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Processo Civil I

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Processo Civil 2 – Fernanda Acha
PETIÇÃO INICIAL = É a instrumentalização do direito de ação. È o meio pelo qual se apresenta ao judiciário uma pretensão e o provoca para julgá-la. Ela apresenta forma, pois é um ato processual revestido de formalidade, esta formalidade está prevista no art. 319 e 320 do CPC.
Art. 319:
Indicação do juízo: é o direcionamento à um órgão, está relacionado com a matéria competência.
Qualificação das partes. Novidades: existência de união estável, CPF ou CNPJ e endereço eletrônico. O estado civil é importante para determinar se será litisconsórcio ou não. 
Obs.: Se o autor não conseguir a identificação de todos os elementos pode pedir auxílio ao juízo ou fazer a qualificação incompleta e após o réu ingressar no processo ele complementa, desde que fornecida as informações necessárias. 
Obs.: A qualificação incompleta do autor normalmente não acontece, mas caso aconteça, o juiz manda regularizar a situação. No caso de litisconsórcio passivo com número indeterminado de pessoas o STJ permite que se identifique o líder do movimento ou a identificação de apenas algumas pessoas.
A petição inicial deve ser escrita em idioma português, datada e assinada por quem tem capacidade postulatória (Adv., DP, MP). – Exceção: JEC e HC. 
Fatos e fundamentos jurídicos são a causa de pedir. 
Obs.: Fundamentação jurídica é diferente de fundação legal. A fundamentação legal é a mera indicação de lei e não vinculativa ao juiz e desnecessária, a fundamentação jurídica que é a necessária e abarca a doutrina, a jurisprudência. 
Obs.: Causa de pedir aberta é permitida nas ações de controle de constitucionalidade: quando a parte argui inconstitucionalidade o tribunal não está vinculado a fundamentação jurídica apresentada, ele pode resolver o mérito baseado em outra norma jurídica.
Pedido: é o que se pede o juiz. Ele tem a função de limitar a apreciação pelo juiz, dentro do princípio da congruência ou adstrição. O art. 322 e 324 diz que o pedido deve ser certo e determinado. 
O pedido mediato é o bem da vida pretendido ou resultado prático; o pedido imediato é a tutela jurisdicional pleiteada. O pedido certo e determinado atinge tanto o mediato quanto o imediato, isso significa que deve ser indicada a espécie de tutela e gênero do bem da vida. As exceções são pedidos implícitos, pois não é necessário que haja um pedido da parte, pois dão decorrência da norma legal. Ex. Juros, correção monetária, honorários advocatícios etc.
Pedido Determinado – art. 324 CPC/15
Pedido Mediato: Deve identificar quantidade/qualidade do bem da vida. (Regra)
Excepcionalmente o art. 324 vai admitir o pedido genérico, são eles:
Ações Universais: Ganha este nome ações que tem por objeto universalidade bens ou direitos. Sendo um bem universal não há como quantificar, portanto, quebra-se a regra do pedido mediato. Ex.: Ação de petição de herança, que reconhece a qualidade de herdeiro e defini o montante cabível da herança no momento da partilha.
Quando não for possível determinar as conseqüências do ato ou fato: Ex.: ação de vítima de acidente logo após que a mesma o sofre, nesse momento não há como mensurar o valor da indenização, uma vez que a vítima não sabe quanto tempo ficará internada, o quanto gastará com remédios (dano material). 
Estende-se esse raciocínio do pedido genérico ao dano moral?
→ STJ (antes do novo código): Admitia tanto a possibilidade do juiz arbitrar isso, consequentemente um pedido genérico, tanto permitia o autor arbitrar a quantidade na inicial
→ Diddier: Ninguém melhor que o próprio autor para mensurar a extensão do dano moral. (Quanto isso te doeu?)
→ Parcela da doutrina: Não se admite com a vigência do novo CPC a admissão do pedido genérico do dano moral, baseando-se no art. 292, IV. Todavia, esse entendimento não é unânime.
→ Quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato praticado pelo réu: Para se chegar ao montante é necessária a colaboração do réu. Ex.: Ação de prestação de contas.
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS:
Tipos:
Cumulação própria: Há possibilidade de fazer vários pedidos e todos eles ou alguns deles poderão ser acatados.
∙ Cumulação simples: Há uma independência entre os pedidos, isto é, um pedido não está necessariamente vinculado ao outro. Assim o juiz tem a possibilidade de deferir um e indeferir o outro, por exemplo. 
∙ Cumulação sucessiva: Tem como característica uma relação de precedência, em que o pedido secundário só será analisado se o primeiro for concedido. EX.: investigação de paternidade cumulada com alimentos.
Cumulação imprópria: Ganha esse nome, pois é possível fazer vários pedidos, entretanto, somente um será atendido. Há relação de prejudicialidade.
∙ Cumulação Subsidiária: Há uma relação de preferência entre os pedidos, que é dada pelo autor. Pode acontecer de o juiz acolher o pedido principal, nesse caso os outros pedidos não foram analisados e, portanto, não são abarcados pela coisa julgada, o que possibilita nova ação. Mas o juiz pode acolher o subsidiário, nesse caso, entende-se que se o juiz não acolher o principal nasce para o autor o interesse recursal. O juiz NÃO PODE inverter a ordem dos pedidos, podendo caso o faça incorrer em error in procedendo. (Art. 326, caput)
∙ Cumulação Alternativa: Não há relação de preferência, demonstrada pela conjunção OU. Portanto, todos os pedidos satisfazem o autor de forma igual. Isso impede que o autor recorra por estar insatisfeito com o pedido concedido pelo juiz.
