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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Curso de Ciências Contábeis com Ênfase em Controladoria. Dawller Ranufre de Almeida SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA DO ICMS NO ESTADO DE MINAS GERAIS Belo Horizonte 2018 Dawller Ranufre de Almeida SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA DO ICMS NO ESTADO DE MINAS GERAIS: Análise da viabilidade econômica em empresa do regime tributário não cumulativo alcançada pela substituição tributária na circulação de mercadorias. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Ciências Contábeis com ênfase em controladoria da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof.Othon Mello Coordenador: Amaro da Silva Junior Área de concentração: Analise Literária Belo Horizonte 2018 Dawller Ranufre de Almeida SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA DO ICMS NO ESTADO DE MINAS GERAIS: Análise da viabilidade econômica em empresa do regime tributário não cumulativo alcançada pela substituição tributária na circulação de mercadorias. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Ciências Contábeis com ênfase em controladoria da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do titulo de bacharel em Ciências Contábeis. Área de concentração: Análise Bibliográfica. Professor: Othon Pereira de Mello – PUC MINAS (Orientador) Professor: Marcelo Demichelli T. Silva - PUC MINAS(Banca Examinadora) Belo Horizonte 28 de Novembro de 2018 Dedicação A minha família, Por todo incentivo meu pai, mãe irmãos, e em especial ao meus filhos, Giovanna e Bryan fontes de inspiração. AGRADECIMENTOS “CONVERSANDO COM DEUS, PEDI FORÇA E VIGOR, DEUS ME MANDOU DIFICULDADES PARA ME FAZER FORTE. PEDI SABEDORIA, DEUS ME DEU PROBLEMAS PARA RESOLVER. PEDI PROSPERIDADE, DEUS ME DEU ENERGIA E CEREBRO PARA TRABALHAR. PEDI AMOR, DEUS ME MANDOU PESSOAS COM PROBLEMAS PARA EU AJUDAR. PEDI FAVORES, DEUS ME DEU OPORTUNIDADES. NÃO RECEBI NADA QUE EU QUERIA, MAS RECEBI TUDO QUE EU PRECISAVA. MINHAS PRECES FORAM ATENDIDAS” “Total agradecimento ao senhor Jesus por tudo que foi possível até aqui.” E juntamente a todos professores e amigos que foram presentes nessa caminhada. RESUMO A substituição tributária (ST) do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS), é uma ferramenta de arrecadação de impostos aplicada pelo Fisco presente em praticamente todas operações com mercadorias. O imposto é cobrado de formas diferentes que mudam de regra para produto, Estado, e tipo de transação comercial com influências no resultado e operações. O objetivo deste trabalho é demonstrar efeitos na lucratividade das empresas, alcançadas pelo regime tributário não cumulativo, através do recolhimento do ICMS substituição tributaria progressiva no Estado de Minas Gerais, para tanto foi embasado um estudo comparativo de conteúdo em obras literárias de diferentes autores, normas constitucionais, legislação Estadual e internet. Foram apresentadas e analisadas operações com mercadorias, que envolvem a prática da substituição tributária, e em que aspecto causa efeitos de curto e longo prazo no movimento financeiro e ciclo operacional das empresas. Por fim, foi possível identificar características específicas da ferramenta de arrecadação, que provocam implicações, na lucratividade das empresas alcançadas pelo regime tributário não cumulativo, no recolhimento do ICMS substituição tributaria progressiva no Estado de Minas Gerais. Palavras chave: Imposto. Icms. Substituição tributária. ABSTRACT In the current economic scenario, the impact of taxes on the lives of individuals and companies is increasing. In the case of businessmen, there are constant inquiries regarding the progressive substitution of the Tax on the Movement of Goods and Transport Services (ICMS). different forms changing from rule to product, State and type of commercial transaction, with Tax Substitution (ST) being a characteristic example of these results influenced by ICMS tax collection.The tax substitution (ST) of the Tax on the Circulation of Goods and the Provision of Interstate and Intermunicipal Transportation Services (ICMS), is a tax collection tool applied by the tax authorities present in almost all merchandise operations. The tax is levied in different ways that change from rule to product, state, and type of business transaction with influences on results and operations. The objective of this work is to demonstrate the effects on the profitability of companies, achieved by the non - cumulative tax regime, through the collection of ICMS progressive tax substitution in the State of Minas Gerais, based on a comparative study of content in literary works of different authors, norms constitutional, State legislation and internet. Goods transactions involving the practice of tax substitution were presented and analyzed, and in what aspect they cause short- and long-term effects on the financial movement and business cycle of companies. Finally, it was possible to identify specific characteristics of the collection tool, which have implications for the profitability of the companies reached by the non-cumulative tax regime, in the collection of the ICMS progressive tax substitution in the State of Minas Gerais. Keywords: Tax. Icms. Tax substitution. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CTN – Código Tributário Nacional CF – Constituição Federal. DOLT – Delegacia de Orientação e Legislação Tributária ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação II – Imposto de Importação IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores ISS – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza MVA – Margem de Valor Agregado PMF – Preço Médio de Fabricação PMC – Prazo Médio de Cobrança PME – Prazo Médio de Estocagem de Mercadorias PMR – Prazo Médio de Recebimento RICMS – Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação RICMS/MG – Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação do Estado de Minas Gerais ST – Substituição Tributária SUTRI – Superintendência de Tributação SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 1.1 Justificativa ......................................................................................................... 9 1.1.1 Problema.......................................................................................................... 10 1.2 Objetivos ........................................................................................................... 10 1.1.2 Objetivo Geral... .............................................................................................. 10 1.1.1Objetivos específicos ...................................................................................... 11 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO .....................................................................................12 2.1 Tributo ................................................................................................................ 12 2.1.1 Espécie de tributos. ........................................................................................ 13 2.1.1.1Impostos ....................................................................................................... 14 2.2 O Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) ................... 16 2.1.2 Fato Gerador ................................................................................................... 17 2.1.1.2 Contribuinte e responsável ........................................................................ 18 2.1.1.1.2 Base de cálculo ........................................................................................ 19 2.3 Conceito e espécies de substituição tributária. ............................................. 21 2.1.3 Substituição tributária Progressiva .............................................................. 23 2.1.1.3 Mva e o cálculo da substituição tributária. ............................................... 25 2.1.1.1.3 Restituição de ICMS com Substituição Tributária ................................. 28 2.4 Ciclo operacional financeiro e econômico ..................................................... 30 3 METODOLOGIA .................................................................................................... 34 4 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 35 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 42 REFERÊNCIAS. ........................................................................................................ 