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ICMS DF legtributaria AUD marcelo Aula 02

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Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 02 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 1
 
 
 
 
Olá, meus caros!!! 
Mais um passo pelo mundo do ICMS brasiliense! Hoje iniciaremos o estudo das 
isenções, alíquotas e dos contribuintes. Por questões didáticas, deixei os itens 
de crédito fiscal, apuração e pagamento do imposto, para a próxima aula. 
Vamos lá! Vocês viram duas aulas e já conhecem a estrutura do material. 
Vamos perder um minuto para entender como utilizá-lo melhor. 
Nosso curso vai cobrir quase todos os pontos do edital em um nível adequado 
para este estágio da preparação. Por óbvio, não é possível fazer um material 
que aborde todos os assuntos com demasiada profundidade. E isso se dá pela 
metodologia que se aplica nesse momento de pré prova. 
O tempo do aluno é escasso! Deve ser utilizado com o aprendizado de 
informações que sejam úteis na prova e também com a resolução de 
exercícios. A forma que utilizo para conduzir a aula é fruto uma técnica 
vencedora, cujo objetivo é dar a vocês um grande número de informações a 
respeito de assuntos recorrentes em provas. 
Para obter o melhor resultado em sua preparação, faça o seguinte: 
O material deve ser impresso. Você deve ler duas vezes a parte teórica e 
resolver duas vezes cada questão, em momentos distintos, é claro. E não 
resolva as questões no mesmo dia em que lê a teoria, deixe-as para o dia 
seguinte, ou para o próximo período da matéria, caso esteja estudando por 
ciclos. 
Nos pontos em que você tiver dúvidas e nos que considerar principais, faça 
anotações. Prepare um resumo, o seu resumo, da forma que melhor lhe 
aprouver, com esses pontos. Futuramente, você vai voltar a esses pontos 
nebulosos. Como ainda estamos longe da prova, certamente esse resumo será 
bastante utilizado. Nas duas últimas semanas, antes da prova, você vai 
revisar, utilizando o resumo e vendo as questões problemáticas, duas vezes. 
Uma vez em cada semana. É infalível. 
 
Aula 02 – ICMS – Isenção, Contribuinte, Alíquota 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 02 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 2
Vamos em frente! 
 
Nosso objetivo: garantir a maioria dos pontos em legislação na prova 
objetiva. Temos que trabalhar durante as aulas com uma meta de 90% de 
acertos nas questões para que, na prova, obtenhamos entre 75% e 80%. 
 
Alunas e alunos, durante esse período de reta final, o nosso repouso será a 
guerra! 
 
 
“Minhas pompas são as armas, meu descanso o pelejar.” 
 
Fidalgo Dom Quixote 
 
 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 02 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 3
Estamos na aula 02 e, ao final do curso, eu pretendo que vocês estejam 
prontos e seguros para DESTRUIR a sabatina de Legislação do DF. 
 
 
 
 
 
Aula Conteúdo 
00 
Perfil Constitucional dos Tributos Distritais (CF 1988). 
Leis Complementares de Interesse para os Tributos Distritais. 
Lei Orgânica do Distrito Federal (Título IV - Da Tributação e do 
Orçamento do Distrito Federal). 
01 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Hipóteses de 
incidência, momento da ocorrência do fato gerador, local da 
operação e da prestação. 
02 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Isenção, não 
incidência, contribuinte, responsável, base de cálculo, alíquota, 
crédito fiscal, apuração e pagamento do imposto. 
03 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Substituição 
tributária, suspensão, transferência de saldo credor, 
compensação, restituição. 
04 
ICMS - Lei nº 1.254/96 e Decreto nº. 18.955/97: Inscrição, 
documentos fiscais, livros fiscais, guias informativas, equipamento 
emissor de cupom fiscal, equipamento de processamento 
eletrônico de dados, regimes especiais e demais obrigações do 
contribuinte e de terceiros. 
05 
IPVA - Lei nº. 7.431/85 e Decreto nº. 16.099/94: Fato gerador; 
hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; 
responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos 
contribuintes. 
06 
ITCD - Lei nº. 10/88 e Decreto nº. 16.116/94: Fato gerador; 
hipóteses de incidência; não incidência; isenção; contribuinte; 
responsável; base de cálculo; alíquota; obrigações dos 
contribuintes e de terceiros. 
07 
ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto 
nº. 25.508/2005: Hipóteses de incidência, momento da ocorrência 
do fato gerador, local da operação e da prestação. 
08 
ISS – LC 116/03, Lei Complementar DF nº. 687/ 2003 e Decreto 
nº. 25.508/2005: Isenção, não incidência, contribuinte, 
responsável, base de cálculo, alíquota, crédito fiscal, apuração e 
pagamento do imposto. 
09 
IPTU - Decreto nº. 28.445/2007: Fato gerador; hipóteses de 
incidência; não incidência; isenção; contribuinte; responsável; 
inscrição; base de cálculo; alíquota; obrigações dos contribuintes. 
10 
ITBI - Lei nº. 3.830/2006 e Decreto nº. 27.576/2006: Fato 
gerador; hipóteses de incidência; não incidência; isenção; 
contribuinte; responsável; inscrição; base de cálculo; alíquota; 
obrigações dos contribuintes 
Nossas Aulas 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 02 
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11 
Simples Nacional LC 123/2006: I – Disposições Preliminares; II - 
Da Definição de Microempresa e de Empresa de Pequeno Porte; III 
- Da Inscrição e da Baixa; IV – Dos Tributos e Contribuições; XI – 
Das Regras Civis e Empresariais; XIV - Disposições Finais e 
Transitórias). 
12 Taxa de Limpeza Pública - TLP Lei nº. 6.945/81. 
Contribuição de Iluminação Pública 
13 Processo Administrativo Fiscal - Decreto Nº 33.269/2011. 
14 Código de ética dos servidores da carreira auditoria tributária - Lei 
Distrital nº 845/1994 
15 
Código Tributário do Distrito Federal (LC DF nº. 4/94). 
Parcelamento de créditos de natureza tributária e não tributária 
(LC DF nº. 432/2001). Atualização monetária dos créditos de 
natureza tributária e não tributária (LC DF nº. 833/2011). 
Decreto-Lei nº. 82/66, no que couber, em conformidade com a LC 
DF nº 4/94 (disposições vigentes aplicáveis ao IPTU e ao ISS). 
16 
LC 53/97 (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF). Ajuste 
SINIEF 07/2005 (Nota Fiscal Eletrônica – NF-e). Decreto nº. 
26.529/ 2006 e Portaria SEF nº. 210/2006 (Livro Fiscal 
Eletrônico). Lei nº. 4.159/2008, Decreto nº. 29.396/2008 e 
Portarias SEF nºs 323/2008 e 113/2009 (Nota Legal). Lei nº. 
9.784/99, aplicável no Distrito Federal por força da Lei Distrital nº 
2.834/2001. 
17 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital. 
 
 
 
 
 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
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Apresentação 1 
1 – Isenção 6 
2 - Não incidência 12 
3 – Contribuinte 23 
4 – Responsável 24 
5 - Base de cálculo 30 
6 – Alíquota 41 
7 – Definições constantes do regulamento brasiliense 50 
 
 
Exercícios Resolvidos 52 
Lista das Questões Apresentadas 84 
Gabarito 99 
 
Índice 
 
Legislação Tributária para Auditor Fiscal da Receita do 
Distrito Federal - Teoria e Exercícios – Aula 02 
Professor Marcelo Seco 
 
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1 – Isenção 
 
Pessoal, temos 175 casos de isenção previstos no regulamento brasiliense. 
Se contarmos as variações de cada um deles, chegaremos a um número 
absurdo. O mesmo acontece com as reduções de base de cálculo. 
 
O que fazer? 
 
Não creio que essa informação venha a ser explorada pelo examinador, pois é 
o tipo de conhecimento que não se deve buscar aferir ao avaliar um candidato. 
O dia a dia do Auditor Fiscal passa-se com o regulamento e demais normas 
abertos na tela do computador, pois não há como saber de tudo, como reter 
tamanha quantidade de regras! 
 
Mesmo assim, é importante dar uma olhada rápida nas isenções, para 
ter ideia do que se trata, mas nem pense em tentar decorá-las. Eu não 
vou reproduzir aqui os casos de isenção, pois não há sentido nisso. 
 
Se você ainda não tem a sua versão do regulamento, providencie-a agora, pois 
ainda temos muito tempo até a prova. Melhor se for uma versão editável, para 
que você possa fazer anotações nela. 
 
