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Relações Trabalhistas e Sindicais_Material online editado

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RELAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS
Tutor: Ana Esch 						Professor da teletrasmitida: José Antonio de Barros
AULA 1 SINDICALISMO
"Tanto no Egito quanto na Grécia temos noticias das primeiras associações de trabalhadores em busca de seus direitos, tentando regulamentar as relações adversas entre patrões e empregados. Mas, foi no Egito que surgiram os primeiros movimentos organizados de trabalhadores. Em Roma temos noticias dos chamados Colégios Profissionais que estariam na mesma relação das primeiras associações surgidas."
A Revolução Industrial: Inicia-se na Inglaterra favorecida pelas grandes reservas de carvão mineral (principal combustível à época com advento da energia a vapor no século XVII) do país, permitindo o avanço de máquinas movidas a vapor. Permite mais eficiência de produção, barateando o preço final dos produtos, além de produzir maiores quantidades em menor espaço de tempo. Alguns fatores favoreceram o surgimento da indústria na Inglaterra:
A burguesia inglesa podia adquirir equipamentos e de contratar mão de obra abundante na época;
Havia um mercado interno que favorecia o crescimento do parque industrial;
Haviam grandes reservas de minério de ferro (matéria-prima importante da época).
Condições desfavoráveis de crescimento urbano, o que aumentou o clima de tensão entre os trabalhadores era o cenário propício para o surgimento das lutas sindicais que buscavam melhores condições...
Fábricas do século XVII tinham péssimas condições de trabalho: lugares sujos, abafados e pouco iluminados. 
Para aumentar a força de trabalho nesses locais, empregavam-se mulheres e menores de idade. 
Os salários eram muito baixos e havia intensa poluição sonora e ambiental, além do êxodo rural.
O desenvolvimento das máquinas e transportes reduz uso de mão de obra e permitia o avanço da produção industrial. Surgem as locomotivas a vapor, com capacidade de transporte de mercadorias à grande distância e baixo custo.
Aumento no número de desempregados substituídos pelas máquinas, o que permitiu que os empresários utilizassem mão de obra mais bem qualificada.
Os empresários se utilizavam de todos os meios inclusive da luta armada para impor sua vontade, evitando que os trabalhadores avançassem em suas conquistas de direitos. A partir das conquistas e em especial em Londres os sindicatos passam a ser uma realidade em todos os países, criando uma força especial que daria um maior equilíbrio na distribuição de rendas, evitando-se a distância enorme que existia entre patrões e empregados.
Importante ocorrido no inicio do século XX, (de muitos avanços e conquistas das classes laborativas), o surgimento da OIT Organização Internacional do Trabalho, que consolidou a importância de um relacionamento organizado entre o capital e o trabalho. Este foi o inicio ou até mesmo o surgimento das relações trabalhistas de forma organizada.
Um ponto que trouxe forte contribuição ao movimento sindical foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos na ONU em 1945, que enaltece a importância da liberdade como fator fundamental ao desenvolvimento da sociedade.
Histórico da revolução industrial no Brasil
1ª Fase: No Brasil, a Revolução Industrial teve início na 2ª metade do século XVIII, com as indústrias têxteis e de ferro. Entretanto, em 5 de janeiro de 1785, D. Maria I, com medo da concorrência de custos com Portugal, assina um alvará fechando todas as manufaturas têxteis da colônia, com exceção da manufatura dos panos grossos para uso dos escravos e trabalhadores. Nesta época, os trabalhadores se especializavam somente em sua mão de obra e domínio, em uma única parte do processo industrial e não tinham conhecimento do valor da riqueza que produziam. 
2ª Fase: Entre 1859 e 1930, a criação da lei Eusébio de Queiroz proibiu o tráfico de escravos e os capitais que eram aplicados neste comércio ficaram disponíveis para aplicação na área industrial. O setor que mais cresceu no Brasil foi o têxtil, favorecido em sua expansão devido á Guerra da Secessão nos EUA, entre 1861 e 65. Mas o 1º grande momento de crescimento industrial foi no ano de 1880, quando o nº de estabelecimentos passou de 200 em 1881 para 600 em 1889.
Expansão industrial brasileira: Intensifica-se nas décadas de 40 e 50. Na 2ª metade dos anos 50 o setor industrial passa a ser o principal fator econômico. No período de 56 a 61, Juscelino Kubitschek (JK) atraiu capital estrangeiro e estimulou o capital nacional. Dessa forma JK implantou a indústria de bens de consumo duráveis, principalmente a de eletrodomésticos e veículos. Isso fez com que o setor industrial se tornasse, nos anos 60, o fator de crescimento superior aos demais da economia brasileira. JK iniciou portanto a “internacionalização do setor automotivo”. 
Influência dos governos na economia brasileira: Nos anos seguintes à década de 50, inclusive no Governo Médici, houve o “milagre brasileiro” e com ele, o aumento da dívida externa e a concentração de renda. 
Em 78, os operários voltam à luta e dão inicio ao que podemos chamar de inicio de uma jornada pela democracia em nosso país. Surge em 79 e 89 a figura de um líder que se consagra, Luís Inácio Lula da Silva. Tem inicio a campanha das “diretas já”, movimento que volta a destacar a força da classe operária que em conjunto com as lideranças políticas, dá inicio a retomada da democracia em nosso país e a reposição dos direitos cassados.
No final de 89 e durante a década de 90, os Governos Collor e Fernando Henrique marcam o modelo neoliberal, com sérias repercussões no setor secundário da economia. Lula, por sua vez, contribui nos 8 anos de seu mandato, para a desejada estabilidade nas regras da economia, gerando crescimento do número de empresas e investimentos no País. 
Sindicalismo no Brasil: Não foi muito diferente do ocorrido no mundo. Fomos conquistados, dominados, vivemos sob regime escravocrata e esses fatores até hoje comprometem uma relação mais adequada entre capital e trabalho.
Temos a primeira greve conhecida no século XVIII, por estivadores do porto de Salvador (classe que sempre foi muito prejudicada). Até hoje, essa classe de trabalhadores não recebe uma estrutura humanitária e estes profissionais têm seu direito renegado a segundo plano. Outra ocorre em meados do século XIX, tipógrafos do RJ, categoria que possuía importante instrumento para a organização: panfletos (arma para conclamação de companheiros de luta). As lutas sindicais continuam durante o século XIX e ganham força no século XX, acompanhando as tendências de todo o mundo. 
A classe dominante buscava manter o povo na ignorância e aumentar seu domínio. Entretanto, com o apoio da Igreja, que passava informações aos operários, divulgando seus direitos e deveres, a situação mudou. Esse foi, sem dúvida, um dos fatores determinantes do progresso da sociedade e de uma melhor condição cultural do povo!
Diferente do que ocorreu em outros países, a conquista desses direitos foi determinada, no governo populista de Getúlio Dornelles Vargas, por princípios legais, com a implantação da CLT Consolidação das Leis Trabalhistas, em 1943, e com ela surgem os sindicatos e sua estrutura, tudo definido nos artigos da referida legislação. 
Em 1970, surge nova etapa no sindicalismo, as greves do ABC e o surgimento de novos líderes, que influenciaram, de maneira marcante, os destinos políticos do Brasil. Tais sindicatos possuem alguns aspectos que devem ser repensados:
A unicidade sindical, que não permite a concorrência de outro sindicato no mesmo município.
Permanecem, até hoje, vinculados a líderes da época, indicados pelo governo.
Perpetuam-se, indicando seus pares e beneficiando-se de uma legislação já ultrapassada.
Só haverá mudança com a reforma sindical com a retirada do imposto sindical e da criação de uma contribuição dos empregados, tendo, por base, os serviços prestados. Um sindicato sobrevive da contribuição sindical, taxa assistencial e mensalidade de poucos associados. A taxa assistencial decorre do acordo ouconvenção sindical, só que, normalmente, os sindicatos fazem acordos de interesse dos empresários. O objetivo desses acordos é evitar o dissídio e fazer com que se consiga um valor maior sem a necessidade de prestação de contas. Isso torna o sindicato uma fonte de renda para um grupo em detrimento de toda a categoria. O ideal seria que esse novo sindicato prestasse um real serviço aos trabalhadores, assessorando e buscando melhores condições de emprego e salários para os seus associados.
Atualmente, vive-se em uma economia mais estável, já não existem os grandes índices de negociação que facilitavam a mobilização. Isso faz com que os argumentos transformem-se em valores diferenciados, como qualidade de vida e até mesmo uma melhor formação para os trabalhadores. 
Esses profissionais concorrem com mudanças de tecnológicas que acabam por tomar seus empregos. A robotização da indústria é uma realidade até mesmo na agricultura. Tudo isso reduz as oportunidades de emprego, em especial, para os trabalhadores que não possuem uma formação adequada aos novos tempos. Os sindicatos poderiam criar escolas técnicas de formação, preparando os trabalhadores para novos desafios; com assessoria de consultores especializados e investir fortemente em formação e reciclagem. Algumas bandeiras também devem ser conquistadas::
Redução da jornada de trabalho, que permite um aumento na oferta de oportunidades de emprego;
Melhor adequação de lazer para o trabalhador;
Valorização do salário mínimo, o que possibilita uma melhor distribuição de renda no Brasil;
Aposentadoria mais justa e adequação das mesmas, a partir da criação de um equilíbrio de renda.