44 9 1 INTRODUÇÃO. A substituição tributária (ST) do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS), é uma ferramenta de arrecadação de impostos aplicada pelo Fisco presente em praticamente todas operações com mercadorias. O imposto é cobrado de formas diferentes que mudam de regra para produto, Estado, e tipo de transação comercial com influências no resultado e operações. O objetivo deste trabalho é demonstrar efeitos na lucratividade das empresas, alcançadas pelo regime tributário não cumulativo, através do recolhimento do ICMS substituição tributaria progressiva no Estado de Minas Gerais, para tanto foi embasado um estudo comparativo de conteúdo em obras literárias de diferentes autores, normas constitucionais, legislação Estadual e internet. Foram apresentadas e analisadas operações com mercadorias, que envolvem a prática da substituição tributária, e em que aspecto causa efeitos de curto e longo prazo no movimento financeiro e ciclo operacional das empresas. Por fim, foi possível identificar características específicas da ferramenta de arrecadação, que provocam implicações, na lucratividade das empresas alcançadas pelo regime tributário não cumulativo, no recolhimento do ICMS substituição tributaria progressiva no Estado de Minas Gerais. 1.1 Justificativa. No cenário econômico atual é crescente o impacto dos impostos na vida das pessoas e empresas, no caso dos empresários são constantes as indagações no tocante a substituição tributária progressiva do Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços de transporte (ICMS), O imposto é cobrado de formas diferentes mudando de regra para produto, Estado e tipo de transação comercial, sendo a Substituição tributária (ST) um exemplo característico destes resultados influenciados pela arrecadação de ICMS. Conforme analogia, Carrazza afirma que: Deveras, a Emenda Constitucional 3/93 “criou” a absurda figura da responsabilidade tributária por fato futuro. O preceito em tela “autoriza” a lei a fazer nascer tributos de fatos que ainda não ocorreram, mas que, ao que tudo indica, ocorrerão. Noutros termos, permite que a lei crie presunções de acontecimentos futuros e, com elas, faça nascer obrigações tributárias. (CARRAZZA, 2002, p.233). 10 Machado (2003), por outro olhar, contesta a sujeição, do valor pago antecipadamente, conforme a materialização das operações subsequentes, no caso de uma base de calculo presumida, se o valor pago a maior seria restituído ou o Estado reembolsado no recolhimento a menor. Um problema é o pagamento antecipado de um imposto que não sofreu ainda o fato gerador, e por outro lado a empresa não tem a certeza no que ocorrerá com a mercadoria, se será vendida e quando, mas tem a obrigação de recolher o imposto tendo de sustentar o ICMS próprio e o ICMS ST. Outro problema é a presunção da margem de valor agregado, para perfazer a base de calculo do ICMS ST, se o produto for vendido ao consumidor final por um preço menor que a presunção, não haverá restituição do ICMS ST. E ainda uma terceira posição seria sobre o possível tabelamento de preços, uma vez que se o imposto não for restituído poderemos estar diante desta situação já extinta de nossa economia. Tratando se dos desembolsos financeiros e dos efeitos causados pela Substituição tributária progressiva do ICMS na viabilidade econômica no cenário empresarial, o presente estudo justifica se pelos procedimentos aplicados a ferramenta da ST como também dos resultados a saúde financeira das empresas. 1.1.1 Problema. Frente às exposições anteriores, o assunto é referencial para muitos estudos e discussões e análises, no tocante não só ao recolhimento e pagamento do imposto como também as formas de calculo, levando em conta também os efeitos financeiros, cabe nos questionar: qual efeito na lucratividade das empresas alcançadas pelo regime tributário não cumulativo pelo recolhimento do ICMS substituição tributaria progressiva no Estado de Minas Gerais? 1.2 Objetivos. 1.1.2 Objetivo Geral Como objetivo geral o estudo visa apresentar efeitos na lucratividade das empresas alcançadas pelo regime tributário não cumulativo pelo recolhimento do ICMS substituição tributaria progressiva no Estado de Minas Gerais. 11 1.1.1.2 Objetivos específicos. Demonstrar efeitos no ciclo econômico das empresas. Apontar operações com implicações do ICMS Substituição Tributária. Identificar efeitos no caixa das empresas. Demonstrar impactos na praticidade econômica do empreendimento. 12 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.1 Tributo. O tributo é uma obrigação a pagar, criada por lei, que faz imposição às pessoas a ter o dever de entregar parte de suas rendas para a manutenção e desenvolvimento do Estado, e este que tem a premissa de se fazer presente na sociedade nas áreas de interesse sociais como, saúde, educação, segurança, política econômica, preservação, entre outras. O Código Tributário Nacional (CTN), em seu art. 3º, define tributo na forma: “Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em Lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Conforme o Autor (FABRETTI, 2014 p. 37) o sistema de arrecadação de tributos consiste em: a) prestação pecuniária: os tributos em geral, pagos na forma e prazo normais da extinção da obrigação tributária, só poderão ser quitados em moeda corrente nacional. O pagamento de tributos em outras espécies só poderá ser feito em situações especiais, quando autorizado em lei do ente federativo competente; por exemplo: pagamento do INSS com Títulos da Dívida Agrária (TDA) até 31-12-99 (Lei no 9.711/98). No caso de débitos já inscritos na dívida ativa e processados judicialmente nas execuções fiscais, com a penhora de bens, estes serão levados a leilão, e a arrecadação em moeda seráutilizada para pagamento parcial ou total desse débito; b) compulsória: pagamento obrigatório, pelo poder coercitivo do Estado e independente da vontade do contribuinte; c) que não constitua sanção por ato ilícito: a obrigatoriedade do pagamento pelo contribuinte do tributo nasce da prática do ato lícito, ou seja, aquele realizado na conformidade da lei (venda de mercadorias, prestação de serviços etc.). No caso de prática de infração fiscal, a pena aplicada será a multa, que é sanção por ato ilícito e não é tributo. A multa não faz parte da receita tributária, mas das receitas diversas (Lei no 4.320/64); d) instituída em lei: ou seja, os tributos só podem ser instituídos ou aumentados por meio da lei válida e eficaz, de acordo com o princípio da legalidade (art. 150, I, da CF); e) cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a administração pública, para efetuar a cobrança dos valores dos tributos, tem que agir na forma e nos estritos limites fixados em lei, sem o que haverá abuso ou desvio de poder, o que tornará a referida cobrança passível de anulação; Assim o tributo somente poderá ser pago em moeda corrente nacional, sendo obrigatório, que não constitua sansão punitiva, instituída em lei e que seja cobrado mediante ações das administrações públicas nos parâmetros estruturados pela lei. 13 2.1.1 Espécie de tributos. O conceito tributo engloba impostos, taxas contribuições de melhoria, contribuições sociais e econômicas, encargos e tarifas tributárias fiscais, que contribuem para a formação da receita orçamentária da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Conforme disposto no artigo 145 da Constituição Federal (CF): A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. Segundo FABRETTI (2014 p.38) “os tributos não vinculados são os que, uma vez instituídos por lei, são devidos, independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte.” O denominado tributo é tratado no art.16 do CTN: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.” Portanto, não estão vinculados a nenhuma prestação específica do Estado ao sujeito passivo. O imposto é de competência privativa, distribuída pela CF, ou seja, é exclusivamente da União ou dos Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal conforme (Arts. 153 a 156 da CF). Ainda sob o olhar de (ABRAHAM) essa característica faz com que a arrecadação dos impostos ingresse nos cofres públicos sem uma contraprestação estatal relacionada com sua cobrança, podendo o Estado aplicar os recursos após as transferências tributárias em qualquer das suas despesas gerais, seja na educação, na segurança, na limpeza pública, nos hospitais, entre outros, tudo conforme seu programa orçamentário. Continuando o entendimento de Fabretti (2014), Tributos vinculados são as taxas e contribuições de melhoria, quando instituídos por lei, são devidos quando 14 houver atividade estatal prestada ou colocada à disposição do contribuinte, as taxas e a contribuição de melhoria está definida nos arts. 77 e 78 do CTN e tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público, específico e divisível, prestado ou colocado à disposição do contribuinte (art. 77 CTN). Neste sentido temos a disposição dos referidos artigos do CTN como segue: Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 1967) Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 28.12.1966) Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Conforme explicito as taxas não podem ter a mesma base de calculo do imposto, portanto, não estão vinculadas a nenhuma prestação específica do Estado ao sujeito passivo. Ainda nesse sentido as Contribuições sociais de intervenção no domínio econômico (CIDE) dispostas nos artigos 149 e 149A da CF configuram como tributos vinculados, como nosso estudo limíta se a estrutura dos impostos vinculados e este sendo ICMS ST, sobre as contribuições sociais, esse assunto ficará a disposição para outro tema de estudo. 