Requisitos para cumulação (art.327):
Pedidos compatíveis: só se aplica na cumulação própria.
Competência: mesmo juízo competente. 
∙ Competência absoluta (competência em relação à matéria): nunca pode haver cumulação de pedido com diferentes competências absolutas. Quando acontece essa situação a posição do juiz será a de redução objetiva da demanda (só analisará o pedido que lhe é competente, excluindo o que não é).
∙ Competência relativa (competência, via de regra, territorial): Quando junta-se dois pedidos com diferentes competências, poderá o juiz realizar a CONEXÃO/CONTINÊNCIA (reúne-se as demanda em um mesmo juízo), se esses pedidos tiverem alguma relação entre si. Se não forem conexos dependerá do réu argüir ou não a incompetência. Essa competência tem prazo, com consequência de preclusão caso ultrapassado.
Mesmo procedimento: os pedidos tem que seguir o mesmo procedimento. Via de regra, todos os pedidos seguirão o procedimento ordinário.
∙ É possível cumular um pedido especial e ordinário se puderem ser juntados em um procedimento ordinário.
 
→ VALOR DA CAUSA: O valor da causa traduz a expressão econômica do direito reclamado pelo autor o qual deve ser fixado em moeda nacional. O valor da causa é relativo. O valor da causa também tem relevância para definir o procedimento e também serve para definir honorários advocatícios, multa.
Critérios para definir o valor da causa
Critério legal: está previsto em lei (art 242, CPC)
Critério estimativo: quando não tem como estabelecer de imediato a expressão econômica.
OBS.: Possibilidade de correção do valor da causa de ofício (art. 292, §3º, CPC) – Em relação ao prazo para o juiz corrigir o valor da causa, uns defendem que não tem prazo e outros defendem que deve ocorrer até o saneamento do processo.
OBS.: Impugnação do valor da causa pelo réu.
• Impugnação do valor da causa Contestação, prazo de 15 dias, art.293.
INDICAÇÃO DAS PROVAS: 
Antes no CPC/73:
∙ Ordinário Pedido genérico de provas e depois na fase de saneamento. Organização: abria-se o prazo para ESPECIFICAÇÃO DAS PROVAS.
∙ Sumário Exigência de indicar expressamente as provas, inclusive as testemunhas.
Cabe o momento de especificação das provas com a indicação genérica na petição inicial?
1ª corrente: (Daniel Assunção e Marinoni) Para essa corrente continua havendo o momento de especificação das provas. Com extinção do sumário
2ª Corrente: (Scarpinella Bueno) Para essa corrente não faz sentido protesto genérico de provas que nada significamem termos de economia processual.
Opção do autor pela audiência de conciliação
A petição Inicial deve ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação (art. 320, CPC).
→POSTURAS DO JUÍZ DIANTE DA PETIÇÃO INICIAL
Emenda da petição inicial: se houver o cumprimento do art. 319 e 320. Quando não há esse cumprimento ou quando constata a existência de vício sanável o juiz determinará a emenda da inicial no prazo de 15 dias. A emenda traduz um direito do autor de que antes do indeferimento abra-se a possibilidade de correção dos vícios/erros, uma vez que a emenda é um direito subjetivo do autor.
∙ Se o autor emendar: Ok (citação/audiência de conciliação).
∙ Se o autor NÃO emendar: indeferimento da petição inicial.
OBS.: O STJ admite a emenda fora do prazo, desde que antes da decisão do juiz. E também admite as emendas SUCESSIVAS, que significa que o autor teve a chance de emendar, todavia ainda faltou documento, é possível emendar novamente.
OBS.: O juiz tem que indicar o vício a ser sanado.
INDEFERIMENTO: O indeferimento da inicial significa que impede liminarmente o prosseguimento da causa e consequentemente o conhecimento do mérito (juízo de admissibilidade negativo). 
Hipóteses genéricas de indeferimento
Vício insanável: quando o autor não realizou a emenda da inicial. O momento do indeferimento é sempre antes da citação do réu. 
Hipóteses de Cabimento (Art. 330, CPC/15)
I – Será indeferida se for inepta: 
c/c §1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - quando o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que o pedido for genérico;
III – Da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV– Contiver pedidos incompatíveis entre si (para cumulação própria);
II – Quando a parte for manifestamente ilegítima;
III – Quando o autor carecer de interesse processual;
IV – Quando não atendidas as prescrições dos arts.106 e 321: ou seja, quando o autor não proceder à diligência determinada pelo juiz para sanar omissões, defeitos ou irregularidades da petição inicial.
OBS.: O CPC/2015 retirou a inadequação procedimental como hipótese de indeferimento. Poderá ocorrer adaptação.
OBS.: Os incisos II e III tratam das condições da ação (interesse de agir e legitimidade das partes), excluindo a impossibilidade do pedido anteriormente considerada essencial. 
