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TRABALHO DISSÍDIOS COLETIVOS

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FACULDADE DE PALMAS – FAPAL
CURSO DE DIREITO
TURMA: DR9A57
MAYRA BEATRIZ DE JESUS DIAS
(Matrícula 01570001859)
ANA CAROLINE DIAS
(Matrícula 01570004791)
EXECUÇÃO DO TRABALHO
Dissídios Coletivos
PALMAS − TO
MAIO - 2018
DISSÍDIOS COLETIVOS
1. CONCEITO E classificação:
De acordo com Carlos Henrique Bezerra, dissídio coletivo é uma espécie de ação coletiva conferida a determinados entes coletivos, geralmente os sindicatos, para a defesa dos interesses cujos titulares materiais não são pessoas individualmente consideradas, mas sim grupos ou categorias econômicas, profissionais ou diferenciadas, visando à criação ou interpretação de normas que irão incidir no âmbito dessas mesmas categorias.
As entidades de classe (sindicatos, federações e confederações) e as empresas (ou seus sindicatos), normalmente, negociam regras relativas ao trabalhador representado pela entidade.
Quando eles conseguem chegar a um acordo, é estabelecida a Convenção Coletiva de Trabalho ou o Acordo Coletivo de Trabalho, que em geral define salários, adicionais, estabilidade e outros direitos. Eles têm prazo de duração estabelecido pelas partes, mas podem durar no máximo 2 anos.
O dissídio coletivo é instaurado quando não ocorre um acordo na negociação direta entre trabalhadores ou sindicatos e empregadores. Ausente o acordo, os representantes das classes trabalhadoras ingressam com uma ação na Justiça do Trabalho.
O dissídio é, portanto, uma forma de solução de conflitos coletivos de trabalho. Por meio dele, o Poder Judiciário resolve o conflito entre os empregadores e os representantes de grupo/categoria dos trabalhadores.
Ele existe, assim, para conferir à Justiça do Trabalho a responsabilidade de solucionar um conflito ao criar normas e condições de trabalho que regularão a relação trabalhista entre as partes. Essas novas normas devem respeitar as disposições mínimas da lei que protegem o trabalho e as condições convencionadas anteriormente. A decisão do dissídio criará uma norma jurídica eficaz para empregadores e trabalhadores ou empregados, e tem o nome de sentença normativa.
Os dissídios coletivos podem ser classificados em dissídios coletivos de natureza econômica ou de interesse e dissídio coletivo de natureza jurídica ou de direito.
- Os dissídios coletivos de natureza econômica ou de interesse são aqueles em que os empregados reivindicam melhores condições de trabalho, sobretudo, no que concerne à melhora de seus salários. Estes dissídios objetivam a criação ou alteração de normas jurídicas, criando, modificando ou extinguindo uma situação de trabalho. Ao contrário do dissídio jurídico, em que apenas se interpreta uma norma, o dissídio econômico cria, altera ou extingue uma situação.
- Os dissídios coletivos de natureza jurídica ou de direito ocorrem quando há divergência acerca da interpretação ou aplicação de determinada norma jurídica. Estes dissídios não objetivam a criação ou alteração de normas jurídicas, mas tão somente declarar o sentido, a aplicação ou a interpretação de uma norma já existente. Seja ela legal, costumeira, ou proveniente de acordo, convenção ou sentença normativa.
Os dissídios coletivos podem ainda ser: 
a) de extensão, que objetiva estender a todos os trabalhadores da mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal prolator da decisão, as condições de trabalho estabelecidas em sentença normativa, conforme estabelecem os artigos 868 a 871 da CLT.
b) de revisão, quando se objetiva rever normas e condições trabalho que tenham se tornadas injustas ou ineficazes frente à modificação das circunstâncias que a ditaram, geralmente em função de um fato superveniente, conforme estabelecem os artigos 873 a 875 da CLT.
c) originários, ocorrem quando não há em vigor normas e condições especiais de trabalho decretadas por sentença normativa ou acordo ou convenção coletiva de trabalho, conforme estabelece o artigo 867 da CLT.
d) de greve, que busca a declaração sobre a abusividade ou não do movimento grevista e a instituição de novos direitos, caso a greve seja considerada legal. A OJ n° 10 d SDC/TRT diz que a greve é o instrumento de pressão máximo à disposição do empregado e é utilizado para buscar a criação de melhores condições de trabalho, pressionando o empregador a negociar ou buscando a instituição daquelas condições por intermédio dos tribunais trabalhistas.
2. LEGITIMAÇÃO
Quem instaura o dissídio coletivo é chamado de suscitante. O legitimado passivamente é o suscitado. Normalmente, os suscitantes e os suscitados são as categorias econômicas e profissionais, sendo que se não existir sindicato que represente determinada categoria, poderá ser instaurado pela federação ou, na sua falta, pela confederação sindical.
Podem suscitar o dissídio tanto os sindicatos das categorias econômicas quanto as empresas isoladamente.
O Artigo 856 da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) prega que a instância será instaurada mediante representação escrita ao presidente do Tribunal e pode ser também por iniciativa do próprio presidente ou a requerimento da Procuradoria da Justiça do Trabalho, quando houver suspensão das atividades laborais.
Entretanto, a maior parte da doutrina entende que o referido artigo não foi recepcionado nesta parte, onde confere legitimidade ao Presidente do Tribunal, pois o Art. 114, parágrafo 2, da Constituição Federal, faculta somente às partes, de comum acordo, a legitimação para instaurar o dissídio.
