 1º, CPP), para que sejam acessados pelo titular da ação penal.
Sendo o fato de difícil elucidação e estando o indiciado solto, poderá o delegado requerer à autoridade judicial a devolução dos autos para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo designado pelo magistrado.
Crimes de ação penal pública
Chegando ao juízo deve o magistrado abrir vistas do inquérito ao titular da ação penal:
Se o inquérito foi exitoso, e apurou a contento a autoria e a materialidade delitiva, deverá o membro do parquet exercer a ação penal, oferecendo denúncia no intuito de que o processo criminal se inicie. 
Caso o inquérito não tenha apurado os elementos que o MP repute imprescindíveis ao oferecimento da denúncia, abre-se a oportunidade da requisição de novas diligências, que terão por finalidade complementar o material que já foi colhido. Será remetida ao delegado pelo juiz com prazo pra cumprimento, realizadas as diligencias, retornam ao magistrado para abrir vistas ao promotor para que oferte a denúncia. Caso contrário, em não sendo o material complementar elucidador, restaria a promoção do arquivamento.
Apenas cabe ao MP saber qual a necessidade ou não de diligencias complementares, não cabe ao magistrado deferir ou indeferir. As diligencias complementares só cabem quando o suspeito tiver solto. Estando preso, deve colocar em liberdade se ainda não existem elementos para propor denúncia. 
Já se o MP entender que não é caso de oferecer a denúncia, pela absoluta ausência de elementos mínimos a indicar a autoria ou a materialidade delitiva, ou até mesmo a existência de alguma infração, deve promover o arquivamento, aguardando então o surgimento de novos elementos a justificar a propositura da inicial acusatória. 
Arquivamento se dá qnd da impossibilidade de ofertar a denúncia, promovido pelo MP e homologado pelo juiz. 
Faltar justa causa: necessidade de lastro probatório mínimo para o exercício da ação. Sem os indícios de autoria e da materialidade, torna-se inviável qualquer pretensão acusatória. 
As hipóteses que autorizam a absolvição sumária, se cabalmente demonstradas ab initio, devem também ser invocadas para lastrear o pedido de arquivamento. São elas: •existência manifesta de causa excludente de ilicitude; •existência manifesta de causa excludente de culpabilidade, salvo a inimputabilidade; •o fato evidentemente não constitui crime;•existência de causa extintiva da punibilidade.
Se o fato apurado no inquérito policial não simbolizar, nem em tese, a ocorrência de infração penal, deve o MP requerer o arquivamento. 
Se o magistrado homologar o pedido de arquivamento, esta decisão é imutável pela coisa julgada material?
A homologação do arquivamento tem natureza administrativo-judicial, já que emana do magistrado, contudo é proferida ainda na fase pré-processual, não certificando o direito e por consequência não é imutável pela coisa julgada.
A teor da súmula nº 524 do STF, “arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação ser iniciada sem novas provas. Após o arquivamento, sem a necessidade de instaurar um outro inquérito, que a autoridade policial continue realizando diligências, objetivando a captação de eventual prova nova. Se assim o fizer, remeterá aquilo que colheu a juízo, para que o MP, tendo acesso ao material conseguido, possa oferecer denúncia (art. 18, CPP). 
Nessa hipótese – certeza da atipicidade –, prevalece o entendimento de que haverá coisa julgada material ainda que o juízo seja absolutamente incompetente.
A decisão homologatória da promoção de arquivamento do inquérito policial produzirá tão-somente coisa julgada formal, sem impor óbice intransponível à renovação da ação penal, quando seu fundamento consistir em: 
• falta de justa causa para a propositura da ação penal, quando esta significar insuficiência de elementos informativos para supedanear minimamente a petição inicial acusatória. Nesse caso, uma vez arquivado o inquérito policial, este só pode ser reaberto diante da notícia de “prova nova”. • ausência de pressupostos processuais ou de condições da ação penal: como o exame de tais elementos são logicamente anteriores ao exame do mérito da demanda, o arquivamento do inquérito policial arrimado na falta de pressuposto processual de existência ou de validade para o regular e válido andamento do processo penal produzem em regra coisa julgada formal. 