OBS.: Alteração que seguiu o que a doutrina e a jurisprudência já adotavam: No CPC/73 havia o inciso IV(chamado – improcedência prima facie ou julgamento antecipado do mérito ou julgamento liminar de improcedência) que versava sobre o indeferimento da petição inicial quando houver prescrição e decadência legal, que equivalia à avaliação do mérito fazendo coisa julgada material, isto é, impossibilidade de repetir a demanda, o que descaracterizava o artigo, uma vez que todas as outras hipóteses não analisavam o mérito e não impediam o autor da ação adentrar com nova ação. Então, o CPC/15 para resolver esse conflito de topografia anteriormente existente, alocando o referido inciso no art 332 (improcedência liminar do pedido). Hoje todas as hipóteses do art. 330 NÃO ANALISAM MÉRITO.
Quando há uma decisão do juiz de indeferimento é permitido que o autor recorra, (escutar áudio, bem complicado). (Art. 331)
Decisão de indeferimento Apelação Juízo de retratação *Princípio do duplo grau de jurisdição.
→ JUÍZO DE RETRATAÇÃO: 
∙ Se o juiz retratar, o processo segue com a citação;
∙ Se o juiz não retratar, significa que ele mantém o indeferimento. A conseqüência imediata disso é remeter os autos ao Tribunal e citar o réu para as contrarrazões de apelação, isto é, a resposta dele para as razões da apelação.
Indeferimento; (se houver)
Deferimento: com isso a decisão equivale como recebimento, daí o processo volta ao juiz natural de primeiro grau para que seja dado prosseguimento.
Improcedência Liminar do Pedido (Art. 332)
Quando fala-se em improcedência remetemos ao mérito, todas as hipóteses de improcedência liminar do pedido estão sempre ligadas à análise mérito, fazendo coisa julgada material.
Requisitos:
Para ter essa decisão não deve haver a realização da fase instrutória;
Antes da citação do réu;
Decisão de mérito;
Art. 332, os que contrariarem (copiar incisos):
- Enunciado de súmula do STF ou STJ;
- Acórdão do STF ou STJ;
§1º...
Viola-se o direito do contraditório do réu? Não, uma vez que isso o beneficia.
Viola-se o direito do contraditório do autor? Não, uma vez que a partir daí abre-se a possibilidade de recurso.
CITAÇÃO PARA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO (Art.334):
Isso acontece quando o juiz verifica que não é caso de indeferimento, emenda ou improcedência liminar.
→ AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO:
OBS.: Memorizar prazos
Scarpinella Bueno:
∙ Se o autor manifesta não querer a audiência Cita o réu para resposta.
∙ Se o autor manifesta deseja pela audiênciaOuve-se o réu sobre a vontade de realizar a audiência:
- Se quiser: acontecerá a audiência
- Se não quiser: não realiza a audiência e ele apresenta resposta.
Daniel Assumpção: 
∙ Só não haverá audiência de conciliação se ambas as partes não quiserem. Do contrário, mesmo que uma das partes não queira a audiência acontecerá. (Art.334, §4º, CPC)
→ RESPOSTAS DO RÉU
∙ Contestação: modalidade de resposta autônoma (principal a ser utilizada, e que abarca no novo CPC a reconvenção, a exceção de incompetência relativa e a impugnação do valor da causa). Reconvenção: contra-ataque.
∙ Petição simples: 15 dias (Exceção de impedimento e suspeição – (art. 145 e 146).
OBS.: O impedimento trabalha com vício mais grave gerando incompetência absoluta e pode ser alegado em qualquer momento, portanto o prazo preclusivo de 15 dias não é utilizado nesse caso. O processo continua a correr mesmo que haja alegação de impedimento e suspeição.
OBS.: §6º - quando é reconhecido o impedimento ou suspeição o relator define a partir de que momento a imparcialidade prejudicou o processo.
→ Classificação das matérias alegadas pelo réu.
Defesa processual: tudo que for relacionado à matéria processual. Ex.: condição da ação, pressuposto processual, etc.
Defesa de mérito: rebater a pretensão do autor. 
Objeção: matéria de defesa que pode ser conhecida pelo juiz de ofício. Ex.: prescrição ou decadência legal.
Exceção: matéria de defesa que não pode ser conhecida de ofício pelo juiz, somente pela parte. Ex.: incompetência relativa, direito de retenção, exceção de contrato não cumprido.
Peremptórios: matéria de defesa capaz de gerar a extinção do processo. Ex.: numa ação de cobrança o réu demonstra o comprovante de pagamento.
Dilatórios: o objetivo da defesa é dilatar o processo no tempo. Ex.: alegação de que o juiz é territorialmente incompetente – incompetência relativa; alegação de conexão; 
Direta: o réu nega os fatos alegados pelo autor ou suas conseqüências jurídicas. O Réu não alega fato novo algum, simplesmente nega.
Indireta: o réu apresenta fato novo impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Trazendo um fato novo para preservar o contraditório abre para o autor o direito à réplica (característica somente da defesa tida como indireta). E já que o réu trouxe uma defesa nova recai sobre ele o ônus de provar. (Art. 350 c/c 373, CPC).