Congressos operários: Com a infiltração de socialistas da Europa (em especial, da França), o movimento socialista começa a evoluir no Brasil provocando forte avanço da classe trabalhadora que tinha o apoio de artistas e intelectuais. Da mesma forma, surgiram, no RJ, os congressos operários que sofreram vários revezes por parte das autoridades, que dificultavam a participação dos líderes sindicais, afastando-os de seus postos de trabalho. As ações da polícia repeliam, ainda, qualquer tipo de manifestação dos operários. Estes congressos foram adiados por diversas vezes, tendo, ainda, mudança dos membros que lideravam sua organização. Até que, após o apoio de diversas categorias que aderiram às greves, o movimento, finalmente, atingiu seu objetivo - em 23 de abril de 1920, os congressos foram realizados.
Movimento socialista: movimento anarco sindicalista, de características apolíticas, tinha como princípio a negociação direta entre patrões e empregados criando impacto na evolução da relação capital versus trabalho.
Governo de Getúlio Vargas: Fatos marcantes ocorridos no governo de Getúlio dão contornos maiores ao movimento sindical no Brasil. O primeiro Ministro do Trabalho, Lindolfo Collor (avô de Fernando Collor), que, através de um Decreto-Lei, criou as amarras do movimento sindical por meio do controle financeiro do Ministério do Trabalho sobre os sindicatos. Desse modo, os sindicatos foram criados como uma extensão do governo, fato que só deixaria de existir na Constituição recente de 88. Entretanto, ainda hoje, há, através do governo federal, controle financeiro dos sindicatos.
Lutas sindicais e o golpe militar: As lutas sindicais não foram marcantes apenas no governo de Getúlio Vargas, elas permaneceram durante muitos anos, culminando com a entrada do regime militar em 64, golpe este que concentrou todos os poderes apenas no Executivo. Os militares entenderam que a instabilidade reinante no Brasil poderia ser ambiente propício para o surgimento de um domínio da força sindical comunista e socialista no país.
Movimento operário durante o regime militar: Apesar do duro golpe, os trabalhadores persistiram em suas lutas, criando, em 67, o Movimento Sindical anti-Arrocho (MIA) que teve a participação especial dos metalúrgicos de São Paulo e dos municípios vizinhos. Seu objetivo era buscar melhoria salarial para os trabalhadores. No ano seguinte, vários movimentos grevistas ocorreram em diversas regiões do Brasil. Entretanto, todos foram abafados pelas forças militares.
Convenção coletiva: Acordo de caráter normativo no qual 2 ou mais sindicatos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, às relações individuais de trabalho.
Acordo coletivo: É o acordo que estipula condições de trabalho aplicáveis, no âmbito da empresa ou empresas acordantes, às respectivas relações de trabalho. É facultado aos sindicatos representativos das categorias profissionais.
Dissídio Coletivo: Ajuizado quando frustrada a auto-composição de interesses em negociação promovida diretamente pelos interessados, ou mediante intermediação administrativa do órgão competente do Ministério do Trabalho. A legitimidade para o ajuizamento é das entidades sindicais, ou quando não houver entidade sindical representativa ou os interesses em conflito sejam particularizados, cabe aos empregadores fazer o ajuizamento.
 
RELAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS_AULA 2 DIREITO DO TRABALHO
O Direito coletivo do trabalho estuda as relações coletivas a serem observadas no contrato de individual de trabalho, suas aplicações e as consequências. Para este ramo do direito, todas as denominações atuais são válidas (direito sindical, direito das relações coletivas do trabalho). Sendo assim, ele trata também da organização sindical a que essa atividade pertença e por isso, está inserido no segmento do Direito do Trabalho e passa a ser, instrumento para a melhoria das condições de trabalho e para a segurança, inclusive patrimonial, do empregador.
Princípios específicos do Direito Coletivo do Trabalho
Pluralismo jurídico: o processo de produção de normas jurídicas não é monopólio do Estado e existem entidades autorizadas por ele a produzir normas. As convenções coletivas atingem os trabalhadores já contratados e os que vierem a ser contratados durante sua vigência para aquela determinada categoria. Isso vale para os trabalhadores e para os empregadores. Sem o reconhecimento do pluralismo jurídico não é possível falar em direito coletivo do trabalho.
Liberdade sindical: é genérico e compreende uma série de valores abstratos. Trata-se do princípio que deve ser observado em toda tarefa interpretativa do Direito Coletivo do Trabalho.
Autonomia privada coletiva: reconhecida a autonomia de vontade titularizada para os grupos de trabalhadores e empregadores. A autonomia privada coletiva corporifica e complementa o princípio do pluralismo jurídico
Regras sobre o Direito Coletivo do Trabalho
Estática: conjunto de regras que disciplinam a organização, a criação e a extinção das entidades sindicais. Regras de natureza constitucional, infraconstitucional ou administrativa. A estática refere-se ao sujeito do ponto de vista abstrato.
Dinâmica: conjunto de regras que disciplinam as atuações do sujeitos coletivos. Inclui a negociação coletiva do contrato de trabalho que produz a CCT (Convenções, acordos, contratos coletivos e pactos sociais) e legitimação processual
Exemplo: A legitimação da ADIN está totalmente prevista (quem pode propor etc.) na CF. A confederação sindical de âmbito nacional não é simples sindicato nacional ou simples associação nacional, mas uma entidade constituída na forma da CLT. O STF afirma que só as confederações sindicais constituídas na forma da CLT podem produzir normas válidas.
Histórico do Direito coletivo do trabalho
1700: surge após a Revolução Industrial como reconhecimento do direito de associação dos trabalhadores.
1720 Em face às constantes crises, as corporações de ofício desapareceram, fazendo surgir, então a figura do Sindicato que tem sua origem na Inglaterra em 1720, nas primeiras associações de trabalhadores, formadas para reivindicar melhores salários e condições de trabalho, incluindo a própria jornada de trabalho.
1824: Porem, os sindicatos não eram reconhecidos, havia uma tolerância. Somenteem 21 de julho as coligações deixam de ser proibidas por determinação do parlamento inglês. Mesmo assim, o direito de grave continua sem reconhecimento, nem mesmo as “trade unions” (embriões dos sindicatos) eram reconhecidas.
1884 
1919 Na Alemanha, o direito de associação é admitido pela constituição de Weimar de 1919 que foi a 1ª constituição a tratar, especificamente, de matéria trabalhista e do direito coletivo do trabalho. O sindicato portanto surge como um órgão de luta de classes.
1927 No governo italiano de Mussolini, o sindicato era subordinado aos interesses do Estado e moldado de acordo com interesses particulares do governante. A Lei Rocco previu a unicidade sindical, contudo, a Carta Del Lavoro de 27, em sua parte III, determinava que a organização sindical e profissional fosse livre. O sistema sindical era organizado por categoria
1944: Outro documento que pode ser destacado é a Declaração da Filadélfia de 1944, em que o princípio da liberdade Sindical foi reafirmado, incluindo programas da OIT.
1948 A liberdade e a proteção do direito sindical são os principais postulados da OIT, definidos em reunião da organização em São Francisco, nos EUA. Essa norma traça os parâmetros principais a respeito da liberdade sindical. O Artigo 4º da Declaração Universal dos direitos do homem determina o direito de ingressar em um sindicato. Também assegura em seu Artigo XX o “direito à liberdade de reunião e associações pacíficas”.Nesse mesmo ano, a OIT passa a determinar as linhas-mestras sobre o direito de livre sindicalização, sem qualquer ingerência por parte do Estado. 
1958 Algumas constituições trazem em seu contexto a liberdade de filiação, como a da França, de 1946, reafirmada em 1958, que prevê que todo homem pode defender seus direitos e seus interesses por meio do sindicato, além de aderir à agremiação de sua escolha.
O direito coletivo do trabalho no Brasil: Essa convenção de liberdade de filiação, não ratificada pelo governo (a atual CF estabelece a existência do sindicato único e contribuição sindical), torna a convenção de São Francisco incompatível. O conceito de liberdade sindical expresso como o direito de trabalhadores e empregadores se organizarem e constituírem, livremente, as agremiações que desejarem, no número por eles idealizado, sem sofrer interferência ou intervenção do Estado, nem uns em relação aos outros, visando à promoção de seus interesses ou de grupos que irão representar. 
Trabalhadores em serviço público também têm direito de constituir sindicato. A exceção à regra diz respeito aos membros das Forças Armadas. Conforme Artigo 8º CF não pode, portanto, haver constrangimento ou coação para a pessoa ingressar ou não em sindicatos. O direito e a liberdade sindical compreendem 2 aspectos: o direito de ingressar e retirar-se. Sendo assim, interesses profissionais ou econômicos serão dos empregados, dos empregadores e dos trabalhadores autônomos, como se observa no Artigo 511 da CLT. A liberdade sindical:
É de livre criação, inclusive a criação de mais de um sindicato para mesma categoria. A liberdade sindical garante o direito de aderir ou não ao sindicato e à liberdade de auto-organização sindical, sem qualquer ingerência governamental. 
