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FARMACOLOGIA Básica/Interação Fármaco-nutriente 2012.2 Prof. Anicet Okinga Mestre em Ciências – Fisiopatologia Clínica & Experimental - UERJ Cirurgião-Dentista – UGF Farmacêutico – UGF Professor de Farmacologia – UGF Professor de Biofísica Básica – UGF P ro f. A n ic e t O k in g a 1 PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA Farmacologia Básica/Interação Fármaco-nutrientes CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 1- INTRODUÇÃO 2- FARMACOCINÉTICA Absorção Distribuição Metabolismo Eliminação 3- FARMACODINÂMICA Efeitos bioquímicos e fisiológicos Mecanismo de ação 4-INTERAÇÕES FARMACO-NUTRIENTES 5-FÁRMACO DE INTERESSE NAS CIÊNCIAS NUTRICIONAIS P ro f. A n ic e t O k in g a 2 Droga: Qualquer substância química capaz de produzir efeito farmacológico, isto é, provocar alterações somáticas ou funcionais, benéficas (droga- medicamento) ou maléficas (droga-tóxico). O uso popular da palavra droga indica principalmente as substâncias de abuso, tipo maconha, cocaína etc. Fármaco (Pharmakon): Substância química que é o princípio ativo (P.a.) do medicamento (droga-medicamento). Medicamento: “Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico”. É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicas. (BRASIL. Portaria n.º 3916/MS/GM, DE 30 DE OUTUBRO DE 1998) (Farmacologia, Penildon Silva, 8ª Edição) (BRASIL. Lei n. 5991, de 17 de dezembro DE 1973) 1- INTRODUÇÃO FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 3 Remédio: (re = novamente; medior = curar) A ideia de remédio está associada a todo e qualquer tipo de cuidado utilizado para curar ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e mal- estar. Alguns exemplos de remédio são: banho quente ou massagem para diminuir as tensões; chazinho caseiro e repouso em caso de resfriado; hábitos alimentares saudáveis e prática de atividades físicas para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis; medicamentos para curar doenças, entre outros. (ANVISA, O que devemos saber sobre medicamentos, 2010) (Farmacologia, Penildon Silva, 8ª Edição) P ro f. A n ic e t O k in g a 4 Placebo: Palavra latina que significa “eu vou agradar”. Em farmacologia, significa uma substância ou preparação inativa administrada para satisfazer a necessidade psicológica do paciente. Usado também em ensaios clínicos controlados para determinar a eficácia de novos medicamentos. A palavra também pode aplicar-se a algum processo sem valor terapêutico intrínseco, porém realizado pela sua influência psicológica sobre o paciente. Mesmo os medicamentos já consagrados ou em investigação possuem além da sua ação farmacológica intrínseca, o chamado “efeito placebo” quando o paciente acredita na atividade do medicamento. (ANVISA, O que devemos saber sobre medicamentos, 2010) (Farmacologia, Penildon Silva, 8ª Edição) P ro f. A n ic e t O k in g a 5 Nocebo: (= causar dano; prejudicar) Efeito placebo negativo. O “medicamento” piora a saúde. Forma farmacêutica: Medicamento disposto para o uso imediato. Forma de apresentação do medicamento: comprimido, xarope, cápsula etc.; na forma farmacêutica, além do princípio ativo, entram outras substâncias na composição, como veículo ou excipiente, coadjuvante, edulcorante, ligante, preservativo, etc. Maneira como os Fármacos se apresentam para o uso. De acordo com a forma farmacêutica, tem-se a via de administração. (Farmacologia, Penildon Silva, 8ª Edição) P ro f. A n ic e t O k in g a 6 P ro f. A n ic e t O k in g a 7 Formas Farmacêuticas Magistrais são aquelas cuja fórmula é de autoria do clínico. Formas Farmacêuticas Oficinais são aquelas cuja fórmula e técnica encontram-se inscritas e descristas nas Farmacopéias ou em Formulários. Formas Farmacêuticas de Especialidades são aquelas que se encontram preparadas e embaladas, apresentam nome fantasia ou DCI da substância ativa de sua formulação. P ro f. A n ic e t O k in g a 8 Substância ativa: Base Adjuvante Corretivo: Edulcorantes Corantes Veículo: Excipiente Intermediário COMPOSIÇÃO DE UM MEDICAMENTO P ro f. A n ic e t O k in g a 9 Líquidas Alcoolatos Alcoolaturas Colutório Emulsões Enemas Linimentos Óleos medicinais Poções Tinturas Xaropes Especiais Aerossóis Ampolas Bandagens Colírios Gasosa Vaporização Sólidas Cápsulas Comprimidos (orais e vaginais) Drágeas Hóstias Implantações Óvulos Papéis Pérolas Pílulas Pós Supositórios Pastosas Cataplasma Cremes Pastas Pomadas Unguentos Formas Farmacêuticas P ro f. A n ic e t O k in g a 10 FARMACOLOGIA FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA Tudo aquilo que o organismo vai fazer com o fármaco Tudo aquilo que o fármaco vai fazer com o organismo FARMACOLOGIA 2- FARMACOCINÉTICA (M.R.L. MOURA & F.G.R. REYES, 2002) Administração do medicamento Ingestão, desintegração e dissolução Absorção Distribuição Interação fármaco- receptor no tecido- alvo Metabolismo (desativação-ativação) Fase I Oxidação Redução hidrólise Fase II Conjugação do fármaco com substâncias endógenas Excreção Tecido de reserva Interação com proteína no sangue P ro f. A n ic e t O k in g a 11 Fármaco no corpo Vias de Administração Principais vias de administração de fármacos: ENTERAIS: -Oral -Sublingual -Retal PARENTERAIS: -Endovenosa -Intramuscular -Subcutânea -Intra-articular -Intraperitonial -Intratecal ou Subaracnóide -Peridural ou Epidural OUTRAS VIAS: -Tópica -Inalatória -Intranasal -Intravaginal -Oftálmica FARMACOLOGIA 2- FARMACOCINÉTICA Principais Processos: Absorção ◊ Distribuição ◊ Metabolismo ◊ Eliminação P ro f. A n ic e t O k in g a 13 P ro f. A n ic e t O k in g a 14 Absorção: é a transferência do fármaco do seu sítio de administração para a circulação sistêmica. FARMACOLOGIA 2- FARMACOCINÉTICA Gradiente eletroquímico Fatores que influenciam a absorção PROPRIEDADES QUÍMICAS DO FÁRMACO: 1. Grau de ionização do fármaco – pka vs pH do meio 2. Lipossolubidade / hidrossolubilidade 3. Tamanho das partículas 4. Formulação farmacêutica VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS: 1. pH e fluxo sanguíneo no sítio de absorção 2. Área de superfície disponível para absorção 3. Tempo de esvaziamento gástrico 4. Tempo de contato com a superfície de absorção 5. Interação do medicamento com os constituintes do TGI 6. Eliminação pré-sistêmica = Metabolismo de primeira passagem FARMACOLOGIA Via oral: Fatores que modificam a Absorção Oral Preparações líquidas: gotas ou xarope Preparações sólidas: comprimido, cápsula, revestimento pH do meio Tempo de desintegração Velocidade de dissolução Área de superfície Esvaziamento gástrico Tempo de trânsito intestinal Fluxo sanguíneo mesentérico Interação com alimentos P ro f. A n ic e tO k in g a 16 Metabolismo hepático de 1a Passagem Veia porta Plexo mesentérico Circulação Sistêmica Veia hepática Metabolismo FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 17 O fármaco é biotransformado antes de chegar à corrente sanguínea. P ro f. A n ic e t O k in g a 18 FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 19 FÁRMACOS BIODISPONIBILIDADE (%) ASPIRINA 68 ± 3 PARACETAMOL 88 ± 1,5 PROPRANOLOL 26 ± 10 MORFINA 24 ± 12 CODEÍNA 50 ± 5 AZITROMICINA 34 ± 19 CEFALEXINA 90 ± 9 DIGOXINA 70 ± 13 CIMETIDINA 60 ± 23 CLONAZEPAM 98 ± 31 Medida da velocidade de absorção da droga e da quantidade total da droga que alcança a circulação global a partir da forma farmacêutica administrada. BIODISPONIBILIDADE É expressa como a fração do fármaco administrado que tem acesso à circulação sistêmica na forma quimicamente inalterada. FARMACOLOGIA 20 P ro f. A n ic e t O k in g a Grau de ionização do fármaco – pka vs pH do meio FARMACOLOGIA FARMACOLOGIA 1- FARMACOCINÉTICA Absorção P ro f. A n ic e t O k in g a 21 AUC Cmax Pico Tempo no qual ocorre o pico (Tmax) Área sob a curva de concentração sérica- tempo (0-12 horas) µg/ml x horas C o n c e n tr a ç ã o s é ri c a m é d ia µ g /m l Tempo depois da administração do fármaco (horas) 6,0 4,0 2,0 0 ½ 1 3 2 10 6 8 4 □ □ □ □ □ □ □ □ CURVA DE CONCENTRAÇÃO-TEMPO 12 23 P ro f. A n ic e t O k in g a Influência dos alimentos Influência da postura corporal ÍNDICE TERAPÊUTICO Definição: é a relação entre a dose tóxica (DT50) e a Dose efetiva (DE50) IT = DT50 DE50 Dose Efetiva média (DE50) A quantidade que produzirá a intensidade de efeito desejada em 50% dos indivíduos avaliados Dose Letal média (DL50) ou Dose Tóxica média (DT50) A quantidade que produzirá efeito tóxico definido em 50% dos indivíduos avaliados FARMACOLOGIA FARMACOLOGIA 2- FARMACOCINÉTICA Distribuição Conceito: conjunto de processos nos quais o fármaco é transferido da circulação sistêmica para os diversos tecidos. Sítio-Alvo Excreção Plasma (distribuição) Fármaco livre Forma conjugada Reservatórios Metabólitos Fígado (Biotransformação) P ro f. A n ic e t O k in g a 30 Fatores envolvidos na distribuição 31 Lipossolubilidade e grau de ionização; Ligação às proteínas plasmáticas. Permeabilidade do endotélio capilar (vascular); Fluxo sanguíneo dos tecidos FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA LIGAÇÃO ÀS PTNS PLASMÁTICAS P ro f. A n ic e t O k in g a 32 LIGAÇÃO ÀS PTNS PLASMÁTICAS 33 DISTRIBUIÇÃO Substâncias ácidas Substâncias básicas Albumina -glicoglobulinas Vaso sanguíneo + + Ligação com ptns plasmáticas depende de: Concentração do fármaco Sua afinidade pela proteína Concentração da proteína Fármacos Livres Fármacos Associados às Proteínas FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a P ro f. A n ic e t O k in g a 34 LIGAÇÃO ÀS PTNS PLASMÁTICAS FARMACOLOGIA Fármacos ácidos Albumina Hipoalbuminemia devido à desnutrição, doença hepática e último trimestre da gravidez aumentam a concentração plasmática livre de fármacos ácidos livres. Fármacos básicos α-1 glicoproteína O câncer, artrite, infarto agudo do miocárdio aumentam a concentração plasmática de α-1 glicoproteína, diminuindo a concentração plasmática de fármacos básicos. Competição de dois Fármacos pela mesma ptn plasmática 35 FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 36 P ro f. A n ic e t O k in g a 37 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 38 Fluxo Sanguíneo Inicialmente, os órgãos com boa perfusão (compartimento central) recebem a maior parte do fármaco. E, em seguida, os tecidos menos vascularizados (compartimento periférico) recebem o fármaco mais lentamente. Lipossolubilidade e grau de ionização 39 Membrana Lipossolubilidade (Po/a) Grau de Ionização (pKa vs pH) HA A- H+ HA A- H+ Fração ionizada Fração desprotonada Fração neutra Fração protonada DIFUSÃO PASSIVA Eq. Henderson-Hasselbach: Log [HÁ] = pKa - pH [A-] Gradiente de concentração FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a Permeabilidade do capilar Capilar não cerebral Difusão passiva através das fenestrações Difusão passiva através das células endoteliais Célula endotelial Lipossolubilidade Grau de Ionização Hidrossolubilidade CAPILARES PERIFÉRICOS DIFUSÃO PASSIVA DEPENDE DE: -Gradiente de concentração – Concentração plasmática -Lipossolubilidade do