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Profª. Mikele Cândida Sousa de Sant’Anna Aula 8. Equações básicas na forma integral 1. Introdução Para estudar fluidos em movimento, devemos decidir como examinar um escoamento fluido. Existem duas opções disponíveis: 1. Podemos estudar o movimento de uma partícula individual de fluido em um grupo de partículas conforme elas se movem através do espaço. A desvantagem é a matemática associada ao problema. 2. Podemos estudar uma região do espaço conforme o fluido escoa através dela, que é a abordagem de volume de controle, possui uma grande quantidade de aplicações práticas, a desvantagem é que as leis físicas são aplicadas a matéria e não diretamente a região do espaço. 0 sistemadt dM 2. Leis Básicas para um sistema As leis básicas que aplicaremos são a conservação da massa, a segunda lei de Newton, o princípio da quantidade de movimento angular, e a primeira e segunda leis da termodinâmica. 2.1 Conservação da massa Para um sistema (por definição uma quantidade fixa de matéria, M, que escolhemos), temos o resultado simples de que M= constante. Entretanto, devemos expressar como equação de taxa )()( sistemasistema VM sistema VddmM 2.2 A Segunda Lei de Newton Para um sistema com movimento relativo a um sistema de referência inercial, a segunda lei de Newton estabelece que a soma de todas as forças externas agindo sobre o sistema é igual à taxa de variação com o tempo da quantidade de movimento linear do sistema. sistemadt Pd F Onde a quantidade de movimento linear do sistema é dada por: sistema sistemaM V sistema VddmP 2.3 O Princípio de Quantidade de Movimento Angular sistemadt Hd T O princípio da quantidade de movimento angular (ou do momento da quantidade de movimento) para um sistema estabelece que a taxa de variação da quantidade de movimento angular é igual à soma de todos os torques atuando sobre o sistema. Onde a quantidade de momento angular no sistema é dada por: )()( sistemasistema VM VdVrdmVrH )(sistemaM eixos TdmgrFrT O torque pode ser reproduzido por forças de superfície e de campo (neste caso, a gravidade) e também, por eixos que cruzam a fronteira. 2.4 A Primeira Lei da Termodinâmica A conservação de energia para um sistema, dEWQ Na forma de taxa: sistemadt dE WQ Onde a energia total do sistema é dada por: (sistema))( V VdedmeE sistemaM sistema 2.4 A Primeira Lei da Termodinâmica e, gz v ue 2 2 A taxa de transferência de calor, é positiva quando o calor é adicionado ao sistema pela sua vizinhança; QW A taxa de trabalho, é positiva quando trabalho é realizado pelo sistema sobre a vizinhançau É a energia específicaV É a velocidadez É a altura (relativa a uma referência conveniente) 2.5 A Segunda Lei da Termodinâmica Se uma quantidade de calor, δQ, for transferida para um sistema à temperatura T, a segunda lei da termodinâmica estabelece que a variação de entropia, dS, do sistema satisfaz a relação: T Q dS Em base de taxa podemos escrever: )()( sistemasistema VM sistema VdssdmS Q Tdt dS sistema 1 Onde a entropia total do sistema é dada por 3 Relação entre as derivadas do sistema e a formulação para volume de controle 5 leis básicas; Desenvolver uma expressão geral para converter uma equação de taxa para um sistema em uma equação equivalente para um volume de controle. )()( sistemasistema VM sistema VddmN N representa a quantidade de massa, ou a quantidade de movimento, ou a quantidade de movimento angular, ou entropia de um sistema. Correspondendo a essa propriedade extensiva, necessitaremos também da propriedade intensiva η, (por unidade de massa). 3 Relação entre as derivadas do sistema e a formulação para volume de controle )()( sistemasistema VM sistema VddmN sη S, então N eE, então ηN Vr, então ηHN Vη, então PN ηM, então N 1 3 Relação entre as derivadas do sistema e a formulação para volume de controle )()( . sistemasistema SCVCsistema AdVVd tdt dN É a relação fundamental entre a taxa de variação de qualquer propriedade extensiva, N, de um sistema e as vaiáveis dessa propriedade associadas com um volume de controle, Teorema do Transporte de Reynods Para converter a taxa de variação de qualquer propriedade extensiva, de um sistema para a formulação equivalente para o uso do volume de controle. 3 Relação entre as derivadas do sistema e a formulação para volume de controle O sistema é a matéria que está passando através do volume de controle escolhido e no instante escolhido. Por exemplo, se escolhemos como um volume de controle a região contida por uma asa de aeronave e por um limite imaginário retangular em torno dela, o sistema seria a massa de ar que está instantaneamente contida entre o retângulo e o aerofólio. 