É vedada a intervenção estatal na organização, criação e dissolução dos sindicatos. Liberdade sindical é autonomia sindical. Não se impõe qualquer determinação de vontade à pessoa de se associar ou não ao sindicato. 
Consagrada, universalmente, como direito fundamental da pessoa humana, por sua inclusão em várias constituições nacionais e, principalmente, em normas internacionais
A Constituição de 88 consagra o pluralismo político que compreende a idéia de pluralismo sindical e os sindicatos:
Podem ser organizados por grupo de: empresas, categorias, profissão; de âmbito municipal, distrital, intermunicipal, estadual ou nacional. No Brasil se adota a organização categoria.
Não podem ter base territorial inferior á área de um município.
Têm direito de eleger livremente seus representantes. Seus órgãos devem ser determinados de acordo com seus estatutos, o que não impede que a lei estabeleça apenas quais são os órgãos do sindicato, com o faz legislação brasileira.
Deve tratar de questões profissionais ou econômicas, nunca de política, para não se transformar em instrumento de política partidária. Pode se filiar a outras organizações, mesmo internacionais. 
Não há violação da liberdade sindical ao se exigir conhecimento público ou outras regras que não sejam para determinar a autorização prévia para sua constituição. O mesmo se pode dizer do fato de a autoridade ter poder discricionário de negar o registro, equivalendo à exigência de prévia autorização.
Origens do sindicalismo no Brasil: Remonta ao fim do século XIX e está vinculada ao processo de transformação de nossa economia, cujo centro agrário era o café. Nessa época, prevaleciam:
A substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado;
A transferência do lucro do café para a indústria;
O poder político nas mãos dos cafeicultores.
As primeiras formas de organização sindical foram as sociedades de socorro e ajuda mútua e a união operária, que, com o advento da indústria, passam a se organizar por ramo de atividade, dando origem aos sindicatos. A Constituição Imperial de 1824 em seu artigo 179 aboliu as corporações de ofício simultaneamente à proclamação da liberdade de trabalho, facultando ao trabalhador o direito de associação que resultaria na organização sindical.
No início do século XX são criadas as associações de classe a União dos operários estivadores e a Sociedade União dos Foguistas em 1903 e em 1917 a União dos Operários em Fábricas de Tecidos que, embora não possuíssem caráter sindical, demonstravam interesse quanto à significação social do sindicalismo e importância dos movimentos operários
Em janeiro de 1907 faculta-se a todas as classes de trabalhadores, a formação de sindicatos, inclusive para profissionais liberais. A extinção desse decreto estimula a criação e o surgimento de vários sindicatos, sob diversas designações todas com frágil poder de pressão. Isso porque foram muitas as dificuldades enfrentadas pelos primeiros líderes do movimento sindical brasileiro, uma vez que eram perseguidos pelo governo e pelos empregadores
Ainda sob a visão corporativa (fundada na carta del lavoro, de Mussolini, há muito abandonada na Itália), no Brasil, busca-se a supressão dos conflitos entre capital e trabalho bem como a colaboração entre interlocutores sociais e o Estado, com vistas ao progresso da nação.
Embora reconheça a liberdade sindical como principio e direito, a legislação brasileira impõem-lhe limitações em nível constitucional. Nesse quadro contrário desenvolve-se, em 1930, uma legislação trabalhista. Com a promulgação da CF de 37, que substitui,de forma ditatorial, a chamada Carta Democrática de 34, foi novamente consagrado o comando rígido do princípio da unicidade, que subordinava o sindicato ao Ministério do trabalho. Essa mesma orientação serviu como base para o legislador ordinário revelando-se nitidamente na elaboração da CLT de 1943.
A carta de 1937, de cunho eminentemente totalitário, foi revogada pela CF de 46 a qual, não obstante sua natureza liberal conservou em relação à Organização sindical, o princípio da unicidade. Este princípio se manteve inalterado nas Constituições de 67 e 69 e, mesmo causando grande estranheza, permaneceu incólume na Constituição Federal de 88.
No Brasil, prevalece o princípio do sindicato único, por categoria e base territorial. Essa herança do sistema corporativo que a doutrina denomina de unicidade sindical, em contraposição ao sistema de pluralidade sindical, na qual é permitida a existência de tantos sindicatos quantos forem os criados pelos autores sociais. De fato, a realidade entre os trabalhadores de uma mesma categoria é muito diferente. Duas empresas de uma mesmo ramo econômico podem passar por situações econômicas e financeiras diferentes, tornando distintosdesejos e necessidades dos trabalhadores de cada empregadora.
Este sistema leva-nos a pensar na necessidade de negociação direta entre empregador e empregado, sem participação de sindicatos já que sua representatividade tem sido relativa. Essa idéia defendida por muitos se baseia nas experiências de negociações de participação nos lucros e resultados, nas quais a participação do sindicato tem sido figurativa
Natureza jurídica: Para uma corrente, o sindicato é ente de direito privado, pois é criado pelo interesse de um grupo (trabalhadores ou empresários), com objetivo de defender seus interesses e exercendo atribuições de interesse público, em maior ou menor amplitude, consoante à estrutura política do país e segundo papel, mais ou menos saliente, que lhe seja atribuído
No geral, o sindicato tem natureza de pessoa jurídica de direito público nos regimes totalitários, em que há controle do Estado sobre as associações sindicais, pois essas são criadas pelo Estado e defendem os interesses deste: "Pela teoria do fim, o sindicato será de interesse público se destinado a cumprir interesses peculiares do Estado. Pela teoria da funcionalidade, leva-se em conta a atividade: se ela estiver controlada pelo Estado, é inafastável a natureza pública da instituição. A teoria eclética combina caracteres das duas anteriores (vigilância e controle do Estado; atingimento de fins políticos). Na doutrina nacional, prevalece a opinião de considerar a natureza do sindicato como de direito privado.
A representação dos trabalhadores nas empresas: É antiga instituição prevista em várias legislações estrangeiras, na qual temos as categorias sindicais. As categorias sindicais são criações do direito coletivo do trabalho, fundado no modelo corporativista, segundo o qual os empregados ou empregadores que exercem atividades idênticas, similares ou conexas fazem parte, cada qual, de uma dada categoria, surgida, a princípio, da atividade desenvolvida pelo empregador. Em seu Artigo 511 a CLT define, respectivamente, as categorias econômica, profissional e diferenciada. Veja:
Similares: São atividades que se assemelham como as que numa categoria pudessem ser agrupadas por empresas que não são do mesmo ramo mas de ramos que se parecem como hotéis e restaurantes.
Conexas: São as atividades que não sendo semelhantes, complementam-se, como as várias atividades existentes na construção civil: alvenaria, hidráulica esquadrias, pastilha, pintura, parte elétrica.
Econômica: Ocorre quando há solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas similares ou conexas constituindo vínculo social básico entre as pessoas.
Profissional: Quando existe similitude de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego, na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas.
Diferenciada: empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força do estatuto profissional especial ou em conseqüência de condições de vida singulares, como condutores de veículos rodoviários, ascensoristas, secretárias
Liberdade sindical na legislação brasileira: Diz respeito ao direito de os trabalhadores e empregadores se organizarem e discutirem os interesses e problemas profissionais e econômicos de suas categorias, sem interferência ou intervenção do Estado, podendo agregar o número de pessoas que desejarem. 
Quanto à constituição de sindicato, a única exceção ainda hoje em vigor está relacionada aos militares das Forças Armadas. Em suma, a liberdade sindical consiste no direito de aderir ou não ao sindicato e à liberdade de auto-organização. Por isso, o sindicato deve ser organizado conforme a vontade de seus membros e sem a participação do Estado, até porque não é função deste criar soluções, mesmo que o sindicato contribua tributariamente. O Estado deve incentivar e apoiar o sindicato, principalmente nas questões trabalhistas.
Organização Sindical no Brasil: Já era estruturada desde a Constituição de 1824, conforme o Artigo 179 que dizia: “ficam abolidas as corporações de ofícios, seus juízes, escrivães e mestres”.
A Constituição de 1891, todavia dispunha, apenas, que “a todos é lícito associarem-se e reunirem-se livremente e sem armas; não podendo intervir a polícia, senão para manter a ordem pública”. É a primeira idéia de garantia de associação sindical. Desta forma já existiam os sindicatos, que se chamavam ligas operárias, que tiveram maior influencia como hoje é conhecido nos fins do século XIX e inicio do século XX, quando da chegada de estrangeiros para trabalhar no país. 
O Decreto nº 979/1903 é o 1º documento oficial acerca de sindicatos no Brasil e era ligado à agricultura e à pecuária. 
Em 1906, é fundada a Confederação Sindical Brasileira no 1º Congresso Operário Brasileiro..
No ano de 88 é introduzida uma nova Constituição Federal e estabelece a livre associação profissional e sindical, anteriormente prevista, no qual novamente determina que o Poder Público não possa interferir ou intervir na organização sindical. Foi mantido o sistema sindical organizado por categorias e o confederativo, a grande inovação está na liberdade sindical individual: a pessoa pode filiar-se ou desligar-se do sindicato, dependendo exclusivamente de sua vontade. A negociação coletiva foi reconhecida prestigiando a autonomia da vontade das partes.