• por sua vez, constituirá coisa julgada material, impedindo a instauração de nova persecução penal lastreada nos mesmos fatos, a decisão que homologa o arquivamento do inquérito, quando baseada em: • atipicidade do fato ou inexistência de crime: se o Ministério Público requerer arquivamento sustentando ser o fato atípico ou inexistir crime, a decisão judicial homologatória do arquivamento forma coisa julgada material, fechando as portas para nova apuração do fato ou rediscussão jurídica da matéria; • existência manifesta de causa excludente de ilicitude; • existência manifesta de causa excludente de culpabilidade, salvo a inimputabilidade; • reconhecimento de causa extintiva de punibilidade: as causas extintivas de punibilidades, elencadas no art. 107, do CP. 
Recurso e ação privada subsidiária da pública
A decisão homologatória do pedido de arquivamento é irrecorrível, não havendo contemplação legal de recurso para combatê-la. Todavia, o indiciado deve ser intimado, não só para ter ciência do ato, mas também para opor-se a eventual denúncia oferecida em momento posterior, uma vez destituída de prova nova. 
A exceção à irrecorribilidade é tratada pelo art. 7º da Lei nº 1.521/1951, prevendo o recurso de ofício da decisão que arquivar o inquérito nos crimes contra a economia popular e contra a saúde pública. Remeterá os autos ao Proc. Geral, oferecendo a denúncia ou designando outro membro do MP ou insistir no arquivamento. 
Também não há de se falar em ação privada subsidiária da pública se houve a manifestação pelo arquivamento, afinal, ela só tem cabimento nas hipóteses de inércia do MP, e se o promotor requereu o arquivamento, certamente não está sendo desidioso. Também o juiz não pode arquivar o IP sem requerimento do MP. 
No entanto, algumas situações ensejam espécies de antecipação de julgamento de mérito, ainda que sem processo em sentido estrito, tais como as hipóteses de arquivamento fundado em: (1) atipicidade do fato; (2) inexistência do fato
e (3) negativa de autoria. 
Divergência do magistrado quanto ao pedido de arquivamento do inquérito policial e distinções do procedimento conforme a competência da Justiça.
A regra é ato complexo: • requerimento do órgão do Ministério Público; • anuência do órgão do Poder Judiciário, manifestada através de decisão homologatória.
Quando há discordância do juiz - enunciado do art. 28, do CPP. Este dispositivo assegura importantes princípios: o princípio da devolução, uma vez que remete ao próprio órgão do Ministério Público, titular da ação penal, a análise da divergência sobre o arquivamento; os princípios do promotor natural e do devido processo legal, tendo em vista que eventual remessa dos autos a outro promotor implicaria nulidade manifesta.
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Diferentes procedimentos:
Estadual
Primeira instancia: regra geral do art. 28 CPP. •Entendendo ser hipótese de arquivamento do inquérito policial ou de peças de informação, o Promotor de Justiça formula requerimento nesse sentido ao juiz de direito; •concordando o juiz, proferirá decisão homologatória de arquivamento; •caso o juiz discorde do requerimento de arquivamento, deverá remeter o inquérito ou as peças de informação ao Procurador-Geral de Justiça (Chefe do Ministério Público estadual); •o Procurador-Geral de Justiça poderá: (a) oferecer denúncia; (b) designar outro Promotor para oferecer denúncia (sendo obrigado a oferecer); ou (c) reiterar o pedido de arquivamento, quando estará o juiz obrigado a acatar.
