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AULA 3 Princípios Gerais dos Preparos Cavitários Dentística I completo

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21/02/2016 
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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU 
 
UNINASSAU 
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 
PROFa. MÁRCIA DURÃO 
 DISCIPLINA: DENTÍSTICA I 1 
Profa. Márcia Durão 
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Profa. Márcia Durão 
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Tratamento biomecânico da cárie e de 
outras lesões do tecido duro dos dentes, 
a fim de que as estruturas 
remanescentes possam receber uma 
restauração que as protejam, que seja 
resistente e que previna a reincidência 
da cárie, devolvendo a forma, a função e 
a estética. 
 Mondelli et al.,1997 / 2010 
PREPARO CAVITÁRIO Preparação Cavitária 
Profa. Márcia Durão 
Profa. Márcia Durão 
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FINALIDADES DO PREPARO: 
1. Eliminar tecido patológico; 
2. Extender margens da cavidade à 
locais de relativa imunidade à cárie; 
3. Dar à cavidade formas que permitam 
reter o material restaurador; 
4. Preservar a vitalidade pulpar. 
GBPD, 2005 
Profa. Márcia Durão 
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REGRAS DO PREPARO: 
1. Remover totalmente tecido cariado infectado; 
2. Paredes da cavidade devem ficar suportadas por 
dentina sadia ou por material de igual função; 
3. Conservar maior quantidade de tecido dental sadio; 
4. Paredes cavitárias lisas e planas; 
5. Preparo cavitário limpo e seco. 
GBPD, 2005 
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PRINCÍPIOS DE BLACK 
Filosofia de extensão para prevenção. 
Princípios preconizados por Black numa 
época onde o amálgama era o único 
bom material restaurador direto disponível. 
 
Embora sua essência ainda seja relevante, 
devemos ter bom senso, adaptando-os 
à realidade atual: 
 Odontologia adesiva 
 Maior preservação da estrutura dental 
Profa. Márcia Durão 
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Filosofia da Extensão Preventiva 
Máxima Conservação 
 + 
Bom Senso 
Profa. Márcia Durão 
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 “Em essência, nas restaurações 
adesivas o material restaurador 
adapta-se ao preparo, enquanto nas 
restaurações com amálgama a 
cavidade precisa ser adaptada, com 
o intuito de atender às deficiências 
do material restaurador. 
 Baratieri et al., 2010 
Profa. Márcia Durão 11 
AMÁLGAMA: 
 
• Propriedades mecânicas insatisfatórias; 
• Falta de adesão à estrutura dental; 
 
• Não reforça estrutura dental fragilizada, nem 
esmalte sem suporte dentinário; 
 
• Para compensar essas limitações do material, 
Black formulou tais princípios, gerando preparos 
padronizados, 
• independente do tamanho e localização da lesão 
cariosa. 
• Baratieri et al., 2010 
PRINCÍPIOS DE BLACK 
1. Forma de contorno; 
2. Forma de resistência; 
3. Forma de retenção; 
4. Forma de conveniência; 
5. Remoção da dentina cariada remanescente; 
6. Acabamento das paredes e margens de esmalte; 
7. Limpeza da cavidade 
Profa. Márcia Durão 
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Profa. Márcia Durão 
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• A sequência proposta por Black não é 
rígida, ou seja, se necessário podem 
haver inversões de acordo com as 
variações apresentadas pelo caso clínico. 
 
• Ela foi idealizada com o objetivo de 
organizar as etapas dos preparos 
cavitários de maneira didática e racional 
1. Abertura da Cavidade 
2. Forma de Contorno 
3. Remoção Dentina Cariada 
4. Forma de Resistência 
5. Forma de Retenção 
6. Forma de Conveniência 
7. Forma de Acabamento das paredes de esmalte 
8. Limpeza da Cavidade 
Profa. Márcia Durão 
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TEMPOS OPERATÓRIOS: 
Profa. Márcia Durão 
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Visa a remoção do esmalte sem apoio 
dentinário, com a finalidade de expor 
a lesão de cárie, facilitando sua 
visualização e, desta forma, permitir a 
instrumentação subsequentes do 
preparo 
TEMPOS OPERATÓRIOS: 
1- ABERTURA DA CAVIDADE 
Profa. Márcia Durão 
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ABERTURA DA CAVIDADE 
 
• Existem situações em que a cavidade já se 
encontra totalmente aberta, restando apenas 
executar as demais etapas dos preparos 
cavitários. 
 