No Direito Romano, a palavra síndico (do grego, sundyke) designava os mandatários encarregados de representar a coletividade. A palavra sindicato surge do vocábulo francês syndic; representante de uma determinada comunidade, sujeito diretivo de grupos profissionais. 
A CLT não define o conceito de sindicato, apenas afirma no Artigo 511 “é lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais, de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas”.
Podemos definir que sindicato é uma associação de pessoas físicas ou jurídicas que têm atividades econômicas ou profissionais, visando à defesa dos interesses coletivos e individuais de seus membros ou da categoria. 
O Artigo 8º da CF de 88 impõe participação obrigatória dos sindicatos nas negociações coletivas. Diz o Artigo 22, da Carta Magna que cabe à União Federal a competência de legislar sobre o Direito do trabalho. A Lei complementar, entretanto, pode autorizar os Estados a legislarem sobre questões específicas de Direito do trabalho. 
Os órgãos diretivos do sindicato são: Diretoria (com mandato de 3 anos, permitida a reeleição), Assembléia e Conselho Fiscal. Após a CF de 88 a representação do sindicato passou a ser de toda a categoria, independentemente de associação de todos os empregados ao sindicato, embora cada um pudesse intervir no processo, afastando o sindicato. Nesse sentido, os sindicatos devem:
• Colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedade social
• Manter serviços de assistência judiciária para os associados
• Promover a conciliação nos dissídios de trabalho
• Ter no quadro, assistente social, promovendo a cooperação operacional e a integração profissional na classe
• Criar cooperativas de consumo e de crédito
• Fundar e manter escolas de alfabetização e escolas pré-vocacionais
A competência para julgar as ações judiciais sobre eleições sindicais e dos conflitos dos sindicatos com seus associados é da Justiça comum, não da justiça do trabalho. Os sindicatos que observam a unidade sindical são reconhecidos e constituídos na forma da lei, de modo que podem entrar com ação judicial e provocação administrativa. Trata-se da prerrogativa de impor contribuição parafiscal a todos os integrantes da categoria, associados ou não e estes não podem se opor à contribuição.
O Direito Coletivo do Trabalho tem sua referência básica nas relações coletivas de empregados e empregadores, cuja origem está no nascedourodo capitalismo e das relações industriais de produção. A consciência coletiva dos trabalhadores resultou na vontade coletiva e na ação coletiva, o que permitiu a estruturação do ser coletivo: o sindicato. Sendo assim, o conteúdo do direito coletivo do trabalho engloba princípios, regras e institutos que regem a existência e o desenvolvimento das entidades coletivas trabalhistas, suas inter-relações e regras criadas em decorrência de tais vínculos.
AULA 3 A ORGANIZAÇÃO SINDICAL
O Brasil, que tinha sua economia essencialmente agrícola deu origem aos sindicatos que atuavam como hoje atuam as cooperativas, intermediando crédito a favor de seus associados e vendendo produtos beneficiados ou transformados. Dessa forma, foram unidos indivíduos que tinham profissões similares ou conexas com finalidade de defender e desenvolver seus interesses gerais e profissionais.
Mas a evolução trouxe consigo a intervenção do Estado que, hoje, atua diretamente nos estatutos sindicais, tendo, na figura do ministro, a atribuição de poderes para assistir a Assembléias Gerais (examinando a situação financeira), fechar sindicatos por um período, destituir diretorias e ate mesmo dissolver uma instituição.
Mesmo a CF de 34 assegurando a pluralidade sindical e sua completa autonomia, o governo reage criando limites e reduzindo o poder intervencionista a uma suspensão de até 6 meses. Sem atuar diretamente nas eleições sindicais, os estatutos deveriam ter a chancela do ministro, e seu conteúdo, pouca regulamentação, dando liberdade de constituição, ou seja, havia uma pseudo liberdade, um liberdade vigiada.
Na CF de 37, o estado intervém novamente controlando, através do Ministério do Trabalho, a aprovação dos estatutos, a destituição, a intervenção e o controle orçamentário. Contribuições são impostas por lei não apenas a associados mas à toda a categoria. Na Constituição de 46, surge a idéia de livre associação sindical ou profissional que regulou por Lei:
- A forma de constituição
- Sua representação legal nas convenções coletivas
- O exercício de funções delegadas do poder público
Em 88, nossa última CF voltou a assegurar a liberdade sindical deixando de exigir a autorização para a fundação de um sindicato. Manteve o sistema Confederativo, que esta presente desde a Constituição de 1930, as formas determinadas pela legislação são três: Sindicatos, Federações e Confederações.
Sindicato, Federação e Confederação: A CF de 88 manteve o sistema confederativo, presente desde a CF de 30. De acordo com essa legislação, os sindicatos são considerados associações de base ou de 1º grau. Por estarem diretamente ligados aos trabalhadores, compete aos sindicatos a negociação coletiva. 
As federações e confederações são as associações de segundo grau. 
Um grupo de 5 sindicatos pode fundar uma federação
3 federações podem formar uma confederação.
Estrutura sindical sistema legal brasileiro: Feita em um sistema confederativo, ou seja, em 3 níveis, com sindicato em sua base, federação em grau intermediário e a confederação em grau superior. Confederação=> Federação=> Sindicato
Havendo uma Federação Estadual nada obsta que exista uma federação interestadual para os demais estados, ou até, uma federação nacional. Porém, se tais ocorrerem, a federação nacional não prejudicará a federação estadual, pois a lei privilegia estas, por ser a sua natural representatividade. A federação (2º grau e âmbito Estadual) e a confederação (3º grau e atuação nacional) se formam para concretizar a força representativa de uma determinada corrente sindical presente em uma determinada categoria. Quando da transferência da capital federal para Brasília algumas confederações transferiram suas sedes e as funções básicas de coordenação das federações e sindicatos do seu setor, agora são divididas com as centrais sindicais, detentoras de maior capacidade de mobilização. 
O princípio da unicidade sindical também é aplicável às entidades sindicais de grau superior e configura-se em:
Categorias profissionais e econômicas são representadas, em determinada base territorial, por seus sindicatos
Estes, em condições excepcionais, podem aglutinar atividades similares ou conexas, tornando-os multi representativos
Cada ramo de atividade pode formar a federação sindical, em regra estadual
Cada ramo de atividade nacional pode formar a correspondente confederação sindical
O estudo da evolução do Direito do trabalho mostra que a criação dos sindicatos se verifica na grande diferença de força entre negociação individual e coletiva em uma negociação justa e equilibrada, fato confirmado pelo constituinte no artigo 8º da Carta magna. Hoje, entretanto, o sindicalismo de luta está sendo substituído pelo de negociação, que só sobreviverá se atender aos desejos de seus representados, o que por sua vez, somente será possível com a pluralidade sindical.
Centrais Sindicais: Num nível externo ao do sistema sindical, surgem as Centrais, união geradora de associações de 3º grau. Estas Centrais não integram o sistema sindical, por isso, não possuem natureza sindical. São associações civis que podem, inclusive, impetrar mandado de segurança coletivo. No entanto, "porque não são destinatárias da investidura sindical, não têm legitimidade jurídica para decretar greves, celebrar convenções ou acordos coletivos, instituir juízo arbitral ou representar categoria de trabalhadores em dissídio coletivo da competência da Justiça do Trabalho".
Como em outros países, o surgimento espontâneo das Centrais sindicais no Brasil ocupa um espaço deixado pelas federações e confederações. A Organização Sindical confederativa não conseguindo a unidade nacional, fica vinculada a uma única categoria, diferente das Centrais, que se organizaram intercategorias, tendo, com isso, mais capacidade de mobilização e ação conjunta em defesa de interesses comuns.
Uma portaria do Ministério do Trabalho reconhece, oficialmente, as Centrais Sindicais, que estiveram à margem da legislação (sem que sua importância seja negada). Nas últimas eleições para presidência, todos os candidatos estiveram reunidos com as Centrais, pedindo seu aval, que tem fundamental importância. Como exemplo, citamos: Central Geral dos Trabalhadores (CGT); Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Sindical Independente (USI).
Essa nova lei regulamenta e dá força às Centrais que após 25 anos de existência, vem aumentando sua capacidade de organização, mudando significativamente os rumos do movimento sindical no Brasil. Um grande exemplo disso é o atual movimento dos trabalhadores dos correios e dos bancários, que conseguiram uma mobilização nacional jamais atingida. O Artigo 589 da CLT passa a vigorar com a seguinte redação direcionada aos trabalhadores: 
a) 5% Confederação; 
b) 10% Central Sindical;
c) 15% Federação; 
d) 60% Sindicato respectivo
e) 10% para a Conta Especial Emprego e Salário.
O valor a arrecadado pelas Centrais, que passam a ter participação na contribuição sindical, torna mais difícil sua extinção (o que muitos pretendem para que haja efetiva representação das entidades sindicais).