As isenções estão no Anexo I do regulamento, que pode ser encontrado no site 
da Sefaz DF. 
 
1.1 - O que saber sobre a isenção? 
 
Vocês estudaram a isenção no direito tributário, mas vamos lembrar dos 
momentos relevantes da constituição do crédito tributário: 
 
Primeiro 
Hipótese de Incidência + Fato Gerador = Obrigação Tributária Principal. 
Segundo 
Obrigação Tributária Principal + Lançamento = Crédito tributário Constituído. 
Terceiro 
A isenção exclui o crédito tributário. 
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Nos casos de isenção existe incidência do imposto e, teoricamente, constitui-se 
o crédito tributário (na prática isso não ocorre, pois nem há constituição do 
crédito), contudo, tal crédito é excluído, na forma do Art. 175 do CTN. 
 
Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; 
II - a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o 
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação 
principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. 
 
1.2 - O que interessa para a isenção no ICMS? 
 
Com as informações abaixo conseguimos resolver muitas questões. Vamos lá! 
 
� A isenção só pode ser concedida se aprovada pelo Confaz; 
� Isenções e outros benefícios concedidas fora do Confaz são 
inconstitucionais, o que dá direito à UF prejudicada de glosar o benefício, 
cobrando a diferença caso seja prejudicada; 
� No caso geral, saída isenta não gera débito e não dá direito a crédito 
para o comprador; 
� Quando, na entrada da mercadoria, já se souber que a saída será isenta, 
não se pode escriturar o crédito; 
� Se a saída isenta não estava prevista, o crédito da entrada a ela relativa 
deverá ser estornado; 
� Em alguns casos a lei pode autorizar a manutenção do crédito, mesmo 
com saídas isentas; 
� Redução de base de cálculo é considerada uma forma de isenção; 
� Imunidade é uma forma de isenção, que dizemos qualificada por estar na 
CF; 
� Nos casos de isenção, há incidência do imposto, só não há obrigação 
principal a cumprir; 
� A maioria das isenções tem objetivo social ou de fomento à economia; 
� Algumas isenções existem nos regulamentos apenas para ratificar 
dispositivos que existem na CF ou na LC 87/96; 
� Embora sejam conceitos muito diferentes, isenção e não incidência 
acabam tendo o mesmo efeito no que diz respeito ao tratamento dos 
débitos e créditos do imposto. 
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1.2.1 – Efeito da isenção no meio da cadeia 
 
No caso do ICMS, isenção no meio da cadeia, por estranho que pareça, vai 
gerar cumulatividade do imposto. Nessa situação, a LC 87/96 regulou o 
aproveitamento do crédito da última operação tributada caso trate-se de 
produto agropecuário ou de outro autorizado na Lei Estadual. 
 
Ainda estudaremos o crédito fiscal, mas vamos ver o que ocorre quando temos 
essa situação com produto não amparado por esse aproveitamento. 
 
Exemplo: 
 
Indústria química vende 200 de matéria prima para indústria de plásticos, que 
faz luvas descartáveis e as vende por 400 para o comércio. 
O comércio vende essas luvas por 500 para o consumidor. 
Alíquota 17%. 
 
Com todas operações tributadas, teríamos: 
 
Indústria Química - D 34 recolhe 34 
Indústria de Plásticos – C 34 D 68 recolhe 34 
Comércio – C 68 D 85 recolhe 17 
Carga tributária final 85 
 
 
Com isenção para a venda efetuada pela Indústria de Plásticos, 
teríamos: 
 
Indústria Química - D 34 recolhe 34 
Indústria de Plásticos – C 0 D 0 recolhe 0 
Comércio – C 0 D 85 recolhe 85 
Carga tributária final 119 
 
A carga final foi maior com a situação de isenção no meio da cadeia, em 
virtude do não aproveitamento do crédito da última operação tributada antes 
da operação isenta. 
 
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1.3 – Disposições gerais sobre Isenção no regulamento brasiliense 
 
Ficam isentas do ICMS as operações e as prestações indicadas no Caderno I 
do Anexo I, nas condições ali estabelecidas. 
 
Somente serão concedidas ou revogadas nos termos do Confaz: 
� isenção 
� redução de base de cálculo; 
� devolução total ou parcial, condicionada ou não, direta ou indireta, do 
imposto a contribuinte, responsável ou terceiro; 
� concessão de crédito presumido; 
� prorrogações e extensões das isenções vigentes. 
 
A inobservância dos dispositivos do Confaz acarretará, imediata e 
cumulativamente: 
� a nulidade do ato e a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao 
estabelecimento recebedor da mercadoria ou serviço; 
� a exigibilidade do imposto não-pago ou devolvido e a ineficácia da lei 
ou ato de que conste a dispensa do débito correspondente. 
 
O disposto aplica-se a quaisquer incentivos ou favores fiscais ou financeiros 
fiscais dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do ônus do 
ICMS. 
 
Turma, o dispositivo acima, inserido no regulamento brasiliense, permite ao DF 
efetuar a glosa de créditos irregulares, concedidos à revelia do Confaz. 
Estudaremos isso na aula sobre crédito fiscal. 
 
 
O DF pode efetuar a glosa de créditos fiscais 
irregulares, originados em benefícios concedidos à 
revelia do Confaz. 
 
Não se verificando as condições ou requisitos que legitimaram o benefício 
fiscal, o imposto será considerado devido desde o momento em que 
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ocorreu a operação ou prestação, devendo ser exigido do contribuinte ou 
responsável, com os acréscimos legais cabíveis. 
 
Os convênios de natureza autorizativa somente produzirão efeitos após sua 
homologação pela Câmara Legislativa. 
 
1.4 – Outros benefícios fiscais 
 
1.4.1 - Redução da base de cálculo (BC) 
 
Fica reduzida a BC das operações e das prestações relacionadas no Caderno II 
do Anexo I. 
 
A redução será condicionada a não apropriação proporcional dos créditos 
fiscais relativos a entrada feita para: 
� comercialização ou prestação de serviço, quando a saída for beneficiadacom redução de BC; 
� integração ou consumo em processo de industrialização ou produção 
rural, quando a saída do produto resultante for beneficiada com a 
redução de BC. 
 
Exemplo: 
 
Comércio compra mercadorias para revender. Na entrada, a mercadoria vem 
com tributação normal, e ICMS destacado de 100. A empresa já sabe que vai 
revender com redução da BC, estipulada em 65%. Assim, não se apropria dos 
100 de crédito, mas apenas de 35. 
 
Indústria compra matéria prima para seu processo produtivo. Na entrada, a 
mercadoria vem com tributação normal, e ICMS destacado de 200. A empresa 
já sabe que vai vender a sua produção com redução da BC, estipulada em 
40%. Assim, não se apropria dos 100 de crédito, mas apenas de 60. 
 
Informações gerais sobre a redução de BC 
 
Normas gerais, não expressas no regulamento. 
 
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A fruição dos benefícios de redução de base de cálculo fica condicionada à 
não apropriação proporcional dos créditos fiscais relativos à entrada no 
estabelecimento. Exceto nos casos em que for permitida a manutenção do 
crédito. 
 
Se, por ocasião da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço, for 
imprevisível que a saída subsequente ocorrerá ao abrigo de redução de base 
de cálculo, a fruição do benefício fica condicionada ao estorno proporcional 
dos créditos. Exceto nos casos em que for permitida a manutenção do 
crédito. 
 
1.4.2 – Crédito presumido 
 
As operações e prestações relacionadas no Caderno III do Anexo I, por opção 
do contribuinte, gozarão de crédito presumido, nos percentuais e condições ali 
indicados. 
 
O benefício fica condicionado à prévia comunicação da opção à Sefaz. 
 
1.4.3 – Suspensão 
 
As operações relacionadas no Caderno IV do Anexo I são efetuadas com 
suspensão do imposto. 
 
Não se verificando as condições, o imposto será exigido do adquirente ou do 
remetente, dependendo do caso. 
 
Por ocasião do retorno da mercadoria, se for o caso, o destinatário emitirá 
Nota Fiscal, com destaque do imposto, nas hipóteses em que for devido. 
 
Esgotado o prazo previsto para a suspensão, ou na hipótese de não se 
configurar a condição que a autorize, o contribuinte adquirente ou remetente 
deverá debitar-se do imposto, e a outra parte poderá creditar-se. 
 
