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INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS

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Jéssika Brito – 7th período – curso Odontologia - UEA
INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS
Microbiota das infecções odontogênicas
As bactérias que causam as infecções odontogênicas são bactérias comuns a flora bucal normal que através de uma polpa necrótica ou de uma bolsa periodontal profunda adentram tecidos profundos causando infecções.
As infecções odontogênicas são de natureza polimicrobiana em número e espécies. Essas bactérias geralmente são causadoras de doenças comuns como cárie, gengivite e periodontite elas são encontradas nas superfícies das mucosas, na placa bacteriana ou nos sulcos gengivais.
A maioria das infecções odontogênicas são causadas por bactérias aeróbias e anaeróbias. Os organismos aeróbios são facultativos, ou seja, crescem na presença ou ausência de oxigênio e geralmente iniciam o processo de invasão dos tecidos profundos.
Após a inoclução inicial por grupos aeróbios, os produtos metabólicos oriundos dessas bactérias aeróbicas criam um ambiente propicio para o crescimento de organismos anaeróbios (diminuição do ph, consumo de oxigênio).
Clinicamente essa transição de flora infecciosa pode ser correlacionada ao tipo de tumefação presente.
As infecções odontogênicas possuem 4 estágios: inoculação, celulite, abscesso e resolução.
Inoculação: compreende os primeiros 3 dias da infecção. Há a presença de uma tumefação branda, levemente endurecida. Compreende a invasão dos tecidos pelos streptococos.
Celulite: 3 a 5 dias. A tumefação mostra-se mais endurecida, avermelhada e agudamente dolorosa. Flora de infecção mista.
Abscesso: 5 a 7 dias. Microorganismos anaeróbios começam a predominar. Liquefação dos tecidos e formação de microabscessos que podem se fundir num abscesso clinicamente reconhecível.
Resolução: drenagem do abscesso espontaneamente por pele ou mucosa. Resposta do sistema imune que leva a cura e reparo. 
História da progressão das infecções odontogênicas
As infecções odontogênicas tem duas origens principais: periapical e periodontal. A infecção sempre se estabelece ao longo das linhas de menor resistência. A infecção se dissemina através do osso esponjoso até encontrar a lâmina cortical. O seu trajeto, então, depende de 3 fatores:
Localização do ápice da raiz
Localização da cortical óssea (onde tiver menos osso a ser percorrido)
Localização da perfuração em relação à Inserção muscular 
A localização da infecção em tecidos moles depende da posição da perfuração em relação às inserções musculares.
*relação entre o ponto de perfuração óssea e a inserção muscular que determinará o espaço facial envolvido. A) quando o ápice do dente estiver acima da inserção muscular, o espaço facial adjacente será envolvido(drenagem extra-bucal). B) quando o ápice radicular estiver abaixo da inserção muscular, resultará em abscesso vestibular(drenagem-intrabucal).
Maxila
Dentes anteriores: a infecção tende a se direcionar para a lâmina cortical vestibular. Pode também ocorrer uma perfuração abaixo da inserção muscular, o que significa que a maioria dos abscessos dentários na maxila são inicialmente abscessos vestibulares.
Um abscesso palatino pode surgir devido a um lateral muito inclinado ou da raiz palatina do primeiro molar ou pré-molar superior.
Molares: mais comumente apresenta infecções com perfurações acima da inserção muscular, resultando em infecção do espaço bucal, da mesma forma que um canino com raiz longa pode apresentar perfuração acima da inserção muscular do m. elevador do ângulo da boca, causando infecção do espaço infraorbitário.
Mandíbula
Incisivos, caninos e pré-molares: apresentam infecções perfurando a lamina cortical facial superior à inserção dos músculos dos lábios inferiores, resultando em abscesso vestibular. 
Molares: perfuram com mais frequência a cortical óssea lingual. 1 molar: vestibular ou lingual.
2 molar: lingual. 3 molar: cortical lingual.
O m. milohioideo determina se a infecção que drena pelo lado lingual se dirigirá superiormente a ele para dentro do espaço sublingual ou inferiormente a ele se dirigindo para dentro do espaço submandibular.
INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS COMPLEXAS
Existem 2 tipos de espaços fasciais: os primários e os secundários. 
Os espaços primários compreendem, na maxila, o espaço canino, bucal e infratemporal. Na mandíbula os espaços bucal, submentoniano, sublingual e submandibular. Esses espaços são invadidos diretamente.
Secundários: masseterico, pterigomandibular, temporal superficial e profundo, lateral da farínge, retro-faríngeo e pré-vertebral. Esses espaços são envolvidos secundariamente.
Espaços fasciais primários da maxila
Espaço canino: acometimento por infecções nos elementos 13 e/ou 23.
Está localizado em um espaço localizado entre os m. Elevador do ângulo da boca e m. elevador do lábio superior. 
Sinal clínico: com a infecção nesse espaço, ocorre um esmaecimento do sulco nasolabial. 
Espaço Infratemporal: acometimento por infecções nos elementos 18 e/ou 28.
Situa-se posterior à maxila. É limitado medialmente pelo osso esfenoide e superiormente pela base do crânio.
Características clínica: trismo.
O espaço infratemporal é rota para infecções que podem disseminar-se para o seio cavernoso, além de poderem acometer o seio maxilar (dentes superiores posteriores em geral).
Espaço bucal: é acometido tanto por dentes superiores quanto por inferiores. Mais comumente os molares.
Está localizado num espaço entre a face(pele) e o músculo bucinador.
Características clínicas: edema abaixo do arco zigomático e acima do bordo inferior da mandíbula.
Espaços fasciais primários mandíbula
Espaço submentoniano: causado por infecções nos dentes 32,31,41 e/ou 42.
Este espaço está localizado entre o ventre anterior do m. digástrico (direito e esquerdo), m. milohióideo e pele.
Característica clínica: tumefação abaixo do mento.
Espaço sublingual: atingido por infecções oriundas dos dentes 44-45 e/ou 34-35.
Este espaço situa-se entre a mucosa do assoalho bucal e m. milohioideo. Este espaço possui comunicação continua com o espaço submandibular.
Característica clínica: extraoralmente há pouco ou nenhum aumento de volume porém, este grande volume intraoralmente localizado no assoalho da boca.
Espaço submandibular: atingido por infecções oriundas dos dentes 46-47 e/ou 36-37
Este espaço está localizado entre o m. milohioideo e a camada superficial suprajacente da fáscia cervical profunda.
*Quando os espaços perimandibulares (submandibular, sublingual e submentoniano) são bilateralmente envolvidos em uma infecção, esta é conhecida como angina de Ludwig.
Canino inferior: pode acometer espaços submentoniano e submandibular.
TRATAMENTO *(retirado do livro terapia medicamentosa em Odontologia – Eduardo de Andrade)
ANTIBIOTICOTERAPIA
	Penicilina
	Amoxicilina
	Clindamicina
	Azitromicina
	Metronidazol
	Moxifloxacina
É uma conduta terapêutica usar empiricamente um desses medicamentos em infecções odontogênicas. A droga escolhida, em geral, é a penicilina.
Os fármacos alternativos para pacientes alérgicos à penicilina são a clindamicina e azitromicina.
O metronidazol é útil somente contra bactérias anaeróbias, porém, em combinação com antibióticos com atividade contra bactérias aeróbias (penicilina).
Amoxicilina ainda é bastante eficaz contra os cocos aeróbios gram-positivos e bacilos anaeróbios gram-negativos encontrados principalmente em infecções de origem endondontica e peridodontal. Apresenta uma maior e mais rápida absorção e mantem níveis sanguíneos mais prolongados (o que permite um intervalo maior entre as doses – 8-12 horas). É bastante utilizada em associação com o metronidazol.
	Amoxicilina 500 mg 8/8 horas por 15 dias
	Metronidazol 400 mg 12/12 horas horas por 15 dias.
	Azitromicina 500 mg 24/24 horas
	Clindamicina 300 mg 8/8 horas
	Associação: Amocilina 500 mg + metronidazol 400 mg
 
*no mínimo por 15 dias, até regredir o sinal clínico da infecção.
*caso haja desconforto estomacal, prescrever alguma medicação para proteção gástrica(ranitidina, omemprazol).
*após o fim da secreção purulenta, continuar com antibióticos por mais 3 dias.
Jéssika Brito – 7th período – curso Odontologia - UEA1 de maio de 2016

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