fármaco -Grau de ionização -Tamanho das moléculas F. Neutra F. Ionizada FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 40 P ro f. A n ic e t O k in g a 41 Distribuição de Fármacos para o SNC FARMACOLOGIA FARMACOLOGIA 2- FARMACOCINÉTICA Eliminação dos Fármacos Conceito: Perda irreversível dos fármacos do corpo e ocorre através de dois processos: metabolismo (biotransformação/metabolização) e excreção. P ro f. A n ic e t O k in g a 42 FASE I Fases do metabolismo FASE II Reações de Conjugação: Com Glutationa Com Glicina Com água Glicuronidação Acetilação Sulfatação Metilação Biotransformação dos Fármacos Reações de oxidação / Redução/hidrólise FARMACOLOGIA É um termo usado para indicar as alterações químicas que ocorrem com os fármacos no interior do organismo, quando são metabolizados e alterados por diversos mecanismos bioquímicos. P ro f. A n ic e t O k in g a 43 FARMACOLOGIA Prof. Anicet Okinga 44 45 NOMENCLATURA PARA CITOCROMO P450 CYP = citocromo p450 2 = família genética CYP2D6 D= sub-familia genética 6 = gen específico FARMACOLOGIA A nomenclatura adotada geneticamente não tem nenhuma implicação funcional Prof. Anicet Okinga Citocromo P450 FARMACO + O2 + NADPH + H + → FARMACOMODIFICADO + H2O + NADP - FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 46 Citocromo P450 FARMACOLOGIA Prof. Anicet Okinga 47 UDP-glicoruniltransferase Sulfotransferase Glutationa-S- transferase N- acetiltransferase Metiltransferases de tiopurinas Enzimas envolvidas na fase II FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 48 Reações da Fase II Tipos de conjugação Reagente endógeno Transferase (localização) Exemplos Glicuronidação UDP-ácido glicurônico UDP-glicuronosil- transferase (microssomos) Paracetamol, diazepam, morfina, digitoxina, digoxina Acetilação Acetil-CoAN-acetiltransferase (citosol) Sulfonamidas, isoniazida,clonazepam Conjugação de glutationa Glutationa (GSH) GSH-sensibilidade- transferase (citosol,microssomos) Paracetamol, ácido etacrínico, bromobenzeno Conjugação de glicina Glicina Acil-CoA glicina transferase (mitocôndria) AAS, ácido nicotínico, ácido benzóico, ácido cólico Sulfatação Fotossulfato de fosfo-adenosil Sulfotransferase (citosol) Estrona, cumarina, paracetamol, metildopa Metilação S-adenosil- metionina Transmetilases (citosol) Catecolaminas, histamina, captopril FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 49 P ro f. A n ic e t O k in g a 50 Reações da Fase II FARMACOLOGIA Absorção Metabolismo Excreção Fármaco Fármaco Fármaco Metabólito do fármaco com atividade modificada Metabólito do fármaco inativo Conjugado Conjugado Conjugado Lipofílico Hidrofílico Fase 1 Fase 2 FARMACOLOGIA CONSEQUÊNCIA DA BIOTRANSFORMAÇÃO P ro f. A n ic e t O k in g a 51 52 P ro f. A n ic e t O k in g a Ativação na Biotransformação Indução enzimática FARMACOLOGIA produz tolerância o que obriga ao aumento da posologia P ro f. A n ic e t O k in g a 53 P ro f. A n ic e t O k in g a 54 Indução enzimática FARMACOLOGIA Inibição enzimática FARMACOLOGIA Aumenta os riscos de reações adversas P ro f. A n ic e t O k in g a 55 P ro f. A n ic e t O k in g a 56 CYP 1A2 – Ciprofloxacina, Fluoxetina, Nefazodona. CYP 2C9 – Amiodarona, Clopidogrel, Fluvastatina, Fluoxetina, Fluconazol, Miconazol, Metronidazol, Ritonavir. CYP 2D6 - Quinidina, Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Cimetidina, Amiodarona, Haloperidol, Ticlopidina, Ritonavir. CYP 2E1 – Cimetidina, Agrião. CYP 3A4 – Cetoconazol, Itraconazol, Eritromicina, Grapefruit, Fluoxetina, Diltiazem, Verapamil, Claritromicina, Omeprazol, Ritonavir, Indinavir, Saquinavir. Inibição enzimática FARMACOLOGIA Fatores que alteram o Metabolismo dos Fármacos Diferenças marcantes entre as espécies; Variações inter-individuais (polimorfismos genéticos); Fatores ambientais; Dieta; Substâncias químicas (pesticidas, álcool, nicotina etc.); Condições patológicas (hepatite, cardiopatia etc.); Idade e sexo; Outros fármacos. FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 57 FARMACOLOGIA 1- FARMACOCINÉTICA Excreção dos Fármacos *RENAL *HEPATOBILIAR OU FECAL P ro f. A n ic e t O k in g a 58 Excreção renal (1) Filtração Glomerular (2) Secreção Tubular Ativa (3) Reabsorção Tubular Passiva Arteríola Glomerular aferente Arteríola Glomerular eferente Fármaco Hidrossolúvel, Ionizado que atinge a urina (1) (2) (3) FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 59 P ro f. A n ic e t O k in g a 60 Filtração Glomerular Reabsorção Tubular Passiva Excreção renal FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 61 FARMACOLOGIA Secreção Tubular Ativa Fatores que interferem na eliminação renal Insuficiência Renal; Fluxo sangüíneo renal: Hemorragias; Insuficiência cardíaca; Competição de dois fármacos pelo mesmo mecanismo de secreção; pH da urina; Idade. FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 62 Parâmetros Farmacocinéticos “Steady State” (Concentração de Equilíbrio): a quantidade de fármaco administrada é igual à quantidade de fármaco eliminada dentro de um intervalo de doses, resultando num plateau ou nível sérico do fármaco constante. Fármacos com Meia-vida curta atingem o “steady state” rapidamente; fármacos com meia- vida longa demoram dias a semanas a atingir o “steady state” P ro f. A n ic e t O k in g a 63 Farmacocinética Clínica Cee ou Css 4-5 meia-vidas 92-95% da curva máxima P ro f. A n ic e t O k in g a 64 Clearance ou Depuração P ro f. A n ic e t O k in g a 65 Clearance ou Depuração Cl = taxa de eliminação do fármaco (mg/min) [ ] plasmática do fármaco (mg/ml) Definição: é o volume de sangue totalmente depurado de um fármaco por unidade de tempo (mL/min). CL = 0,693 x Vd / T½ P ro f. A n ic e t O k in g a 66 Meia-vida de Eliminação C o n c e n tr a ç ã o P la s m á ti c a Tempo (múltiplos de meia vida) 1 2 3 4 5 50 % de decréscimo (Conc. = 12.5) 50 % de decréscimo (Conc. = 25) 50 % de decréscimo (Conc. = 50) P ro f. A n ic e t O k in g a 67 Definição: É o tempo que leva para que metade do fármaco seja eliminada do corpo. Importância: É usada para avaliar o tempo durante o qual se espera que a droga permaneça no corpo após a última dose; O tempo necessário para que uma droga atinja seu estado de equilíbrio dinâmico; Número de doses diárias. Meia-vida de Eliminação P ro f. A n ic e t O k in g a 68 Quantidade de uma dose de fármaco que permanece e é eliminada no organismo Número de meias-vidas decorridas Quantidade da dose que permanece no organismo,% Quantidade da dose eliminada,% 1 50,00 50,00 2 25,00 75,00 3 12,50 87,50 4 6,25 93,75 5 3,125 96,875 Meia-vida de Eliminação P ro f. A n ic e t O k in g a 69 Fatores que afetam a meia-vida Efeitos na distribuição do fármaco Meia-vida Envelhecimento (massa muscular diminuída → distribuição diminuída) Diminuída Obesidade (massa adiposa aumentada → distribuição aumentada) Aumentada Fluido patológico (distribuição aumentada) Aumentada Efeitos na eliminação do fármaco Indução do citocromo P450 (metabolismo aumentado) Diminuída Inibição do citocromo P450 (metabolismo diminuído) Aumentada Insuficiência hepática (clearance diminuído) Aumentada Insuficiência cardíaca (clearance diminuído) Aumentada Insuficiência renal (clearance diminuídp) Aumentada P ro f. A n ic e t O k in g a 70 P ro f. A n ic e t O k in g a 71 Importância Clínica da curva da Biodisponibilidade Cp (mg/dl) Nível plasmático mínimo eficaz Nível plasmático máximo tolerado Duração da ação Início da ação Cp Máxima (efeito máximo) Janela terapêutica DETERM. DA DOSE – INÍCIO – DURAÇÃO – EF. MÁXIMO FARMACOLOGIA Bioequivalência Bioequivalência Farmacêutica DrogaA = Droga B Mesmo princípio ativo Mesma dose Mesma forma de dosagem Mesma via de administração Bioinequivalência Droga A Droga B Bioequivalência Terapêutica Droga A = Droga B Mesma Biodisponibilidade Mesma Taxa e extensão de absorção P ro f. A n ic e t O k in g a 72 73 P ro f. A n ic e t O k in g a São medicamentos contendo a mesma substância ativa, na mesma quantidade e forma farmacêutica. Devem cumprir com as mesmas especificações atualizadas da Farmacopéia Brasileira e, na ausência destas, com a de outros códigos autorizados pela legislação. Equivalentes Farmacêuticos FARMACOLOGIA 74 P ro f. A n ic e t O k in g a Medicamentos bioequivalentes - Medicamentos equivalentes farmacêuticos ou alternativas farmacêuticas, que ao serem administrados na mesma dose molar e condições experimentais, não demonstram diferenças estatisticamente significativas em relação à biodisponibilidade. MEDICAMENTOS BIOEQUIVALENTES Definição legal FARMACOLOGIA 75 P ro f. A n ic e t O k in g a São medicamentos contendo a mesma substância ativa ou seu precursor, mas não necessariamente na mesma quantidade ou forma farmacêutica. Devem cumprir com as mesmas especificações atualizadas da Farmacopéia Brasileira e, na ausência destas, com a de outros códigos autorizados pela legislação. Ex. fenacetina e paracetamol. Alternativas farmacêuticas FARMACOLOGIA 76 P ro f. A n ic e t O k in g a Medicamento similar – aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes ou veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. MEDICAMENTO SIMILAR Definição legal FARMACOLOGIA 77 P ro f. A n ic e t O k in g a Medicamento inovador – medicamento apresentando em sua composição ao menos um fármaco ativo que tenha sido objeto de patente, mesmo já extinta, por parte da empresa responsável pelo seu desenvolvimento e introdução no mercado no país de origem, e disponível no mercado nacional. Medicamento de referência – medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovados cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. MEDICAMENTO Inovador/ de referência Definição legal FARMACOLOGIA 78 P ro f. A n ic e t O k in g a Medicamento genérico – medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renuncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade e designado pela denominação comum brasileira (DCB) (denominação do fármaco aprovada pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária) ou, na sua ausência, pela denominação comum internacional (DCI) (denominação do fármaco recomendada pela Organização Mundial de Saúde). MEDICAMENTO GENÉRICO Definição legal FARMACOLOGIA FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA P ro f. A n ic e t O k in g a 79 80 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA Agonista Fármaco que modifica a atividade de um receptor específico; Antagonista Uma substância química que se liga a um receptor mas não produz resposta biológica. Eficácia É o efeito máximo, ou a habilidade de um fármaco, uma vez ligado ao receptor, modificar a sua função; refere-se à resposta terapêutica máxima potencial que um medicamento pode produzir Potência Sensibilidade de um órgão ou tecido ao fármaco ou a habilidade de determinada dose provocar uma resposta biológica; Expressa como a quantidade de fármaco que desencadeia 50% da resposta máxima (CE50); P ro f. A n ic e t O k in g a 81 P ro f. A n ic e t O k in g a 82 FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA Curva Concentração-Efeito P ro f. A n ic e t O k in g a 83 FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA Agonistas Total e Parcial P ro f. A n ic e t O k in g a 84 FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA Agonista Inverso P ro f. A n ic e t O k in g a 85 FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA P ro f. A n ic e t O k in g a 86 P ro f. A n ic e t O k in g a 87 FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA Classificação dos Antagonistas P ro f. A n ic e t O k in g a 88 FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA Antagonismo entre Fármaco P ro f. A n ic e t O k in g a 89 FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA P ro f. A n ic e t O k in g a 90 FARMACOLOGIA 3- FARMACODINÂMICA Extrusão ativa das substâncias das células 91 P ro f. A n ic e t O k in g a P ro f. A n ic e t O k in g a 92 FARMACOLOGIA FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA 4- INTERAÇÃO FÁRMACO-NUTRIENTE • "Evento que ocorre quando se produz um desequilíbrio de nutrientes por ação de um medicamento, ou quando um efeito farmacológico é alterado pela ingestão de nutrientes ou pelo estado nutricional do paciente". American Society of Parenteral and Enteral Nutrition (ASPEN, 1994) • Depende em grande parte das características individuais (idade, situação fisiológica, exposição múltipla aos fármacos, função hepática, função renal e dieta). P ro f. A n ic e t O k in g a 93 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO- NUTRIENTES Entretanto, estes motivos são insuficientes para justificar este procedimento de forma generalizada. Ingerir medicamentos junto com alimentos... A recomendação da administração de medicamentos com as refeições se faz por três razões fundamentais: • possível aumento da sua absorção; • redução do efeito irritante sobre a mucosa gastrintestinal; • auxiliar no efeito terapêutico. 94 P ro f. A n ic e t O k in g a A presença de alimentos e nutrientes no intestino pode reduzir a absorção do fármaco. Como resultado, o medicamento pode não atingir níveis suficientes no sangue ou os efeitos podem ser prolongados, induzindo lenta liberação do seu princípio ativo. FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES P ro f. A n ic e t O k in g a 95 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES • durante os processos de metabolização e de excreção. Tipos de Interações As interações fármaco-nutriente são muito comuns e podem ocorrer em vários níveis: • na ingestão do alimento; • na absorção do medicamento ou do nutriente; • no transporte por proteínasplasmáticas; 96 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Fa to re s d e ri sc o Idade Desnutrição Obesidade Alterações do TGI 97 P ro f. A n ic e t O k in g a Cronicidade e multiplicidade de doenças Hipo/acloridria Idoso FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Idade Maior % de gordura Fluxo sanguíneo renal ↓ e TFG ↓ Automedicação Polifarmacoterapia Alterações gastrintestinais 98 P ro f. A n ic e t O k in g a ↓Proteínas totais ↓Proteínas plasmáticas FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Potencialização do efeito dos fármacos ↓Taxa de Biotransformação dos fármacos PTN plasmática + Fármaco ↓ Clearance Desnutrição protéico- calórica PTN plasmática - Fármaco 99 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Acúmulo excessivo de fármacos lipossolúveis no tecido adiposo Obesidade ↓ Clearance dos fármacos ↑Risco de Toxicidade 100 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Alterações do TGI Vômito Diarréia Hipocloridria Atrofia da mucosa Alteração da motilidade Má absorção Alteram a biodisponibilidade do fármaco Interações do tipo I ou bioinativação ex-vivo (Físico-químicas): hidrólise, oxidação, neutralização, precipitação e formação de Complexos. Interações do tipo II: afetam a absorção de medicamentos e nutrientes administrados via oral ou enteral, causando aumento ou diminuição da biodisponibilidade tipo A : modificação das funções de uma enzima. tipo B: modificação do mecanismo de transporte ativo presistêmico. tipo C: formação de complexos e /ou processos de desativação no trato gastrintestinal. FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES P ro f. A n ic e t O k in g a 101 As interações entre nutrientes e fármacos podem alterar a disponibilidade, a ação ou a toxicidade de uma dessas substâncias ou de ambas. 4 tipos de interações 102 P ro f. A n ic e t O k in g a Interações do tipo III: alterações na distribuição celular ou tecidual, metabolismo sistêmico ou transporte, ou ainda entrada do medicamento ou nutriente em órgão/tecido específico. Interações do tipo IV: afetam a eliminação ou depuração de drogas ou nutrientes, o que pode envolver a modulação, antagonismo ou impedimento da eliminação renal ou êntero-hepática. 