Caros, na suspensão, o Fisco permite que a mercadoria circule sem pagamento 
do imposto, pois presume-se que ela foi apenas dar um passeio, e logo estará 
de volta ao estabelecimento de origem. Por óbvio, nesses casos, há algum 
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interesse de fomentar o desenvolvimento econômico, facilitando a vida das 
empresas. 
 
Exemplo: 
 
Indústria A remete equipamento para ser consertado pelo fabricante B. A 
remessa ocorre com suspensão do imposto. 
 
Caso o fabricante B utiliza peças no conserto, devera, na devolução do 
equipamento, emitir nota com destaque do ICMS devido pelas peças aplicadas. 
 
Caso o equipamento não retorne à indústria A dentro do prazo estipulado, o 
Fisco presume que o equipamento não irá voltar, e que, então, não se tratou 
de operação com direito a suspensão. Nessa situação descaracteriza-se o 
benefício: A deverá se debitar do imposto da saída, e B poderá se creditar 
desse valor. 
 
1.4.4 – Diferimento 
 
Fica diferido o recolhimento do imposto nas operações relacionadas no 
Caderno V do Anexo I, observadas as condições ali previstas. 
 
O diferimento é um dos tipos de substituição tributária. Vamos estudá-lo em 
aulas futuras. 
 
2 - Não incidência 
 
Na prática, o efeito de isenção e não incidência é o mesmo. Mas são institutos 
jurídicos diferentes, e as bancas adoram brincar com isso. Então, precisamos 
saber as não incidências do regulamento, para matar eventual questão 
que traga, também, hipóteses de isenções. 
 
2.1 - O imposto não incide 
 
Vamos estudar cada caso de não incidência. 
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2.1.1 – Livro, jornal, revista e papel 
 
Operação com livros, jornais e periódicos, bem como o papel destinado a sua 
impressão. 
 
A não incidência não se aplica a papel encontrado com pessoa diversa de 
empresa jornalística, editora ou gráfica impressora de livro, jornal ou 
periódico. 
 
O que é livro? 
 
O volume ou tomo de publicação de conteúdo literário, didático, científico, 
técnico ou de entretenimento, excluídos: 
� os livros em branco ou simplesmente pautados, bem como os riscados 
para escrituração de qualquer natureza; 
� os livros pautados de uso comercial; 
� as agendas e todos os livros deste tipo; 
� os catálogos, listas e outros impressos que contenham propaganda 
comercial. 
 
Exemplos: 
 
Papel para propaganda comercial, tributado. 
Papel para campanha eleitoral, tributado. 
Papel para anúncio a ser distribuído junto com revista, tributado. Se o anúncio 
vier encartado na revista não há tributação. 
Cadernos e agendas, tributados. 
Livros em branco e livros fiscais, tributados. 
Lista telefônica com propaganda, tributada. 
Lista telefônica sem propaganda, não tributada. 
Álbum de figurinhas, não tributado. 
Apostila, não tributada. 
 
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No DF, papel encontrado em local que não seja 
empresa jornalística, editora ou gráfica, perde o 
direito à não incidência. 
 
2.1.2 – Energia e Petróleo 
 
Operação que destine a outra unidade federada energia elétrica e petróleo, 
inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando 
destinados à comercialização ou à industrialização. 
 
Meus caros, essa questão do petróleo e da energia está clara para vocês? 
Espero que sim. Não levem essa dúvida para a prova! 
 
E não se esqueçam de que: 
� sempre que eu disser petróleo e energia, estarei dizendo: energia 
elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e 
gasosos dele derivados; 
� os dispositivos não se aplicam ao álcool combustível. 
 
Não incide na saída interestadual para comercialização e industrialização por 
quê? 
 
Porque, em virtude de determinação constitucional, o ICMS de petróleo e 
energia deve ficar inteiramente para o estado de destino. Logo, no momento 
da revenda do petróleo e da energia, ou dos produtos em que eles foram 
empregados, o estado destinatário vai ficar com o valor integral do imposto, 
dado que não haverá crédito pela entrada. 
 
E se a saída interestadual for para consumidor final (que não vai revender nem 
integrar ao processo produtivo), incide? 
 
Também não incide! Porque vai incidir no momento da entrada no Estado do 
destinatário. Isso se deve ao fato de que, como não haverá saída posterior 
(pois não vai ser comercializado nem industrializado), estabeleceu-se a 
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ocorrência de um fato gerador no momento da entradano território da UF de 
destino. 
 
Resumindo 
 
Incide 
 
Na entrada de petróleo e de energia, quando não destinados à comercialização 
ou à industrialização, decorrente de operações interestaduais. 
 
Se a entrada for destinada a comercializar ou industrializar, não precisamos 
desse fato gerador, pois incidirá na saída subsequente, se essa saída for 
interna. Fato gerador padrão do ICMS. 
 
Não incide 
 
Nas saídas interestaduais relativas a energia e petróleo, quando destinados à 
industrialização ou à comercialização, porque incidirá ICMS na saída 
subsequente, dentro do Estado de destino, se essa saída for interna. Fato 
gerador padrão do ICMS. 
 
Se a saída interestadual não for para comercializar ou industrializar, também 
não incide na saída, pois incidirá na entrada no estado de destino. 
 
2.1.3 – Ouro 
 
Operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou 
instrumento cambial. 
 
Já sabemos que nesse caso incide o IOF. 
 
2.1.4 – Mercadorias para prestação de serviço 
 
Operação relativa a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser 
utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço compreendido 
na competência tributária dos Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas 
em lei complementar aplicável. 
 
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Com exceção das ressalvas da LC 116/03, que estudamos na aula anterior, as 
mercadorias e materiais a serem utilizados pelo prestador de serviço não estão 
sujeitas ao ICMS. 
 
Isso só vale se o serviço estiver na lista da LC 116/03. Não se esqueçam de 
que há casos em que mercadoria e serviço são tributados totalmente pelo 
ICMS. 
 
2.1.5 - Transferência de propriedade de estabelecimento 
 
Operação de qualquer natureza, dentro do território do Distrito Federal, de que 
decorra transferência de propriedade de estabelecimento industrial, comercial 
ou de outra espécie, ou mudança de endereço. 
 
Empresa com sede no DF foi vendida e continuará a operar na mesma sede, 
não incide ICMS. 
 
Empresa com sede no DF foi vendida, e o estabelecimento vai se mudar para 
São Paulo. Não incide pela venda do estabelecimento, mas incide pela 
circulação da mercadoria. 
 
2.1.6 – Alienação Fiduciária 
 
Operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a 
operação efetuada pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor. 
 
Indústria faz empréstimo bancário, alienando em garantia um equipamento de 
seu parque industrial. Não incide imposto. 
 
Indústria não paga empréstimo e banco toma equipamento. Não incide 
imposto. 
 
2.1.7 - Arrendamento Mercantil 
 
Operação de contrato de arrendamento mercantil. 
 
Empresa arrenda trator para suas operações. Não incide imposto. 
 
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A mesma empresa, ao final do contrato de arrendamento, adquire o bem. 
Incide imposto. 
 
2.1.8 – Salvados e sinistro 
 
Operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens 
móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras. 
 
Chico Lopes tem seu carro roubado. Como era precavido e havia feito seguro, 
recebe a indenização da seguradora. Algum tempo depois a seguradora 
recupera o veículo. 
 
Na transferência de Chico Lopes para a seguradora não incide imposto. Se o 
bem for de pessoa jurídica, também não incide. Mas vejam que a transferência 
do salvado tem que ser para a seguradora. 
 
Se a seguradora vender o veículo, há incidência. 
 
2.1.9 –Armazém Geral e Depósito Fechado 
 
A saída de mercadoria com destino a armazém geral ou para depósito fechado 
do próprio contribuinte, no Distrito Federal, para guarda em nome do 
remetente, e o seu retorno ao estabelecimento do depositante. 
 
Empresa comercial do DF remete mercadorias para Armazém Geral dentro do 
DF. Não incide ICMS. Se a remessa for para Armazém geral em São Paulo, 
incidência normal. 
 
Empresa industrial do DF remete mercadorias para seu Depósito Fechado 
dentro do DF. Não incide ICMS. Se a remessa for para Armazém geral no Rio 
de Janeiro, incidência normal. 
 
As empresas que haviam remetido para AG ou DF solicitam a devolução, em 
retorno para seus estabelecimentos. Não incide nessa saída. 
 
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2.1.10 - Saída de bem do ativo imobilizado 
 
A alienação de bens desincorporados do Ativo Permanente de 
estabelecimento de contribuinte do Imposto, desde que não seja vendido 
ou transferido para outra UF antes de 12 meses da sua aquisição. 
 
