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COMPARAÇÃO ENTRE AS FASES PSICOSSEXUAIS DE FREUD E OS ESTÁGIOS PSICOSSOCIAIS DE ERIKSON Idade Aproximada Freud ( Psicossexual) Erikson ( Psicossocial) 0 - 17m. Fase Oral A boca, língua e gengivas são o foco das sensações prazerosas no corpo do bebê, e a sucção e a alimentação são as atividades mais estimuladoras. Confiança vs. Desconfiança A primeira crise humana já é de natureza relacional, devido à característica de desproteção e dependência, o bebê precisa de um parceiro que atenda as suas necessidades. O bebê deve aprender que precisa confiar em seus pais para a obtenção de alimento, conforto, segurança e amor. Quando esta confiança se desenvolve a criança sente-se segura, sente que o mundo é um lugar estável e tranqüilo de estar. A desconfiança básica é o sentimento oposto a este. Quando se desenvolve a confiança, há uma chance maior de a criança desenvolver autonomia na segunda fase, no segundo conflito. 18m -3 anos Fase Anal O ânus é O foco das sensações prazerosas no corpo do bebê, e o treino de higiene pessoal é a atividade mais importante. Autonomia vs. Vergonha, Dúvida Aqui a crise principal vivida pela criança se refere a desenvolver sua autonomia ou uma dúvida em relação às suas capacidades. Este conflito está bastante vinculado a questão da dependência e da autonomia. Quanto mais a criança desenvolver um sentimento de confiança nos pais, durante a primeira crise, mais ela vai ser capaz de ser autônoma e de fazer coisas independentemente, inclusive coisas que vão gerar a desaprovação e a repreensão dos pais. A autonomia reflete na capacidade de ousar, fazer, tentar. O oposto é desenvolver um sentimento de dúvida e vergonha em relação a si mesmo. 3-6 anos Fase Fálica O falo (phallus), ou pênis, é a parte mais importante do corpo, e o prazer é derivado da estimulação gcnital. Os meninos são orgulhosos de seu pênis, e as meninas perguntam-se por que não têm um. Iniciativa vs. Culpa As crianças desenvolvem mais ainda a capacidade de iniciar e realizar atividades. Os pais serão importantes no sentido de encorajar a criança em suas iniciativas ou em reforçar um sentimento de culpa pelas iniciativas. 7-11 anos Latência Não se trata de uma fase, mas sim de um interlúdio, durante o qual as necessidades sexuais estão apaziguadas e as crianças colocam a energia física nas atividades convencionais, como trabalhos escolares e esportes. Produtividade VS Inferioridade O início da fase escolar de alfabetização marca esta crise que vai durar 6 anos em média. Neste momento a criança é exigida em termos de cumprir funções sociais e atender a demandas do grupo social. A criança começa a desenvolver habilidades necessárias para o trabalho em sua sociedade, ou seja, a criança prende as habilidades valorizadas pela sua sociedade (na nossa sociedade, a leitura, a escrita, a habilidade para relacionar-se com outras pessoas, em outras sociedades, podem ser outras habilidades: física, domínio de um novo papel social, etc.). Ao ser exigida no desenvolvimento de tais habilidades, ela constrói um sentimento de produtividade, no sentido de que é capaz de dar conta das demandas, de produzir. Ou predomina nela um sentimento de incapacidade, de inferioridade. Adolescência Fase Genital Os genitais são o foco das sensações prazerosas, e o jovem busca estimulação e satisfação sexual nas relações heterossexuais. Identidade vs. Confusão Essa etapa é considerada como um período crítico. O processo de formação da identidade já começou desde o nascimento, mas a adolescência é um momento especial porque é a fase em que o jovem está na transição da infância para a vida adulta e precisa de algum modo organizar quem ele é, precisa integrar valores e costumes da sua cultura, aprender sobre si mesmo, fazer escolhas. O jovem vai contrastar as características comuns dele com outras pessoas e as características que são exclusivamente dele. O jovem precisa organizar sua vida em perspectiva histórica: passado, presente e futuro. São vários papeis que precisarão ser revistos: sexual, social, familiar, vocacional, político, etc. Como muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, os ajustamentos tem que ser muitos e o jovem tem que tomar uma série de decisões acerca de si, Erikson define o conflito nuclear que caracteriza esta idade como “identidade X confusão de papéis ou confusão de identidade”. Idade Adulta 19-25 anos Freud acreditava que a fase genital dura toda a fase adulta. Ele também dizia que o objetivo de uma vida saudável é "amar e trabalhar bem". Intimidade vs. Isolamento Para Erikson, depois que o sujeito passa da crise de identidade (se isso acontece de modo sadio) ele já não tem tanta preocupação sobre quem ele é, já organizou de alguma forma sua identidade adulta e pode então estabelecer relações verdadeiramente íntimas com outras pessoas, sejam relações amorosas e/ou de amizade. Se o sentido de identidade foi bem integrado na quinta crise, o adulto tenderá a ter um predomínio da capacidade de intimidade. Se o senso de confusão de identidade predominou, a chance de que o adulto se mantenha na condição de isolamento é maior. Idade Adulta 26-40 anos Criatividade (Generatividade} vs. Estagnação Neste momento da vida, segundo Erikson, a crise nuclear é vinculada à questão da continuidade. Possivelmente, neste momento da vida o adulto maduro já teve experiências variadas, construiu uma família, trabalhou, fez escolhas pessoais em muitos sentidos e está envelhecendo, está vendo (ou não) os frutos da sua própria vida. O conflito é a preocupação ou necessidade de orientar e cuidar da próxima geração, o que ele chama de sentimento de generatividade. Essa preocupação pode se expressar em relação a filhos, parentes mais jovens. Trata-se de uma necessidade de sentir que sua existência tem continuidade através de suas obras e realizações e que as novas gerações podem dar esse sentido. A estagnação seria a contrapartida negativa da generatividade. Idade Adulta 41 + Integridade de Ego vs. Desespero Os adultos mais velhos tentam dar sentido às suas vidas, ou vendo a vida como totalmente significativa ou desesperando-se diante dos objetivos nunca alcançados. É o momento final neste processo humano e contínuo de formação da identidade, é o momento desse fechamento. E ele pode acontecer de formas mais ou menos saudáveis. Quando predomina um sentimento de integridade, o indivíduo sente o seu envelhecimento como um processo que é único e que faz sentido, encara sua existência de uma perspectiva positiva e vê seu destino como único e válido apesar das dificuldades inerentes ao processo de envelhecimento. Se predomina o sentimento de deseperança, sente-se fraco, impotente e sem capacidade de produzir mais nada.
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