• A execução da abertura é feita com instrumentos 
rotatórios em alta velocidade, com diferentes 
formatos e tamanhos que irão variar de acordo 
com vários fatores, tais como: o dente em 
questão, tamanho da lesão e material 
restaurador selecionado. 
Profa. Márcia Durão 
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Profa. Márcia Durão 
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2- FORMA DE CONTORNO 
 
• Visa delimitar a área da superfície dental que 
deverá ser incluída no preparo cavitário. 
Profa. Márcia Durão 
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FORMA DE CONTORNO 
Quando duas ou mais cavidades distintas 
encontrarem-se separadas por uma estrutura dental 
sadia menor 1 mm, elas devem ser unidas em um 
único preparo a fim de eliminar essa estrutura dental 
enfraquecida, caso contrário, essa estrutura poderá 
ser mantida, preparando-se duas ou mais cavidades 
distintas e isoladas. 
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Atualmente, limita-se a englobar os 
tecidos comprometidos, sem a 
necessidade de extensão preventiva, 
devendo-se respeitar as estruturas 
de reforço dos dentes tais como: 
pontes de esmalte, vertentes e 
cúspides. 
Profa. Márcia Durão 
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FORMA DE CONTORNO, DEVE-SE 
CONSIDERAR: 
• Consiste na remoção de toda dentina 
desmineralizada e infectada pela lesão 
cariosa de modo irreversível. 
Profa. Márcia Durão 
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3- REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA 
 
REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA 
A dentina cariada é um tecido multicomposicional, no qual 
encontramos além de cálcio e colágeno desorganizados, uma 
grande quantidade de microorganismos. Histologicamente uma 
cavidade cariada pode ser dividida em 3 zonas distintas : 
 
 1 - Zona altamente desorganizada e infectada, rica em 
microorganismos e desorganizada de modo irreversível. 
 
2 - Zona intermediária, pode apresentar as mesmas 
características da zona 1, porém,na sua porção mais profunda 
pode estar pouco afetada e ser possível sua manutenção. 
 
3 – Zona afetada, quase sempre somente desmineralizada pela 
ação dos ácidos produzidos por microorganismos das camadas 
anteriores. Esta dentina é passível de remineralização quando 
tratada adequadamente. 
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 Evidenciador de cárie - em 1979, Fusayama e 
Therashima introduziram um corante orgânico capaz de 
identificar camadas de dentina. 
 
Corante: 0,5 ml de fucsina básica em 100ml de 
propileno glicol, aplicado na dentina cariada por 8 -10 
seg., lavando-a posteriormente. 
 
O local corado em vermelho = dentina desmineralizada 
e infectada. Deve ser removido por instrumento 
rotatório ou manual, mantendo na cavidade somente a 
dentina desmineralizada reversível . 
 
Profa. Márcia Durão 
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REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA 
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Profa. Márcia Durão 
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Método Químico-Mecânico 
• Amolecimento do tecido cariado; 
 
• Remoção mecânica. 
 
– Carisolv®; 
 
– Papacárie®. 
 
Profa. Márcia Durão 
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REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA 
Carisolv 
• Hipoclorito de sódio 0,5%; 
 
• Cloreto de sódio; 
 
• Aminoácidos naturais (ácido 
glutâmico, leucina e lisina); 
 
• Eritrosina; 
 
• Carboxi-metil-celulose (CMC); 
 
• Água destilada. 
 
Profa. Márcia Durão 27 
Papacárie 
• Sandra Kalil Bussadori (2003); 
 
• Papaína; 
 
• Cloramina; 
 
• Azul de toluidina; 
 
• Espessante; 
 
• Sais. 
Profa. Márcia Durão 28 
4 - FORMA DE RESISTÊNCIA 
 
Consiste em dar forma à cavidade de modo 
que e estrutura dental e o material 
restaurador possam resistir: 
 
 Aos esforços mastigatórios; 
 Às alterações volumétricas frente às variações 
térmicas; 
 As diferenças do coeficiente de expansão 
térmica do dente e material restaurador. 
Profa. Márcia Durão 29 Profa.Márcia Durão 30 
FORMA DE RESISTÊNCIA 
 