103 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES NATUREZA DAS INTERAÇÕES Nutrientes Absorção de fármacos influenciar no processo de podem alterar o processo de Biotransformação de algumas substâncias Fármacos podem afetar Estado nutricional in te rf e re P ro f. A n ic e t O k in g a 104 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos que afetam o estado nutricional FÁRMACOS QUE AFETAM O PALADAR Agentes farmacológicos Efeitos Amitriptilina (antidepressivo tricíclico) Xerostomia, paladar metálico e boca amarga Claritromicina (antibiótico) Paladar amargo Metronidazol (antibiótico) Paladar metálico Penicilamina (quelante de metais e antireumático) Dis/hipogeusia (deficiência de Zn); paladar metálico Captopril (antihipertensivo) Gosto metálico ou salgado e perda da sensação do paladar P ro f. A n ic e t O k in g a 105 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos que afetam o estado nutricional FÁRMACOS QUE REDUZEM A INGESTÃO ALIMENTAR Agentes farmacológicos Metilfenidato Sibutramina Furosemida Carbonato de lítio codeína metadona ISRS Cocaína P ro f. A n ic e t O k in g a 106 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos que afetam o estado nutricional FÁRMACOS QUE AUMENTAM A INGESTÃO ALIMENTAR Agentes farmacológicos Esteróides anabolizantes Antihistamínicos H1 de primeira geração Amitriptilina, Imipramina, nortriptilina (ADT) Olanzapina, clozapina (antipsicóticos) Prednisona Maconha (mas, uso a longo prazo ↓ o apetite e peso) P ro f. A n ic e t O k in g a 107 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos que afetam o estado nutricional FÁRMACOS QUE AFETAM A OFERTA CALÓRICA Agentes farmacológicos Propofol: sua fórmula é composta de 10% de óleo de soja (1,1 Kcal/ml). Posologia de manutenção: 4-12 mg/kg/h → mais de 1000 Kcal dependendo do peso do paciente. P ro f. A n ic e t O k in g a 108 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos que afetam o estado nutricional FÁRMACOS QUE AFETAM A MUCOSA ORAL Agentes farmacológicos Efeitos Agentes antineoplásicos (aldesleucina; paclitaxel; carboplatina) Mucosite grave Anticolinérgicos (antihistamínicos; antidepressivos tricíclicos; antiespasmódicos) Xerostomia, cárie, perda de dentes, doença gengival; estomatite; glossite. 109 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Na absorção De forma geral, as interações entre droga- nutrientes na absorção são muito comuns, dependendo de alguns fatores: • dosagem da droga; • tipo e quantidade do alimento; • tempo de trânsito gastrintestinal; • presença de enfermidade ou desnutrição. P ro f. A n ic e t O k in g a 110 Exemplos de fármacos que afetam a absorção de nutrientes P ro f. A n ic e t O k in g a 111 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos com a absorção afetada por alimentos Ampicilina Aspirina Captopril Etanol Penicilinas Tetraciclinas warfarina Paracetamol Aspirina Cefalosporinas Sulfonamidas Digoxina Indoprofeno valproato Clorpropamida Etambutol Oxazepam Fenazona Propoxifeno tolbutamida Carbamazepina Diazepam Dicumarol Griseofulvina Metoprolol propranolol Grande alteração dos efeitos e da biodisponibilidade oral! Efeitos do alimento na absorção digestiva Reduzida tardia inalterada aumentada P ro f. A n ic e t O k in g a 112 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Na distribuição De forma geral, as drogas são transportadas na corrente sanguínea através de proteínas plasmáticas, por exemplo, a albumina. altera a farmacocinética do fármaco Desnutrição ou enfermidade hepática ↓ [albumina]p Dieta hiperlipídica: altera a ligação do fármaco à albumina P ro f. A n ic e t O k in g a 113 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES No Metabolismo Uma dieta rica em proteínas e pobre em carboidratos aumenta a taxa de metabolização de um grande número de fármacos, Uma dieta hipoprotéica e hiperglicídica diminui esta metabolização. Deficiências de proteínas, lipídios, ácido ascórbico, vitaminas A e E, cobre, cálcio, ferro, zinco → leva a uma metabolizaçãomais lenta. manipulação nutricional: Crianças asmáticas, por exemplo, tratadas com a teofilina (broncodilatador) têm menos episódios de respiração dificultosa nas dietas com baixa quantidade de proteínas porque assim a teofilina é metabolizada mais lentamente, permanecendo por mais tempo na circulação. P ro f. A n ic e t O k in g a 114 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos que afetam o Metabolismo de nutrientes P ro f. A n ic e t O k in g a 115 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos que afetam o Metabolismo de nutrientes P ro f. A n ic e t O k in g a 116 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos que afetam o Metabolismo de nutrientes Interação IMAO e Tiramina: IMAO Inibidor da Monoaminaoxidase: Antidepressivo: Tranilcipromina (Parnate®) Fonte: Youdin e Weinstock (2004). 117 P ro f. A n ic e t O k in g a Adaptado de Reis (2011). Ocorrência de Tiramina em alimentos FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES P ro f. A n ic e t O k in g a 118 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos que afetam o Metabolismo de nutrientes Interação IMAO e Tiramina: P ro f. A n ic e t O k in g a 119 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Na Excreção Exemplos de fármacos que alteram a excreção de nutrientes P ro f. A n ic e t O k in g a 120 FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Exemplos de fármacos que alteram a excreção de nutrientes 121 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Relação dos alimentos que interferem no pH 122 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Interações Anticoagulantes Cumarínicos/Alimentos ricos em Vitamina K: 123 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Interações Anticoagulantes Cumarínicos/Alimentos ricos em Vitamina K: 124 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Interação Fármacos – “Grapefruit” (suco de toranja) 125 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Efeitos da ingestão de fármacos em concomitância com álcool. Parte da cafeína é convertida em teofilina com aumento da sua concentração, ocorrendo saturação enzimática e prejudicando etapas