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Peca 6 Revisao Criminal

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REVISÃO CRIMINAL 
 
REVISÃO CRIMINAL (OAB/SP 121) 
 José, funcionário público com 38 anos de idade, casado, pai de três filhos, 
estava trabalhando em presídio da Capital, quando inesperadamente ocorreu uma 
rebelião. Alguns detentos estavam muito agitados, e por ordem de um superior, 
José imobilizou dois deles, com ataduras de pano, fazendo-o com o devido 
cuidado para não os machucar. Após hora e meia, José soltou os detentos, pois 
estes se mostravam calmos, e foram levados para a realização de exame de 
corpo de delito, que apurou lesões bem leves, causadas pela própria 
movimentação dos presos. Mesmo assim, ambos os detentos disseram que 
foram torturados por José. Diante desses fatos, José foi processado e acabou 
sendo condenado pelo crime de tortura, previsto na Lei 9.455, de 7 de abril de 
1997, artigo 1.º, inciso II, parágrafo 4.º, inciso I, à pena de três anos de reclusão, 
mais a perda de função pública. José está preso e a r. sentença já transitou em 
julgado. Agora, um dos condenados foi colocado em liberdade e procurou a 
família de José, dizendo que foi obrigado pelo outro preso a dizer que tinha 
sido torturado, mas a verdade é que José inclusive fez de tudo para não os 
ferir. Como o outro detento não gostava de José, havia inventado toda a 
estória, obrigando-o a mentir. Esta declaração foi colhida numa justificação 
criminal. 
 
QUESTÃO: Como novo advogado de José, produzir a peça cabível que atenda o seu 
interesse 
 
 
 
Resposta 
 Trata-se de Revisão Criminal, endereçada ao Egrégio Tribunal de Justiça, 
com base no art. 621, inciso III do C.P.P., visto que surgiu uma prova nova, com a 
juntada da justificação criminal, onde foi ouvido o ex-detento, que comprovou a 
ocorrência de um enorme erro judiciário, pois José não cometeu o crime de tortura 
que lhe foi imputado, sendo inocente portanto. 
 O candidato deverá postular seja conhecida a revisão e julgada 
procedente (artigo 626, 2ª parte do CPP) para o fim de absolver José com base no art. 
386, inciso III do C.P.P., requerendo o competente alvará de soltura clausulado. 
 
MODELO DE PEÇA DA REVISÃO CRIMINAL 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ••• 
 
 
 
10 linhas 
 
 
 
 Jose, nacionalidade ••• , casado, Funcionário 
Público, portador do RG ••• , inscrito no CPF sob nº ••• , endereço ••• , vem, por 
seu advogado infra-assinado (procuração em anexo), inconformado com a r. 
sentença já transitada em julgado, conforme certidão em anexo (doc. ••• ), 
proferida no processo nº ••• , da ••• Vara Criminal da Comarca da Capital, vem, 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, promover pedido de 
 
REVISÃO CRIMINAL 
 
 com fundamento nos artigos 621 e seguintes do Código de Processo Penal, pelos 
motivos a seguir expostos: 
 
2 linhas 
 
DOS FATOS 
 
 O Peticionário foi denunciado, processado e ao 
final condenado à pena de 3 (três) anos de reclusão, mais a perda da função pública, 
por infração ao artigo 1º, inciso II, parágrafo 4º , inciso I, da Lei 9.455, de 7 de abril de 
1997, pelo crime de tortura. 
 
 Após o trânsito em julgado da r. sentença, 
descobriu-se um fato novo, pois um dos condenados, que supostamente havia 
sofrido a tortura, foi colocado em liberdade e procurou a família de Jose, dizendo que 
foi obrigado pelo outro preso a dizer que tinha sido torturado, mas a verdade é que 
José inclusive fez de tudo para não os ferir. Como o outro detento não gostava de 
José, havia inventado toda a estória, obrigando-o a mentir. 
 
 Esta declaração foi colhida numa justificação 
criminal e encontra-se em anexo (doc. ••• ). 
 
2 linhas 
 
DO DIREITO. 
 
 Excelências, o presente pedido deve ser deferido. 
 
 De fato, o Peticionário foi condenado 
injustamente, conforme fato novo descoberto posteriormente à sua condenação e 
ora anexado para apreciação dessa Colenda Câmara. 
 
 Nele, encontra-se relato de um dos detentos que à 
época dos fatos se disse torturado por Jose, mas que agora admite que não foi 
torturado, pelo contrário, que Jose fez de tudo para não feri-los. 
 
 A acusação de tortura se deu em razão de vingança 
contra o Peticionário. 
 
 Ora, tal situação não pode prevalecer. 
 
 Impõe-se a imediata revisão do processo e da 
condenação, para que o Peticionário possa resgatar sua condição de inocente, da 
qual nunca deveria ter sido privado. 
 
 Essa é a jurisprudência dominante em nossos 
tribunais: 
“•••” (RT ••• ). 
No mesmo sentido ensina o Mestre ••• : 
“•••” (in ••• ). 
 
2 linhas 
 
DO PEDIDO. 
 
 Diante do exposto, requer seja deferido o presente 
pedido revisional, para absolver o Peticionário, com fundamento no art. 626 do 
Código de Processo Penal, por ser medida de JUSTIÇA! 
 
2 linhas 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
 
2 linhas 
 
CIDADE •••, data ••• 
 
2 linhas 
 
Assinatura do advogado 
OAB nº •••