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www.cers.com.br OAB XX EXAME DE ORDEM Direito do Trabalho - Aula 03 Rafael Tonassi 1 Art. 192, CLT - O exercício de trabalho em condi- ções insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segun- do se classifiquem nos graus máximo, médio e mí- nimo. Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, im- pliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resul- tantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. § 3º Serão descontados ou compensados do adici- onal outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coleti- vo. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) § 4 o São também consideradas perigosas as ativi- dades de trabalhador em motocicleta. § 3º Serão descontados ou compensados do adici- onal outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coleti- vo. § 4 o São também consideradas perigosas as ativi- dades de trabalhador em motocicleta. Art. 195, CLT - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as nor- mas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenhei- ro do Trabalho, registrados no Ministério do Traba- lho. § 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. § 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosi- dade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não hou- ver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. § 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Tra- balho, nem a realização ex officio da perícia. OJ 278 (SDI-1) - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO. DJ 11.08.03. A realização de perícia é obrigatória para a verifica- ção de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da em- presa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova. Súmula 39 - Empregado - Bomba de Gasolina - Adicional de Periculosidade Os empregados que operam em bomba de gasolina tem direito ao adicional de periculosidade Súmula 293, TST - ADICIONAL DE INSALUBRI- DADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DI- VERSO DO APONTADO NA INICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A verificação mediante perícia de prestação de ser- viços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não preju- dica o pedido de adicional de insalubridade. Súmula 364, TST - ADICIONAL DE PERICULOSI- DADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (cancelado o item II e dada nova redação ao item I) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011. Tem direito ao adicional de periculosidade o empre- gado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevi- do, apenas, quando o contato dá-se de forma even- tual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003). SUM-80 A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. SUM-289 O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do paga- mento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe to- mar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relati- vas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. Súmula nº 447 do TST Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do www.cers.com.br OAB XX EXAME DE ORDEM Direito do Trabalho - Aula 03 Rafael Tonassi 2 abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE. Súmula nº 448 do TST I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação ofici- al elaborada pelo Ministério do Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respec- tiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, inci- dindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrializa- ção de lixo urbano. OJ 278 SDI -1. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO A realização de perícia é obrigatória para a verifica- ção de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da em- presa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova. Súmula nº 453 do TST O pagamento de adicional de periculosidade efetu- ado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontrover- sa a existência do trabalho em condições perigo- sas. OJ173 SDI - 1. I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar . II – Tem direito ao adicional de insalubridade o tra- balhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambi- ente externo com carga solar, nas condições previs- tas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE. Súmula 47, TST - INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circuns- tância, o direito à percepção do respectivo adicional. Art. 158, CLT - Cabe aos empregados: I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dis- positivos deste Capítulo. Parágrafo único - Constitui ato faltoso do emprega- do a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.Súmula 372, TST - GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDUÇÃO. LIMITES (conversão das Orientações Jurisprudenciais nos 45 e 303 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005. I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. (ex-OJ nº 45 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996). II - Mantido o empregado no exercício da função comissionada, não pode o empregador reduzir o valor da gratificação. (ex-OJ nº 303 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003). Art. 7º, CRFB/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à me- lhoria de sua condição social: (...) XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. Súmula 228, TST - ADICIONAL DE INSALUBRI- DADE. BASE DE CÁLCULO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno em 26.06.2008) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008. A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. OBS: O STF, na Reclamação nº 6.266-0, deferiu a medida liminar para suspender a aplicação desta Súmula na parte em que permite a utilização do salário básico para calcular o adicional de insalubri- dade. Art. 482, CLT - Constituem justa causa para resci- são do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; www.cers.com.br OAB XX EXAME DE ORDEM Direito do Trabalho - Aula 03 Rafael Tonassi 3 d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da exe- cução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; Súmula 32, TST - ABANDONO DE EMPREGO (no- va redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Presume-se o abandono de emprego se o trabalha- dor não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. OJ 199 (SDI-1) - JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO . É nulo o contrato de trabalho celebrado para o de- sempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamen- te comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. Art. 158, CLT - Cabe aos empregados: Parágrafo único - Constitui ato faltoso do emprega- do a recusa injustificada: b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa Art. 29, CLT - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admi- tir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, me- cânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. § 4 o - É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. Art. 483, CLT - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas for- ças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superio- res hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do con- trato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, pró- pria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. § 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço. § 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. § 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indeniza- ções, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. Art. 484, CLT - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empre- gador, por metade. Súmula 14, TST- CULPA RECÍPROCA (nova reda- ção) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do con- trato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Art. 502, CLT - Ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da empresa, ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o emprega- do, é assegurada a este, quando despedido, uma indenização na forma seguinte: (...) II - não tendo direito à estabilidade, metade da que seria devida em caso de rescisão sem justa causa. Art. 486, CLT - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autori- dade municipal, estadual ou federal, ou pela pro- mulgação de lei ou resolução que impossibilite a www.cers.com.br OAB XX EXAME DE ORDEM Direito do Trabalho - Aula 03 Rafael Tonassi 4 continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo res- ponsável. § 1º - Sempre que o empregador invocar em sua defesa o preceito do presente artigo, o tribunal do trabalho competente notificará a pessoa de direito público apontada como responsável pela paralisa- ção do trabalho, para que, no prazo de 30 (trinta) dias, alegue o que entender devido, passando a figurar no processo como chamada à autoria. § 2º - Sempre que a parte interessada, firmada em documento hábil, invocar defesa baseada na dispo- sição deste artigo e indicar qual o juiz competente, será ouvida a parte contrária, para, dentro de 3 (três) dias, falar sobre essa alegação. § 3º - Verificada qual a autoridade responsável, a Junta de Conciliação ou Juiz dar-se-á por incompe- tente, remetendo os autos ao Juiz Privativo da Fa- zenda, perante o qual correrá o feito nostermos previstos no processo comum. Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de traba- lho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pa- gar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cin- qüenta por cento. Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa § 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deve- rá ser efetuado nos seguintes prazos: a) até o primeiro dia útil imediato ao término do con- trato; ou b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumpri- mento. § 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de varia- ção do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.
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