Empresa comercial vende veículos de sua frota, depois de 12 meses da 
aquisição. Não incide imposto. 
 
Se a venda for efetuada antes de 12 meses, incidência normal. 
 
Se os veículos forem transferidos para filial em outra UF, incidência normal. 
 
2.1.11 – Exportação 
 
Operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive 
produtos primários e produtos industrializados semielaborados, ou serviços. 
 
Já sabemos que as exportações são imunes, mas vamos ver alguns detalhes 
desse caso de não incidência. 
 
Equiparação a exportação 
Equiparam-se às operações destinadas ao exterior, as saídas de mercadorias 
realizadas com fim específico de exportação para o exterior destinadas a: 
 
� empresa comercial exportadora, (trading company e demais empresas 
de exportação inscritas na Secex); 
� outro estabelecimento da mesma empresa ou 
� armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro 
 
Nos casos de empresa exportadora e estabelecimento da mesma empresa, é 
necessária a concessão de regime especial, que preverá: 
 
� que o exportador assuma a responsabilidade solidária pelo recolhimento 
dos débitos do remetente, na hipótese de não efetivação da exportação; 
� que o exportador assuma a obrigação de comprovar que as mercadorias 
foram efetivamente exportadas nos prazos previstos na legislação; 
� outras obrigações.
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Exemplos: 
 
Empresa comercial do DF remete, para São Paulo, produtos a serem 
exportados por empresa exportadora. Não incide ICMS nessa remessa. É 
necessário obter regime especial, e a exportadora deve estar registrada na 
Secex. 
 
Indústria do DF remete equipamento de sua produção, para ser exportado por 
sua filial situada na Bahia. Não incide ICMS nessa remessa. É necessário obter 
regime especial. 
 
Mineradora do DF remete seus produtos a entreposto aduaneiro em Minas 
Gerais, para serem exportados. Não incide ICMS nessa remessa. Não é 
necessário regime especial. 
 
Nos três exemplos citei remessas interestaduais. Se fossem remessas para 
dentro do DF, também não haveria incidência. 
 
Transporte até o porto 
 
Considera-se destinado ao exterior o serviço de transporte, vinculado a 
operação de exportação, de mercadorias até o ponto de embarque em 
território nacional. 
 
Atenção nesse caso, pois trata-se de disposição que não consta na LC 87/96. 
Alguns estados estabelecem a não incidênciaexpressa sobre o serviço de 
transporte que leva a mercadoria a ser exportada até o local de embarque. 
 
Exemplo: 
 
Se uma indústria brasiliense faz uma exportação pelo porto de Vitória, não 
incidirá ICMS no sobre o serviço de transporte das mercadorias até o porto. 
 
Fornecimento para navios e aviões 
 
A não incidência sobre exportações aplica-se à saída de produtos 
industrializados de origem nacional, destinada ao consumo ou uso de 
embarcações ou aeronaves de bandeira estrangeira, aportadas no País, 
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qualquer que seja a finalidade do produto a bordo, podendo este destinar-se 
ao consumo da tripulação ou passageiros, ao uso ou consumo durável da 
própria embarcação ou aeronave, ou à sua conservação ou manutenção, 
observadas as seguintes condições: 
 
� operação efetuada de acordo com as normas da receita federal; 
� adquirente sediado no exterior; 
� pagamento em moeda estrangeira: 
� direto, fechamento de câmbio em banco; 
� indireto, conta de custeio do armador adquirente. 
� comprovação do embarque pela autoridade competente 
 
Exemplo: 
 
Empresa de manutenção de aeronaves fornece peças para reparo de aeronave 
de propriedade de empresa aérea inglesa, pousada no aeroporto de Brasília. A 
operação é registrada na receita federal como exportação. A empresa aérea 
tem sede na Inglaterra e o pagamento é feito em libras. Não incide ICMS. 
 
Se o pagamento fosse feito em reais, incidiria ICMS. 
 
Não efetivação da exportação 
 
O remetente ficará obrigado ao recolhimento do imposto e acréscimos, 
inclusive o ICMS transporte, nos casos em que não se efetivar a exportação 
(fica desobrigado se o pagamento for feito pelo destinatário, em favor do DF): 
� em 180 dias da saída do seu estabelecimento; 
� em 90 dias da saída, se produtos primários e semi-elaborados; 
� em razão de perda, furto, roubo, incêndio, calamidade, perecimento, 
sinistro da mercadoria, ou qualquer outra causa; 
� em virtude de reintrodução da mercadoria no mercado interno; 
� em razão de descaracterização da mercadoria, seja por beneficiamento, 
rebeneficiamento ou industrialização. 
 
Os prazos, antes de expirados, poderão ser prorrogados, uma única vez, por 
igual período, mediante requerimento formulado. 
 
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O recolhimento não será exigido na devolução ao remetente, dentro dos 
prazos. Salvo disposição em contrário, não será admitida a devolução 
simbólica. 
 
Alguns exemplos de exportação ocorridos com uma indústria 
brasiliense: 
 
Exportou mercadorias para os Estados Unidos. Não Incide. 
 
Enviou equipamento para ser consertado na Alemanha. Não incide. 
 
O equipamento voltou da Alemanha e, no desembaraço, a indústria declarou 
que foram agregadas novas funcionalidades a ele. Incide ICMS sobre o valor 
gasto para essa melhoria. 
 
Enviou parte da produção para receber pintura especial que só pode ser feita 
na Venezuela. Mercadoria saiu do Brasil sob o amparo do regime de 
Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo. Não incide 
imposto. 
 
Mercadoria volta da Venezuela, pintada. Incide imposto sobre o valor da 
pintura. 
 
Negociou quatro vendas para o exterior. 
 
A logística em cada uma das vendas será diferente: 
 
O lote 1 vai ser enviado a uma trading em Santos. Não incide imposto na 
saída, nem no transporte. 
 
O lote 2, antes da exportação, vai ser enviado para sua filial em Vitória. Não 
incide imposto na saída, nem no transporte. 
 
O lote 3 vai para entreposto aduaneiro no Porto de Rio Grande. Não incide 
imposto na saída, nem no transporte. 
 
O lote 4 vai para empresa exportadora no Rio de Janeiro. Não incide imposto 
na saída, nem no transporte. 
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Algum tempo depois, constata-se que a empresa teve problemas com as 4 
exportações: 
 
O lote 1, após 180 dias, não havia sido exportado. A empresa obteve, antes do 
final do prazo, a sua prorrogação. Após 60 dias consegue efetivar a 
exportação. Não incide imposto. 
 
O lote 2, após 180 dias, não havia sido exportado, e a empresa não conseguiu 
prorrogar o prazo. Incide ICMS, e considera-se devido à época da saída inicial, 
inclusive sobre o transporte. 
 
O lote 3 foi danificado dentro do entreposto aduaneiro, ficando imprestável. 
Incide ICMS, e considera-se devido à época da primeira saída, inclusive sobre 
o transporte. 
 
O lote 4 foi exportado. Contudo, o cliente devolveu a mercadoria, que acabou 
voltando ao Brasil, sendo desembaraçada em São Paulo e remetida para o 
Distrito Federal. Incide ICMS e considera-se devido à época da saída. 
 
Lembrando que tudo o que foi dito para exportação de mercadorias, vale 
também para exportação de serviços, quando aplicável. 
 
 
Resumo da Não Incidência do ICMS no DF 
Saídas de jornais, periódicos e livros, e de seu papel. 
Saídas interestaduais de energia petróleo. 
Operações com ouro, quando ativo financeiro ou instrumento cambial. 
Saída de mercadorias para utilização de serviços da lista do ISS. Exceto 
ressalvas. 
Transferência de propriedade de estabelecimento. 
Alienação fiduciária. 
Arrendamento mercantil, exceto a venda do bem arrendado ao 
arrendatário. 
Transferência de bens móveis salvados de sinistro para companhias 
seguradoras. 
Saídas para AG e Depósito Fechado dentro do Estado, para depósito em 
nome do remetente, e seu retorno ao depositante. 
Saída de bem do ativo imobilizado ou do uso e consumo do 
estabelecimento. 
Operações e prestações para o exterior. 
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3 – Contribuinte 
 
No regulamento brasiliense, contribuinte é qualquer pessoa, física ou 
jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize 
intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou de bem ou 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. 
 
 
Contribuinte 
 
PF ou PJ, que realize circulação ou prestação com 
habitualidade ou volume comercial. 
 