CONTESTAÇÃO:
∙ Scarpinella Bueno: Contraposição formal ao direito de ação tal qual exercido pelo autor e materializado na petição. Ela vincula o direito de defesa e se justifica em razão dos princípios do contraditório, da isonomia e do acesso à justiça. É a forma mais ampla de defesa do réu e o instante em que se espera traga ao processo todas as alegações de ordem processual e material para o convencimento do juiz. 
Prazo: 15 dias (Art.335, CPC/15)
Se não houver acordo entre as partes ou se as partes não comparecem o prazo conta da data da audiência.
Se ambas as partes manifestarem não querer a audiência o prazo conta a partir da manifestação negativa do réu.
∙ Matérias alegáveisda contestação: (Art.337, CPC/2015).
∙ Ver arts. 338 e 339
→ PRINCIPIOS DA CONTESTAÇÃO:
Princípio da Eventualidade ou da Concentração da Defesa (Art. 336): Por esse princípio o réu deve alegar todas as teses e todas as possíveis matérias de defesa em um momento só (contestação), sob pena de preclusão. O réu pode cumular várias teses de defesas mesmo que aparentemente contraditórias entre si.
Dinamarco trabalha com a tese de que é aceitável várias teses de defesa aparentemente contraditórias, mas o réu deve se pautar nos princípios da boa fé e lealdade processual, salvo se criar para cada uma dessas teses situações fáticas diferentes.
A exceção a esse princípio está no art. 342: Depois da contestação só é possível alegar outra defesa quando:
- for relativo a fato ou direito superveniente;
- competir ao juiz conhecer delas de ofício;
- por expressa autorização legal puderem ser feitas em qualquer tempo ou grau de jurisdição;
b) Princípio da impugnação específica (art.341): É ônus do réu impugnar todos os pontos alegados pelo autor na petição inicial. Fazendo isso o réu está contraditando todos os pontos do autor, então todos os pontos contraditados serão objetos de prova e instrução.
Os pontos impugnados terão pontos controvertidos, os que não forem impugnados irão indicar presunção de veracidade das alegações do autor, gerando a desnecessidade de produção de provas sobre esses fatos, que agora serão considerados incontroversos.
Exceções: Se o fato não for impugnado será considerado verdadeiro, salvo:
- se não for admissível a confissão, isto é, quando envolver direitos indisponíveis. 
- a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar como da substância do ato.
- estiverem em contradição com a defesa considerada em seu conjunto.
- negativa geral (só pode ser feita defensoria pública, os advogados dativos, e curador especial).
 REVELIA: Ausência da contestação ou sua apresentação intempestiva. É o estado de fato gerado quando não há apresentação da resposta.
∙ A revelia não pode ser confundida com os seus efeitos.
Efeitos da Revelia
Presunção de veracidade – todos os fatos pelo autor serão presumidos verdadeiros, por falta de impugnação aos fatos, e serão tidos como incontroversos dispensando a produção de provas. Nesse caso é permitido ao juiz proferir o julgamento antecipado da lide. Efeito material da revelia.
OBS.: Marinone, diz que fora as hipóteses excepcionais trazidas pelo próprio CPC, não há como se aplicar esse efeito de forma automática tão somente em razão da não apresentação da contestação. Pode-se quebrar a presunção caso fique demonstrada a existência de óbice econômico/social impeditivo do acesso ao judiciário.
Para Marinone, essa presunção só existirá quando constar expressamente na intimação do réu. 
Exceções à presunção de veracidade: Não apresentou contestação e mesmo assim a veracidade não pode ser presumida. (art.345, CPC/15)
I – Havendo pluralidade de réus alguns contestarem a ação; (aplicado ao litisconsórcio unitário, e no simples somente quando a defesa que foi apresentada for comum aos demais litisconsortes)
II – Litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III – Quando a Petição Inicial não estiver acompanhada de instrumento indispensável para prova do ato;
IV – As alegações de fato apresentadas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com a prova dos atos.
∙ Nesses casos em que não se aplica a presunção de veracidade não é possível considerá-los como incontroversos, então deverão ser produzidas as provas.
Prazos contarão da publicação do ato (art.346, CPC/15) – a intimação é a principal forma de comunicação dos atos processuais. 
Quando temos um revel:
- Revel que não tem advogado nos autos: não há intimação, então os prazos começam a correr da publicação.
- Revel que tem advogado nos autos: o prazo conta da intimação.
Julgamento antecipado do mérito (art. 355, CPC/15).
∙ Esse efeito será sempre observado? Não, só irá ocorrer quando houver o também efeito da PRESUNÇÃO DE VERACIDADE.
OBS.: O réu revel está autorizado a ingressar no processo a qualquer momento. Entretanto, ele terá a conseqüência de receber o processo no estágio em que está, e as atitudes deverão ser tomadas a partir desse momento. O réu pode então produzir provas? Somente se ele entrar no processo no momento de instrução probatória (produção de provas).
OBS.: É na contestação que o réu apresenta as teses de defesa, muitas delas preclusivas. O revel quando ingressar no processo não poderá apresentar teses de defesa que estiverem preclusas, pois perdeu o prazo para tanto, salvo as que estiverem autorizadas por lei.