O dissidio pode ser instaurado, ainda, pelo Ministério Público do Trabalho, em caso de greve em atividade essencial à população, pois há aí um perigo de lesão aos interesses da coletividade.
3. DOS RECURSOS
Os recursos cabíveis dependem da competência para o julgamento do dissídio coletivo, que pode ser do TRT ou TST.
Em dissídios coletivos de competência originária do TRT contra a sentença normativa poderá ser interposto o Recurso Ordinário, conforme Art. 895, II da CLT, pois sabe-se que o recurso não cabe apenas sentença, mas também acórdão proferido pelos TRT’s em ações de competência originária. Assim, da sentença normativa do TRT, que é um acórdão daquele tribunal, poderá ser interposto o Recursos Ordinário no prazo de 8 dias, e será jugado pelo TST. Excepcionalmente poderá ser atribuído efeito suspensivo a este recurso, através de pedido formulado ao Presidente do TST, conforme previsto na Lei n° 10.192/2001, Art. 14.
Já em dissídios coletivos de competência originária do TST, na hipótese, caberá à Seção de Dissídios Coletivos, órgão do TST especializado no julgamento da referida ação, proferir a sentença normativa, que poderá ser impugnada pelos seguintes recursos:
- Embargos Infringentes: caso a sentença normativa seja não unânime, conforme Art. 894, I, alínea ‘a’ da CLT, no prazo de 8 dias, julgados pela própria SDC.
- Embargos de Declaração: na hipótese de haver qualquer um dos vícios constantes no Art. 897-A da CLT, a saber: omissão, obscuridade e contradição, no prazo de 8 dias.
- Recurso Extraordinário: havendo ofensa à Constituição Federal, nos termos do Art. 102, III, por ser uma decisão de última instância, por não caber qualquer outro recurso dirigido ao próprio TST.
4. AÇÃO DE CUMPRIMENTO
É corrente o entendimento que a decisão proferida em sede de um dissídio coletivo não enseja uma sentença de natureza condenatória, mas sim, de natureza constitutiva, no qual são estabelecidas normas e condições de trabalho.
Desta forma, defende a maioria da doutrina que a sentença normativa, não tendo natureza condenatória, não poderá ser executada da forma convencional, devendo ter o seu cumprimento exigido perante o Poder Judiciário através de uma ação denominada "Ação de Cumprimento".
Assim, não se engane, o meio próprio e eficaz para o cumprimento de uma sentença normativa ou acordo judicial é a Ação de Cumprimento.
Conforme estabelece expressamente o disposto no parágrafo único do artigo 872 da CLT, "deixando o empregador de satisfazer o pagamento de salário, na conformidadeda decisão normativa, poderá ser ajuizada ação de cumprimento".
Art. 872- Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a decisão, seguir-se-á o seu cumprimento, sob as penas estabelecidas neste Título.
Parágrafo único - Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de salários, na conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus sindicatos, independentes de outorga de poderes de seus associados, juntando certidão de tal decisão, apresentar reclamação à Junta ou Juízo competente, observado o processo previsto no Capítulo II deste Título, sendo vedado, porém, questionar sobre a matéria de fato e de direito já apreciada na decisão.
É importante considerar, entretanto, que embora a CLT trate especificamente da hipótese do ajuizamento da ação de cumprimento para o caso do descumprimento da sentença normativa no que se refere ao pagamento de salários, por autorização da lei 7.701/88 que estabelece normas para a sentença normativa, o objeto da Ação de Cumprimento não se restringe somente a esta hipótese, mas sim, ao descumprimento da sentença normativa como um todo.
A ação de cumprimento poderá ser proposta:
a) a partir do 20º dia subsequente ao julgamento proferido pelo TRT e terá como base o acórdão ou certidão de julgamento, salvo no caso de concessão de efeito suspensivo;
b) a partir da publicação da certidão de julgamento, nos dissídios coletivos de natureza econômica ou jurídica de competência originária da SDC do TST.
Note-se que não é necessário que haja o trânsito em julgado de decisão normativa para ajuizar ação de cumprimento.
Neste sentido, estabelece a súmula 246 Egrégio TST que, salvo no caso de efeito suspensivo, não é necessário se aguardar o trânsito em julgado de uma sentença normativa para se ingressar com a ação de cumprimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
OAB Primeira Fase: Volume Único / Pedro Lenza. 3ª edição. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018. (Coleção esquematizado / coordenador Pedro Lenza)
DISSÍDIO COLETIVO. Disponível em: http://chcadvocacia.adv.br/blog/dissidio-coletivo/ . Acesso em 05 de maio de 2018.
CLASSIFICAÇÃO DOS DISSÍDIOS COLETIVOS. Disponível em: https://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=988&id_titulo=11843&pagina=12 . Acesso em 05 de maio de 2018.
LEGITIMIDADE DOS DISSÍDIOS COLETIVOS. Disponível em: https://gislainerg.jusbrasil.com.br/artigos/148478453/as-acoes-de-dissidio-coletivo-na-justica-do-trabalho . Acesso em 05 de maio de 2018.
AÇÃO DE CUMPRIMENTO. Disponível em: https://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=1116&id_titulo=13141&pagina=12 . Acesso em 05 de maio de 2018.
NATUREZA JURÍDICA DOS DISSÍDIOS COLETIVOS. Disponível em: https://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id8&id_titulo=11643&pagina=12. Acesso em 05 de maio de 2018.

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