É também contribuinte a pessoa física ou jurídica mesmo sem 
habitualidade ou intuito comercial: 
 
� importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua 
finalidade; 
� seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se 
tenha iniciado no exterior; 
� adquira em licitação pública mercadorias ou bens importados 
apreendidos ou abandonados; 
� adquira petróleo ou energia elétrica, inclusive lubrificantes, oriundos de 
outra UF, quando não destinados à comercialização ou à 
industrialização; 
� na condição de arrendadora, realize operação de arrendamento 
mercantil. 
 
A condição de contribuinte independe de encontrar-se a pessoa regularmente 
constituída ou estabelecida, bastando que configure unidade econômica que 
pratique as operações ou prestações definidas como FG do ICMS. 
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Contribuinte PF ou PJ, mesmo sem habitualidade ou 
volume comercial: 
importar mercadoria, bem ou serviço 
comprar em leilão 
comprar petróleo ou energia de outra UF para uso ou 
consumo. 
 
4 – Responsável 
 
A determinação dos responsáveis segue as normas gerais estabelecidas no 
CTN, adequando-se às características do tributo, e dispondo sobre várias 
situações específicas. Vamos dar uma olhada no que diz o regulamento do 
ICMS brasiliense. 
 
4.1 - Responsabilidade Solidária 
 
Fica atribuída a responsabilidade solidária pelo pagamento do imposto e 
acréscimos legais devidos pelo contribuinte ou responsável: 
� ao leiloeiro, em relação às saídas decorrentes de arrematação em leilões; 
 
� ao síndico, comissário, inventariante ou liquidante, em relação às saídas 
decorrentes de sua alienação em falências, concordatas, inventários ou 
dissoluções de sociedade, respectivamente; 
 
� aos transportadores, depositários e demais encarregados da guarda ou 
comercialização, ainda que estabelecidos em outra UF: 
� na sua saída ou transmissão de propriedade, quando depositados 
por contribuinte do DF; 
� na sua entrega pelo depositário de recinto alfandegado, quando 
importados do exterior, sem a autorização do órgão de 
desembaraço; 
� no seu recebimento para depósito, sem documentação fiscal ou 
com documentação inidônea; 
� na sua entrega a destinatário não designado no território DF, 
quando proveniente de qualquer unidade federada; 
� na sua comercialização, no território do DF, durante o transporte; 
� na sua aceitação para despacho ou no seu transporte, sem 
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documentação fiscal ou com documento inidôneo; 
� na sua entrega em local ou para destinatário diverso do indicado 
na documentação fiscal; 
 
� aos endossatários de títulos representativos de mercadorias; 
 
� à pessoa jurídica de direito privado resultante de fusão, transformação, 
cisão ou incorporação, pelo montante devido pelas pessoas jurídicas 
originárias ou derivadas; 
 
� à pessoa física ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, a 
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, 
industrial ou de prestação de serviços, e continuar a respectiva 
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome 
individual, relativamente ao fundo de comércio ou estabelecimento 
adquirido, sempre que o alienante cessar a sua exploração e não iniciar, 
dentro de seis meses, nova atividade, no mesmo ou em outro ramo de 
comércio, indústria ou prestação de serviço; 
 
� àquele que promover a saída sem documentação fiscal ou com 
documentação fiscal inidônea, relativamente à operação subsequente 
com a mesma mercadoria ou serviço; 
 
� àquele que não efetivar a exportação de mercadoria ou serviço recebido 
para esse fim, ainda que em decorrência de perda; 
 
� ao entreposto aduaneiro ou a qualquer pessoa que promover a saída de 
mercadoria ou bem, originário do exterior, com destino ao mercado 
interno, sem documentação fiscal ou com destino a estabelecimento 
diverso daquele que tiver importado ou adquirido em licitação pública; 
 
� à pessoa que realizar a intermediação de serviço iniciado no exterior, 
sem a correspondente documentação fiscal ou quando vier a ser 
destinado a pessoa diversa daquela que o tiver contratado; 
 
� ao representante, mandatário, comissário ou gestor de negócio, em 
relação à operação ou prestação feita por seu intermédio; 
 
� à pessoa que, tendo recebido mercadoria ou serviço sem incidência do 
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imposto ou beneficiado por isenção, redução de alíquota ou de base de 
cálculo, desde que concedidas sob condição, deixar de cumpri-la; 
 
� ao estabelecimento gráfico que imprimir documentos fiscais, se o débito 
do imposto tiver origem nos mencionados documentos, quando não 
houver: 
� o prévio credenciamento do referido estabelecimento; 
� a prévia autorização fazendária para a impressão; 
 
� ao fabricante ou ao credenciado de equipamento emissor de cupom 
fiscal, bem como ao produtor, ao programador ou ao licenciante do uso 
de programa de computador “software”, sempre que, por meio de 
dispositivos, mecanismos ou funções do equipamento ou programa, 
colaborarem para a insuficiência ou falta de pagamento do imposto; 
Abrange também o terceiro que, mediante sua intervenção, por qualquer 
meio, em equipamento ou programa, concorra para a prática de infração. 
 
� àquele que, nas operações ou prestações que realizar, não exibir ou 
deixar de exigir de outro o respectivo Documento de Identificação Fiscal 
- DIF, se de tal descumprimento decorrer o seu não pagamento; 
 
� qualquer pessoa física ou jurídica que tenha interesse comum na 
situação que constitua fato gerador da obrigação tributária ou que 
concorra efetivamente para a infração com o objetivo de suprimir ou 
reduzir o imposto devido. 
Presume-se ter interesse comum, com o alienante ou o prestador, o seu 
adquirente ou tomador quando: 
� a operação ou prestação for realizada: 
� sem a emissão de documentação fiscal; 
� com a emissão de documentação fiscal inidônea; 
� se comprovar que o valor constante do documento foi inferior ao 
real. 
A presunção condiciona-se ao efetivo recebimento da mercadoria ou do 
serviço por parte do adquirente ou do tomador. 
 
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Exemplos de responsabilidade solidária: 
 
Armazém Geral recebe mercadoria sem emissão de documento fiscal idôneo. 
 
Atacadista de São Paulo remete mercadoria para Armazém Geral no DF. Na 
saída interestadual, ICMS para São Paulo. Chegando no DF a mercadoria entra 
no AG, que passa a ser responsável tributário, podendo creditar-se do valor 
recolhido para São Paulo pela operação interestadual. Na subsequente saída, 
seja para onde for, o AG do DF debita o imposto devido para o DFl. 
 
Transportadora é contratada para levar carga até Ceilândia. O endereço 
constante na Nota Fiscal é de Ceilândia. No caminho, o remetente pede para 
entregar a mercadoria em Brasília. Se a transportadora não exigir nova nota 
fiscal ou não avisar o ocorrido à Sefaz, será responsável pelo imposto devido, 
referente à mercadoria. 
 
Caminhão é flagrado transportando mercadoria desacompanhada de Nota 
Fiscal. Será responsável tributária pelo pagamento do ICMS referente à 
mercadoria. 
 
Supermercado de Brasília dá entrada no estoque de mercadorias sem nota 
fiscal. Será responsável pelo seu ICMS e pelo do remetente. 
 
Empresa provedora de armazenamento de dados do DF contrata serviço de 
transmissão de dados via satélite, e o prestador não emite nota referente à 
prestação. A empresa de armazenamento de dados será responsável pelo 
ICMS do prestador. 
 
 
Indústria de sapatos recebe couro vendido com isenção. O curtume vendeu a 
mercadoria com isenção pois a Indústria tinha um benefício condicionado à sua 
permanência por 5 anos em determinada região do Estado. Se a Indústria 
descumprir o acordo, e a isenção for revogada, será responsável pelo ICMS 
não cobradona saída do curtume. 
 