2.1.1.1 Impostos. De acordo com entendimento anterior, o imposto é um tributo não vinculado que independe da atividade estatal relativa ao contribuinte, caracterizado por não ter 15 contraprestação do objetivo pelo qual foi arrecadado, não figurado como um tributo recolhido para um fim específico cabendo somente a União os Estados e Municípios a destinação de alocação monetária destinada, em melhor sentido ele não caracteriza pagamento por um serviço prestado, valorização, ou taxação, que só pode ser exigido pela Pessoa Jurídica de Direito Público Interno que tiver competência constitucional para tal (ART.16 CTN). Conforme Abraham (2017 p.316) “os impostos geram uma arrecadação não afetada, não estando atrelados à ideia de custo/benefício específico que os tributos vinculados possuem (taxas e contribuições)”. Por consequência, este tributo tem a capacidade contributiva principal e a instituição e cobrança, os impostos geram uma arrecadação “não afetada”, não estando amarrados à ideia de custo/benefício específico que os tributos vinculados possuem (taxas e contribuições). Ainda (Abraham) relata que o sistema tributário nacional atualmente possui os seguido impostos, distribuídos particularmente entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios: A União possui seis deles: Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (IE), Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Os Estados possuem três deles: Imposto sobre a Transmissão Causas Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD), Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre a Propriedade de VeículosAutomotores (IPVA). Os Municípios possuem três deles: Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), Imposto sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Além dos já expostos a União tem a competência residual para criar, outros impostos diante de lei complementar dos previstos no art. 153, que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo similar aos demais impostos previstos na Constituição. A União poderá instituir os chamados Impostos Extraordinários quando da iminência ou no caso de guerra externa e ainda criar o Imposto sobre Grandes Fortunas, mediante Lei Complementar. 16 2.2 O Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS). A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 155, II, confere aos Estados e ao Distrito Federal competência para instituir imposto sobre “operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações se iniciem no exterior” (BRASIL 1988). O imposto conhecido como ICMS, conforme ensinamento de Carrazza o imposto atinge cinco campos diferentes de incidência: A sigla ICMS alberga pelo menos cinco impostos diferentes; a saber: a) o imposto sobre operações mercantis (operações relativas à circulação de mercadorias), que, de algum modo, compreende o que nasce da entrada de mercadorias importadas do exterior; b) o imposto sobre serviços de transporte interestadual e intermunicipal; c) o imposto sobre serviços de comunicação; d) o imposto sobre produção, importação, circulação, distribuição ou consumo de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos e de energia elétrica; e, e) o imposto sobre a extração, circulação, distribuição ou consumo de minerais. Dizemos diferentes, porque estes tributos têm hipóteses de incidência e bases de cálculo diferentes. Há, pois, pelo menos cinco núcleos distintos de incidência do ICMS. (CARRAZZA, 2002, p.34). Atualmente, o ICMS é regulamentado pela Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, denominada “Lei Kandir”, elaborada pelo ministro do Planejamento Antonio Kandir, transformou-se na Lei Complementar 87/96, que já foi alterada por várias outras leis complementares. A Emenda Constitucional Nº 3 de 17 de Março de 2003 em seu artigo 155, § 2º, XII, Define que: Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; Neste contexto cada Estado tem a prerrogativa de instituir seu próprio regulamento sobre o ICMS e os contribuintes seguir as normas e recolher o ICMS de acordo com seu domicílio tributário, conforme a legislação vigente no território, do fato gerador. Em Minas Gerais, o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte 17 Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS) se concretizou por meio do Decreto 43.080 de 13 de dezembro de 2002. 2.1.2 Fato Gerador. O ICMS sendo um imposto indireto, ou seja, ocorre sobre mercadorias e serviços tem o fato gerador do imposto caracterizado pela circulação da mercadoria e prestação de serviços, ainda assim sobre o consumo a exemplo quando as pessoas vão ao estabelecimento e consomem mercadorias, sobre os serviços de transporte intermunicipal e interestadual e serviços de comunicação, ainda que se iniciem no exterior, vale ressaltar que serviços de transporte intramunicipal não caracteriza fato gerador do ICMS, é caracterizado como ISS, no caso do serviço de comunicação somente será cobrado o imposto quando o serviço for oneroso, quando ele é cobrado, a exemplo o serviço de telefonia, internet, TV por assinatura entre outros, casos como recepção de radio já não é cobrado do ouvinte mas do contratante do serviço pela emissora de rádio, televisão aberta e outros. A Lei Complementar 87, de 13 de setembro de 1996, define que o ICMS está sujeito a: Art. 2° O imposto incide sobre: I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; [...] § 1º O imposto incide também: I - sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; [...] (BRASIL, 1996). Define também em seu artigo 3º, as hipóteses de não incidência, determinando as operações que o ICMS não se aplica. Sobre o fato gerador, a Lei Kandir determina que: Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; IV - da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; [...] IX – do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior; [...] § 2º Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a 18 exibição do comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em contrário. § 3º Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo disposição em contrário, exigir a comprovação do pagamento do imposto. (BRASIL, 1996) O mestre Bonavides (2009) propõe que, operações como hipótese de incidência do ICMS tem o elemento mutação como os atos jurídicos mercantis, e a circulação dos direitos de posse ou propriedade das mercadorias, e essas, todo bem móvel objeto da comercialização. Neste entendimento o fato gerador do ICMS é concretizado pela circulação de mercadorias, convergindo em mudança de titularidade jurídica do bem, pela pratica de um negócio jurídico. A mudança de titularidade jurídica, realizada por intermédio de uma operação mercantil de compra e venda de mercadorias, pode ocorrer em outras situações, como exemplo da bonificação, doação e troca, devolução, remessa amostra entre diversas outras operações. 2.1.1.2 Contribuinte e responsável. Contribuinte é conceituado como qualquer pessoa física ou jurídica que tenha habitualidade ou intuito comercial e que realize a circulação de mercadorias, o importador também figura como contribuinte indiferente da condição de efetuar a importação esporadicamente, os destinatários de serviços iniciados no exterior, serviços de transporte ou de comunicação, interestadual e intermunicipal. Nos dizeres de Amorim (2007 p.18), “contribuinte é aquele cuja capacidade contributiva é revelada pelo fato gerador da obrigação tributária”. O artigo 55º do Regulamento de ICMS/Minas Gerais, de 2002, conceitua contribuinte conforme disposto: Art. 55. Contribuinte do imposto é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviço descrita como fato gerador do imposto. § 1º A condição de contribuinte independe de estar a pessoa constituída ou registrada, bastando que pratique com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial a operação ou a prestação referidas no caput desteartigo. § 2° Entende-se por habitualidade, para fins de tributação, a prática de operações que importem em circulação de mercadorias ou de prestações de serviços de transporte, interestadual ou intermunicipal, ou de comunicação, a qual, pela sua repetição, induz à presunção de que tal prática constitui atividade 19 própria de contribuinte regular. (3) § 3º Os requisitos de habitualidade ou de volume que caracterize intuito comercial