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INTRODUÇÃO À ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR NO ULTRAVIOLETA-VISÍVEL ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR UV-VIS 2 Largamente utilizada para a determinação quantitativa de um grande número de espécies inorgânicas, orgânicas e biológicas. Absorção molecular baseada na radiação eletromagnética na região de comprimento de onda de 190 a 800 nm. Baseada na medida da Transmitância T ou da Absorbância A de soluções contidas em células transparentes com caminho óptico de b cm. 3 Compostos nitrogenados. Fármacos (ácido acetil salicílico). Fenóis. Gorduras (colesterol). Analitos orgânicos: ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR UV-VIS Íon cloreto. Amônia, fosfato, nitrato e sulfato. Elementos metálicos em geral, As e B. Analitos inorgânicos: 4 ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR UV-VIS Na espectrofotometria os “máximos de absorção” são a principal diferença que se observa no espectro de substâncias diferentes: O que faz a absorção da luz ser diferente ? 5 As substâncias absorverem radiação por causa dos Grupos Cromóforos ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR UV-VIS São grupos funcionais que apresentam absorção característica na região do ultra-violeta ou do visível. Por exemplo: carboxila (-COOH): 200 – 210 nm. Absorve em vários comprimentos de onda diferentes (vários grupos funcionais) 6 Outros Grupos Cromóforos ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR UV-VIS Grupo cromóforo Comprimento de onda Carboxila (-COOH) 200 – 210 nm Aldeído (-CHO) 210; 280 – 300 Amino (-NH2) 195 Brometo (-Br) 208 Dissulfeto (-S-S-) 194; 255 Éster (-O-) 205 Nitro (-NO2) 210 Nitroso (-NO) 302 Tiocarbonila (=C=S-) 194; 215 Tioeter (-S-) 194; 215 Tiol (-SH) 195 7 Excitação eletrônica da molécula “M” O PROCESSO DE ABSORÇÃO DA LUZ 8 Obtidas a partir de medidas de Transmitância (T) Quanto maior a Transmitância, menor a Absorbância Medidas de Absorção (A) MEDIDA DA ABSORÇÃO 𝐴 = − log 𝑇 = log 𝑃0 𝑃 = 𝜀. 𝑏. 𝑐 Onde: P0 = potência radiante incidente P = potência radiante transmitida Lei de Beer 9 Também pode ser aplicada a um meio contendo mais do que uma substância absorvente. Se as diferentes espécies não interagem entre si, a absorbância total para o sistema é dada por: A Lei de Lambert-Beer MEDIDA DA ABSORÇÃO 𝐴𝑇 = 𝐴1 + 𝐴2 + ⋯ + 𝐴𝑛 𝐴𝑇 = 𝜀1 . 𝑏 . 𝑐 + 𝜀2 . 𝑏 . 𝑐 + ⋯ + 𝜀𝑛 . 𝑏 . 𝑐 10 Representação gráfica para soluções de KMnO4 em = 545 nm e um caminho óptico de 1 cm. a) %Transmitância versus concentração. b) Absorbância versus concentração. A Lei de Lambert-Beer MEDIDA DA ABSORÇÃO 11 Relação linear entre A e Conc. se as medidas são feitas em condição de caminho óptico constante. A Lei de Lambert-Beer RELAÇÃO ENTRE ABSORÇÃO E CONCENTRAÇÃO 𝐴 = 𝜀 . 𝑏 . 𝑐 = absortividade molar (L mol -1cm) b= caminho óptico (cm) c= concentração em (mol L-1) Aplicações da equação da reta: A = α C - Concentrações desconhecidas - OU determinar o valor de a para se obter o de ε 12 Outros aspectos da Lei de Beer RELAÇÃO ENTRE ABSORÇÃO E CONCENTRAÇÃO Válida para: - Soluções diluídas (C < 0,01 mol L-1) - Radiação monocromática -Meio homogêneo e estável Todas as medidas (padrões e amostras): celas o mais “parecidas” possíveis Para compensar perdas de potência da radiação incidente por reflexão e espalhamento 13 1) Desvios reais: interações entre os centros absorvedores e instabilidade química. Em altas concentrações, a extensão das interações soluto-solvente, soluto-soluto ou as pontes de hidrogênio pode afetar o ambiente do analito e, assim sua absortividade. Desvios da Lei de Beer MEDIDA DA ABSORÇÃO Exemplo de instabilidade química: equilíbrio entre os íons dicromato e cromato. 