 
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Responsáveis Solidários no DF 
 
Responsável Situação 
leiloeiro arrematação em leilão 
síndico, comissário, inventariante, 
liquidante 
falências, concordatas, inventários ou 
dissoluções de sociedade 
transportadores, depositários e demais 
encarregados da guarda ou 
comercialização, dentro ou fora do DF 
várias situações 
endossatários de títulos de mercadoria transmissão de propriedade com saída 
simbólica 
PJ de direito privado resultante fusão, transformação, cisão ou incorporação 
PF ou PJ adquirente de fundo de comércio 
ou estabelecimento e continuar a 
exploração 
se o alienante cessar a sua exploração e não 
iniciar, em seis meses, nova atividade. Se 
iniciar em seis meses, temos 
responsabilidade subsidiária. 
quem promover a saída sem 
documentação ou com documentação 
inidônea, 
relativamente à operação subsequente com 
a mesma mercadoria ou serviço 
quem não efetivar a exportação se não se realizar a exportação, ainda que 
por motivo de perda 
entreposto aduaneiro ou qualquer 
pessoa que promover a saída de 
importados 
sem documentação ou com destino diverso 
do previsto 
quem realizar a intermediação de serviço 
iniciado no exterior 
sem documentação ou com destino diverso 
do previsto 
ao representante, mandatário, comissário 
ou gestor de negócio 
, em relação à operação ou prestação feita 
por seu intermédio 
pessoa que receber mercadoria com 
benefício concedido sob condição 
quando deixar de cumprir a condição 
gráfica imprimir documentos fiscais sem autorização 
fabricante de equipamento emissor de 
cupom fiscal, e produtor software 
sempre que colaborarem para a insuficiência 
ou falta de pagamento do imposto 
quem não exibir ou deixar de exigir 
comprovante de inscrição 
se de tal descumprimento decorrer não- 
pagamento do imposto 
qualquer PF ou PJ que tenha interesse 
comum na situação que constitua fato 
gerador ou que concorra efetivamente 
para a infração 
se houver objetivo de suprimir ou reduzir o 
imposto devido 
 
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4.2 - Responsabilidade Subsidiária 
 
Responde, subsidiariamente, a pessoa física ou jurídica de direito privado que 
adquirir de outra, a qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento 
comercial, industrial ou de prestação de serviços, e continuar a respectiva 
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome 
individual, pelo imposto relativo ao fundo de comércio ou estabelecimento 
adquirido, sempre que o alienante prosseguir na exploração ou iniciar, dentro 
de seis meses, nova atividade, no mesmo ou em outro ramo de comércio, 
indústria ou prestação de serviço. 
 
O contribuinte substituído responde, subsidiariamente, pela satisfação integral 
ou parcial da obrigação tributária, nas hipóteses de não retenção ou retenção a 
menor do imposto. 
 
Só temos dois casos de responsabilidade subsidiária, e vocês tem que sabê-
los de qualquer forma: 
 
� o adquirente de fundo de comércio, quando o vendedor continuar a 
exploração da atividade dento de seis meses da venda; 
 
� o substituído, quando o substituto não efetuar a retenção. 
 
Repare que, no último caso, o substituído, além de contribuinte, é também o 
responsável subsidiário. E perceba também que se fala em retenção, e não em 
pagamento. Se foi feita a retenção, mas não o pagamento, o substituído nada 
tem a ver com o caso. 
 
Responsáveis Subsidiários no DF 
Responsável Situação 
adquirente de fundo de 
comércio ou 
estabelecimento 
quando o vendedor continuar, dentro de seis meses, a 
exploração da atividade. Se não continuar, a 
responsabilidade é solidária. 
substituído se o substituto não efetuar a retenção 
 
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4.3 - Responsabilidade por Substituição Tributária 
 
A responsabilidade por substituição tributária é regulada nos artigos 13 a 15 
do regulamento brasiliense, que estudaremos em aula futura. 
 
Estamos falando de responsabilidade do substituto. 
 
5 - Base de cálculo 
 
São várias as definições de base de cálculo, vamos examinar cada uma delas. 
 
5.1 – Determinação da BC 
 
5.1.1 – Saídas e transmissão de propriedade 
 
A BC será o valor da operação nos seguintes casos: 
 
� saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de 
contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; 
� transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a 
represente, quando esta não transitar pelo estabelecimento do 
transmitente; 
� transmissão a terceiro, de mercadoria depositada em armazém geral ou 
em depósito fechado, no Distrito Federal; 
 
5.1.2 – Importação de mercadoria 
 
Na entrada de mercadoria ou bem importado do exterior, a BC será a soma 
das seguintes parcelas: 
� Valor da mercadoria ou bem constante do documento de importação; 
� Imposto de Importação; 
� Imposto sobre Produtos Industrializados; 
� Imposto sobre Operações de Câmbio; 
� Quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras, 
estas entendidas como as importâncias, necessárias e compulsórias, 
cobradas ou debitadas ao adquirente pelas repartições alfandegárias na 
atividade de controle e desembaraço da mercadoria. 
 
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O valor fixado pela autoridade aduaneira para a base de cálculo do Imposto de 
Importação, substituirá o valor declarado no documento de importação. 
 
Se o valor da operação estiver expresso em moeda estrangeira, será feita a 
conversão pela mesma taxa de câmbio utilizada no Imposto de Importação ou, 
na falta de tributação por este imposto, pela taxa vigente na data do 
desembaraço aduaneiro, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior, 
ainda que haja variação da taxa de câmbio até o pagamento efetivo do preço. 
 
Informações que não estão no regulamento brasiliense 
 
Entende-se como "despesas aduaneiras" aquelas verificadas até a saída da 
mercadoria da repartição alfandegária. Alguns regulamentos descrevem o 
que entra e o que não entra nesse item. Não é o caso do DF. 
 
Caso seja desconhecido algum dos valores que integram a base de cálculo, 
deve ser recolhido o ICMS sobre os valores conhecidos, sendo feita 
posteriormente a complementação. 
 
No caso de retorno de mercadoria remetido ao exterior para conserto a 
base de cálculo será o valor adicionado ou o valor das partes e peças 
empregadas, acrescido das parcelas já referidas. 
 
5.1.3 - Leilão 
 
Na aquisição em licitação pública de mercadoria importada do exterior 
apreendida ou abandonada, o valor da operação acrescido do valor do Imposto 
de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados e de todas as 
despesas cobradas do adquirente ou a ele debitadas. 
 
Esse item da aula traz o texto literal do regulamento. Para todos os efeitos, o 
II, caso incida na mercadoria arrematada em leilão, fará parte da BC do ICMS. 
Atualmente,não há II sobre a mercadoria arrematada em leilão, haja vista que 
sua incidência foi afastada para mercadorias que sofreram pena de 
perdimento, caso das que são leiloadas. 
 
Ocorre que essa não incidência do II foi estabelecida em 2003, e o RICMS 
brasiliense é de 1977. Provavelmente não se alterou o regulamento por não se 
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tratar de algo crítico, sem contar que, caso volte a existir II naquela situação, 
o texto já está pronto. Lembremos que, de acordo com o CTN, o II pode incidir 
sobre as mercadorias leiloadas. 
 
Enfim, a norma posta no regulamento é letra morta. Mas, na nossa prova, vale 
o que está no regulamento do ICMS. Para todos efeitos, o II sobre a 
mercadoria arrematada em leilão entra na BC do ICMS. Não houve incidência 
do II? Sem problemas, se não houve incidência, não há o que incluir na BC. 
 
5.1.4 – Fornecimento de alimentação 
 
No fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias, o valor total 
da operação, compreendendo o valor da mercadoria e dos serviços prestados. 
 
5.1.5 – Serviços na LC 116/03 
 
No fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não compreendidos 
na lista de serviços, o valor total da operação, compreendendo o valor da 
mercadoria e dos serviços prestados. 
 
No fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na 
lista de serviços e com ressalvas para o ICMS, o preço corrente da mercadoria 
fornecida ou empregada. 
 
5.1.6 – Transporte e Comunicação 
 
Na prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, o preço do serviço. 
 
Na hipótese de venda para entrega futura, de serviço de transporte sujeito ao 
imposto prestado mediante a emissão de bilhete de passagem, o valor da base 
de cálculo nele constante será atualizado pela Ufir. 
 
Considera-se preço os valores cobrados a título de acesso, adesão, ativação, 
habilitação, disponibilidade, assinatura e utilização dos serviços, bem assim 
aqueles relativos a serviços suplementares e facilidades adicionais que 
otimizem ou agilizem o processo de comunicação, independentemente da 
denominação que lhes seja dada. 
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5.1.7 – Substituição Tributária 
 
Para fins de substituição tributária a BC será: 
 
� em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, 
o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído. 
� em relação às operações ou prestações subsequentes, o somatório das 
parcelas seguintes: 
� o valor da operação própria do substituto tributário ou do 
substituído intermediário; 
� o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos 
cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores; 
� a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações 
ou prestações subsequentes; 
Em substituição ao disposto nos três itens acima, a BC poderá ser 
o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado 
considerado. 
 
Em se tratando de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único 
ou máximo, seja, fixado por órgão público, a BC para fins de substituição 
tributária, é o referido preço. 
 
Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, este 
será a BC para fins de substituição tributária. 
 
A MVA será estabelecida com base em preços praticados no DF, obtidos por 
levantamento, observados, em relação à pesquisa: 
� as principais regiões econômicas do Distrito Federal; 
� os preços à vista da mercadoria ou serviço; 
� a identificação do produto, considerando suas características 
particulares, tais como: tipo, espécie e unidade de medida. 
 
Para cálculo da MVA: 
� não serão considerados os preços de promoção ou de comercialização 
privilegiada; 
� sempre que possível será considerado o preço de mercadoria cuja venda 
no varejo tenha ocorrido em período não superior a 30 dias após a sua 
saída do estabelecimento fabricante, importador ou atacadista; 
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Nas operações a preço FOB, quando o transportador for o adquirente da 
mercadoria, o valor do frete e ou carreto a ser considerado para determinação 
da base de cálculo de substituição tributária será aquele arbitrado pela Sefaz. 
 
Na impossibilidade de inclusão dos valores referentes a frete ou seguro, por 
serem esses valores desconhecidos do substituto, o recolhimento será 
efetuado pelo destinatário, acrescido da margem de valor agregado. 
 
5.1.8 – Importação de serviços 
 
No recebimento, pelo destinatário, do serviço prestado ou cuja prestação se 
tenha iniciado no exterior, o valor da prestação do serviço, acrescido, se for o 
caso, de todos os encargos relacionados com sua utilização. 
 
5.1.9 – Entrada interestadual 
 
Na entrada, no território do Distrito Federal: 
 
� de mercadoria proveniente de outra unidade federada, a BC é o valor da 
mercadoria, acrescido do percentual de margem de valor agregado nas 
hipóteses de mercadoria: 
� sujeita ao regime de pagamento antecipado do imposto; 
� a ser comercializada, sem destinatário certo; 
� destinada a estabelecimento em situação cadastral irregular; 
 
� de energia elétrica e de petróleo, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização, a BC é o valor da operação de que 
decorreu a entrada. 
 
� de bens ou serviços adquiridos por contribuinte do imposto, destinados a 
uso, consumo ou ativo permanente, a BC é o valor da operação ou da 
prestação na unidade federada de origem. 
 
Turma, essa última hipótese trata da BC do diferencial de alíquota. 
Uma mercadoria no valor de 100 sai de São Paulo para o DF com 
alíquota de 7%. O remetente recolhe 7 para São Paulo. Supondo alíquota 
interna no DF de 17%, e também supondo que a mercadoria seja para 
uso ou consumo, ou seja, não haverá operação subsequente, na entrada 
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no estabelecimento brasiliense deverá ser recolhido diferencial de 
alíquota no valor de 10. 
 
Agora, supondo que essa mercadoria tivesse saído de São Paulo com IPI 
de 10, e supondo que essa mercadoria tivesse sido comprada para 
industrialização ou comercialização, sabemos que, na remessa, o IPI não 
teria entrado na base de cálculo. Caso a destinação da mercadoria seja 
alterada, esse IPI terá que ser acrescido à BC do diferencial de alíquota, 
que passará para 110, e o valor a ser recolhido a título de diferencial 
será: 
(110 x 17%) – 7 = 18,70 – 7 = 11,70 
 
5.1.10 – Situação irregular 
 
A BC é o valor da mercadoria, acrescido do percentual de margem de lucro 
fixado em razão do produto ou da atividade, quando: 
� da constatação da existência de estabelecimento em situação cadastral 
irregular; 
� do encerramento de atividades; 
� da falta de registro de documentos referentes à entrada de mercadoria 
na escrita fiscal e na comercial, se for o caso. 
 
5.2 - Integram a base de cálculo do imposto, inclusive na importação 
 
� o montante do próprio imposto, constituindoo respectivo destaque mera 
indicação para fins de controle; 
� seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, 
bem como descontos concedidos sob condição; 
� frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua 
conta e ordem e seja cobrado em separado; 
� montante do IPI, quando a mercadoria se destinar a consumo ou ativo 
permanente do estabelecimento destinatário ou a consumidor final. 
 
O ICMS é um imposto que se cobra por dentro, logo, o valor do tributo faz 
parte da própria base de cálculo. Na prova, quando se falar em valor da nota, 
valor da operação, valor da prestação ou valor da base de cálculo, sabemos 
que o imposto já está incluído. Por exemplo: 
 
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Uma operação de 100 (valor da NF) com alíquota de 25%, terá imposto 
calculado da seguinte forma: 
 
100 x 25% = 25 
 
Isso porque já nos foi dada a BC. 
 
Temos que tomar cuidado quando for necessário calcular a base de cálculo a 
partir do valor do produto, como, por exemplo, na importação. 
 
Se tivermos um produto importado que chegou ao desembaraço com valor de 
100, já incluídas todas as parcelas, e estiver faltando incluir o valor do ICMS, 
supondo que a alíquota seja de 25%, temos que fazer o seguinte: 
 
Valor da BC = 100/(1 – alíquota) = 100/ (1 – 0,25) = 100/0,75 = 133,33% 
 
Nesse caso, a BC é 133,33, e o imposto devido é: 
133,33 x 25% = 33,33 
 
Quando o valor do frete, cobrado por estabelecimento do mesmo titular da 
mercadoria ou por estabelecimento interdependente, exceder os níveis 
normais, o valor excedente será havido como parte do preço da mercadoria. 
 
Consideram-se interdependentes duas empresas quando: 
 
� uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, e respectivos cônjuges 
ou filhos menores, for titular de mais de 50% do capital da outra; 
� uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qualidade de diretor, 
ou sócio com funções de gerência; 
� uma delas locar ou transferir a outra, a qualquer título, veículo 
destinado ao transporte de mercadorias. 
 
Esse dispositivo destina-se a coibir prática usual nos casos em que a 
alíquota da mercadoria é alta e as empresas distribuidoras optam 
por simular a abertura de transportadora, para jogar grande parte 
do valor como frete e pagar alíquota reduzida do imposto. 
 
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5.3 - Não integram a base de cálculo do imposto: 
 
� o montante do IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e 
relativa a produto destinado a industrialização ou a comercialização, 
configurar fato gerador de ambos os impostos; 
� o valor dos descontos concedidos no ato da emissão do documento 
fiscal, desde que constem deste. 
 
5.3.1 - Descontos Incondicionais 
 
Muito bem, descontos incondicionais, ou seja, aqueles que já são concedidos 
na negociação e aparecem expressos na nota fiscal, não fazem parte da BC. 
Não esqueçam de que os descontos condicionais, ou seja, sujeitos a evento 
futuro, fazem parte, da base de cálculo, seja ou não satisfeita a condição 
estabelecida para a sua concessão. 
 
5.3.2 - Inclusão do IPI na BC do ICMS 
 
Quanto à inclusão do IPI na BC do ICMS, temos o seguinte: 
 
IPI integra a BC do ICMS, exceto quando três condições são satisfeitas 
simultaneamente: 
� operação realizada entre contribuintes do ICMS; 
� produto destinado à industrialização ou à comercialização; 
� operação é FG de ambos os impostos; 
 
Resumindo, o normal é que o IPI não integre a BC do ICMS nas vendas de 
indústria para indústria e de indústria para comércio. 
 
Dois exemplos: 
 
Indústria vende mercadoria para atacadista, no valor de 100, com IPI de 10. O 
atacadista pretende revender todo o produto. 
 
Indústria e Atacadista são contribuintes do ICMS? Sim! 
O produto é destinado para comercialização ou industrialização? Sim, 
comercialização! 
Essa operação foi FG de IPI e de ICMS? Sim! 
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Logo, satisfeitas as três condições, o IPI não estará na BC do ICMS, que será 
de 100. 
 
Indústria A vende mercadoria para Indústria B, no valor de 100, com IPI de 
10. A indústria B pretende utilizar todo o material na reforma de seu parque 
produtivo. 
 
Indústria A e Indústria B são contribuintes do ICMS? Sim! 
O produto é destinado para comercialização ou industrialização? Não! Ele vai 
ser consumido. 
Essa operação foi FG de IPI e de ICMS? Sim! 
 
Logo, não estão satisfeitas as três condições, e o IPI estará na BC do ICMS, 
que será de 110. 
 
Ainda sobre o IPI na BC do ICMS 
 
Quando a mercadoria, recebida para fins de comercialização ou industrialização 
for posteriormente destinada a consumo ou a ativo imobilizado, o IPI passará a 
fazer parte da BC do ICMS, que terá que ser recalculado. Vale tanto para o 
imposto normal da operação quanto para o diferencial de alíquota. 
 