não se aplicam às hipóteses previstas nos incisos III a VII, X e XI do artigo 1º deste Regulamento. Em síntese, contribuinte é aquele que tem relação direta e pessoal com o fato gerador, vale ressaltar que mesmo que haja circulação de mercadorias nem sempre tais fatos geradores são passiveis de tributação, há de se verificar qual a finalidade da mercadoria em consulta aos devidos regulamentos de ICMS dos Estados e verificar sua devida tributação. O Responsável é aquele que tem a obrigação do recolhimento do tributo na condição de sujeito passivo da operação mesmo não sendo ele o causador do fato gerador. Continuando sobre a assertiva de Amorim (2007 p.18), “o sujeito passivo, qualificado como responsável, pode ser um sucessor ou um terceiro e responder solidária ou subsidiariamente, ou ainda por substituição”. O RICMS/MG 2002 define, em seu artigo 56°, quem são os responsáveis pelo recolhimento do imposto: Art. 56. São solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto e acréscimos legais, inclusive multa por infração para a qual tenham concorrido por ação ou omissão: I - o armazém-geral, a cooperativa, o depositário, o estabelecimento beneficiador e qualquer outro encarregado da guarda, beneficiamento ou comercialização de mercadorias, nas seguintes hipóteses: a) relativamente à saída ou à transmissão de propriedade de mercadoria depositada, inclusive por contribuinte de fora do Estado; b) no caso de receber, manter em depósito, dar entrada ou saída a mercadoria de terceiro sem documento fiscal hábil e sem pagamento do imposto; II - o transportador, em relação à mercadoria: a) que entregar a destinatário diverso do indicado na documentação fiscal; b) que for negociada em território mineiro durante o transporte; c) transportada sem documento fiscal ou com nota fiscal com prazo de validade vencido; Viabilizando os dizeres de Amorim (2007), mesmo o contribuinte não sendo o causador da circulação da mercadoria ou serviço o Estado poderá lhe atribuir a condição de substituto tributário, sendo responsável pelo recolhimento do imposto no momento atual de um fato gerador futuro. 2.1.1.1.2 Base de cálculo. . Corresponde a base de cálculo do ICMS o montante da operação, incluindo o frete e despesas acessórias cobradas do adquirente ou consumidor, Sobre a respectiva base de cálculo se aplicará a alíquota do ICMS respectiva No entendimento de Melo: No caso específico do ICMS, a base de cálculo deve representar a quantificação serviços de transporte seja, o valor das mercadorias e (MELO, 2003, p. 174). A lei 87/96 em seu artigo 13º base de calculo do ICMS de 1988. Conforme (TEIXEIRA) as internas aplicadas dentro do Estado de origem da mercadoria e as interestaduais de mercadorias proveniente de fora do Estado ou Remetida para fora do Estado. Para notarmos os percentuais de alíquota exibimos a tab abaixo com as tributações Estaduais e Interestaduais. Imagem 1- Tabela de alíquotas em operações interestaduais Na coluna vertical estão os Estados de origem das operações, na coluna horizontal os Estados de destino das operações com mercadorias, e a coluna diagonal a aliquota interna de cada ente Federado. Amparado pelo inciso III do estabelece que o ICMS: “poderá ser seletivo, em função da mercadorias e serviços. de Melo: No caso específico do ICMS, a base de cálculo deve representar a quantificação compreendida na “operação mercantil”, e na “prestação de serviços de transporte interestadual/intermunicipal, e de comunicação”, ou seja, o valor das mercadorias e o preço dos serviços, respectivamente. (MELO, 2003, p. 174). em seu artigo 13º traz também as definições para aplicação na lo do ICMS, em consonância com o art. 155 da Constituição Federal Conforme (TEIXEIRA) as alíquotas dividem se em internas e interestaduais, as internas aplicadas dentro do Estado de origem da mercadoria e as interestaduais de mercadorias proveniente de fora do Estado ou Remetida para fora do Estado. Para notarmos os percentuais de alíquota exibimos a tabela de incidência conforme abaixo com as tributações Estaduais e Interestaduais. Tabela de alíquotas em operações interestaduais Fonte: Iob Sage - Tabela ICMS 2018 Na coluna vertical estão os Estados de origem das operações, na coluna os de destino das operações com mercadorias, e a coluna diagonal a aliquota interna de cada ente Federado. Amparado pelo inciso III do §2º do art. 155 da atual constituição do Brasil estabelece que o ICMS: “poderá ser seletivo, em função da 20 No caso específico do ICMS, a base de cálculo deve representar a compreendida na “operação mercantil”, e na “prestação de interestadual/intermunicipal, e de comunicação”, ou eço dos serviços, respectivamente. traz também as definições para aplicação na , em consonância com o art. 155 da Constituição Federal ividem se em internas e interestaduais, as internas aplicadas dentro do Estado de origem da mercadoria e as interestaduais de mercadorias proveniente de fora do Estado ou Remetida para fora do Estado. ela de incidência conforme Tabela de alíquotas em operações interestaduais Na coluna vertical estão os Estados de origem das operações, na coluna os de destino das operações com mercadorias, e a coluna 2º do art. 155 da atual constituição do Brasil estabelece que o ICMS: “poderá ser seletivo, em função da essencialidade das 21 Para Bonavides (2009) a norma constituicional demonstra a faculdade atribuida ao poder tributante dos Estados e Distrito Federal, tendo autonomia para majorar as aliquotas por meio da seletividade impregada na diversidade das mercadorias, analisadas pela necessidade das pessoas conforme o padrão de vida. A tabela de incidência o RICMS/MG/2002 conforme legislação especifica de cada Estado, traz suas caracteristicas de tributação dos produtos conforme a seletividade majorados pelos Decretos sobre as alíquotas. Art. 42. As alíquotas do imposto são: I - nas operações e prestações internas: [...] II - nas operações e prestações interestaduais: a - as alíquotas previstas no inciso anterior: a.1 - quando o destinatário não for contribuinte do imposto; a.2 - quando se tratar de serviço de transporte aéreo de carga e mala postal, tomado por não-contribuinte ou a este destinado; b) 7% (sete por cento), quando o destinatário for contribuinte do imposto e estiver localizado no Estado do Espírito Santo ou nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; c) 12% (doze por cento), quando o destinatário for contribuinte do imposto e estiver localizado nas regiões Sul e Sudeste, exceto no Estado do Espírito Santo; d) 4% (quatro por cento), quando se tratar de: d.1) prestações de serviço de transporte aéreo de carga e mala postal, quando o tomador e o destinatário forem contribuintes do imposto; d.2) bens e mercadorias importados do exterior, Ressaltando que nos casos em que o adquirente da mercadoria for contribuinte do imposto nas situações em que a mercadoria for destina ao ativo fixo ou consumo, aplica se a alíquota interestadual, e o comprador dever compor a alíquota fazendo o recolhimento ao Estado onde está situado, no caso de o destinatário não ser contribuinte o remetente deverá aplicar a alíquota interna do Estado de origem da mercadoria. 2.3 Conceito e espécies de substituição tributária. A substituição tributária (ST) consiste na transferência da responsabilidade pelo recolhimento do tributo por uma terceirapessoa que tenha vinculo com o fato gerador futuro, calculado por uma base presumida, cujo fato gerador no caso de nosso estudo o ICMS, ainda não ocorreu, a União pela dificuldade de alcançar o contribuinte direto criou a modalidade de arrecadação a fim de evitar Elisão fiscal, e facilitar os meios de arrecadação e fiscalização. 22 Diante da definição podemos confirmar Sob a visão do doutrinador Mazza temos que: Denomina-se responsabilidade por substituição tributária quando a condição de substituto (responsável) existe antes mesmo da ocorrência do fato gerador. Assim, no momento da ocorrência do fato gerador o substituto tributário já figura como devedor no polo passivo da obrigação. No caso de um tributo plurifásico como o ICMS, a técnica da substituição tributária para reduzir os riscos da sonegação na medida em que a lei atribui a um dos contribuintes a responsabilidade pelo recolhimento do tributo devido as etapas da cadeia circulatória. (MAZZA 2015 p. 413) De acordo com a disposição pela CF a ferramenta de arrecadação doutrinada tem sua efetividade no cenário tributário e mercantil: § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993). (BRASIL 1988) O Estado, para alcançar o fato gerador presumido, determina a responsabilidade aos sujeitos passivos estipulando a base de cálculo antecipada, pautando no valor da operação realizada pelo substituto, acrescida pelo valor do transporte das mercadorias e pela margem de lucro. Segundo Sabbag: A própria Constituição Federal, em seu art. 150 §7º, admite o fenômeno da responsabilidade atinente ao ICMS, no contexto da substituição tributária progressiva ou para “ frente” – escolha de uma terceira pessoa para recolher o tributo antes da ocorrência do fato gerador, em uma nítida antecipação de recolhimento perante um fato gerador presumido.