 RECONVENÇÃO
CPC/73 – Resposta autônoma do réu que consistia em um contra ataque, assumindo o réu uma posição ativa no processo. Tinha natureza jurídica de ação em que o réu fazia pedido de um bem da vida contra o autor. Em síntese, uma relação processual com duas ações. Peças distintas.
∙ Na situação inicial será Autor x Réu
∙ Na reconvenção será Réu (autor reconvinte) x Autor (réu reconvindo) - saindo de uma posição passiva para ativa, invertendo os pólos.
CPC/73 e no CPC/15 – A natureza jurídica é de uma nova ação, só que em um mesmo processo.
CPC/15 – A reconvenção vem dentro da CONTESTAÇÃO, em regra. Continua a ter natureza jurídica de ação reconvencional, então, um processo com duas ações. Continua a ser um contra ataque. 
No caso de réu revel é possível fazer reconvenção independentemente de oferecer contestação, dentro do prazo de defesa. (art. 343, §6º. CPC/2015)
OBS.: A ação de reconvenção é autônoma em relação à ação principal, isto é, uma pode ser extinta sem afetar a outra.
Cabimento da reconvenção (art.343, CPC/15): É licito ao réu apresentar contestação própria conexa (afinidade) com a ação principal ou com os fundamentos da defesa.
A reconvenção para ser admitida precisa preencher a determinadas condições. São elas:
∙ Legitimidade: as partes da reconvenção devem ser as mesmas da ação principal.
Ordinária – A defende direito próprio em face de B. Se há legitimidade ordinária na principal, deve ser respeitada a mesma na reconvenção. Na reconvenção ficará B em face de A.
Extraordinária – A em nome próprio na defesa do direito de B(parte no sentido material) em face de C. Na reconvenção ficará C em face de A na defesa de direito de B. (§5º do art.343, CPC/15)
- É possível ter diminuição subjetiva na ação reconvencional? 
A/B x C A x B/C
C x B C x A
É possível haver essa diminuição, pois o direito de ação é autônomo e individual, isto é, o indivíduo demanda contra quem quiser. Salvo, se o litisconsórcio for necessário.
- É possível ocorrer aumento subjetivo na reconvenção?
A x B A x B
B x A/C B/C x A
Majoritariamente é possível, uma vez que se não fosse permitido deveriam ser abertos mais processos, infligindo a economia processual, e no decorrer dos processos por tratarem de situações afins eles poderiam ser reunidos o que no final das contas seria o mesmo que acrescentar outra parte. §§3º e 4º.
∙ Interesse de agir: deve- se analisar a utilidade na reconvenção. Se a contestação e a improcedência da ação principal não for capaz de trazer satisfação ao réu (autor reconvinte), há interesse na reconvenção.
Se a contestação e a improcedência da ação principal for capaz de trazer satisfação ao réu não há interesse na reconvenção, isto é, se com a derrota do autor o réu sair vitorioso, não há interesse. 
Não há interesse em oferecer reconvenção em ação dúplice, que é aquela que a vitória de uma parte significa a derrota de outra parte, e vice e versa. Ex.: ações declaratórias, todas elas são dúplices.
Enunciado de súmula 258/STF – é admissível reconvenção em ação declaratória. Caberá desde que o indivíduo cumule pedido não declaratório. 
→ Aspectos gerais e procedimento:
a reconvenção é oferecida na contestação, em regra. Excepcionalmente pode não ser de acordo com o §6º, se o indivíduo optar por só apresentara reconvenção.
Prazo para reconvenção é preclusivo, passando o prazo perde-se o direito de usar esse instrumento. Mas é possível entrar com nova ação, uma vez que o direito de ação é autônomo, gerando uma nova ação processual. (15 dias)
A reconvenção exige a observação de mesmo procedimento e mesma competência.
Deve-se intimar o agora réu (antes autor originário), para apresentar defesa (contestação ou reconvenção). É possível que o agora réu não se defenda e torne-se revel com advogado, uma vez que ele é o autor da ação principal e já tem advogado, o que enseja a contagem do prazo a partir da publicação. 
Em regra, essas ações são independentes (a principal e a reconvencional) e autônomas, de modo que pode haver extinção sem resolução do mérito de uma e prosseguimento da outra.
Em regra, a ação principal e reconvencional será julgada na mesma sentença. Entretanto, como são autônomas as ações podem ser julgadas separadamente, preenchendo alguma das hipóteses de julgamento antecipado do mérito.
→ Providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo.
Providências preliminares: 
Conjunto de atitudes do juiz para preparar o processo para julgamento. (art.347 a 353);
Revel com efeito de presunção de veracidade: julgamento antecipado do mérito.
Revel sem efeito da presunção de veracidade: art. 348 – ordena ao autor que especifique as provas. (prazo determinado pelo juiz diante do caso concreto);
Réudefesacontestação DEFESA INDIRETA (apresentar novos fatos que sejam impeditivos, modificativos ou extintivos):
∙ Direito de réplica ao autor (art.350);
∙ Aplicação da regra de ônus da prova (quem alega deve demonstrar);
Identificar vícios sanáveis: art. 352 - Verificando a existência de irregularidade ou de vícios sanáveis o juiz determinará a sua correção num prazo NUNCA superior a 30 dias.