Componentes da BC do ICMS 
 
Não integram a BC Integram a BC 
Descontos Incondicionais Descontos condicionais 
Despesas ocorridas dentro do porto, 
após o desembaraço. 
O valor do próprio imposto 
O IPI, quando atendidas as três 
condições: operação entre contribuintes 
do ICMS, para industrialização ou 
comercialização, FG dos dois impostos. 
Seguro, juros, e demais valores, pagos, 
recebidos ou debitados 
Frete, quando o transporte é efetuado pelo 
remetente ou por sua conta e ordem, e é 
cobrado em separado. 
IPI, quando mercadoria destinada para 
consumidor final, ou para consumo, ou 
para ativo fixo 
 
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5.4 - Valor da operação 
 
Valor da operação é aquele indicado no documento fiscal que acompanha a 
circulação da mercadoria. Na falta desse valor, temos que adotar as seguintes 
regras para chegar à base de cálculo. 
 
Na falta do valor da operação, a base de cálculo do imposto é: 
 
� o preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado 
atacadista do local da operação ou, na sua falta, no mercado 
atacadista regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou 
gerador, inclusive de energia elétrica; 
� o preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o remetente 
seja industrial; 
� o preço FOB estabelecimento comercial à vista, na venda a outros 
comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante. 
 
Para aplicação do preço FOB deverá ser adotado, sucessivamente: 
 
� o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na 
operação mais recente; 
� o preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado 
atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado 
atacadista regional. 
 
Não podendo ser aplicado o preço FOB, a base de cálculo será equivalente 
a 75% do preço de venda corrente no varejo. 
 
Se o estabelecimento remetente não efetuar operações de venda da 
mercadoria objeto da operação, aplicar-se-á a regra das saídas interestaduais 
para mesmo titular. 
 
5.5 – Outras disposições sobre a BC 
 
Na saída de mercadoria para estabelecimentolocalizado em outra UF, 
pertencente ao mesmo titular, a BC do imposto é: 
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� o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria; 
� o custo da mercadoria produzida, assim entendido a soma do custo da 
matéria-prima, material secundário, mão-de-obra e acondicionamento; 
� tratando-se de mercadoria não industrializada, o seu preço corrente no 
mercado atacadista do estabelecimento remetente. 
 
Nas operações ou prestações sujeitas ao imposto, caso haja reajuste do valor 
depois da saída ou da prestação, a diferença fica sujeita ao imposto no 
estabelecimento do remetente ou do prestador. 
 
Nas prestações de serviços sem preço determinado, a base de cálculo do 
imposto é o valor corrente destes no Distrito Federal. 
 
Quando imposto tiver por base o preço de mercadorias, bens, serviços ou 
direitos, a autoridade lançadora, arbitrará o valor, obedecidos os seguintes 
critérios: 
 
� preços médios no mercado atacadista ou varejista do Distrito Federal; 
� valor corrente das prestações de serviço, no Distrito Federal; 
� fixação de percentuais de lucro, em razão da mercadoria ou da atividade; 
� valor das operações ou prestações efetuadas em períodos idênticos, pelo 
mesmo ou por outros contribuintes que exerçam a mesma atividade, em 
condições semelhantes. 
� condições peculiares ao contribuinte; 
� elementos que exteriorizem a situação econômico financeira do 
contribuinte; 
� preços praticados pelo contribuinte, correspondentes ao período a que se 
aplicar o arbitramento. 
 
A receita bruta nunca poderá ser inferior ao custo dos produtos, mercadorias 
ou serviços, acrescido das despesas do estabelecimento. 
 
Quando se pode fazer a arbitragem? 
 
O valor tributável pode ser arbitrado pela autoridade fiscal, nas seguintes 
circunstâncias: 
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� não exibição ao agente da Fazenda Pública dos elementos necessários à 
comprovação do valor; 
� quando os registros efetuados pelo sujeito passivo não se basearem em 
documentos idôneos; 
� quando a operação ou a prestação tiver sido realizada sem 
documentação fiscal. 
 
A BC do imposto devido pelas empresas geradoras ou distribuidoras de energia 
elétrica, na condição de contribuintes ou de substitutos tributários, desde a 
produção ou importação até a última operação, é o valor da operação final da 
qual decorra a entrega do produto ao consumidor. 
 
6 – Alíquota 
 
6.1 – Alíquotas interestaduais 
 
As alíquotas do imposto nas operações com mercadorias e nas prestações de 
serviços, interestaduais, destinadas a contribuinte, são: 
 
12% - independentemente da UF na qual estiver localizado o 
destinatário, quando ele for contribuinte do imposto. 
 
Não vale para as saídas interestaduais originadas no DF a regra de alíquota 
de 7%. Essa regra só vale nas saídas efetuadas por RS, SC, PR, SP, MG e 
RJ (Sul e Sudeste, menos ES), quando o destinatário for contribuinte do 
imposto e estiver localizado nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste 
e no Estado do ES. 
 
 
 
Remessa interestadual para o DF: 
Originada RS, SC, PR, SP, MG e RJ vem com 7% de 
alíquota. 
Originada nos demais Estados, vem com 12% de 
alíquota. 
 
 
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4% - na prestação de transporte aéreo interestadual de carga e mala postal; 
 
4% - (Re s 13 /2012 do Senado ) nas operações com bens e 
mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro: 
 
� não tenham sido submetidos a processo de industrialização; 
� ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, 
beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, 
renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens 
com Conteúdo de Importação superior a 40%. 
 
A alíquota de 4% não se aplica: 
 
� aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham 
similar nacional; 
� aos bens e mercadorias produzidos em conformidade com os 
processos produtivos básicos; 
� às operações que destinem gás natural importado do exterior a outras 
unidades da Federação. 
 
Conteúdo de Importação 
 
É o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela 
importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da 
mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização. 
 
Por exemplo: 
 
Indústria importou peças e montou máquina. 
Valor das peças: 45 
Valor da máquina na saída interestadual: 100 
Conteúdo de importação = 45/100 = 45% 
Nesse caso, pode-se aplicar 4% de alíquota interestadual. 
 
O Conteúdo de Importação deverá ser recalculado sempre que, após sua 
última aferição, a mercadoria ou bem objeto de operação interestadual 
tenha sido submetido a novo processo de industrialização. 
 
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Para cálculo do conteúdo de importação, considera-se valor total da 
operação de saída interestadual, o valor do bem ou mercadoria, na 
operação própria do remetente, excluídos os valores do ICMS e do IPI. 
 
O disposto não se aplica à prestação de serviço de transporte aéreo 
interestadual de passageiro, carga e mala postal, hipótese em que a alíquota 
aplicável já era de 4%. 
 
6.1.1 – Guerra dos Portos – O porquê da Resolução do Senado 
 
Na importação o ICMS é devido unicamente ao Estado em que se der a entrada 
física da mercadoria, e é pago pela alíquota interna. 
 
O estabelecimento da alíquota interestadual de 4% para produtos importados 
tem como objetivo diminuir a chamada guerra dos portos, uma variante das 
diversas formas de guerra fiscal travada entre as unidades da federação. 
 
Mas, atenção, os 4% não são para o estado onde se encontra o Porto de 
desembaraço. Vamos elucidar a questão. 
 
O que é a guerra dos portos? 
 
Em apertada síntese, a guerra dos Portos é o seguinte: 
 
Estados com menor desenvolvimento econômico oferecem benefícios 
inconstitucionais (à revelia do Confaz), para atrair o desembaraço e, é claro, a 
entrada das mercadorias, para seus territórios, para ficar com o imposto da 
importação. 
 
Exemplo: 
 
Espírito Santo concede um benefício de forma que a alíquota efetiva para o 
importador que promove saídas interestaduais chegue a 4% (normalmente era 
esse o montante do benefício no ES, em SC e em GO, por isso a opção do 
Senado por 4%), pode ser, por exemplo, um financiamento de longuíssimo 
prazo, um crédito outorgado ou outra forma qualquer de desoneração para o 
imposto de importação, que além disso, fica diferido para o momento da saída 
interestadual. 
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Sem entrar em detalhes vamos analisar a carga tributária nesses casos. 
 
Contribuinte desembaraça em Vitória, mercadoria dá entrada em 
estabelecimento de Vitória. Posteriormente é remetida para o DF. Vamos supor

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