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TEORIAS DA PENA - TRABALHO

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TEORIAS DA PENA
FERNANDA DA SILVA WEECK
O estudo tem como finalidade, conhecer as teorias oficiais de reação à criminalidade e entender qual delas é aplicada em nosso ordenamento jurídico.
TEORIA ABSOLUTA
A pena da teoria absoluta, também conhecida como teoria retributiva, trata-se de uma forma de retribuição ao criminoso pela conduta ilícita realizada. A pena nada mais consiste na retribuição do mal injusto, praticado pelo criminoso, pelo mal justo previsto em nosso ordenamento jurídico. Este é meio de o condenado entender que está sendo penalizado em razão de seu desrespeito para com as normas jurídicas e para com seus iguais.
Isto não é uma forma de reparar o dano causado pelo delito, e sim, uma forma de castiga, punir e retribuir ao mesmo a falta de atenção com as normas legais e o desrespeito com a sociedade.
Portanto, constata-se que a teoria absoluta ou retributiva tem como único intuito punir o condenado, retribuir o mal causado, com outro mal consistente na aplicação da pena, deixando o mesmo aprisionado, para que este usufrua das conseqüências de seu crime.
TEORIA RELATIVA
As teorias relativas da pena são aquelas teorias que atribuem à pena a capacidade e a missão de evitar que no futuro se cometam delitos. A pena possui fim prático de prevenção geral e prevenção especial.
A teoria da prevenção especial apresenta a pena com a finalidade de evitar que o homem, que delinquiu volte a cometer outro crime; sendo o oposto da prevenção geral, que intimida o ambiente social (as pessoas não delinquem porque tem medo de receber punição). Segundo Feuerbach, a pena tem como finalidade gerar uma perfeita harmonia na sociedade, de um lado estariam os motivos para praticar os crimes e de outro o mal que a pena causaria ao delinquente, importando numa razão com força suficiente para a prevenção, pois os indivíduos controlariam suas tendências criminosas ao ter ciência de que sofreriam danos maiores.
TEORIA RESSOCIALIZADORA
A teoria ressocializadora da pena dirige-se unicamente ao delinquente com a finalidade de que não volte a delinquir. A finalidade da pena está na reeducação do delinquente desde que não atente contra o desenvolvimento da livre personalidade, pois a autonomia da pessoa deve ser respeitada inclusive na execução da pena.
Esta teoria vem de uma escola que prega pela defesa social, fundada na ideia de que a sociedade apenas é defendida à medida que se proporciona uma readaptação social do criminoso na própria sociedade.
TEORIA MISTA, UNIFICADORA OU ECLÉTICA
Esta teoria procura agregar vários pontos de vista das demais teorias, ela sugere que a pena deve servir para desmotivar as pessoas ao cometimento de crimes, e também deve intimidar o já criminoso a não mais delinquir.
Sua penalidade resulta exclusivamente da teoria absoluta, tendo em vista que seu intuito é devolver ao delinquente o mal causado à sociedade e ao sujeito passivo do delito, indicando ao mesmo que se cometer algum crime será igualmente lesado pelo mal causado e pelo seu desrespeito para com o ordenamento jurídico e a sociedade.
Enquanto que sua prevenção dá-se da teoria relativa da pena, pois é uma forma de evitar a realização de novas condutas tipificadas criminalmente, para alguns autores é também uma forma de ressocializar o condenado, e ainda prevenir que este volte a delinquir (prevenção especifica), e para que os outros cidadãos tenham receio em cometer algum ilícito (prevenção geral).
CONCLUSÃO
Portanto, observa-se que a pena objetiva de punir o condenado, devolvendo a este o mal causado em conseqüência de seu delito e, ao mesmo tempo a pena objetiva de prevenção de novas condutas delituosas, fazendo com que o criminoso não realize novas condutas ilícitas e, bem como, que a própria sociedade tenha receio em desobedecer à legislação penal, conclui-se que mesmo havendo as quatro teorias de penas indicadas, a adotada em nosso ordenamento jurídico é a teoria mista, também chamada de unificadora ou eclética.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas . Trad. De Flório de angelis. Bauru, Edipro, 1997.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral. 11.ed. São Paulo: Saraiva, 2007. v.1.
SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito Penal: parte geral. 21. ed. Curitiba: Lumen Juris, 2006.
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,teorias-justificadoras-da-pena,43881.html
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7815

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