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Exemplo de Exercício de Equilíbrio Geral com Produção Calcular o equilíbrio geral com produção em uma economia com dois bens finais, dois bens intermediários (insumos), um consumidor típico e uma firma típica. Os dados e hipóteses estão abaixo explicitadas. Hipóteses: - dois bens finais : Coco (C) e Peixe (F) ; - dois insumos: Capital (K) e Trabalho (L) ; - um consumidor que maximiza a sua utilidade ; e - uma firma que maximiza o seu lucro. - Funções de Produção � - Função de Utilidade do Consumidor: U = CF (Função do Tipo Cobb-Douglas) - Restrição da disponibilidade de fatores: Das funções de produções podemos calcular as TMSTC L,K e TMST F L,K Sabemos que as alocações eficientes em uma caixa de Edgeworth são obtidas quando as isoquantas de produção (cuja inclinação é dada pela TMST) são tangentes. ( ) ( )2121 CC LKC = ( ) ( )21212 FF LKF = FC KKK +== 100 _ FC LLL +== 400 _ C C CC CC C K C LC KL L K LK LK PMG PMGTMST === − − 2/12/1 2/12/1 , )()(2/1 )()(2/1 F F FF FF F K F LF KL L K LK LK PMG PMGTMST === − − 2/12/1 2/12/1 , )())(2/1.(2 )())(2/1.(2 Da curva de contrato podemos, obter a Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP). Fazendo corresponder a cada ponto eficiente da curva de contrato, um ponto da FPP, como os pontos 1, 2 e 3. A condição de tangência implica que: TMSTC L,K = TMST F L,K ou ainda que Mas, lembrando-se das restrições de fatores: Substituindo-se essas restrições na condição de tangência, podemos escrever: C A tangência implica: TMSTCL,K = TMST F L,K 1 2 3 2 3 F F C Fronteira de Possibilidades de Produção 1 F F C C L K L K = CFFC LLondedeLL −==+ 400,400 CFFC KKondedeKK −==+ 100,100 Desenvolvendo-se essa relação, temos que: 400KC – LCKC = 10LC – KCLC , de onde obtemos LC = 4KC Igualmente: Substituindo-se essas relações nas funções de produção nós teríamos: De onde podemos escrever que KC = C/2 e KF = F/4. Mas a restrição de fatores implica que KC + KF = 100 e assim: A relação F = 400 – 2C vem a ser precisamente a Fronteira de Possibilidades de Produção. Todos os pontos são eficientes ! Por outro lado, o consumidor deseja maximizar a sua utilidade que é dada pela função U = CF Problema do consumidor: Max U = CF sujeito à: F = 400 – 2C (FPP) Escrevendo o Lagrangeano: £ = CF + µ(F – 400 + 2C) Escrevendo as condições de Primeira Ordem: C C C C L K L K − − = 400 100 FF C C C C CF F KLondede K K L K L K 4, 4 === ( ) ( ) ( ) ( ) CCCCC KKKLKC 24 2 1 2 1 2 1 2 1 === ( ) ( ) ( ) ( ) FFFFF KKKLKF 4422 2 1 2 1 2 1 2 1 === CFFCFC 2400100 4 2100 42 −=→= + →=+ )1( 2 02 FF C L −=→=+= ∂ ∂ λλ )2(0 CC F L −=→=+= ∂ ∂ λλ )3(02400 =+−= ∂ ∂ CFLλ Igualando-se (1) a (2) temos que F = 2C e substituindo-se essa relação em (3), podemos obter: 2C – 400 + 2C = 0, de onde obtemos C* = 100 e por conseguinte F* = 200 Para calcular o equilíbrio no mercado de bens (produção e consumo) devemos ter que a Taxa Marginal de Transformação (TMT), que é a inclinação da FPP deve ser igual à Taxa Marginal de Substituição entre os bens (TMS) que é a inclinação da curva de indiferença. Para tanto: Da mesma forma: Mas, a FPP é uma reta: F = 400 – 2C e assim a TMT será igual a 2 ! E portanto, vemos que TMSF,C = TMT ! Mas, lembre-se que no equilíbrio devemos ter a condição algébrica: Essa situação pode ser representada graficamente como segue: Portanto, no equilíbrio a razão dos preços também deve ser igual a 2. Lembre-se que obtivemos que KC = C/2 e KF = F/4. Como C * = 100 e F* = 200, obtemos que KC = 100/2 = 50 e KF = 200/4 =50. Mas LC = 4KC = 4.50 = 200 e LF = 4KF = 4.50 = 200 Portanto: Sabemos igualmente que: F C Reta de Preços – pc/pF Curva de Indiferença Fronteira de Possibilidades de Produção 2 100 200 , ==== C F UMG UMGTMS F C CF dF dCTMT −= F C CFCF p pTMTTMS −== ,, )(50,100 okKKondedeKK CFFC ===+ )(200,400 okLLondedeLL CFFC ===+ 4 1 200 50 )()(2/1 )()(2/1 2/12/1 2/12/1 , ===== − − C C CC CC C K C LC KL L K LK LK PMG PMGTMST O equilíbrio da produção implica que as isoquantas de produção de coco e de peixe sejam tangentes entre si e iguais a relação entre o preço dos insumos, ou seja: Portanto, supondo r = 1 (numerário), daí segue-se que w = ¼. Em equilíbrio sabemos que a condição de equilíbrio impõe que a produtividade de cada fator seja igual ao salário real e a taxa de juros real, ou seja: Substituindo-se todos os valores conhecidos KC e LC, teremos: Similarmente: Reta de Preços: - w/r Isoquanta de Coco Isoquanta de Peixe C 4 1 200 50 )())(2/1.(2 )())(2/1.(2 2/12/1 2/12/1 , ===== − − F F FF FF F K F LF KL L K LK LK PMG PMGTMST r wTMSTTMST FLK C LK −== ,, F =→= 2 1 2/1 )( )(2/14/1 C C c C Lc L KpPMGpw 1 200 502/14/1 )( )(2/14/1 2/1 2 1 2/1 =→ == =→= Cc C C c C Lc pp L KpPMGpw Da mesma forma, poderíamos ter fixado w = 1 e usado as condições de equilíbrio que impõe: O resultado seria o mesmo ! Note que em função das funções de produção terem rendimentos constantes de escala, o lucro é igual a zero. Com efeito: RT (Receita Total) = pcC + pFF = 1.100 + (1/2).200 = 200 CT (Custo Total) = w.LC + w.LF + r.KC + r.KF = (1/4).200 + (1/4).200 + 1.50 + 1.50 = 200 RT = CT -� Lucro = 0 Conclusão: r = 1 ; w = 1/4 ; pC = 1 ; pF = ½ ; C * = 100 ; F* = 200 ; LC = LF = 200 e KC = KF = 50 Como podemos ver a questão não é difícil de ser resolvida. Entretanto, ela é laboriosa. Imagine se aumentássemos a quantidade de consumidores e firmas, a questão se tornaria rapidamente difícil senão impossível de ser resolvida manualmente. 2/12/1.4/1)200( )50( .4/1 )( )(2/1 .24/1 2/1 2/1 2 1 2/1 =→=→ =→ =→= FFF F F F F LF ppp L KpPMGpw C Kc PMGpr .= F KF PMGpr .=
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