Percebemos ao lado que restam, ainda, 17,84% de não filiados às Centrais. Com a legalização, esse grupo deve aderir a uma dessas entidades para que tenhamos 100% de participação e uma nova realidade em torno da Organização Sindical brasileira. As Centrais representam as confederações e não os trabalhadores diretamente, fato este que trará ainda alguns debates até que tenhamos um melhor entendimento desta nova lei, para que de fato possa criar uma nova estrutura em nossa organização sindical, e buscar novas conquistas para os trabalhadores.
AULA 4 PRERROGATIVAS E DEVERES DOS SINDICATOS 
Prerrogativa significa privilégio, regalia e Dever, o que se deve fazer. A prerrogativa que a lei confere ao sindicato é a de representar, perante autoridades administrativas e judiciárias, os interesses gerais de uma categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos à atividadeou profissão exercida
O sindicato representa não apenas em nome de seus associados, mas de todos os que integram a mesma categoria, ao passo que, em relação aos interesses individuais, só poderá fazê-lo quando o interessado for seu associado. Relembrando sindicato é pessoa jurídica de direito privado e no caso de serem conflitantes os interesses de 2 ou mais sindicatos filiados a uma mesma federação, que cada um deles pode recorrer à autoridade competente para pôr fim à divergência. 
O sindicato é a pessoa obrigatória na participação da convenção coletiva, (abrange toda uma categoria profissional ou econômica). No caso do acordo coletivo de trabalho (só alcança uma ou várias empresas), é também o sindicato o representante. Caso se recuse a participar, pode ser substituído pelos próprios trabalhadores interessados..
Um dever do sindicato: o estudo de soluções dos problemas que se relacionam com os trabalhadores e profissionais liberais. Uma prerrogativa: estabelecer certas contribuições a seus associados, para que alguns fins sociais possam concretizar-se (trabalhadores que não se opuserem ao pagamento, até 10 dias após a publicação da sentença, seu silêncio significa concordância com a contribuição). 
Aos Sindicatos, então, confere-se o dever de assistir aos seus associados, as questões relativas à Justiça e que dela se faça utilização, ou seja, acaso um ou mais membros de determinado órgão de representatividade de classe necessite da prestação jurisdicional para reclamar seus direitos trabalhistas. Representação Sindical é o ato derivado da representatividade, que confere ao sindicato o poder de atuar em nome de toda uma categoria, independentemente da outorga de poderes ou da vontade individual de cada um dos trabalhadores ou empresas representadas
Filiação Sindical é ato voluntário, seja de trabalhadores ou empregadores, o que lhe confere direitos e lhes acarreta obrigações específicas, como votar, ser votado, pagar a contribuição associativa, etc. Isso vale para todo tipo de associação sindical, seja profissional, autônoma ou econômica. Atenção: Mesmo legalmente registradas, as prerrogativas atribuídas aos sindicatos não podem ser usadas por associações profissionais. Somente os sindicatos têm esse privilégio!
O artigo 8º, III da CF estabelece a legitimidade extraordinária dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam. Essa legitimidade extraordinária é ampla, abrangendo a liquidação e a execução dos créditos reconhecidos aos trabalhadores
O artigo 8º, IV da CF afirma que a Assembléia Geral do sindicato fixará contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei. Esse Artigo também deve ser seguido pelos sindicatos patronais!
Sobre a questão, a Justiça do Trabalho vem-se orientando da seguinte forma: A doutrina e a jurisprudência presente nos tribunais do trabalho entendem que o mandado de segurança é impetrável perante a Justiça do trabalho. Ou seja, a Constituição Federal, em seu Artigo 5º, alude ao mandado de segurança coletivo, que pode ser impetrado por:
Partido político com representação no Congresso Nacional; 
Organização Sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
Por ser nova, discorreremos sobre essa matéria em termos sucintos! Dois são os pressupostos da legitimidade do pedido de segurança por uma entidade sindical: a entidade tem de existir há mais de um ano e os beneficiários da medida hão de ser todos os membros da categoria ou associados da entidade. A Lei nº 1.533/51 dispõe de todos os elementos para sua imediata aplicabilidade. Isso é decorrência do fato de uma organização sindical existir para defender interesses de seus associados ou membros da categoria que representa como trabalhadores que são. 
Deveres dos sindicatos: Assim como têm prerrogativas em lei, também há deveres, tanto que o legislador teve o cuidado de inserir na lei artigos que protegem os trabalhadores com relação ao cumprimento de suas funções assistenciais e jurídicas por parte dos sindicatos. O Artigo 514 da CLT confronta-se com esse tipo de relação indicando que o sindicato teria o dever de promover a solidariedade social, a compreensão entre as classes e, consequentemente, negociando e impedido de fomentar lutas entre os diversos grupos que o compõem. 
Hoje, há o que chamamos de sindicalismo de resultados, que usa como eixo reivindicatório a greve por empresa. Esse sindicalismo encontra-se acomodado dentro dos limites do regime democrático. De acordo com a CF, em seu Artigo 5º, as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado. Essa norma constitucional é aplicável às entidades sindicais!
Necessidade de auxílio de assistência judiciária: O texto constitucional apresenta-se clarividente em seu Artigo 5º, quanto à necessidade de auxílio de assistência judiciária, prestado pelo Estado, àqueles que carecem de recursos financeiros para arcar com os gastos que da atividade jurisdicional decorre. 
Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos:
Lxxiv: o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.
Especialmente no que toca à assistência judiciária que os sindicatos efetuam junto a seus associados, tal norma se apresenta prevista na CLT Art 514, como um dos vários deveres outorgados às entidades de representatividade de classe. Ainda com relação à Alínea b do mesmo dispositivo, temos a ementa do STJ, na qual os sindicatos devem manter serviços de assistência judicial para os associados. 
Veja: Processual civil. Assistência judiciária gratuita. Sindicato. Pessoa jurídica sem fins lucrativos. Possibilidade. Desnecessidade de comprovação da miserabilidade jurídica. Precedentes.
É possível conceder às pessoas jurídicas o benefício da assistência judiciária gratuita.
Tratando-se de pessoas jurídicas sem fins lucrativos (entidades filantrópicas, sindicatos e associações) a concessão poderá se dar em havendo requerimento e independentemente de prova.
Aos sindicatos, então, confere-se o dever de assistir a seus associados com as questões relativas à Justiça ou seja, caso um ou mais membros de determinado órgão de representatividade de classe necessite da prestação jurisdicional para reclamar direitos trabalhistas, o sindicato assegurará toda a assistência judiciária, conferindo-lhe(s) segurança e amparo durante o litígio processual trabalhista desde o início da fase processual até o término da prestação jurisdicional.
Os conceitos de representação sindical e filiação sindical são diversos e expressam realidades distintas. Representação é ato derivado da representatividade, que confere ao sindicato o poder de atuar em nome de uma categoria, independentemente da outorga de poderes ou vontade individual dos trabalhadores ou empresas representadas. Já filiação é ato voluntário do representado de participar da organização sindical, seja de trabalhadores ou empregadores, o que lhe confere direitos e lhe acarreta obrigações específicas, tais como votar, ser votado, pagar a contribuição associativa etc. Isso vale para todo tipo de associação sindical, seja profissional, autônoma ou econômica.
Legitimidade, defesa dos direitos dos trabalhadores Art 8º CF: Estabelece a legitimidade extraordinária dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam. Essa legitimidade éampla, abrangendo a liquidação e a execução dos créditos reconhecidos aos trabalhadores. Por se tratar de típica hipótese de substituição processual, é desnecessária a autorização dos substituídos.
o Artigo 514 da CLT, inclui, entre os deveres do sindicato, “promover a conciliação nos dissídios de trabalho”, sem a intervenção do Poder Judiciário. A Lei nº 9.958, por sua vez, possibilita a constituição de Comissões de conciliação prévia com composição paritária e atribuição de conciliar conflitos individuais de trabalho, sem que seja acionada a estrutura judiciária. Em alguns casos, o êxito da conciliação pode significar a extinção das controvérsias de uma determinada relação laboral, o que enseja consequências importantes, reduzindo a litigiosidade submetida ao poder judiciário.
Outros deveres: As prerrogativas e os deveres legais dos sindicatos decorrem do ato estatal que formaliza o reconhecimento e a investidura sindicais. Embora sejam entidades privadas, os sindicatos são órgãos que atuam em cooperação com o Poder Público.
A CLT, em seu Artigo 514 determina aos sindicatos o dever de promover a fundação de cooperativas de consumo e crédito e de fundar e manter escolas de alfabetização e pré-vocacionais.
A assistência nas rescisões dos empregados com mais de 1 ano de emprego e dos empregados estáveis demissionários é prestada pelo sindicato. Além disso, o sindicato também função social, de integração social do trabalhador à sociedade.
Proteção aos princípios da atividade sindical: A principal função (e prerrogativa) dos sindicatos é a representação, no sentido amplo, de suas bases trabalhistas. Além das prerrogativas tratadas pela legislação, importante mencionar as garantias oriundas de normas internacionais e fixadas pela OIT. Essas prerrogativas condenam atos que possam prejudicar o trabalhador por qualquer forma, tendo em vista sua participação em atividades sindicais. O Brasil é signatário dos referidos diplomas internacionais, que passaram a integrar o patrimônio normativo nacional, visando à proteção dos princípios de livre exercício da atividade sindical. Os sindicatos devem permitir aos associados os direitos de:
Serem convocados e assistirem às assembléias da organização;
Voz, voto e inscrição de chapas;
Expressão das próprias idéias sobre o sindicato (inclusive crítica) nos congressos e fora deles;
Informação (publicidade dos atos sindicais);
Divulgar os critérios para desligamento ou expulsão da organização.