3 Relação entre as derivadas do sistema e a formulação para volume de controle sistemadt dN É a taxa de variação da propriedade extensiva do sistema N. )(sistemaVC Vd t É a taxa de variação da quantidade da propriedade N dentro do volume de controle. O termo calcula o valor instantâneo de N dentro do volume de controle VC Vd Vη, então PN 3 Relação entre as derivadas do sistema e a formulação para volume de controle É a taxa na qual a propriedade N está saindo da superfície de controle. O termo calcula a taxa de transferência de calor saindo através do elemento de área da superfície de controle; multiplicando-se por , calcula-se a taxa de fluxo da propriedade N através do elemento; e, por consequência, a integração calcula o fluxo líquido de N para fora do volume de controle. )( . sistemaSC AdV AdV .Ad 3.1 Conservação de Massa Para deduzir a formulação de volume de controle da conservação de massa, fazemos: )()( . sistemasistema SCVCsistema AdVVd tdt dM 1 ηM, então N )()( . sistemasistema SCVCsistema AdVVd tdt dN 3.1 Conservação de Massa )()( . sistemasistema SCVCsistema AdVVd tdt dM 0. )()( sistemasistema SCVC AdVVd t Taxa de aumento de massa no VC Taxa líquida de massa para dentro do VC 3.1 Conservação de Massa )()( . sistemasistema SCVC AdVVd t O primeiro termo representa a taxa de variação da massa dentro do volume de controle, o segundo termo representa a taxa líquida de fluxo de massa para fora através da superfície de controle. A soma da taxa de variação da massa dentro do volume de controle com a taxa líquida de fluxo de massa através da superfície de controle é zero. A equação da conservação da massa é também chamada da equação da continuidade . Em outros termos, pode-se dizer que a taxa de aumento de massa no volume de controle é de vida ao fluxo líquido de entrada de massa. 3.1.1 Casos especiais 0. )()( sistemasistema SCVC AdVVd t Considere primeiramente, o caso de um fluido incompressível, no qual a massa especifica permanece constante. Quando ρ é constante, ele não é uma função do espaço e nem do tempo. A integral de sobre todo o volume de controle é simplesmente o volume total de controle. Assim, dividimos por ρ Vd 0. )( sistemaSCAdV t V 3.1.1 Casos especiais Para um volume de controle não deformável, de forma e tamanhos fixos, = constante. A conservação de massa para escoamento incompressível através de um volume de controle fixo torna-se V SC AdV 0. Para regime permanente ou transiente 0. SC AdV Um caso útil é quando podemos aproximar uma velocidade uniforme em cada entrada e saída 3.1.1 Casos especiais A integral sobre uma superfície de controle é comumente chamada de taxa de fluxo de volume ou vazão de volume, ou ainda vazão volumétrica. AdV . SC AdVQ . SC AdV 0. Para escoamento permanente e compressível ρ= ρ(x, y, z) 0. SC AdV 3.1.1 Casos especiais Exemplo 1- escoamento uniforme em todas as seções Fluxo de massa em uma junção de Tubos Considere o escoamento permanente de água em uma junção de tubos, conforme mostrado no diagrama. As áreas das seções são: A1=0,2m 2; A2=0,2m 2 e A3= 0,15m2. O fluido também vaza para fora do tubo através de um orifício em (4) com uma vazão volumétrica estimada em 0,1m3/s. As velocidades médias nas seções 1 e 3 são V1=5m/s e V3=12m/s, respectivamente. Determine a velocidade do escoamento na seção 2. 3.1.1 Casos especiais Exemplo 1- escoamento uniforme em todas as seções Fluxo de massa em uma junção de Tubos Determinar A velocidade na seção 2 A1=0,2m 2 A2=0,2m 2 A3= 0,15m 2 V1=5m/s V3=12m/s ρ=999 Kg/m3 Vazão em 4 =0,1m3/s Dados 3.1.1 Casos especiais Exemplo 1- escoamento uniforme em todas as seções Fluxo de massa em uma junção de Tubos Solução Escolha um volume de controle fixo, conforme mostrado. Considere a hipótese de que o escoamento na seção 2 é para fora e sinalize no diagrama (se a hipótese for correta o resultado nos dirá) SC AdV 0. Considerar: (1)Escoamento permanente (2)Escoamento incompressível (3)Propriedades uniformes em cada seção 3.1.1 Casos especiais Exemplo 1- escoamento uniforme em todas as seções Fluxo de massa em uma junção de Tubos Solução 1111. AVAV O sinal de é negativo na superfície (1) 11.AV Vamos examinar os três primeiros termos e os sentidos dos vetores velocidades 3.1.1 Casos especiais Exemplo 1- escoamento uniforme em todas as seções Fluxo de massa em uma junção de Tubos Solução 2222. AVAV O sinal de é positivo na superfície (1) 22.AV Vamos examinar os três primeiros termos e os sentidos dos vetores velocidades 3.1.1 Casos especiais Exemplo 1- escoamento uniforme em todas as seções Fluxo de massa em uma junção de Tubos Solução 3333. AVAV O sinal de é positivo na superfície (1) Vamos examinar os três primeiros termos e os sentidos dos vetores velocidades 22.AV 04332211 QAVAVAV 3.1.1 Casos especiais Exemplo 1- escoamento uniforme em todas as seções Fluxo de massa em uma junção de Tubos Solução V2= -4,5m/s V2 representa o módulo da velocidade, que consideramos estar apontando para fora do volume de controle. O fato de V2 ter sinal negativo significa que, na verdade, temos uma entrada de escoamento na seção (2)- a hipótese inicial não era válida! Este problema demonstra o uso de sinais para avaliar 0. SC AdV SC AdV 0.
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