(SABBAG 2012 p. 1060). Conforme Orientação tributária Nº 001/2007 da Delegacia de Orientação e Legislação Tributária – DOLT e a Superintendência de Tributação – SUTRI, definem o conceito das formas sobre as quais a ST são aplicadas em consonância com o art. 6º da Lei Complementar n° 87/96 que descreve a responsabilidade por substituição tributária poderá ser atribuída em relação a imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, em disposição seguinte: Substituição tributária em operações antecedentes - Aplica-se a substituição tributária na modalidade antecedente, quando o imposto devido pelo remetente ou alienante da mercadoria ficar sob a responsabilidade do destinatário. Diz-se substituição tributária "para trás". Substituição tributária em prestações concomitantes - Aplica-se a substituição tributária na modalidade concomitante, quando, por exemplo, o recolhimento do imposto devido pelo prestador de serviço de transporte rodoviário de carga ficar sob a responsabilidade do alienante ou do 23 remetente por ocasião da saída da mercadoria, em relação à prestação realizada. Substituição tributária em operações subseqüentes - Aplica-se a substituição tributária na modalidade subseqüente, quando o recolhimento do imposto devido pelo adquirente ou destinatário da mercadoria, nas sucessivas operações até o consumidor final, ficar sob a responsabilidade do alienante ou remetente da mercadoria. Diz-se, comumente, substituição tributária "para frente". Vedação: Para fins de recolhimento do imposto, é vedada a compensação de débito relativo à substituição tributária com qualquer crédito do imposto decorrente de entrada de mercadoria ou de utilização de serviço. A ST sob a visão dos autores supra citados neste capitulo constitui um ferramenta precisa do Fisco para ampliar sua base de arrecadação, facilitando e assegurando de fiscalização, em relação a quantidade de contribuintes sob seu domínio, e o ônus financeiro é transmitido ao substituto tributário antes do repasse ao consumidor final onde é suportado a carga do imposto diminuindo a sonegação do imposto. 2.1.3 Substituição tributária Progressiva A Substituição tributária para frente ou progressiva efetiva se quando o fato gerador o ainda não ocorreu, ou seja, um fato gerador futuro ou presumido, neste caso há um adiantamento no recolhimento do tributo no caso de nosso estudo o ICMS, o que exclui a responsabilidade pelo recolhimento dos contribuintes seguintes ao inicio da circulação da mercadoria ou prestação de serviço, mas estes suportam a carga tributaria já recolhida ao Fisco. A Emenda Constitucional nº 3, de 1993, acrescentou o §7º ao art. 150 que reza que: A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido Em sintonia com a EC nº 3 de 1993, Bezerra (2008) conclui que “Desde a sua regulamentação, no início dos anos 90, o regime da substituição tributária para frente tem sido objeto de discussões e críticas pelos contribuintes e tributaristas, na medida em que se tributam, antecipadamente, operações que irão se realizar num momento posterior e incerto. 24 Nos dizeres de ROCHA (2015 P.235) “trata-se de uma antecipação de recolhimento que, por se referir a fatos geradores futuros, é denominada de antecipação sobre fatos geradores presumidos.” Ainda sob a visão Rocha (2015) na regra geral, na substituição para frente, o valor do tributo é calculado de acordo com pautas fiscais estabelecidas em lei, que são do que presunções legais que estimam a base de cálculo do tributo e o valor da mercadoria ou produto. No tocante ao estudo, a Substituição tributária traz varias distorções em questão de sua inconstitucionalidade mediante o cenário econômico atual, uma vez que ela foi criada como ferramenta para facilitar a fiscalização e reduzir a Evasão fiscal, mas nos dias atuais o Fisco dispõe de ferramentas tecnológicas de grande precisão para proceder os cruzamentos de informações. Conclui se que este é um argumento do qual se vale o Estado no intuito de garantir o recebimento do imposto e facilitar a fiscalização e arrecadação, caracterizando a substituição tributária, como uma defesa a favor do Estado. Abaixo podemos ver pela figura um comparativo de um processo normal de recolhimento e outro por substituição tributária. Imagem 2 - Operação com substituição tributária Fonte: Cefis ICMS-ST (2018) Como vemos o imposto da venda de um produto na operação normal é recolhido e repassado para o Estado em cada fase da operação de circulação pela indústria, pelo distribuidor e pelo lojista e outras cadeias, até chegar no consumidor 25 final. Com a substituição tributária esse imposto será recolhido somente pela indústria figurando como substituto tributário, imposto que deveria ser recolhido pelos outros agentes será recolhido e repassado diretamente pelo substituto no caso a industria. 2.1.1.3 Mva e o cálculo da substituição tributária. A Margem de Valor Agregado (MVA) ou Índice de Valor Agregado (IVA) é um índice utilizado pelo Fisco estabelecida com base em preços usualmente praticados no mercado considerado ou obtidos por amostragem, que adicionado ao valor dos produtos juntos com outros encargos como: IPI, frete, outras despesas é utilizado para calcular a presunção do produto ou serviço será vendido ao consumidor final, determinando a base de cálculo do ICMS-ST, encontramos a MVA em percentuais já prontos para aplicação direta, chamadade “margem original”, normalmente utilizada nas operações internas, e de margem ajustada, que é obtida através de solução de uma fórmula estabelecida nos atos específicos, ou seja, representa um ajuste dos valores em função das alíquotas aplicadas nas operações. Para determinar o valor da ST devida em cada operação deve ser efetuado um cálculo para encontrar a base de cálculo, como segue: Total da nota (Produtos + despesas gerais (fretes, descontos etc.,) + IPI) x MVA = Base de Cálculo. b) A Base de Cálculo x Alíquota ST = ICMS-ST – ICMS S/Venda (Alíquota Estadual) = ICMS-ST a Recolher”. Sobre a base de cálculo, Oliveira et al. (2013, p. 80) apresenta: a base de cálculo da substituição tributária do ICMS vem disciplinada no art. 8º da Lei Complementar nº 87/96. Esse dispositivo legal determina que a base de cálculo será o valor correspondente ao preço de venda a consumidor final acrescido do valor do frete, IPI e demais despesas debitadas do estabelecimento destinatário, bem como a parcela resultante da aplicação (sobre esse total) do percentual de valor agregado (margem de lucro – Margem de Valor Agregado – MVA). Neste entendimento, a base de cálculo corresponde ao preço de venda a consumidor acrescido de frete, IPI e dentre outras despesas, bem como a parcela 26 resultante da aplicação (sobre esse total) do percentual de valor agregado (OLIVEIRA, et al., 2013). A base de cálculo do ICMS-ST, apurada, será aplicada à alíquota interna prevista para o produto no Estado de destino. O valor resultante desse cálculo corresponde ao ICMS-ST total incidente na operação do substituto, do qual deverá ser deduzido o ICMS da sua operação própria. Em consonância com o exposto Galhardo afirma que: A margem de valor agregado será determinada com base em preços usualmente praticados no mercado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados. A mercadoria submetida ao regime de substituição tributária em operação interestadual terá a margem de valor agregado estabelecida em Convênio ou Protocolo. (GALHARDO, 2006) Para atribuir maior de entendimento as afirmações dos autores e pela sua complexidade e particularidades que envolvem cálculo do ICMS substituição tributária, necessário se faz a exposição do RICMS como segue: Art. 19. A base de cálculo do imposto para fins de substituição tributária é: I - em relação às operações subsequentes: a) tratando-se de mercadoria cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público competente, o preço estabelecido; b) tratando-se de mercadoria que não tenha seu preço fixado por órgão público competente, observada a ordem: 1. o preço médio ponderado a consumidor final (PMPF) divulgado em portaria da Superintendência de Tributação; 2. o preço final a consumidor sugerido ou divulgado pelo industrial, pelo importador ou por entidade representativa dos respectivos segmentos econômicos aprovado em portaria da Superintendência de Tributação; ou 3. o preço praticado pelo remetente, acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, impostos, contribuições, royalties relativos a franquia e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por terceiros, adicionado da parcela resultante da aplicação sobre o referido montante do percentual de margem de valor agregado (MVA) estabelecido para a mercadoria na Parte 2 deste Anexo e observado o disposto nos §§ 5º a 8º deste artigo; II - na entrada, em operação interestadual, de mercadorias destinadas a uso, consumo ou ativo permanente do adquirente, a mesma estabelecida para a operação praticada pelo remetente.