Convenção nº 98/OIT artigos: 
1º Os trabalhadores devem gozar de proteção adequada contra quaisquer atos atentatórios à liberdade sindical em matéria de emprego. 
2. Tal proteção deverá particularmente, aplicar-se a atos destinados a:
 a) subordinar o emprego de um trabalhador à condição de não se filiar a um sindicato ou deixar de fazer parte dele;
b) dispensar um trabalhador ou prejudicá-lo, por qualquer modo, em virtude de sua filiação a um sindicato ou de sua participação em atividades sindicais, fora das horas de trabalho ou com o consentimento do empregador, durante as mesmas horas.“
"Art. 2º 1. As organizações de trabalhadores e de empregadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer atos de ingerência de umas e outras, quer diretamente, quer por meio de seus agentes ou membros, em sua formação, funcionamento e administração. Serão particularmente identificados a atos de ingerência, nos termos do presente artigo, medidas destinadas a provocar a criação de organizações de trabalhadores dominadas por um empregador ou uma organização de empregadores, ou manter organizações de trabalhadores por outros meios financeiros, com o fim de colocar essas organizações sob o controle de um empregador ou de uma organização de empregadores.
Art. 3º - Organismos apropriados às condições nacionais deverão se necessário, ser estabelecidos para assegurar o respeito do direito de organização definido nos artigos precedentes.“ “Ao sindicato devem ser garantidos os meios para o desenvolvimento da sua ação destinada a atingir os fins para os quais foi constituído. De nada adiantaria a lei garantir a existência de sindicatos e negar os meios para os quais as suas funções pudessem ser cumpridas.“
Funções negocial e assistencial dos sindicatos: Prevista no Art 513 da CLT. O Art 8º da CF, por sua vez, determina a necessidade do sindicato participar das negociações coletivas quando da celebração de Acordos Coletivos de Trabalho ou de Convenções Coletivas de Trabalho. Já a função assistencial dos sindicatos, prevista no Art 514 da CLT: incumbe aos sindicatos manter serviços de assistência ou por conta própria para a integração profissional da classe.
Atualmente, a norma coletiva prevalece sobre a estatal, quando a primeira é mais favorável ao obreiro ou nos casos em que a legislação permite a estipulação de regra diferente da estatal (quando a norma estatal é dispositiva e não indisponível). Veja o que Nascimento fala sobre a questão: Ao sindicato devem ser garantidos os meios para o desenvolvimento de sua ação destinada a atingir os fins para os quais foi constituído. De nada adiantaria a lei garantir a existência de sindicatos e negar os meios para os quais suas funções pudessem ser cumpridas. 
AULA 5
A representação dos trabalhadores foi definida pela resolução 135 da OIT, tendo como principal objetivo facilitar o entendimento com os empregadores. De modo geral, as empresas não estão preparadas para isso e não possuem profissionais capazes de manter esse diálogo em nome do empresário, sem que haja um estremecimento no clima empresa, prejudicial à moral e o andamento do trabalho. 
Quando abrimos um canal direto de comunicação com os trabalhadores, ficamos surpresos com as decisões propostas, tendo em vista seu grau de conservadorismo, que supera nossas expectativas. Quando promovemos esse tipo de encontro entre empregador e empregado, de forma a buscar uma melhor relação entre ambos sem que tenhamos qualquer tipo de reserva ou preconceito, conseguimos, de forma tranquila, atingir e superar os objetivos organizacionais.
Analisando as definições da CF quanto ao disposto na Resolução nº 135 da OIT, chegamos à conclusão de que não há definição clara de como ocorreria essa representação nem de qual seria sua proporcionalidade.
 O Projeto de Lei nº 252/09, que tramita no Senado, poderia criar elementos que trouxessem mais tranquilidade aos trabalhadores no exercício de suas atividades. Haveria, na verdade, o preenchimento de uma lacuna existente na legislação sindical, que nunca permitiu a ocorrência de um sindicato por empresa, e sim por categoria econômica, o que não permite a solução de conflitos específicos e, dificulta um diálogo entre patrões e empregados. A ideia, em si, é válida e poderá ser um marco importante na relação capital versus trabalho, permitindo um equilíbrio moderado de forças e abrindo um diálogo permanente em prol de um relacionamento superior.
Projeto de Lei nº 252/09 Art. 1º No local de trabalho, no âmbito das empresas em que haja, por estabelecimento, filial ou unidade, mais de 200 empregados, é assegurada a estes a eleição de um representante e um suplente, com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com empregadores, nos termos definidos por esta Lei e regulamento.
Objetivo das representações internas de trabalhadores: O principal objetivo destas é dirimir conflitos das relações de trabalho, minimizando processos na Justiça do Trabalho, pois o representante pode exercer a fiscalização trabalhista, verificando o cumprimento da mesma e normas coletivas de trabalho da categoria. A representação também torna possível a negociação direta de trabalhadores e empresa para propor melhorias nas condições de trabalho e salários. Os trabalhadores ganham novo fórum para se efetivar definitivamente condições satisfatórias abrigando relações trabalhistas
O Delegado Sindical: De acordo com a CF o Delegado Sindical, representante único das empresas com mais de 200 empregados, seria a representaçãointerna dos trabalhadores, não sindical. Sendo assim, o representante eleito pelos trabalhadores teria como atribuição o entendimento direto com o empregador na defesa dos interesses do grupo e, dessa forma, as empresas deveriam facilitar o trabalho deste representante sindical. Atenção! No Brasil, esse representante não conta com a garantia de emprego, fato que inibe sua implantação em muitas empresas.
Funções que, normalmente, são destinadas ao delegado sindical:
• Dar apoio integral às lutas dos trabalhadores;
• Participar de eventos e atividades promovidas pelo sindicato;
• Representar os trabalhadores junto ao sindicato; 
• Todas as suas decisões tomadas com os trabalhadores deverão ser encaminhadas ao sindicato;
• Debater individual e coletivamente, organizando as listas de reivindicações, críticas ou sugestões, que devem ser encaminhadas ao sindicato e aos empresários ou a seus representantes legais, para melhores condições de trabalho;
• Fazer a distribuição interna de todas as comunicações que sejam do interesse dos trabalhadores.
O Artigo 523 da CLT trata do delegado sindical: Os delegados sindicais destinados à direção das delegacias ou seções instituídas serão designados pela diretoria dentre os associados radicados no território da correspondente delegacia. "Dentro da base territorial que lhe for determinada é facultado ao sindicato instruir delegacias ou seções para melhor proteção dos associados e da categoria econômica ou profissional ou profissão liberal representada."
Eleição de representantes dos trabalhadores: A representação dos trabalhadores, prevista no âmbito constitucional, é eletiva (por voto) pelos trabalhadores que compõem o quadro de pessoal de cada unidade produtiva. Para as empresas que possuem mais de 200 trabalhadores, a eleição de seus representantes é obrigatória, assegurada pela CF. Alguns juristas entendem que, cada grupo de 200 trabalhadores, subdivididos em unidades ou até mesmo em setores de uma mesma empresa, deva eleger seu representante, não concordando em ter apenas um representante por grupo econômico.
Alguns princípios que norteiam a participação do Delegado Sindical
Proteção: o Estado deve efetivar proteção aos representantes dos trabalhadores, com garantia de emprego e meios eficazes de atuação desses na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores.
Facilidade: o empregador deve possibilitar meios facilitados e adequados para que possam cumprir suas funções sem prejuízo das atividades a serem desempenhadas para funcionamento normal da empresa. 
Liberdade de escolha: os trabalhadores tem o direito de escolher livremente os seus representantes, independente de estes serem ou não filiados à entidade sindical.
Não concorrência sindical: a atuação da representação interna e a atuação sindical não devem concorrer em disputa.
Sigilo das informações: o representante dos trabalhadores tem dever de manter sigilo quanto as informações obtidas.
Informação: com boa-fé e lealdade entre as partes, os representantes internos devem ter todas as informações necessárias para defender os interesses e pretensões dos trabalhadores, com total conhecimento. 
Art. 5º. Os requisitos para ser candidato a representante dos trabalhadores são: ser maior de 18 anos e estar na empresa há mais de 12 meses, mediante contrato de trabalho com prazo indeterminado
Art. 6º. Não poderá concorrer à eleição de representante dos trabalhadores o empregado que: 
I – estiver cumprindo aviso-prévio ou estiver suspenso por qualquer motivo; 
II – exercer cargo de direção, gerência ou cargo de confiança; 
III – possuir vínculo de parentesco com o empregador, diretor, sócio, acionista, administrador ou gerente, até terceiro grau, em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade. 