de biotransformação e eliminação Teofilina Café, chá, outras bebidas contendo cafeína Ingestão moderada de cafeína P ro f. A n ic e t O k in g a 126 Fármacos Alimentos/Nutrientes Mecanismos/Efeitos Recomendações 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Interação Fármacos – Teofilina e cafeína FARMACOLOGIA 127 P ro f. A n ic e t O k in g a P ro f. A n ic e t O k in g a 128 Interação droga nutriente na Terapia nutricional enteral FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES Interações físicas e farmacêuticas P ro f. A n ic e t O k in g a 129 Interações fisiológicas Interação droga nutriente na Terapia nutricional enteral FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES P ro f. A n ic e t O k in g a 130 Interação na Terapia Nutricional Interação droga nutriente na Terapia nutricional enteral FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES P ro f. A n ic e t O k in g a 131 Interação na Terapia Nutricional Interação droga nutriente na Terapia nutricional enteral FARMACOLOGIA 4- INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES 132 P ro f. A n ic e t O k in g a Medicamentos redutores de lipídeos de acordo com o mecanismo principal de ação Aumentam a depuração da LDL (mediada por receptores) Reduzem a síntese/ secreção de lipoproteínas Alteram o metabolismo intravascular Sequestradores de ácidos biliares, inibidores da HMG-CoA redutase Ácido nicotínico, óleos de peixe (ácidos graxos ômega-3) Derivados do ácido fíbrico FARMACOLOGIA 5- Fármacos de interesse nas Ciências Nutricionais 133 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 5- Fármacos de interesse nas Ciências Nutricionais • Estatinas (hipolipemiantes; hipocolesterolemiante) Medicamentos de escolha para se reduzir o LDL- C em adultos. Deve-se usar a dose necessária ao alcance da meta terapêutica, respeitando-se a ocorrência de efeitos indesejáveis • Fibratos (hipolipemiantes; hipocolesterolemiante) Indicados no tratamento da hipertrigliceridemia endógena quando houver falha na mundança do estilo de vida ou quando esta for muito elevada (>500mg/dL). 134 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA Estatinas – Mecanismo de Ação 135 P ro f. A n ic e t O k in g a Lovastatina (lovasterol®, Lovaston®, Lovax®) e sinvastatina (Androlip®, Lipotex®, sinvastatin®, vaslip®, zocor®) são pró-fármacos inativos sendo hidrolisados no trato gastrintestinal aos derivados beta-hidroxila ativos. Atorvastatina (citalor®, Lipitor®), fluvastatina (Fluvastat®, Lescol®, Lescol XL®) e a rosuvastatina (Crestor®, Vivacor®) são congêneres que contêm flúor e são ativos quando administrados. Medicamentos Tempo recomendado para medir a eficácia Estatinas 4-6 semanas Reavaliação entre 6 - 12 meses Estatinas FARMACOLOGIA 136 P ro f. A n ic e t O k in g a Estatinas FARMACOLOGIA Medicamento Inicial Normal Máximo Comentário Sinvastatina 20 mg 20-40 mg 80 mg A administração com alimentos reduz a dispepsia Pravastatina 10 mg 10-20 mg 40 mg A administração com alimentos reduz a dispepsia Lovastatina 20 mg no jantar 20-40 mg no jantar 40 mg 2x/d A administração com comidas aumenta a biodisponibilidade Fluvastatina 20-40 mg 20-40 mg 40 mg 2x/d Atorvastatina 10 mg 10-20 mg 80 mg Administrar em qualquer hora 137 P ro f. A n ic e t O k in g a Os Fibratos aumentam a atividade da lipase lipoprotéica, reduzindo os níveis de Triglicerídeos e VLDL ao aumentar sua eliminação FARMACOLOGIA Fibratos – Mecanismo de Ação 138 P ro f. A n ic e t O k in g a Medicamento Inicial Normal Máximo Comentário Genfibrozila (Lopid®) 600 mg 2x/d 600 mg 2x/d 600 mg 2x/d Fenofibrato (Lipanon®; Lipidil®) 160 mg /d 100 mg 2x/d 300mg/d Medicamentos Tempo recomendado para medir a eficácia Fibratos 4-6 semanas Reavaliação em 3 meses FARMACOLOGIA Fibratos 139 P ro f. A n ic e t O k in g a Medicamento Contra-indicações e precauções Interações Genfibrozila Insuficiência hepática e renal Litíase biliar Gravidez Amamentação Crianças Risco de rabdomiólise: estatinas, ciclosporina, Aumento das concentrações séricas: hipoglicemiantes orais, warfarina Medicamentos Efeitos adversos Fibratos Náuseas, dor abdominal, diarréia, erupção cutânea,miopatia, alterações hepáticas, litíase biliar. FARMACOLOGIA Fibratos 140 P ro f. A n ic e t O k in g a Capturam o colesterol no lúmen intestinal diminuindo sua absorção e interrompendo a circulação êntero-hepática; Não reduzem a absorção dos triglicerídeos podendo aumentá-la, sobretudo em pacientes com hipertrigliceridemia; Reduzem o LDL-c de forma dose-dependente. Colestiramina (Questran Light ®) FARMACOLOGIA Resinas de troca iônica (sequestradores de ácidos biliares) 141 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA SAB – Mecanismo de Ação 142 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA Resinas de troca iônica Medicamento Inicial Normal Máximo Comentário Colestiramina 4 g antes da comida principal 4 g 2x/d (antes de comidas mais consistentes) 8 g 2x (antes das comidas mais consistentes) Pode-se prescrever até 24 g/d, porém poucos pacientes toleram tal dose. Medicamentos Tempo recomendado para medir a eficácia Resinas de troca iônica 4-8 semanas Reavaliação em 3 meses Inibidor das lipases intestinais. Atua ligando-se covalentemente aos sítios catalíticos das lipases gástrica e pancreática. Diminui a absorção de triglicerídeos ingeridos em 30% Dose recomendada de 360 mg/dia Orlistat FARMACOLOGIA P ro f. A n ic e t O k in g a 143 144 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA 5- Fármacos