[...] Art. 20. O imposto a recolher a título de substituição tributária será: I - em relação às operações subsequentes, o valor da diferença entre o imposto calculado mediante aplicação da alíquota estabelecida para as operações internas sobre a base de cálculo definida para a substituição e o devido pela operação própria do contribuinte remetente; II - na entrada, em operação interestadual, de mercadorias destinadas a uso, consumo ou ativo permanente do adquirente, o valor calculado mediante aplicação do percentual relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual sobre a respectiva base de cálculo. [...] (MINAS GERAIS, 2002). O valor referente a substituição tributária é encontrado quando se aplica a alíquota interna do Estado de destino sobre uma base de cálculo, calculada pela 27 forma estabelecida pelo regulamento, e se retira deste montante, o valor do ICMS referente à operação própria, se tratando das operações interestaduais relativas às entradas de mercadorias adquiridas para uso ou consumo e ativo imobilizado, deverá ser recolhido o diferencial de alíquota encontrado através da aplicação do percentual da diferença entre alíquota interestadual e interna. O artigo 19 do RICMS/MG apresentar outra particularidade no tocante a operações interestaduais com ST: Art. 19 [...] § 5º Nas operações interestaduais com as mercadorias relacionadas nos itens 5 a 8, 11, 14, 15, 18 a 24, 29 a 32, 36, 39, 41 e 43 a 46 da Parte 2 deste Anexo, quando a alíquota interna for superior à interestadual, para efeitos de apuração da base de cálculo com utilização de margem de valor agregado (MVA), esta será ajustada à alíquota interestadual aplicável, observada a fórmula “MVA ajustada = {[(1+ MVAST original) x (1 - ALQ inter) / (1 - ALQ intra)] -1}x 100”, onde: I - MVA ajustada é o percentual, com duas casas decimais, correspondente à margem de valor agregado a ser utilizada para apuração da base de cálculo relativa à substituição tributária na operação interestadual; II - MVA-ST original é o coeficiente, com quatro casas decimais, correspondente à margem de valor agregado prevista na Parte 2 deste Anexo; III - ALQ inter é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação; IV - ALQ intra é o coeficiente correspondente à alíquota prevista neste Estado para as operações subsequentes alcançadas pela substituição tributária. [...] (MINAS GERAIS, 2002). A orientação tributária sobre o cálculo para ajuste da MVA, segue conforme DOLT/SUTRI Nº 001/2008 vigência 01/01/2009. Aquisição de autopeças por contribuinte mineiro, remetidas estabelecimento industrial estabelecido no Estado de São Paulo. Subitem 24.1.17, Parte 2, Anexo XV – Xampus para o cabelo. MVA-ST = 37,93 Alíquota Interestadual (ALQ Inter) = 12% Alíquota Interna (ALQ Intra) = 25% A = (1 + MVA-ST original) A = (1 + 0,3793) A = 1,3793 B = (1 - ALQ inter) : (1 - ALQ intra) B = (1 – 0,12) : (1 – 0,25) B = 0,88 : 0,75 B = 1,1733 MVA Ajustada = ((A X B) – 1) x 100 = ((1,3793 x 1,1733) -1) x 100 = 61,84% Continuamos com o exemplo de Galhardo para seguir no entendimento do calculo da ST: 28 Forma de cálculo Como o contribuinte substituto pratica o fato gerador ao promover a saída das mercadorias de seu estabelecimento e, pela sistemática do regime, paga o ICMS em relação aos fatos geradores futuros praticados pelos contribuintes substituídos, sabemos que este terá: a) o ICMS da operação própria; b) o ICMS das operações subsequentes. Consideramos, para fins de exemplificação, uma operação realizada por um fabricante de lâmpadas estabelecido no Estado do Rio de Janeiro com destino a um cliente localizado no Estado do Rio de Janeiro, cujo valor da venda é de R$ 1.000,00 e com IPI calculado a uma alíquota de 15%, teremos: .ICMS da operação própria – R$ 1.000,00 x 19% (origem RJ destino RJ) = R$ 190,00 .Base cálculo da ST – R$ 1.000,00 + R$ 150,00 (IPI) + 40% (margem de valor agregado) = R$ 1.610,00 R$ 1.610,00 x 19% (alíquota interna praticada no Estado do RJ) = R$ 305,90 Como, de conformidade com o citado, o valor do imposto substituição seráa diferença entre o calculado de acordo com o estabelecido no subitem “Base de cálculo” e o devido pela operação normal do estabelecimento que efetuar a substituição tributária, teremos : R$ 305,90 – R$ 190,00 = R$ 115,90 O ICMS-Substituição (ICMS-ST), também denominado imposto retido, ao contrário do ICMS normal, que se encontra embutido no preço, será cobrável “por fora” do destinatário, como permitem os Convênios e Protocolos específicos. (GALHARDO, 2006) Para se equilibrar as diferenças de preços alcançadas pela alíquota interestadual e interna é necessário o ajuste da MVA conforme calculo na formula demonstrado pela Orientação tributária, a diferença aplicada da se em detrimento da diferença entre a alíquota interna do ICMS (próprio) e interestadual. 2.1.1.1.3 Restituição de ICMS com Substituição Tributária Conforme instrução disposta no portal da Secretaria do Estado da Fazenda de Minas Gerais (SEFAZ/MG), é assegurado a restituição de ST pelo fato gerador presumido que ainda não aconteceu de acordo com as particularidades como segue: Tem direito à restituição do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação por substituição tributária (ICMS–ST) o contribuinte que recolheu, em favor do Estado de Minas Gerais, o imposto correspondente a fato gerador presumido que não se realizou. O estabelecimento que receber mercadoria sujeita a substituição tributária pode ser restituído do valor do imposto pago, se ocorrer uma das seguintes situações:(SEFAZ MG) 1) Saida para estabelecimento de contribuinte situado em outra unidade da Federação 2)Saída amaparda por isenção ou não incidência 3) Perecimento;furto;roubo ou qualquer outro tipo de perda. O valor do imposto pode ser restituído mediante: Ressarcimento junto a sujeito passivo por substituição inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS deste Estado. 29 Abatimento do imposto devido pelo próprio contribuinte a titulo de substituição tributaria Creditamento na escrita fiscal do contribuinte Conforme Art. 22 do RICMS/MG Anexo XV também reza sobre as regras para restituição do ICMS ST como segue: Art. 22. Para a restituição do valor do imposto pago a título de substituição tributária correspondente a fato gerador presumido que não se realizou, o contribuinte observará o disposto nesta Subseção. [...] (3226) Parágrafo único - Nos casos em que o fato gerador se realizar em montante inferior ao valor da base de cálculo presumida, a restituição a que se refere o caput somente será efetivada após inequívoca comprovação de que não houve repasse do valor do imposto pleiteado no preço da mercadoria, ou, no caso de tê-lo feito, estar expressamente autorizado a recebê-lo por quem o suportou. [...] Art. 23. O estabelecimento que receber mercadoria sujeita a substituição tributária poderá ser restituído do valor do imposto pago, quando com a mercadoria ocorrer: (2775) I - saída para outra unidade da Federação;[...] I - saída para estabelecimento de contribuinte situado em outra unidade da Federação; II - saída amparada por isenção ou não-incidência; III - perecimento, furto, roubo ou qualquer outro tipo de perda. (570) § 1º O valor a ser restituído corresponderá: (2775) I - ao valor do imposto retido, no caso em que o contribuinte tenha adquirido a mercadoria submetida ao regime de substituição tributária diretamente daquele que efetuou a retenção; Balizando as instruções da SEFAZ/MG e orientação tributária reforçadas pela disposição na lei Kandir: Art. 10. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar. § 1º Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo. Cabe ressaltar que a restituição de ST se restringia apenas as situações de perdas ou não realização do fato gerador presumido no caso a saída das mercadorias, são várias as problemáticas em torno da ST, porém em Outubro de 2016, houve uma significativa mudança em torno do assunto, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 593849 originário de MINAS GERAIS o Relator Ministro EDSON FACHIN deferiu que: “É 30 devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago a mais no regime de substituição tributária para a frente se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida.” Essa nova concepção vem a ser um assunto relevante no âmbito da restituição pois trata se de restituição de MVA presumida a maior do que a praticada, como exemplo: uma industria vende para atacadista mercadorias com base calculada sobre a MVA de 40%, porém o atacadista no momento da venda através de sua escrituração fiscal identifica que a base presumida na sua venda seria de 30%, vemos então um a diferença de 10% pagos ao Fisco sobre o a MVA praticada, o que partir de 2016, já é passível de restituição, tal decisão passou a produzir efeitos a partir do julgamento finalizado em 19/10/16. 