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Profª. Drª. Mikele Cândida Sousa de Sant’Anna Aula 3. FLUIDOESTÁTICA Forças de superfície e de corpo 1. Equação básica da estática Como a pressão aumenta com a profundidade aplicamos a segunda Lei de Newton a um elemento diferencial de massa Onde é o vetor gravidade local, é a massa específica e é o volume do elemento. Em coordenadas cartesianas, de modo que: g d dxdydzd - Forças de campo - Forças de superfície Dois tipos de forças: dxdydzgFd B dgdmgFd B 1. Equação básica da estática 1. Equação básica da estática As forças de pressão sobre as outras faces do elemento são obtidas: Combinando todas essas forças, obtemos a força superficial líquida ou resultante agindo sobre o elemento: )ˆ)()( 2 ()ˆ)()( 2 ( idydz dx x p pidydz dx x p pFd S )ˆ)()( 2 ()ˆ)()( 2 ( jdxdz dy y p pjdxdz dy y p p )ˆ)()( 2 ()ˆ)()( 2 ( kdxdy dz z p pkdxdy dz z p p Cada força de pressão é um produto de 3 fatores: (1) Módulo da força de pressão; (2) Área da face (3) Um valor unitário é introduzido para indicar o sentido (versor) 1. Equação básica da estática Agrupando e cancelando termos, obtemos: dxdydzk z p j y p i x p Fd S ) ˆˆˆ( O termo entre parênteses é denominado gradiente da (ou de) pressão e pode ser escrito grad p ou p . 1. Equação básica da estática Em coordenadas retangulares p z k y j x i z p k y p j x p ippgrad )ˆˆˆ()ˆˆˆ( O gradiente pode ser visto como operador vertical; tomando o gradiente de um campo escalar obtêm-se um campo vetorial dzdydxpdxdydzpgradFd S )( Fisicamente, o gradiente de pressão é o negativo da força de superfície por unidade de volume devido à pressão Combinamos as formulações desenvolvidas para as forças de superfície e de campo, de modo a obter a força total atuando sobre um elemento fluido, assim: 1. Equação básica da estática BS FdFdFd gp d Fd Ou por unidade de volume: dzdydxgpFd )( dgpFd )( Para uma partícula fluida, a segunda Lei de Newton fornece Para um fluido estático Então, Substituindo , obtemos: 1. Equação básica da estática 0 a d Fd 0 gp dadmaF 0a dFd / Uma equação vetorial → equivalente a três equações de componentes → que devem ser satisfeitas individualmente. 1. Equação básica da estática 0 g p Força de pressão líquida por unidade de volume em um ponto + = 0 Força de campo por unidade de volume em um ponto 1. Equação básica da estática z z p y y p x x p z y x direção 0g direção 0g direção 0g g- 0 0 z p y p x p Escolhendo o eixo z apontando verticalmente para cima, Sob essas condições: -g- dz dp (1) Fluido estático (2) g é a única força de campo (3) z é vertical e voltando ↑ Para cada componente: A pressão num ponto de um fluido em repouso é a mesma em qualquer direção. Logo: Se o fluido estiver em repouso, todos os seus pontos também deverão estar. 2. Pressão em torno de um ponto zyx ppp 2. Pressão em torno de um ponto A pressão aplicada num ponto transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido. Importante em problemas de dispositivos que transmitem e ampliam uma força através da pressão aplicada num fluido. Fonte: http://www.hannaharendtcenter.org/?p=12102 Blaise Pascal (1623-1662) Fonte: tecnologiascp.wordpress.com 4.1 Princípio de Pascal 3. Teorema de Stevin A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é igual ao produto do peso especifico do fluido pela diferença de cotas dos dois pontos. Simon Stevin (1548 - 1620) http://www.geocities.ws/saladefisica9/biografias/stevin.html A) Na diferença de pressão entre dois pontos não interessa a distância entre eles, mas a diferença de cotas )( BABA zzhpp 3. Teorema de Stevin http://www.mundoeducacao.com/fisica/consequencias-lei-stevin.htm C) O formato do recipiente não é importante B) A pressão dos pontos num mesmo plano ou nível horizontal é a mesma; 3. Teorema de Stevin D) Se a pressão na superfície livre de um líquido contido num recipiente for nula, a pressão num ponto à profundidade h é dada por: E) Nos gases, como γ é pequeno, se z não for muito grande, pode-se desprezar a diferença de pressão entre eles. hp C B A GÁS CBA ppp 4. Variação de pressão em um fluido estático 4.1 Líquidos Incompressíveis, ρ=constante. constante g dz dp Para a maioria das situações práticas de engenharia a variação em g é desprezível, e deve ser considerada apenas em situações de cálculo preciso. http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/511481-os-oceanos-e-sua-importancia-para-os-servicos-ambientais-entrevista-especial-com-leandra-goncalves- h p>p0 0 P0 z Referência de nível e pressão z < z0 Localização e pressão de interesse z0 )()( ou 000 00 zzgzzgpp gdzdp z z p p Fonte: www.oieduca.com.br 4. Variação de pressão em um fluido estático 4.1 Líquidos É conveniente colocar a origem do sistema de coordenadas na superfície livre e medir as distâncias para baixo dessa superfície como positivas. hzz 0 ghppp 0 A diferença de pressão entre dois pontos num fluido pode ser medida da diferença de elevação entre os dois pontos Fonte: www.fem.unicamp.br 4.1 Líquidos 4.1.1 Manômetros 4. Variação de pressão em um fluido estático Para manômetros de múltiplos líquidos: a) Quaisquer dois pontos numa mesma elevação em um volume contínuo do mesmo líquido estão a mesma pressão b) A pressão cresce à medida que se desce na coluna de líquido. Para determinar a diferença de pressão Δp entre dois pontos separados por uma série de fluidos Fonte: fisica.uems.br Representa as massas específicas e as profundidades Sensibilidade ↑ 4.1.1 Manômetros 4. Variação de pressão em um fluido estático i ii hgp 1. Para pressões elevadas: Usa-se líquidos manométricos de elevadas densidades (Ex: Mercúrio) 2. Para pressões menores: Os líquidos manométricos tem densidade manométrica mais baixa (Ex: água, tetracloreto de carbono) 4.1.1 Manômetro 4. Variação de pressão em um fluido estático Em muitos problemas de engenharia, ρ varia consideravelmente com a altitude, e os resultados requerem que essa variação seja levada em consideração. Uma equação de estado ou uma informação de propriedade pode ser usada para obtenção da correlação requerida para a massa especifica. 4.2 Gases 4. Variação de pressão em um fluido estático Bibliografia Fox, R. W.; Pritchard, P. J.; McDonald, A. T. Introdução à mecânica dos Fluidos. LTC. 7ªed. 2010.
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