𝐶𝑟2𝑂7 2− + 𝐻2𝑂 ⇌ 𝐻 + + 2 𝐶𝑟𝑂4 2− 350 nm 373 nm Espécies que podem participar de equilíbrio químico em solução devem ser analisadas em um meio onde apenas uma espécie predomine 14 2) Desvios químicos aparentes: quando um analito de associa, dissocia ou reage com um solvente para formar um produto com um espectro de absorção diferente daquele do analito. Por exemplo, soluções aquosas de indicadores ácido-base. Desvios da Lei de Beer MEDIDA DA ABSORÇÃO 𝐻𝐼𝑛 ⇌ 𝐻+ + 𝐼𝑛− Cor 1 Cor 2 15 3) Desvios instrumentais devidos à radiação policromática: a Lei de Beer se aplica estritamente somente quando as medidas são feitas medidas com fonte de radiação monocromática. Desvios da Lei de Beer MEDIDA DA ABSORÇÃO Na prática, fontes policromáticas que têm distribuição contínua de comprimento de onda são usadas em conjunto com uma grade ou com um filtro para isolar uma banda aproximadamente simétrica de comprimento de onda ao redor do comprimento de onda a ser utilizado. 16 3) Desvios instrumentais devidos à radiação policromática: Desvios da Lei de Beer MEDIDA DA ABSORÇÃO Para se evitar os desvios é recomendado que se selecione um comprimento de onda próximo ao máximo de absorção, em que a absortividade do analito se altera pouco com o comprimento de onda. 17 4) Desvios instrumentais devidos à presença de radiação espúria: Luz espúria: radiação que sai de um monocromador contaminada com pequenas quantidades de radiação espalhada. Desvios da Lei de Beer MEDIDA DA ABSORÇÃO Radiação espúria é a radiação do instrumento que está fora da banda de comprimento de onda nominal escolhida para a determinação. Esta radiação geralmente resulta de espalhamentos e de reflexões nas superfícies, lentes ou espelhos, filtros e janelas. A radiação não passa pela amostra quando se tem radiação espúria. 18 4) Desvios instrumentais devidos à presença de radiação espúria: Desvios da Lei de Beer MEDIDA DA ABSORÇÃO 19 5) O uso de células desiguais: se o compartimento de células das soluções do analito e do branco não possuem o mesmo caminho e não possuem características ópticas equivalentes, uma interseção vai ocorrer na curva de calibração e a equação real será Desvios da Lei de Beer MEDIDA DA ABSORÇÃO 𝐴 = 𝜀 . 𝑏 . 𝑐 + 𝑘 Uma das formas de se evitar o problema das células desiguais com instrumentos de feixe único é empregar a mesma célula mantendo-a na mesma posição para as medidas do branco e para as do analito. Depois de se obter a leitura para o branco, a célula é esvaziada por aspiração, lavada e preenchida com a solução do analito. 20 Vai desde instrumentos simples e de baixo custo a mais complexos e controlados por computador. Aqueles mais simples são úteis para medidas quantitativas em um único comprimento de onda, apenas na região do vísivel. INSTRUMENTAÇÃO FOTÔMETROS (COLORÍMETROS) ESPECTROFOTÔMETROS Visível Filtros ópticos (380 – 780 nm) Ultra-violeta e visivel Monocromadores (200 – 1000 nm) 21 Para o propósito de medidas de absorção molecular, é necessária uma fonte contínua cuja potência radiante não sofra variações bruscas em uma faixa considerável de comprimento de onda. INSTRUMENTAÇÃO - FONTE 22 1) Lâmpadas de deutério e de hidrogênio: um espectro contínuo na região do ultravioleta é produzido por excitação elétrica de deutério ou hidrogênio a baixa pressão. O mecanismo pelo qual um espectro contínuo é produzido envolve a formação inicial de uma espécie molecular excitada seguida da dissociaçãoda molécula excitada para produzir duas espécies atômicas, além de um fóton ultravioleta. INSTRUMENTAÇÃO - FONTE 𝐷2 + 𝐸𝑒 → 𝐷2 ∗ → 𝐷′ + 𝐷" + ℎ𝜐 Onde: Ee = energia elétrica absorvida pela molécula D2* = molécula de deutério excitada O balanço de energia para o processo global pode ser representado pela equação: 𝐸𝑒 = 𝐸𝐷2∗ = 𝐸𝐷′ + 𝐸𝐷" + ℎ𝜐 𝐸𝐷2∗ = energia quantizada de D2* 𝐸𝐷′ 𝑒 𝐸𝐷" = energias cinéticas dos dois átomos de deutério 23 1) Lâmpadas de deutério e de hidrogênio: INSTRUMENTAÇÃO - FONTE Espectro contínuo que vai de aproximadamente 160 nm até o início da região do visível (~ 375 nm). Acima de 400 nm os espectros não são mais contínuos. Janelas de quartzo devem ser usadas em lâmpadas de deutério e de hidrogênio, pois o vidro absorve fortemente em comprimento de onda abaixo de 350 nm. Embora o espectro contínuo da lâmpada de deutério se estenda para comprimentos de onda tão baixos como 160 nm, o limite inferior útil é de cerca de 190 nm devido à absorção de radiação pelas janelas de quartzo. 