Federal
Primeira instancia – Compete as Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, porquanto lhes compete: IV – manifestar-se sobre o arquivamento de inquérito policial, inquérito parlamentar ou peças de informação, exceto nos casos de competência originária do Procurador-Geral;
• entendendo ser hipótese de arquivamento do inquérito policial ou de peças de informação, o Procurador da República (Membro do Ministério Público Federal) formula requerimento nesse sentido ao juiz federal; • concordando o juiz, proferirá decisão homologatória de arquivamento; • caso o juiz federal discorde do requerimento de arquivamento, deverá remeter o inquérito ou as peças de informação às Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal; a Câmara de Coordenação e Revisão, com atribuição conforme a matéria, poderá deliberar: (a) pela designação de outro membro para o oferecimento de denúncia; ou (b) pela insistência no pedido de arquivamento. 
Tem caráter opinativo a manifestação dessas Câmaras, sendo os autos encaminhados ao Proc. Ge. Da Rep. (a) oferecer denúncia; (b) designar outro Procurador da República para oferecê-la; ou (c) reiterar o pedido de arquivamento, quando estará o juiz federal obrigado a acatar.
Tem caráter opinativo a manifestação dessas Câmaras, sendo os autos encaminhados ao Proc. Ge. Da Rep. (a) oferecer denúncia; (b) designar outro Procurador da República para oferecê-la; ou (c) reiterar o pedido de arquivamento, quando estará o juiz federal obrigado a acatar.
Militar
Se o procurador, sem prejuízo da diligência a que se refere o art. 26, nº I, entender que os autos do inquérito ou as peças de informação não ministram os elementos indispensáveis ao oferecimento da denúncia, requererá ao auditor que os mande arquivar. Se este concordar com o pedido, determinará o arquivamento; se dele discordar, remeterá os autos ao procurador-geral. Se o procurador-geral entender que há elementos para a ação penal, designará outro procurador, a fim depromovê-la; em caso contrário, mandará arquivar o processo.
Eleitoral
•entendendo ser hipótese de arquivamento do inquérito policial ou de peças de informação, o Promotor Eleitoral (função desempenhada por Membro do Ministério Público Estadual) formula requerimento nesse sentido ao juiz eleitoral (função desempenhada por juiz de direito da Justiça Comum Estadual); •concordando o juiz eleitoral, proferirá decisão homologatória de arquivamento;•caso o juiz eleitoral discorde do requerimento de arquivamento, deverá remeter o inquérito ou as peças de informação às Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal; •a Câmara de Coordenação e Revisão, com atribuição conforme a matéria, poderá deliberar: (a) pela designação de outro membro para o oferecimento de denúncia; ou (b) pela insistência no pedido de arquivamento.
Órgãos colegiados
Não sendo atribuição da Chefia do respectivo Ministério Público, o procedimento adotado será aquele previsto para o arquivamento do inquérito policial no âmbito do juízo singular, embora se trate de tribunal ou outro órgão colegiado.
Supremo Tribunal Federal
No âmbito do Supremo Tribunal Federal, o arquivamento do inquérito policial, formulado pelo Procurador-Geral da República, não se submete ao controle do Poder Judiciário. Pedido o arquivamento do IP pelo Chefe do MPU sem fundamento de coisa julgada material, o STF não poderá discordar e terá que homologar o arquivamento.
Esses julgados ressalvam, contudo, duas hipóteses em que a determinação judicial do arquivamento possa gerar coisa julgada material, a saber: prescrição da pretensão punitiva e atipicidade da conduta.
Tribunais de Justiça e Tribunais de Justiça Militar
Procurador-Geral de Justiça do respectivo Estado não comportam outro destino senão o homologatório do respectivo Tribunal. 
Tribunal Superior Eleitoral
Mesma situação: Procurador-Geral Eleitoral.
Demais órgãos colegiados
Formulada pelo Procurador-Geral da República ou pelo Procurador- Geral de Justiça), valem as mesmas observações quanto à impossibilidade de discordância do órgão colegiado no âmbito do Supremo Tribunal de Justiça e dos Tribunais de Justiça dos Estados, salvo quando exigir decisão jurisdicional (casos de coisa julgada material: “atipicidade” e “extinção de punibilidade”).
STM
Sujeita-se ao controle da Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Militar, nos termos do arquivamento perante a Justiça Militar da União.