• Ocorridas ou não as providências preliminares, abre-se então a fase de julgamento conforme o estado do processo 
JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO: Consiste em técnica de sumarização do procedimento, cabendo ao juiz proferir decisões a partir do momento em que constata a necessidade ou desnecessidade de seguir adiante no procedimento.
Medidas que podem ser tomadas:
Extinção do processo sem solução do mérito ou com solução do mérito em razão da prescrição/decadência ou autocomposição; (arts. 354 e 485)
Julgamento antecipado do mérito, que pode se dar de forma:
∙ Total – (art. 355) decide em relação a tudo; (revel com presunção de veracidade; identificar a desnecessidade de produção de provas; Onde deve acontecer nas duas hipóteses a cognição EXAURIENTE). 
∙ Parcial – (art.356) Quando há vários pedidos e um deles se mostrar incontroverso; No julgamento da reconvenção ou da ação principal em momentos distintos; Tutela antecipada;
Decisão de saneamento e organização do processo (art.357):
∙ Resolver questões processuais pendentes se houver;
∙ Delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;
∙ Definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;
∙ Delimitar as questões de direito relevantes para decisão do mérito;
∙ Designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento;
OBS.: Saneamento Compartilhado - Se o juiz entender que a causa é complexa o juiz designará audiência para que o saneamento seja feito em cooperação entre as partes (§2º);
Audiência de Instrução e Julgamento – AIJ (art. 358 e ss);
(art. 359)Antes de o juiz iniciar a audiência ele tentará a conciliação;
(art.361) As provas orais serão produzidas em audiência... A ordem descrita nesse artigo não é obrigatória para o juiz, ele colherá as provas conforme considerar mais conveniente. 
(art.362) A audiência pode ser adiada por: convenção das partes; ausência devidamente justificada de uma das partes; por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 min de seu horário marcado;
(art.364) Alegações finais – onde as partes fazem suas últimas colocações antes da sentença, que podem ser feitas de forma oral (20 min + 10 min) ou por memorial (prazo de 15 dias);
(art.366) Sentença no prazo de 30 dias;
→ TEORIA GERAL DAS PROVAS
Conceito de prova: Tudo aquilo capaz de comprovar o que se alega no processo, ajudando o juiz a se convencer e então proferir a sentença.
Prova é todo elemento que contribui de alguma forma para formação do convencimento do juiz sobre as alegações de fatos controvertidos. 
A doutrina entende que a prova possui dois elementos:
∙ Objetivo: Demonstrar a existência ou não das alegações fáticas.
∙ Subjetivo: Formar convencimento/convicção do juiz.
OBS.: de modo geral toda doutrina diz haver um direito fundamental à prova, e isso decorre do PRINCÍPIO DO ACESSO À JUSTIÇA e do CONTRADITÓRIO. Tal direito fundamental de produzir provas abarca: o direito de requerer, de produzir, de participar da produção da prova e também direito de ter a prova valorada pelo juiz. Além disso, para se assegurar o efetivo exercício desse direito, deve-se garantir todos os meios para trazer a prova ao processo. E mesmo não estando prevista, desde que seja moralmente aceita a prova pode ser incluída ao processo.
Para maioria da doutrina, a prova também tem natureza de ÔNUS PROCESSUAL. Ônus não é igual a obrigação, então caso seja descumprido não acarreta repreensão/multa, entretanto o sujeito arcará com as conseqüências de não ter a (prova) utilizado. 
Marinone entende que a prova é um direito e um dever. Um dever de produzir a prova, relacionado aos princípios da boa fé e da lealdade processual, uma vez que seria dever de todos, das partes e da sociedade, cooperar com o Estado para uma solução justa/efetiva. (art. 378; 77, VI c/c 7º; 80, ll; 379 e 380)
Finalidade das provas:
• Obtenção de uma tutela jurisdicional mais justa;
• Convencer o juiz sobre o alcance da verdade dos fatos; 
∙ verdade formal/processual = quase verdade. O juiz se contenta com a máxima aproximação da realidade. 
• Auxiliar a parte a compreender sua situação jurídica; A prova serve para o sujeito entender em que situação real ele se enquadra no processo, quais seus direitos, quais as probabilidades de ganhar a causa, entre outros. 
Sujeitos da prova: A quem é direcionada a prova?
• Ao juiz, pois ele quem analisará a prova.
• Às partes, pois está de acordo com o PRINCÍPIO DA COMUNHÃO DAS PROVAS ou AQUISIÇÃO PROCESSUAL, isto porque o quando a prova é inserida ao processo ela passa a pertencer ao processo, dando direito de todos os sujeitos processuais a utilizarem contra ou a favor, de acordo com seu interesse. 
Meios de prova: Método/procedimento probatório utilizado para investigar da alegação de fato.
∙ Prova pericial, documental, testemunhal;
Fonte de prova: São os elementos externos ao processo dos quais se podem extrair informações relevantes para comprovação das alegações de fato. Ex.: coisa/pessoa.
Objeto da prova: O que vai ser provado? 
O objeto da prova é a alegação de fato CONTROVERTIDA (Porque ainda há dúvida) e RELEVANTE (filtro que se impõe para que nem tudo que seja trazido ao processo, e que não tenha relevância, seja utilizado como prova). 