24 2) Lâmpadas de filamento de tungstênio: é a lâmpada mais comum para a radiação das regiões visível e infravermelho próximo. INSTRUMENTAÇÃO - FONTE Na maioria dos instrumentos de absorção, a temperatura de operação do filamento é de 2870 K; a maior parte da energia é, então, emitida na região do infravermelho. É útil para a região de comprimento de onda entre 350 e 2500 nm. 25 2) Lâmpadas de filamento de tungstênio: INSTRUMENTAÇÃO - FONTE Estas lâmpadas contêm uma pequena quantidade de iodo em uma cápsula de quartzo que protege o filamento de tungstênio. O quartzo permite que o filamento de tungstênio opere em T ~ 3500 K, o que proporciona intensidades mais altas e a faixa de operação da lâmpada também para a região ultravioleta. O tempo de vida útil de uma lâmpada de tungstênio é mais que o dobro do de uma lâmpada comum, devido à reação do iodo com o tungstênio gasoso formado pela sublimação e geralmente limita a vida do filamento; o produto, WI2, é volátil. Quando moléculas desse composto atingem o filamento, ocorre decomposição, o que re-deposita o tungstênio. 26 3) Diodos emissores de luz (LEDs): do inglês, light-emitting diodes, são usados como fontes em alguns espectrômetros de absorção. INSTRUMENTAÇÃO - FONTE Um LED é um dispositivo de junção-pn que, quando diretamente polarizado, produz energia radiante. São feitos de Arsenato de alumínio e gálio (m = 900 nm); Fosfito de arsênio e gálio (m = 650 nm); Fosfito de gálio (m = 550 nm); Nitreto de gálio (m = 450 nm); Misturas destes compostos são usados para variar o comprimento de onda máximo para qualquer valor na região de 375 nm a 1000 nm ou maior. Produzem um contínuo espectral em um estreito intervalo de comprimento de onda. Como fontes “semi-monocromáticas” ou em conjunto com filtros de interferência para se obter radiação ainda mais estreita. 27 4) Lâmpadas de arco de xenônio: produz uma radiação intensa pela passagem de corrente por uma atmosfera de xenônio. O espectro é um contínuo na faixa de 200 a 1000 nm, com a intensidade máxima do pico ocorrendo em cerca de 500 nm. INSTRUMENTAÇÃO - FONTE 28 INSTRUMENTAÇÃO - FONTE Emissões, por comprimento de onda, das principais lâmpadas para espectrofotometria 29 INSTRUMENTAÇÃO – RECIPIENTES PARA AMOSTRA As células ou cubetas, que contêm a amostra e o solvente devem ser construídas com um material que deixe passar radiação na região espectral de interesse. Cubetas de QUARTZO (UV-Vis – abaixo de 350 nm) Cubetas de VIDRO (Vis) – entre 350 e 2000 nm Cubetas de ACRILICO (Vis) Faces planas e perpendiculares a radiação incidente. 30 INSTRUMENTAÇÃO – RECIPIENTES PARA AMOSTRA As células ou cubetas cilíndricas são empregadas, às vezes, nas regiões UV e visível em função do seu baixo custo. Variações no caminho óptico e perdas por reflexão nas superfícies curvas podem causar erros significativos, o que conferem menor repetibilidade. CAMINHOS ÓPTICOS VARIAVEIS mais comum: 1 cm LIMPEZA: 1- água e detergente diluído; 2- enxágue com agua purificada e, depois, com a própria amostra. As células nunca devem ser secas por aquecimento, pois podem sofrer danos físicos ou uma mudança no caminho óptico. Devem ser calibradas regularmente, uma contra a outra, com uma solução absorvente. TIPOS DE INSTRUMENTOS Feixe único. Feixe duplo espacial. Feixe duplo temporal. Multicanal. 31 TIPOS DE INSTRUMENTOS Lâmpada de deutério ou de tungstênio. Um filtro ou um monocromador para seleção do comprimento de onda. Células com características mais próximas umas das outras, que podem ser colocadas alternadamente no feixe de radiação. Um transdutor. Um amplificador e um dispositivo de leitura. 32 Instrumentos de feixe único Antes da análise passa-se o branco (100% de T) Bco (100% T) – T(análise) Abs. analito TIPOS DE INSTRUMENTOS Oferecem a vantagem de compensar tudo, exceto as flutuações mais rápidas da emissão radiante da fonte. Compensam também grandes variações na intensidade da fonte com o comprimento de onda. 33 Instrumentos de feixe duplo TIPOS DE INSTRUMENTOS Baseado em um detector com um arranjo de fotodiodos ou dispositivo linear com acoplamento de carga (CCD). São do tipo feixe único. O sistema dispersivo é um espectrógrafo de grade localizado após a célula da amostra ou de referência. 34 Instrumentos multicanal
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