2.4 Ciclo operacional financeiro e econômico Para aclarar o entendimento do estudo é necessário uma exposição dos fluxos operacionais, o que envolve o aspecto financeiro, onde o efeito é direcionado ao caixa da empresa, relacionado as operações de compra produção e venda. E fundamental o acompanhamento do ciclo operacional com vista aos fatos relevantes, dito que a rotatividade do capital de giro do negócio é decisivo para o equilíbrio financeiro das operações. Para, (Neto) Uma administração do capital de giro eficiente, envolve imprimir alta rotação ao circulante, tornando mais dinâmico seu fluxo de operações. Este incremento de atividade no capital de giro proporciona, de forma favorável à empresa, menor necessidade de imobilização de capital no ativo circulante e consequente incentivo ao aumento da rentabilidade. Para melhor entendimento vejamos a figura abaixo: Imagem 3 - Ciclo operacional. Fonte: Portal de Contabilidade (2018). 31 Conforme (Assaf 2011 p.12 ) os ciclos são definidos como segue: O ciclo financeiro mede exclusivamente as movimentações de caixa, abrangendo o período compreendido entre o desembolso inicial de caixa (pagamento de materiais a fornecedores) e o recebimento da venda do produto. Em outras palavras, representa o intervalo de tempo que a empresa irá necessitar efetivamente de financiamento para suas atividades. Evidentemente, ocorrendo desconto dos títulos representativos da venda a prazo, o ciclo de caixa e, consequentemente, o período de necessidade de caixa reduzem-se pelo prazo da operação. O ciclo econômico considera unicamente as ocorrências de natureza econômica, envolvendo a compra dos materiais até a respectiva venda. Não leva em consideração, pelo próprio enunciado do ciclo, os reflexos de caixa verificados em cada fase operacional, ou seja, os prazos de recebimentos das vendas e os pagamentos dos gastos incorridos. Assim, o ciclo operacional, o ciclo financeiro e o ciclo econômico correspondem às seguintes expressões: Ciclo Operacional = PME(Mp) + PMF + PMV + PMC Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – PMPF – PMDD Ciclo Econômico = Ciclo Operacional – PMC Onde: PME (Mp) = prazo médio de estocagem de matérias-primas; PMF = prazo médio de fabricação; PMV = prazo médio de venda (prazo médio de estocagem dos produtos acabados); PMC = prazo médio de cobrança (prazo médio de recebimento). Para entendimento do conceito de Ciclo Operacional, veremos um exemplo prático. suponhamos que os produtos da empresa ALFAtiveram um Prazo Médio de Estocagem (PME) de 50 dias. O Prazo Médio de Recebimento (PMR) foi de 45 dias. Conforme a fórmula dos cálculos temos: CICLO OPERACIONAL = 50 dias (Prazo Médio de Estocagem – PME ) + 45 dias (Prazo médio de Recebimento – PMR) CICLO OPERACIONAL = 95 dias Com esse resultado, entendemos que a empresa leva 95 dias para comprar matéria-prima, produzir, vender e receber o valor correspondente. Não existe uma regra geral para ciclo operacional e ciclo financeiro, mas de uma visão geral o importante é a empresa possuir ciclos mais baixos, aumentando a viabilidade do negócio. 32 Silva (2009) conclui que: O ciclo operacional inicia-se com a compra de matéria-prima e se estende até o recebimento de vendas. Um ciclo operacional adequado refletirá de maneira positiva o comportamento e o uso do capital de giro investido. O ciclo financeiro representa o tempo entre o pagamento a fornecedores e o recebimento de vendas. Segundo (Silva 2009) Existem fatores internos e externos que afetam o fluxo de caixa, o que ocasiona diferenças acentuadas entre o previsto e o realizado, comprometendo a eficácia do sistema, bem como a sua liquidez. Vejamos primeiro os fatores internos: •Giro lento dos estoques; •Aumento no prazo de vendas concedido como maneira de aumentar a competitividade ou a participação no mercado; •Compras que não estão em linha com as projeções de vendas; •Diferenças representativas nos prazos médios de recebimento e pagamento; •Descontrole da cobrança, cadastro e seletividade do crédito, aumentando a inadimplência; •Ciclos de produção muito longos que não estão em consonância com o prazo médio dado pelos fornecedores; •Política salarial incompatível com as receitas e demais despesas operacionais; •Pequena ocupação do ativo fixo; •Distribuição de lucros incompatíveis com a capacidade de geração de caixa; •Custos financeiros altos originários do nível de endividamento; •Falta de política de controle dos custos fixos e programa para eliminação de desperdícios na empresa; •Tabela de preços com erro de cálculos; •Erro de avaliação financeira no mix de produtos. Fatores externos: •Diminuição das vendas em decorrência de retração do mercado; •Novos concorrentes; •Mudanças na alíquota de impostos; •Aumento do nível de inadimplência; •Diminuição de participação no mercado (market share). (SILVA 2009) Ainda nos dizeres de Silva (2009) para que esses fatores não aconteçam e comprometam o fluxo de caixa, é necessário que haja relação entre os setores, a fim de que as decisões a serem tomadas sejam antes conversadas e analisadas com o administrador financeiro, para em conjunto verificar e conhecer os possíveis impactos no caixa e assim preservar os interesses da empresa. Assim, o fluxo de caixa é um instrumento gerencial que permite apoiar o processo decisório da empresa, de modo que ela alcance os resultados estabelecidos pela diretoria e deliberados pelo conselho de administração. 33 Para os autores o constante aumento no nível de rotatividade do capital de giro aplicado ao negócio é fator decisivo para a manutenção do equilíbrio financeiro das operações e manter a liquidez no empreendimento, pois o capital de giro tem a premissa de financiar totalmente ou parcialmente as operações da empresa. A necessidade de a empresa possuir dinheiro em caixa disponível para pagamento dos seus compromissos, provenientes de suas operações é imprescindível, pois a empresa precisa conceder prazos aos seus clientes que tragam o retorno financeiro em tempo hábil alinhado aos compromissos com os fornecedores e demais obrigações financeiras. 34 3 METODOLOGIA Para realizar um estudo científico foi necessário utilizar variadas tipologias de pesquisa que levaram ao destino do estudo, método indutivo, descritivo, exploratório, bibliográfico e ultimo hipotético dedutivo. Matias (2016, p.20) afirma que, ”A pesquisa pode ser classificada quanto à área da ciência em pesquisa teórica, metodológica, empírica e prática. Quanto à natureza em trabalho científico original e de resumo de assunto.” Ainda nos dizeres de (MATIAS) o raciocínio indutivo, tem a generalização derivada de observações de casos da realidade concreta. As constatações particulares levam à elaboração de generalizações, assim, o método indutivo procede em três etapas: observação dos fenômenos, descoberta da relação entre eles e generalização da relação. Aclarando (LAKATOS) confirma que os aspectos relevantes dos métodos indutivos e dedutivos são da observação de alguns fenômenos de determinada classe para todos daquela mesma classe, e parte de generalizações aceitas no campo entendido, de leis abrangentes, para casos concretos e partes da classe que já se encontram na generalização. Esta pesquisa, quanto aos objetivos, caracteriza-se como descritiva, pois foram realizados estudos baseados na Legislação da Substituição Tributária do ICMS em Minas Gerais, com o objetivo de demonstrar as distorções causadas nas operações com mercadorias, buscando demonstrar o efeito da Substituição Tributária no preço final de venda de produtos. Para estabelecer um parâmetro comparativo utilizou se o método hipotético dedutivo para chegar as distorções do ICMS/ST. Seguindo os dizeres de (Matias 2016 p.49) o método hipotético dedutivo, segue a linha de raciocínio: “quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses.” Neste sentido no estudo foi realizado a pesquisa sobre publicações, revisões bibliografias em função das idéias originárias e secundárias, para formular uma hipótese foi criado situações de empresas hipotéticas para em torno do processo hipotético dedutivo, chegar as informações relacionadas ao ICMS ST. 35 4 DESENVOLVIMENTO Para estudo de caso será analisado operações com mercadorias de empresas hipotéticas, a fim de expor movimentações que podem impactar o movimento financeiro das empresas. A indústria ALFA MG, localizada no estado de Minas Gerais, em 20/10/20XX, recebeu um pedido de compra do atacadista BETA MG, dentro do mesmo Estado, que fez uma compra de duas mercadorias, M1 e M2, a segunda mercadoria passiva de substituição tributária. Em 30/10/20XX, a indústria ALFA MG faturou e entregou as mercadorias, cedendo um prazo de 30 dias para pagamento, a partir da data da entrega, efetuada em 30/10/20XX. Dados do faturamento da indústria ALFA MG em sua venda Mercadoria M1 Valor das mercadorias com o lucro, frete e ICMS inclusos: R$ 100.000,00 Alíquota do IPI: 10% Valor do IPI: R$ 100.000,00 x 10% = R$ 10.000,00. Alíquota interna do ICMS: 18% Valor do ICMS: R$ 100.000,00 x 18% = R$ 18.000,00 Valor total da nota fiscal: R$ 100.000,00 ( total das mercadorias) + R$ 10.000,00 (IPI) = R$ 110.000,00 Tributação na nota fiscal. Figura 1 – Faturamento Alfa MG para Beta MG BASE DE CÁLCULO DE ICMS 100.000,00 VALOR DO ICMS 18.000,00 BASE DE CÁLCULO ICMS ST 0,00 VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO 0,00 VALOR TOTAL DOS PRODUTOS 110.000,00 VALOR DO FRETE 0,00 VALOR DO SEGURO 0,00 DESCONTO 0,00 DESPESA 0,00 IPI 10.000,00 TOTAL DA NOTA 110.000,00 Fonte: Elaborado pelo autor. 