de interesse nas Ciências Nutricionais • Anorexígenos (inibidores do apetite; supressores do apetite) •Anabolizantes 145 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA Anorexígenos 146 P ro f. A n ic e t O k in g a Brasil é maior consumidor de anfetamina (Folha de S.Paulo, 02.03.06) FARMACOLOGIA Anorexígenos Doses diárias por mil habitantes Período (anos) 6,97 1993-1995 2,57 1997-1999 9,1 2002-2004 147 P ro f. A n ic e t O k in g a Os fármacos anorexígenos podem causar dependência química, insônia, irritabilidade, taquicardia e hipertensão arterial, além de estar relacionadas à incidência de depressão, crises de ansiedade e pânico FARMACOLOGIA Anorexígenos 148 P ro f. A n ic e t O k in g a “Os supressores do apetite de ação no sistema nervoso central não têm real valor no tratamento da obesidade uma vez que não melhoram a perspectiva de tratamento a longo prazo. Eles são simpaticomiméticos e a maioria tem intenso efeito estimulante para o sistema nervoso central.” • VIGOREXIA Transtorno psiquiátrico caracterizado pelo culto ao corpo, com uma obsessão por torná-lo musculoso, nunca se satisfazendo com o estado alcançado (Transtorno dismórfico corporal, presente também nos anoréxicos) FARMACOLOGIA Anabolizantes P ro f. A n ic e t O k in g a 149 O QUE SÃO ANABOLIZANTES ? Os androgênios fazem parte de um grupo de hormônios pertencentes a uma categoria bioquímica mais ampla: os esteróides (os glicocorticóides, mineralocorticóides, estrogênios e progestogênios) que apresentam em comum a estrutura molecular básica derivada do colesterol. FARMACOLOGIA Anabolizantes P ro f. A n ic e t O k in g a 150 A busca de resultados mais rápidos, não somente leva à prática de excesso de exercícios como ao uso indiscriminado de hormônios sintéticos FARMACOLOGIA Anabolizantes P ro f. A n ic e t O k in g a 151 FARMACOLOGIA Anabolizantes P ro f. A n ic e t O k in g a 152 ALGUMAS COMPLICAÇÕES • Nos tendões, ossos e ligamentos • Impotência sexual • Danos renais e hepáticos (cirrose e câncer) • Risco aumentado de AVC • Virilização em mulheres • Ginecomastia e atrofia dos testículos em homens • Depressão FARMACOLOGIA Anabolizantes P ro f. A n ic e t O k in g a 153 FARMACOLOGIA 5- Fármacos de interesse nas Ciências Nutricionais HIPOGLICEMIANTES ORAIS • São fármacos que tem a finalidade de baixar a glicemia e mantê-la normal (jejum 100 mg/dl e pós-prandial 140 mg/dl) • Estimulam a secreção de insulina (sulfoniluréias e glinidas) clorpropamida (Diabinese), glibenclamida (Daonil); repaglinida, nateglinida • Reduzem a absorção de glicídios (inibidores das alfa- glicosidases) acarbose • Diminuem a produção hepática de glicose (glitazonas) rosiglitazona, pioglitazona • Nova classe: aumentam a secreção de insulina apenas no estado de hiperglicemia (inibidores da enzima dipeptidilpeptidase IV) sitagliptina (Januvia), vildagliptina P ro f. A n ic e t O k in g a 154 1 5 5 LOCAIS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ORAIS Retardam a absorção de carboidratos Reduz Hiperglicemia Estimulam a secreção alterada de insulina Reduzem a resistência periférica à insulina Reduzem a produção excessiva de glicose no fígado DeFronzo RA. Ann Intern Med 1999; 131:283-303 P ro f. A n ic e t O k in g a AS GERAÇÕES DE SULFONILURÉIAS *Goldberg et al. (Diabetes Care 19:849-56,1996) GERAÇÃO PRINCÍPIO ATIVO NOME COMERCIAL PRIMEIRA GERAÇÃO Clorpropamida Diabinese® Acetohexamida Dymelor ® Tolazanida Tolinase ® Tolbutamida Rastinon ® SEGUNDA GERAÇÃO Glibenclamida (Gliburida) Daonil ® Glipizida Minidiab ®, Glucotrol ® Gliclazida Diamicron ® ÚLTIMA GERAÇÃO* Glimepirida Amaryl ® FARMACOLOGIA Hipoglicemiantes orais P ro f. A n ic e t O k in g a 156 157 P ro f. A n ic e t O k in g a Secretagogos de insulina: metiglinidas Constituem uma nova classe de secretagogos de insulina repaglinida, primeiro membro do grupo, foi aprovada para uso clínico pelo FDA em 1998 repaglinida FARMACOLOGIA Hipoglicemiantes orais 158 P ro f. A n ic e t O k in g a Biguanidas Mecanismos de ação propostos: - estimulação direto da glicólise nos tecidos, com aumento da remoção de glicose do sangue - redução da gliconeogênese hepática - redução da absorção de glicose pelo trato gastrintestinal - redução dos níveis plasmáticos de glucagon FARMACOLOGIA Metformina (Glifage) fenformina buformina Hipoglicemiantes orais 159 P ro f. A n ic e t O k in g a Glitazonas Grupo de fármacos antidiabéticos orais recentemente introduzidos na clínica, que aumentam a sensibilidade dos tecidos-alvo à insulina Mecanismo de ação não é bem estabelecido: Parecem exercer uma atividade aguda de mimetismo da insulina pós- receptora, bem como efeitos crônicos sobre a transcrição de genes envolvidos no metabolismo - diminuem a resistência à insulina - limitam a gliconeogênese hepática pioglitazona rosiglitazona tioglitazona FARMACOLOGIA Hipoglicemiantes orais 160 P ro f. A n ic e t O k in g a Inibidores da -glicosidase acarbose Não absorvível Bloqueia a absorção de amido, sacarose e maltose Administrada pouco antes das refeições Efeitos adversos: distúrbios gastrintestinais FARMACOLOGIA Hipoglicemiantes orais 161 P ro f. A n ic e t O kin g a Hipoglicemiantes orais 162 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA Pró-cinéticos 163 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA Pró-cinéticos 164 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA Anti-eméticos 165 P ro f. A n ic e t O k in g a FARMACOLOGIA Anti-eméticos
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