Sistemas de prova e prova de ofício pelo juiz:
• Common Law: a postura de requerer provas e trazê-las para o processo é sempre das partes.
• Civel Law: O juiz tem posturas mais ativas e traz provas ao processo. Ele conduz o processo em maior intensidade do que as partes.
Em termos de prova o sistema jurídico brasileiro está enquadrado em um SISTEMA COOPERATIVO, que está entre o Common Law e Cível Law. Este sistema diz que as partes e o juiz poderão dar andamento a este processo trazendo as provas aos autos. Então o juiz poderá ser ativo, uma vez que exige e espera-se isso baseado no interesse do mesmo em obter uma melhor tutela jurisdicional.
Durante algum tempo houve um barreira contra esse sistema cooperativo, baseada nos princípios da imparcialidade e da isonomia. 
Com relação à imparcialidade quebra-se tal argumento alegando que, ojuiz ao solicitar a produção de uma prova não necessariamente estará tendente a favorecer uma das partes, mas sim conseguir uma solução mais justa. Segundo, quando o juiz pede uma prova e ela entra no processo a mesma é submetida ao contraditório, podendo as partes analisá-la. E a prova pertence ao processo, não tendo relevância quem a solicitou. Por fim, o juiz quando profere uma decisão o mesmo precisa fundamentar a decisão, e trazer aos autos a razão do seu convencimento baseado nas provas dos autos.
No que se refere à isonomia, de acordo com a igualdade material, a produção de provas é, devido a razões econômicas, difícil de serem supridas.
A posição da maioria da doutrina é favorável ao sistema de cooperação, uma vez que isso colaborará para uma solução mais próxima do ideal de justiça, e que assim o juiz cumpra com a sua tarefa. 
Classificação:
Pessoais e Reais: Pessoal decorre das afirmações das pessoas. Ex.: depoimento, confissão;
Reais decorre do estado das coisas. Ex.: documento, perícia.
b) Oral, documental e pericial: Oral é marcada pela oralidade. Ex.: Prova testemunhal; Confissão; Depoimento pessoal/ Documental: é feita baseada em documento/Pericial: via perícia;
c) Casual e pré constituída: Pré constituída é feita fora do processo, aconteceu em algum momento antes e fora dos autos processuais. Ex.: prova documental/ Casual: formada nos autos do processo. Ex.: prova pericial.
d) Direta e Indireta: Direta é quando a prova recai sobre o objeto principal do processo. Ex.: recibo de quitação no processo de ação de cobrança./ Indireta ou indiciárias é quando a prova recai sobre alegações fáticas acessórias e secundárias ao objeto principal do processo, e por meio de raciocínio o juiz chega à presunção de se a situação é verdadeira ou não. Tem relação com as presunções judiciais, que advém do raciocínio do juiz. A prova indireta não se refere ao fato probando, mas a outro do qual por trabalho de raciocínio se chega àquele. Prova-se uma afirmação que indica que o fato alegado por alguma das partes tenha ocorrido, sendo certo que ao se provar uma fato secundário o juiz pode presumir como provável o fato principal. 
PROCEDIMENTO PROBATÓRIO: INSTRUÇÃO - A instrução pode ser sinônimo de procedimento, ou como uma ato de concretização da prova.
Fase postulatória ou de requerimento: na petição inicial e na contestação.
∙ Admite-se que após esses dois momentos a especificação das provas.
Admissão: O juiz fará um juízo de admissibilidade e verificará a necessidade e a utilidade das provas, com intuito de evitar desperdício processual.
Produção/Instrução em sentido estrito: momento da produção em si das provas.
Valoração: o juiz analisa cada uma das provas, e dá o valor que ele entender cabível.
Sistemas de Valoração das provas:
Sistema da prova legal ou tarifada: o legislador estabelecia o valor de cada prova, ela já vinha com um peso para o juiz analisar. O próprio legislador é que valorava a prova, retirando-se muito do raciocínio do juiz.
Íntima Convicção: é encontrado dentro do procedimento do júri em processo penal. Uma vez que o jurado não precisa motivar sua decisão.
Convencimento motivado ou persuasão racional: art.371 - (modelo utilizado) O juiz é livre para valorar as provas do processo de acordo com seu entendimento, mas ele precisa fundamentar/motivar a decisão judicial.
→ Diddier em razão da supressão do “livre” entende haver limitações nessa atividade de valoração das provas. São elas:
- Está limitado às provas dos autos;
- A motivação deve ser racional;
- A motivação deve ser controlável, leia-se clara e pública;
Princípio da liberdade das provas ou atipicidade das provas:
Art.369 + 372 - Admite-se tanto as provas chamadas típicas (previstas legalmente) e atípicas (que não tem previsão normativa), só que no último caso devem ser moralmente legítimas (ex.: reconstituição dos fatos; provas por amostragem; estatística, etc). 
• Provas ilícitas: Prova ilícita é vedada pela CF no art. 5º, LVI. – Entende-se que quando se fala em licitude em relação a prova, abarca-se o sentido material (ex. obtida mediante tortura) e processual (ex. viola uma regra do processo).