O representante dos trabalhadores só pode aceitar promoção a qualquer dos cargos ou funções após a renúncia expressa à representação dos trabalhadores, protocolada junto ao RH e a comunicação a seu sindicato profissional
II – o representante somente poderá ser destituído por deliberação da maioria absoluta dos empregados; 
Art. 12. São assegurados ao representante dos empregados e a seu suplente: 
I Proteção contra dispensa imotivada a partir do registro da candidatura até um 1 após o fim do mandato, salvo em caso de falta grave, 
II Proteção contra transferência unilateral, exceto no caso de extinção do estabelecimento; 
III Liberdade de opinião, ficando garantidas a publicação e a distribuição de material de interesse dos trabalhadores; 
IV Dispensa remunerada do trabalho por, pelo menos, 4 horas semanais destinadas ao pleno exercício de seu mandato 
AULA 6 A ÁREA DE RELAÇÕES TRABALHISTAS
O surgimento da área de Relações Industriais - RI dentro da área de RH ocorre na década de 40 a 50 como um primeiro passo para criação das Relações Trabalhistas. Coincidindo com o surgimento da CL em 1943, as empresas começam a dar importância maior aos direitos dos trabalhadores, afinal a CLT: traz como novidades a carteira profissional, define e regulamenta os horários de trabalho na indústria e comércio, são instituídas as comissões mistas de conciliação, define que as férias devem ser remuneradas, estabelecendo ainda as condições de trabalho dos menores na indústria. 
Nas décadas de 60 e 70 surge o RH e as leis de segurança do trabalho, da saúde e as pensões, para diminuir a discriminação em relação a sexo, religião, idade e à própria origem dos empregados fortalecendo as áreas de pessoal. Entretanto, diferente do que ocorria nos Estados Unidos, onde o movimento operário organizado implicava mudanças, no Brasil, a intervenção do governo através de uma legislação social era um obstáculo ao movimento do operariado, o que dificultou um melhor entendimento entre patrões e empregados.
 Como situação especial, destacamos o regime da ditadura militar em 64, que represou todo o movimento sindical do Brasil durante, pelo menos, 14 anos, sufocando as lideranças. 
Somente em 78, começam a surgir os primeiros movimentos de greve, como o movimento das Diretas Já!, com um crescimento ainda tímido de uma abertura política. Em 81, na comemoração de 1º de maio, no Riocentro, fica comprovada a participação do próprio governo militar, cujos grupos radicais pretendiam, com essa ação, ter motivos para conter, de maneira mais intensa, o avanço dos movimentos dos trabalhadores. Entretanto, esse objetivo não foi atingido.
 Com isso, o movimento dos trabalhadores ganha força e cria pressão para as eleições diretas, para que, novamente, fossem estabelecidos os direitos de liberdade de expressão. O objetivo era possibilitar uma relação natural entre o capital e o trabalho, sem que o governo participasse, de modo mais formal, dessa relação. 
Perfil do profissional da área de RTS Relações Trabalhistas e Sindicais: No cenário atual e futuro, para atuar na área de RTS, o profissional deve possuir profundo conhecimento da legislação trabalhista tanto na prática das empresas quanto na dos tribunais, identificando seus reflexos na organização. Para isso, esse profissional deve ter visão completa do negócio da empresa, estratégia, mercado e implicações de custos, para decidir assertivamente, junto às negociações com os sindicatos laborais. É necessário, também, que ele tenha uma visão clara da competição que hoje ultrapassa as fronteiras, em razão da globalização econômica.
Ele deve, ainda, ter uma capacidade superior de relacionamento interpessoal para interagir em todos os níveis, buscando a solução favorável dos os conflitos que surgem no relacionamento capital versus trabalho. Quanto à formação acadêmica, preferencialmente áreas do direito, administração é até economia tendo também domínio virtual, conhecendo fontes de pesquisa e aplicativos que facilitam o trabalho. A versatilidade é fundamental.
Esta área dependendo da distribuição geográfica da empresa e dos segmentos em que atua, deve manter estreito relacionamento com os sindicatos patronaise laborais de cada região, analisando as expectativas de cada um e interferindo sempre que possível em favor dos interesses de sua empresa, aliando o interesse geral ao particular, para que as decisões não conflitem com as estratégias que deverá respeitar em sua organização.
Participar de reuniões e encontros de profissionais de relações trabalhistas das empresas que compõem o sindicato, buscando alinhamento de interesses e a troca de experiências, estar atento para ouvir as lideranças do setor conciliando as expectativas destes em prol de acordos mais fortalecidos e representativos. Incentivar uma maior representatividade nos sindicatos em que atua, para que sejam estes o reflexo do pensamento coletivo e não o interesse de uma minoria, pois isto traz sempre reflexos negativos no futuro das relações trabalhistas.
Atividades da área de RTS: Além disso, esse departamento deve incentivar a representatividade nos sindicatos em que atua, para que esses sejam o reflexo do pensamento coletivo, e não o interesse de uma minoria. Essa área deve, ainda, acompanhar a evolução das diversas legislações que interferem no relacionamento capital versus trabalho, quais sejam: 
• Legislação Trabalhista e Previdenciária e Legislação de Segurança, Medicina e Engenharia do Trabalho;
• Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS);
• Convenções Coletivas de Trabalho de outros sindicatos;
• Matérias em discussão no Legislativo e prática dos tribunais que acompanham evoluções sociais e tendências
Por fim, o departamento de RTS deve manter reuniões com as lideranças internas da empresa, representações de trabalhadores, comissões sindicais e CIPA, deixando sempre um canal aberto de comunicação para que todos participem e exponham suas ideias. Dessa forma, busca-se atender aos anseios dos trabalhadores e evita-se a propagação de boatos que interferem negativamente no relacionamento dentro do ambiente de trabalho.
Como atuar diante de uma greve: A greve não é necessariamente um conflito, a greve surge para resolver o conflito. Ela está prevista na legislação e, para que a consideremos como legal, há procedimentos que devem ser cumpridos. Um dos procedimentos é esgotar todas as etapas de negociação e melhor solução do impasse. Há ainda a alternativa de solicitar uma mesa redonda na Superintendência Regional do Trabalho, órgão que representa o Ministério do Trabalho. 
Nesta etapa representante dos empregados e do empregador comparecem na presença do Superintendente Regional do Trabalho para uma conciliação nos desentendimentos para que as partes se considerem confortáveis, esgotadas as opções podem os trabalhadores representados por seu sindicato informar à empresa que entrarão em greve.
Iniciada a greve, o profissional de RTS comparece à Superintendência Regional do Trabalho munido de um ofício que dê notícia da condição de greve, para que um fiscal compareça ao local de trabalho. Esse fiscal fará a constatação da greve através da contagem física dos cartões de ponto ou conferência do nº de trabalhadores que ingressaram na empresa, tendo, como parâmetro, o quadro de horários. Se confirmar que mais de 50% dos trabalhadores não está presente, o fiscal apresentará um documento que atesta o estado de greve, lançando essa informação no livro de fiscalização.
Com esse documento, a empresa poderá ingressar no Tribunal Regional do Trabalho de 2ª instância (competente para julgar as ações coletivas de trabalho), buscando a instauração de um dissídio coletivo que irá julgar se a greve é legal ou ilegal, e porá fim ao movimento, salvaguardando os interesses do empresário.
É evidente que, quando ocorre uma greve, o clima é afetado. Por isso, devem-se trabalhar as relações internas. Muitos imaginam que, com o término da greve, os problemas terminam, mas é nesse momento que se inicia o processo de preparação para receber os grevistas. Trata-se do momento em que se busca uma nova motivação para que não haja perda de produtividade, em especial se os trabalhadores não conquistarem as reivindicações que motivaram a greve.
Atualização permanente: O profissional da área de RTS deve acompanhar a evolução de vendas e custos em geral de sua empresa e de todo segmento em que atua, bem como a evolução dos diversos índices econômicos, a pesquisa de salários e os benefícios. Dessa forma, ele terá argumentos suficientes quando participar de negociações. Hoje, os sindicatos são assistidos por economistas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que possui uma memória importante de dados utilizados para apoiar as negociações.
Negociação: A principal atividade da área de RTS é a o processo de negociação e trata-se de uma tarefa muitas vezes, incompreendida pois este profissional é, normalmente, empregado que ao defender os interesses do patrão, contraria os seus próprios e mesmo com essa grande contradição, seu profissionalismo deve superar esta situação. Sendo assim, este profissional deve realizar a melhor negociação, em que todos saem com a sensação de que poderiam ter obtido um pouco mais, entretanto, em uma análise mais técnica, percebem que obtiveram um bom resultado. O negociador deve:
• Ser observador;
• Ter um excelente controle emocional;
• Não fazer promessas;
• Respeitar a outra parte;
• Estar muito bem preparado para poder realizar uma boa negociação.
O domínio das relações interpessoais deve ser seu ponto forte. Por isso, o negociador precisa ter a percepção do que o outro quer e buscar o melhor meio de atendê-lo, sem ultrapassar os limites definidos por sua empresa. Além disso, ele deve-se relacionar, em todos os níveis, de forma superior, ouvindo mais do que falando e atendendo a todos os fatos que possam ser úteis no processo. Em suma, esse profissional precisa ter um excelente relacionamento com as lideranças sindicais e, sempre que possível, manter encontros e debates para compreender melhor suas necessidades.