Todo esmalte deve estar suportado por dentina sadia 
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Profa. Márcia Durão 31 
FORMA DE RESISTÊNCIA 
 Paredes circundantes planas e paralelas entre e 
perpendiculares a parede pulpar. 
GBPD - 2005 
Profa. Márcia Durão 32 
FORMA DE RESISTÊNCIA 
 Parede gengival plana e paralela à parede pulpar e 
perpendiculares ao longo eixo do dente. 
GBPD - 2005 
Profa. Márcia Durão 33 
FORMA DE RESISTÊNCIA 
 Ângulos diedros e triedros definidos. 
Profa. Márcia Durão 34 
FORMA DE RESISTÊNCIA 
 Ângulos Áxio-pulpar arredondado. 
5 - FORMA DE RETENÇÃO 
 
Profa. Márcia Durão 35 
 
• Consiste em dar forma à cavidade, a fim de 
evitar o deslocamento da restauração durante 
esforço mastigatório, pelas alterações 
dimensionais térmicas, e pela ação de 
alimentos pegajosos. 
 
• ** Conferir embricamento mecânico entre 
material restaurador e paredes cavitárias. 
A forma de retenção pode ser: 
- FRICCIONAL: através do atrito entre o material 
restaurador e às paredes cavitárias. 
 
- QUÍMICA: através de condicionamento ácido 
associado à adesivos dentinários. 
 
- MECÂNICA ADICIONAL: através da confecção de 
sulcos, canaletas, orifícios, pinos, cauda de andorinha. 
Profa. Márcia Durão 36 
FORMA DE RETENÇÃO 
 
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Profa. Márcia Durão 37 
FORMA DE RETENÇÃO 
 
MECÂNICA ADICIONAL 
Profa. Márcia Durão 38 
FORMA DE RETENÇÃO 
 
MECÂNICA ADICIONAL – CAUDA DE ANDORINHA 
Profa. Márcia Durão 39 
FORMA DE RETENÇÃO 
 
MECÂNICA ADICIONAL – SULCO ou CANALETA 
Profa. Márcia Durão 40 
FORMA DE RETENÇÃO 
 
MECÂNICA ADICIONAL - PINOS INTRADENTINÁRIO 
Profa. Márcia Durão 41 
FORMA DE RETENÇÃO 
 
MECÂNICA ADICIONAL – PINO INTRA-RADICULAR 
6 - FORMA DE CONVENIÊNCIA 
 
Profa. Márcia Durão 42 
Dá ao preparo cavitário características capazes de 
facilitar o acesso, a conformação e a 
instrumentação da cavidade. Procedimentos 
relacinados às características específicas do 
material restaurador selecionado, por exemplo: 
 
Afastamento mecânico dos dentes, 
Isolamento absoluto, 
Afastamento gengival, etc. 
 
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Profa. Márcia Durão 43 
FORMA DE CONVENIÊNCIA 
 
Profa. Márcia Durão 44 
FORMA DE CONVENIÊNCIA 
 
PROTEÇÃO DENTE VIZINHO – CLASSE II 
7 - ACABAMENTO DAS 
PAREDES DE ESMALTE 
 
Profa. Márcia Durão 45 
• Consiste em alisar as irregularidades 
das paredes de esmalte e do ângulo 
cavo superficial do preparo cavitário 
8 - LIMPEZA DA CAVIDADE 
Profa. Márcia Durão 46 
 
• É a remoção de resíduos do preparo 
cavitário, antes da inserção do material 
protetor/ restaurador, através de 
diferentes agentes químicos 
biocompatíveis para a limpeza do 
subtrato dentinário. 
 
• AGENTES DESMINERALIZANTES 
 
• AGENTES NÃO DESMINERALIZANTES 
 
AGENTES DESMINERALIZANTES 
 
 
Profa. Márcia Durão 47 
 
• Ácido Fosfórico 15, 25, 35 ou 37% 
 
• Ácido Poliacrílico 25% 
 
• EDTA (Ácido etilenodiamino tetracético) 
 
• GERMICIDAS : Digluconato de Clorexidina; Água 
Oxigenada 2% 
 
• DETERSIVOS – Tergentol - lauril-dietileno-glicol-
éter-sulfato de sódio (tensoativo aniônico que 
auxilia na limpeza do canal radicular). 
 
• ALCALINIZANTES – Produtos à base de Hidróxido 
de cálcio. 
 
Profa. Márcia Durão 48 
AGENTES NÃO DESMINERALIZANTES 
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Limpeza da Cavidade 
Profa. Márcia Durão 49 
 
Restaurações Indiretas 
Indicadas nas situações em que o grau de 
comprometimento do remanescente dental 
contraindica a execução de uma técnica 
direta. 
 
Profa. Márcia Durão 50 
Obrigada!!! 
marciadurao21@gmail.com

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