TRF
Procurador Regional da República, submete-se ao controle da Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, com atribuição legal conforme a matéria, nos termos descritos no tópico do arquivamento perante a Justiça Federal.
TRE
Procurador Regional Eleitoral, fica sob o controle da Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, com atribuição legal conforme a matéria, nos termos do arquivamento perante a Justiça Eleitoral
Desarquivamento
O desarquivamento é ato privativo do Ministério Público, sem a necessidade de intervenção judicial, ocorrendo quando o promotor, convencido da existência de novas provas (súmula nº 524, STF), oferece denúncia, exercendo a ação penal.
Delegado colhe novas provas do IP arquivado - > remete ao juiz ( MP convence-se de prova nova – oferece denúncia -> desarquivamento. 
Requisito indispensável para desarquivamento – prova nova – STJ
Provas formalmente novas – novos fatos desconhecidos; é a fonte já conhecida, que já foi objeto de produção no curso das investigações, mas que recebe interpretação nova ou que informa elemento novo. (Ex. testemunha apresenta nova versão – a fonte de prova, testemunha, é conhecida, mas o depoimento é formalmente novo).
Substancialmente nova, inédita – é fonte desconhecida, inédita, a exemplo do cadáver que não foi encontrado por ter sido ocultado quando do cometimento do homicídio. Nesse caso, tanto a fonte da prova, como a produção da prova em si inova de forma relevante o panorama probatório. 
Arquivamento implícito
Fenômeno de ordem processual decorrente de o titular da ação penal deixar de incluir na denúncia algum fato investigado ou algum dos indiciados, sem expressa manifestação ou justificação deste procedimento. Este arquivamento se consuma quando o Juiz não se pronuncia na forma do art. 28 com relação ao que foi omitido na peça acusatória.
Destarte, quando em momento posterior o promotor deseje aditar a denúncia para lançar o terceiro criminoso ou a infração não contemplada, exige-se a existência de prova nova. Da mesma forma, percebendo o magistrado a omissão ministerial, remeterá os autos ao Procurador Geral, invocando o art. 28 do CPP.
Seria o arquivamento implícito subjetivo, quando a omissão é de infratores; na segunda, arquivamento implícito objetivo, quando a lacuna é em razão das infrações investigadas e não denunciadas. 
Atenção:Majoritariamente, o arquivamento implícito não tem sido aceito, nem pela jurisprudência, nem pela doutrina, precedentes do STJ e STF. Art. 569 do CPP, entende esta Corte que o aditamento pode se dar a qualquer tempo, desde que antes da sentença final.
ARQUIVAMENTO INDIRETO
Hipótese do MP deixar de oferecer denúncia por entender que o juízo é incompetente, requerendo a remessa dos autos ao órgão competente.
Arquivamento originário
Requerimento de arquivamento parte direto do Procurador Geral, deverá o tribunal homologar.
Cabe ao interessado: remeter ao Colégio de Procuradores, provocado administrativamente, deliberar se designa outro membro da instituição para oferecer denúncia, em substituição ao Procurador Geral, ou se mantém o arquivamento.
ARQUIVAMENTO PROVISÓRIO
Arquivamento se origine da ausência de uma condição de procedibilidade, como no caso da vítima de crime de ação pública condicionada à representação, que se retrata antes da denúncia ser oferecida.
CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA
Vítima, através do seu advogado, para que acesse os autos da investigação que estão disponíveis em cartório, no intuito do oferecimento da queixa-crime. Nada impede que os autos do inquérito, por traslado, sejam entregues ao requerente (art. 19, CPP) Regra: seis meses para a propositura da ação privada
Se o IP não concluído, ainda assim, deve oferecer a ação penal, sob pena de decadência.
Não há de se falar em arquivamento do inquérito nos crimes de iniciativa privada, mas mera decadência.
ARQUIVAMENTO DO IP SEM REQUERIMENTO DO MP
Vulgar: Trancamento
Ocorre no bojo de ação de habeas corpus ou mesmo por meio da técnica de habeas corpus de ofício, consubstanciada na tutela concedida por tribunal, independentemente de provocação específica.