É permitida a produção de provas, mas ela encontra limites, uma vez que há direito fundamental à produção de provas e proibição constitucional de prova ilícita. Quando esses mandamentos entram em choque é preciso se utilizar de algumas orientações:
Doutrina que veda de forma absoluta a prova ilícita no processo, tendo como conseqüência a retirada da mesma do processo, e se a decisão foi calcada nela se tornará nula.
Doutrina que prevalece entende que é preciso aplicar o princípio da PONDERAÇÃO DE INTERESSES, onde deve-se analisar se o caso permite a aceitação dessa prova ou não. Averiguando os requisitos:
∙ Imprescindibilidade: a prova ilícita deve ser o único meio ou o menos gravoso para demonstrar o fato.
∙ Proporcionalidade: analisa-se o bem jurídico. Colocando na balança o bem jurídico a ser resguardado, versus, a violação da norma material/processual.
Prova Emprestada: A prova emprestada é aquela admitida, produzida ou valorada num processo e emprestada documentalmente para outro, com o objetivo de fundamentar a verdade buscada neste segundo processo, sempre diante do CONTRADITÓRIO.
Para a maioria da doutrina esse contraditório tem que ser observado tanto no momento que foi produzida quanto nos processos aonde ela vai. 
Para utilizar a prova emprestada as partes precisam ser necessariamente idênticas?
∙ 1ª Corrente (Diddier) – Entende que precisa haver identidade entre as partes, pois vincula a validade da prova emprestada à identidade da parte.
∙ 2ª Corrente (Dinamarco) – Aceita a possibilidade de serem as partes diferentes, desde que elas aceitem o empréstimo.
∙ 3ª Corrente: Entende que há possibilidade sim de empréstimo, mesmo que não haja coincidência das partes, desde que o contraditório realizado no segundo processo tenha eficácia igual do primeiro processo.
OBS.: Prova emprestada não tem eficácia vinculante, tendo o juiz liberdade para valorar como bem entender.
OBS.: A prova emprestada pode ser determinada de ofício pelo juiz.
OBS.: Qualquer meio de prova pode servir como prova emprestada.
Ônus da prova
Ônus: é o encargo cujo descumprimento gera uma situação de prejuízo.
Ônus da prova: é a necessidade de se observar as regras de distribuição sobre as demonstrações das alegações de fato, afim de evitar uma decisão desfavorável.
É dividido em:
Partes do processo: está sendo analisado no aspecto subjetivo. Significa saber a quem cabe na verdade as alegações de fato que são feitas no processo. A parte precisa saber o que precisa demonstrar para não ter a possibilidade de sofrer uma decisão desfavorável ao final do processo.
Juiz: está sendo analisado no aspecto objetivo. Quando se tem uma instrução suficiente o juiz não tem necessidade de recorrer ao ônus da prova, entretanto quando o processo tem uma instrução ineficiente o mesmo deverá recorrer à regra do ônus da prova. O juiz então analisa quem não conseguiu demonstrar o que alegou, e faz com que tal parte suporte os encargos, dando uma decisão desfavorável à mesma.
Em síntese, as regras processuais que disciplinam a distribuição do ônus da prova tanto são regras dirigidas às partes, na medida em que as orientam sobre o que precisam provar, como também são regras de julgamento dirigidas ao juiz, tendo em vista que orientam sobre como decidir em caso de insuficiência de provas. 
Distribuição do ônus da prova
∙ Legislador – a regra é a estabelecida em lei, art. 373, CPC: adota a análise das partes, do interesse da causa e a natureza jurídica. Seguindo a Teoria Estática do ônus da prova, onde quem alega, prova. Adotando uma isonomia formal.
∙ Juiz - No CDC o legislador conferiu ao juiz o direito de INVERSÃO JUDICIAL DO ÔNUS DA PROVA em favor do consumidor, contrariando a Teoria Estática.
O objetivo da doutrina foi trazer como critério de ônus da prova “o critério da POSSIBILIDADE”, devendoo juiz analisar qual parte tem mais possibilidade/facilidade em provar algo. Partindo de uma isonomia material, e baseado no princípio da cooperação.
E então, o reclame da doutrina tornou-se lei no §1º do art. 373, CPC, que adotou a Teoria Dinâmica do ônus da prova adota no CDC. Em suma, no nosso ordenamento temos as duas teorias. 
Em regra, usará a Teoria Estática, podendo o juiz optar pela Teoria Dinâmica cumprindo alguns requisitos. São eles:
a) Decisão fundamentada;
b) Momento da inversão: 
- na sentença (regra de julgamento); 
- na fase de organização e saneamento para preservar o contraditório (regra de instrução); Mais utilizado
Em síntese, qualquer momento, desde que se permita o contraditório.
c) Veda a prova diabólica reversa:
- Prova diabólica quando a prova não quer saber a facilidade ou excessiva dificuldade de produção de prova naquela situação pela parte. 
- Prova diabólica reversa acontece quando se inverte o ônus da prova e nasce uma excessiva dificuldade de produção da prova.
→ Convenção das partes (Negócio Jurídico Processual) – as próprias partes litigantes estabelecem as regras de ônus de prova, para que isso ocorra é preciso observar as mesmas regras de negócio jurídico do código civil. Não será aceito sempre, uma das restrições, por exemplo, é quando a questão versa sobre direito indisponível.

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