Buscar

Intervenção

Prévia do material em texto

INTERVENÇÃO (Art. 34,35,36 CF)
	Segundo a carta magna de 1988, Intervenção é o ato de intervir (tomar parte) toda vez que a ação de um Estado-Membro ou Distrito Federal perturbe o sistema constitucional federativo ou provoque grave anormalidade no funcionamento de seu próprio regime interno (intervenção Federal); podendo também segundo o artigo 35 da CF/88 existir a intervenção Estadual em seus Municípios ou ainda da União nos Municípios localizados em Território Federal, quando estes perturbarem o sistema constitucional ou provoque grave anormalidade no funcionamento de seu próprio regime interno.
A regra é a NÃO INTERVENÇÃO, porém esta por sua vez trata-se de uma medida: 
Excepcional;
Temporária / Passageira;
Política; e 
Visa assegurar a autonomia dos membros e proteger a indissolubilidade do pacto federativo.
As espécies de intervenção, como citado acima estão previstas em rol taxativo em nossa carta de 1988 da seguinte maneira:
Art. 34 – Intervenção Federal (União intervêm nos Estados e Distrito Federal);
Art. 35 – Intervenção Estadual (Estado Intervêm em seus Municípios).
A União intervirá se necessário nos Municípios de Territórios.
Será sempre que necessária, decretada pelo chefe do Poder Executivo, seja na esfera Federal pelo Presidente da República, ou na esfera Estadual, pelo Governador.
A intervenção pode se dar de maneira espontânea ou provocada, quais sejam: 
Espontânea – quando o Presidente da República decreta diretamente SEM participação de terceiros (ex.: CF, 34, I, II, III, V)
Provocada – quando o Presidente da República decreta após ser formalmente provocado a determinar a interdição (ex.: CF, 34, IV, VI, VII).
Esta provocação ocorre através de Solicitação (pedido que não vincula o Presidente da República), ou por Requisição (ordem que vincula o Presidente da República).
Como regra geral o decreto interventivo do Presidente da República deve ser apreciado pelo Congresso Nacional ou Assembleia Legislativa do Estado em 24 horas (art. 36, §1º); se estes, porém não estiverem em funcionamento, dever-se-á haver convocação extraordinária no mesmo prazo de 24 horas para apreciação do decreto (art. 36, §2º). Excepcionalmente estará isento de apreciação pelo Congresso Nacional e pela Assembleia Legislativa Estadual as hipóteses citadas no art. 34, VI e VII e no Art. 35, IV.
Análise sobre decisão do STJ, proferida em 1º de julho de 2014
(STJ. Corte Especial.IF 111 – PR, Relator Ministro Gilson Dipp)
Para tal análise, é de suma relevância entender com mais profundidade o princípio da dignidade da pessoa humana; pois a decisão do STJ para o assunto debatido em 1º de julho de 2014 fora baseado no referido princípio.
Expressamente grifado em nosso texto constitucional, em seu art. 1º, III, diz-se “a dignidade da pessoa humana”; reforçando-se no Art. 3º, III, quando afirma que dentre outros, a República Federativa do Brasil tem objetivo fundamental erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais. Ainda estampado no texto de 1988, repousa no art. 6º os direitos sociais, ressaltando o interesse desta análise fundamentalmente os direitos sociais à moradia e assistência aos desamparados. 
Exposto isso, considero acertada a decisão proferida pelo STJ, primando este pelo princípio da proporcionalidade, e fazendo valer os direitos coletivos sobre os direitos individuais, não deixando, entretanto, de prover ao particular o direito de propor ação indenizatória. Portanto no caso em epígrafe faz valer de forma inequívoca o indeferimento do pedido de intervenção federal no descumprimento de ordem judicial. 
Aluno: LEANDRO MIRANDA DE PAIVA
Curso / turma: DIREITO 3BN
Matrícula:201515517

Continue navegando