O inquérito policial for instaurado pela autoridade policial, de ofício, o juiz pode ordenar o arquivamento, especialmente quando não anuir o Ministério Público com a licitude da persecução penal, manifestação do MP contrária a instauração corresponde ao pedido de arquivamento.
Se o MP requer novas diligências o juiz de primeira instância não pode requerer o arquivamento,
Falta ao magistrado de primeira instância competência para julgar habeas corpus ou conceder tutela de habeas corpus de oficio contra ato de autoridade que detenha prerrogativa de função perante o tribunal de instância a ele superior.
TERMO CIRCUNSTANCIADO
Nas infrações de menor potencial ofensivo, quais sejam, os crimes com pena máxima não superior a dois anos e todas as contravenções penais comuns, tratadas pela Lei nº 9.099/95 (Lei dos Juizados), o legislador, visando imprimir celeridade, prevê, como regra, no art. 69, a substituição do inquérito policial pela elaboração do termo circunstanciado de ocorrência (TCO), que é uma peça despida de rigor formal, contendo breve e sucinta narrativa que descreve sumamente os fatos e indica os envolvidos e eventuais testemunhas, devendo ser remetido, incontinenti, aos Juizados Especiais Criminais.
É mera irregularidade a elaboração do IP ao invés do TCO
TCO possui legitimidade do delegado, mas entende-se que a PM pode elaborar (discordância doutrinária).
A Lei nº 11.343/06(Lei de tóxicos), prevê a presidência da lavratura do TCO pelo magistrado, nos delitos de porte para uso de substância entorpecente e cultivo ou semeio para consumo (art. 48). Távora entende ser inconstitucional.
CONTROLE EXTERNO
Conforme o inciso VII do art. 129 da CF: caberá ao Ministério Público exercer o controle externo da atividade policial. Não é subordinação hierárquica mas fiscalização externa.
Escrito
Procedimento administrativo. 
Fornecer elementos para a ação penal.
Peças do IP, todas escritas e rubricadas pela autoridade. 
Atos orais, reduzido a termo.
Outras documentações podem ser utilizadas, como forma complementar, como o sistema audiovisual. 
Sigiloso (essencialmente)
Não comporta publicidade.
Sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. 
Não estende nem ao Juiz ou MP.
Cont. ->
 
COMPETÊNCIA (ATRIBUIÇÃO)
Os delegados tem atribuições e não competência.
Critério territorial
Delegado com atribuição é aquele que exerce suas funções na circunscrição (delimitação territorial) em que se consumou a infração.
Critério material
A segmentação da atuação da polícia, com delegacias especializadas na investigação e no combate a determinado tipo de infração. 
Política federal: definida aos delitos federais e a tráfico de entorpecentes e 
Contagem do prazo
- Se estiver preso, inclui-se o dia do começo (prisão) e excluindo-se o do vencimento. 
- Se estiver solto, exclui-se o dia do começo e inclui-se o ultimo dia. 
- Se o prazo termina em dia não útil, não cabe prorrogação ao primeiro dia útil subseqüente. Se a prisão se deu no FDS, terá início o prazo imediatamente. (Plantão policial)
Quais são as hipóteses que autorizariam o pedido de arquivamento?
- Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal
- não há qlqr requisito para desenvolvimento da ação penal válida (legitimidade, interesse, possibilidade jurídica do pedido, além dos pressupostos processuais.
- deve proceder a proposta de arquivamento pelo MP.
Comum do Distrito Federal
• entendendo ser hipótese de arquivamento do inquérito policial ou de peças de informação, o Promotor de Justiça (Membro do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) deve formular requerimento nesse sentido ao juiz de direito do Distrito Federal e Territórios;
• concordando o juiz, proferirá decisão homologatória de arquivamento; • caso o juiz discorde do requerimento de arquivamento, deverá remeter o inquérito ou as peças de informação às Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT);

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