36 Figura 2 – Ciclo Operacional e Financeiro Fonte: Elaborado pelo autor. Assim a contabilização pela empresa BETA MG procede da seguinte forma: Valor total da nota fiscal R$ 110.000,00 ICMS a compensar (crédito): R$ 18.000,00, em conformidade com o princípio não cumulativo. Custo/Estoque R$ 92.000,00 Valor a pagar ao fornecedor (empresa ALFA MG) R$ 110.000,00 Como o atacadista não tem sujeição ao IPI, não se aplica o princípio não cumulativo. Mercadoria M2 Valor das mercadorias incluído lucro, frete e ICMS: 150.000,00 Alíquota de IPI: 10% Total do IPI: R$ 150.000,00 x 10% = 15.000,00 Alíquota ICMS: 18% Valor do ICMS operação própria: 150.000,00 x 18% = 27.000,00 MVA adicionada a base de calculo de ICMS: 40% Base de cálculo de ICMS ST: 165.000,00 (total das mercadorias +IPI) x 1,40 ( MVA 40%) = 231.000,00 Observa se que além da aplicação da alíquota interna da operação própria do ICMS, para calculo da ST aplica se também a MVA sobre a mesma base, sobre o total aplica a alíquota de 18% (MG), temos então a base da retenção (R$ 231.000,00). Do resultado deverá ser deduzido o ICMS da operação própria do industrial (R$ 27.000,00), ou seja: R$ 231.000,00 X 18% = R$ 41.580,00 – R$ 27.000,00 = R$ 14.580,00 A Nota fiscal a ser emitida pelo substituto tributário terá um valor total de R$ 179.580,00, que é o resultado da seguinte soma: 30/11/20XX Recebimento da empresa ALFA MG R$ 110.000,00 10/10/20XX 30/10/20XX 10/11/20XX Compra de matéria prima Venda e entrega Pagamento a fornecedor 37 R$ 150.000,00 (Valor total das mercadorias) + R$ 15.000,00 (IPI) + R$ 14.580,00 (ICMS Retido por ST). Tributação na nota fiscal (ST). Figura 2 – Faturamento ALFA MG para BETA MG BASE DE CÁLCULO DE ICMS 150.000,00 VALOR DO ICMS 27.000,00 BASE DE CÁLCULO ICMS ST 231.000,00 VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO 14.580,00 VALOR TOTAL DOS PRODUTOS 150.000,00 VALOR DO FRETE 0,00 VALOR DO SEGURO 0,00 DESCONTO 0,00 DESPESAS 0,00 IPI 15.000,00 TOTAL DA NOTA 179.580,00 Fonte: Elaborado pelo autor Ciclo operacional e financeiro da empresa ALFA MG. Figura 3 – Ciclo Operacional ST ALFA MG 10/10/20XX 30/10/20XX 09/11/20XX 10/11/20XX 30/11/20XX Compra de matéria prima Venda e entrega Recolhimento ST 14.580,00 Pagamento ao fornecedor Recebimento da empresa BETA MG R$ 179.580,00 Fonte: Elaborado pelo autor Por analise vemos que a empresa ALFA MG tem o mesmo ciclo operacional porem, neste ciclo tem dispêndios financeiros tanto no pagamento dos fornecedores quanto ao recolhimento do ICMS ST na forma de substituto tributário, tendo uma saída que causa defasagem em seu caixa de R$14.580,00, assim ela tem um ciclo operacional de cinquenta dias desde a compra da matéria prima até o recebimento da mercadoria, estamos supondo em um único pagamento pelo cliente, mas ela ainda pode vender em prazos mais extensos o que acarretaria mais defasagem em seu caixa. A empresa BETA MG nas suas aquisições de mercadorias com Substituição tributária não poderá se creditar de ICMS, tendo em vista ser uma empresa comercial, o que não lhe dá o direito a crédito tanto na operação própria quanto na substituição tributária. Tratando do IPI não há aplicação da não cumulatividade pois trata se de um imposto para produtos industrializados, nas vendas para empresas comerciais o custo é unitário, valor das mercadorias + despesas+ impostos, perfazendo o custo total, o que difere de empresas industriais, que tem custos direto e indireto. Assim a contabilização pela empresa BETA procede como: 38 Débito no estoque/custo sem crédito de IPI ou ICMS. R$ 179.800,00 Crédito a pagar ao fornecedor ALFA MG: R$ 179.800,00 Como podemos observar a empresa ALFA MG tem a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS ST na figura de substituto tributário sobre o fato gerador presumido do inicio da operação comercial. Recolhimento de R$ 14.800,00 no dia 09/11/2018 onerando seu caixa até o dia do recebimento em 30/11/2018 se a venda for em uma única parcela, caso seja maior o prazo menor o giro de caixa. Na venda da mercadoria M1 a empresa ALFA MG possuía créditos acumulados provenientes de suas compras, neste sentido devido suas saídas de mercadorias onde existe o Débito do imposto, ela não teve a necessidade desembolso financeiro já que os Débitos são compensados com os Créditos das entradas. A empresa BETA em suas aquisições de mercadorias para comercialização em operações não sujeitas a substituição tributária, o ICMS será diluído do valor total na nota fiscal, de acordo com o regime débito e crédito em consonância com o princípio não cumulativo. Já na situação em que as mercadorias com destino a comercialização tenham sido adquiridas pelo regime da substituição tributária, o ICMS próprio quanto o ICMS ST são locados no estoque compondo o custo dos produtos. Apesar das mercadorias terem sido adquiridas por valores diferentes, o que será fator diferencial é o posicionamento de estarem ou não inclusas no regime de substituição tributária. Podemos ver a diferença no quadro comparativo abaixo entre os custos de aquisição dos produtos com e sem ICMS substituição tributária. Quadro 1 – Comparativo de aquisição VALOR TOTAL NF CRÉDITO DE IPI CRÉDITO ICMS CUSTO ESTOQUE MERCADORIA 1 (SEM ST) 110.000,00 18.000,00 92.000,00 MERCADORIA 2 (COM ST) 179.800,00 179.800,00 Fonte: Elaborado pelo autor No dia 10/11/20XX a atacadista BETA MG teve um furto em seu estoque de 50% de suas mercadorias sujeitas a substituição tributária 39 A empresa entra com o pedido de restituição pois não houve concretização do fato presumido que se dá pela venda do estabelecimento atacadista ao consumidor varejista ou consumidor final, surgindo assim o direito de ser restituído, certa de que há o direito de ser ressarcido ou restituído ela realiza os procedimentos relativo as documentações para reaver o crédito, lembrando que além do ICMS substituição tributária ela também tem direito ao ICMS operação própria, pois esse crédito compôs a base de calculo da substituição tributaria. A empresa BETA MG para continuar com suas atividades teve de refazer o estoque de mercadorias. Posição sobre a movimentação da empresa BETA. Saldo em estoque da Mercadoria 2 após o furto(perda). R$ 179.580,00 x 50% (saldo em estoque) = R$ 89.790,00 Valor do ICMS ST a restituir, referente ao fato gerador presumido não realizado: R$ 14.580,00 (ST na nota fiscal) X 50% = R$ 7.290,00 (diferença entre a perda e o ST pago na mercadoria). Com esse desfalque a empresa BETA MG teve que repor seu estoque com novas compras, gerando uma redução de caixa pelo ocorrido inesperado. Ciclo financeiro operacional BETA MG Figura 4 – Ciclo operacional BETA MG 10/11/XX PERDA(FURTO) 15/11 /XX REPOSIÇÃO DE ESTOQUE 30/11/XX PAGTO A ALFA 15/12/XX PAGTO REPOSIÇÃO RESSARCIMENTO ST 90 DIAS A SEGUIR R$ 89.790,00 R$ 179.580,00 R$ 89.790,00 R$ 7.290,00 Fonte: Elaborado pelo autor. Ainda em outra operação suponhamos a venda de 50% das mercadorias adquiridas na primeira compra, porém essas mercadorias tiveram sua base de calculo de ICMS ST presumido em 40% a empresa BETA em sua escrituração percebeu que em seu preço final a base presumida houve uma redução de 10% o 40 que lhe dá o direito de recuperar a diferença entre o valor pago anteriormente pela ST na nota fiscal. Valor das mercadorias incluído lucro, frete e ICMS: 75.000,00 Alíquota de IPI: 10% Total do IPI: R$ 75.000,00 x 10% = 7.500,00 Alíquota ICMS: 18% Valor do ICMS operação própria: 75.000,00 x 18% = 13.500,00 MVA adicionada a base de calculo de ICMS: 30% (inferior a presumida) Base de cálculo de ICMS ST: 82.500,00 (total das mercadorias +IPI) x 1,30 (coeficiente MVA) = 107.250,00 x 18% = 19.305,00 Total ICMS a pagar na nota fiscal 19.305,00 –
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