Preparação de líderes de equipe: Compete ao gerente preparar a relação entre líderes e liderados, para que não existam conflitos e não haja motivos para perda de motivação. Para isso, esse profissional deve:
• Monitorar o relacionamento, mantendo encontros para discutir o posicionamento dos líderes;
• Manter diálogo aberto para com suas equipes;
• Ter amplo conhecimento da legislação, para responder aos questionamentos;
• Recorrer, sempre que houver dúvidas, ao profissional de Relações Trabalhistas e Sindicais;
• Manter um canal aberto para facilitar o livre questionamento;
• Ser transparente em relação à legislação vigente, mantendo debates com os colaboradores sempre ou nas dúvidas;
• Informar os líderes sobre o andamento das negociações coletivas e as reivindicações dos sindicatos laborais, para que eles participem ativamente desse processo.
Assessorar a alta administração da empresa: A estratégia de uma empresa passa pelas RTS. Nesse ponto, o profissional atua como um assessor, prestando todas as informações e apresentando estudos sobre as tendências do processo negocial nos diversos estados da federação. Dessa forma, busca-se facilitar a constituição das políticas e estratégias da empresa, pois o impacto dos custos trabalhistas é fundamental. O conhecimento desse profissional não poder ser dispensado pela alta gestão, que deve manter um contato frequente com ele, convidando-o a participar das reuniões de diretoria, e apresentando o andamento das negociações e as previsões de reajustes praticados pelo mercado.
AULA 7 POLÍTICAS DE RELAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS
Relações trabalhistas são políticas estipuladas entre empresa e os sindicatos dos empregados. Os sindicatos, teoricamente, trabalham em função das relações entre empregados e empresas, no qual, tem o intuito de expor as necessidades de cada indivíduo e reivindicar direitos empregatícios equivalentes a todos os participantes das empresas. 
Política Paternalista: caracterizada pela força que o sindicato dispõe sobre a organização. Nesse caso, reivindicaçõescoletivas e até mesmo privativas de líderes sindicais são concedidas pelas organizações. A cada medida alcançada pelo sindicato, surge outra de mesma esfera ou até mesmo maior que a anterior. Isso enaltece o sindicato e enfraquece a base de liderança da organização, o que a torna refém de suas relações trabalhistas. Uma boa relação trabalhista tem de vir de ambas a as partes: empresa e sindicato e a política paternalista resguarda-se apenas a um dos lados – o do sindicalismo.
Política Autocrática: Caracterizada por uma postura rígida e impositiva da organização onde não se sugere espaço para os sindicatos e seus membros.  Não são atendidas a maior parte das reivindicações dos empregados, o que gera tensão e até revolta. Isso reduz a imagem da empresa perante seus membros, criando, também, frustrações internas. Por sua postura unilateral, a política autocrática é sustentável por um curto período de tempo. 
Política de Reciprocidade: Baseada na correlação entre a alta cúpula da administração e dos sindicatos, ou seja, apenas gerentes da organização e a direção do sindicato dialogam, e resolvem os impasses, excluindo parte importante do processo reivindicativo, que são os trabalhadores e supervisores. Política também insustentável por longo período de tempo, pela falta de confiança entre trabalhadores e direção do sindicato, e supervisores e direção da organização. 
Política Participativa: Marcada pela mútua responsabilidade entre organização e sindicalismo. Ambos responsáveis pela saúde da empresa e dos empregados. As reivindicações do sindicato conferem com as necessidades dos trabalhadores, o que não se caracteriza como um jogo de ego. As opiniões do sindicato e dos trabalhadores são muito importantes para que todos prosperem rumo ao desenvolvimento individual e organizacional. 
Essa política considera o empregado socialmente, politicamente e economicamente, e não mais como um mero fator de produção (Chiavenato). É considerada a mais saudável de todas as políticas sindicais e requer muito preparo intelectual de todas as partes envolvidas. Cria-se, portanto, uma cultura organizacional voltada para o funcionário e para as ações preventivas e não corretivas. Para todas as situações ligadas às Relações Trabalhistas, existem instrumentos jurídicos a serem aplicados pela empresa, como a advertência, a suspensão e outros expedientes legais.  
Política Sindical no Brasil: As empresas, sem exceção, são vinculadas a uma categoria sindical. Por isso, devem observar as convenções coletivas da categoria e efetuar o pagamento anual da Contribuição Sindical. A política de relações adotada pela empresa reflete intimamente sua cultura, seus valores e ideais pregados pela Alta Administração. 
 Como um movimento de revoluções internas e externas da classe operária, a política sindical do Brasil, ganhou, a partir da década de 80, novos contornos sociais, momentos em que o sindicato pôde concentrar suas reivindicações durante períodos consecutivos de negociação coletiva. Um sintoma mais encontrado nas negociações é a imaturidade sindical, típica do Brasil, inclusive na prática alternativa. Em outras palavras, trata-se de uma forte preocupação com a negociação de um bom acordo unida à indiferença com o cumprimento dos termos do contrato coletivo decorrente desse acordo.
 Os trabalhadores aderem ao sindicato buscando, justamente na política de Relações Sindicais, a união, a segurança, a participação, o reconhecimento e os benefícios a que a classe tem direito, inclusive protegidos pela Constituição Federal, a Consolidação das Leis do Trabalho e as demais normas jurídicas vigentes no País.
Infelizmente, no Brasil, os sindicatos não possuem uma estrutura administrativa que reflete as próprias direções sindicais. A falta de informação é grande entre as lideranças, seja em política econômica, seja em direitos trabalhistas ou mesmo estrutura sindical. A experiência mostra que muitos diretores desconhecem até os estatutos do próprio sindicato. 
Nas bases, a desinformação também é grave. Muitos trabalhadores desconhecem como são eleitos os diretores de federações e confederações, importante fator de perpetuação de quadros dirigentes. Em várias situações, é evidente a falta de preparo em redigir atas e abordar a máquina do ministério do trabalho. Conflitos nas negociações por desconhecimento da matéria em pauta, entre outros itens importantes para se negociar em uma relação sindical. 
Dicas para melhorar a política nas relações trabalhista:
Política clara de RH
Localização de problemas, definição de causas e implantação de soluções
Relações amistosas com os representantes dos empregados e diálogo permanente com o sindicato
Treinamento das lideranças para a negociação
Ponderação de posturas revolucionárias
Tratamento igualitário
Análise do conflito capital versus trabalho e seus fundamentos
Análise do ambiente sócio-organizacional, relativamente à empresa, ao empregado e à sociedade
Motivação do empregado e avaliação de seu comportamento
Surgimento do conflito capital versus trabalho
Razões para preocupar-se com o conflito
Evolução e representação sindical: Um dos maiores desafios do RH consiste na convivência com a evolução sindical, a emergente participação dos trabalhadores e a necessidade de concretização de todos os níveis de administração da organização. O mundo passa por grandes mudanças. Com o surgimento da grande empresa e da democracia econômica e social, a participação dos trabalhadores nas decisões organizacionais tem sido um dos temas mais debatidos.
O desenvolvimento tecnológico das empresas deixou o proprietário do capital e passou a ser confiado a um corpo de administradores e técnicos especializados, o que fez com que o capitalista perdesse o controle direto da produção.
Sobre a questão, Chiavenato afirma: O progresso econômico e tecnológico fez com que a produção não pudesse ser dirigida sem o crescimento dos trabalhadores, ainda mais quando esses possuem certo grau de educação e cultura, e passam a pressionar no sentido de conquistar modificações em direção à democracia dentro das organizações. 
Os modelos de representação sindical envolvem a participação dos sindicatos fora dos muros da organização. Essa representação decorre da atuação extrema dos sindicatos, conforme afirma Chiavenato: Nas empresas em que os sindicatos tem força de persuasão e razoável número de associados, existem comissões de fábrica, sistemas de informações em quadro de avisos, sistemas de controle pelos quais o sindicato avalia e monitora o desempenho da empresa quanto à política de admissão e de desligamento de pessoal, quanto a critérios de remuneração e de disciplina, e, principalmente, quanto ao atendimento das cláusulas dos Acordos Coletivos.
Redes Sindicais: A globalização trouxe avanços nas políticas de relações sindicais. As empresas brasileiras querem agregar valor a seus produtos em outros mercados e acessar financiamentos externos. Por isso, elas buscam a internacionalização. Um dos processos mais utilizados, atualmente, nas Relações Sindicais são as redes sindicais, que buscam a integração entre a empresa e os sindicatos. É necessário apresentar às bases o conceito de rede sindical, e de que forma esse tipo de organização pode contribuir para a melhora das condições de trabalho
Conhecer o comportamento da empresa é fundamental para a construção de uma rede sindical de trabalhadores. O levantamento de informações sobre as práticas adotadas pela empresa em relação aos direitos fundamentais do trabalho são subsídios essenciais para o debate entre trabalhadores e sindicalistas. De posse dos dados, a rede também estará apta a participar de discussões de alto nível com a empresa e ainda poderá usar as informações em futuras negociações. 
O diagnóstico do local de trabalho deve incluir, também, informações sobre a representação dos trabalhadores na localidade e sua composição, levando em consideração a participação no ambiente de trabalho. É durante esses encontros

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