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Substituição Tributária Progressiva do ICMS em Minas Gerais

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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. 
Curso de Ciências Contábeis com Ênfase em Controladoria. 
 
 
 
 
 
Dawller Ranufre de Almeida 
 
 
 
 
 
 
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA DO ICMS NO ESTADO DE MINAS 
GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2018 
 
 
Dawller Ranufre de Almeida 
 
 
 
 
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA DO ICMS NO ESTADO DE MINAS 
GERAIS: Análise da viabilidade econômica em empresa do regime tributário 
não cumulativo alcançada pela substituição tributária na circulação de 
mercadorias. 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
ao curso de Ciências Contábeis com ênfase em 
controladoria da Pontifícia Universidade 
Católica de Minas Gerais como requisito 
parcial para obtenção do título de bacharel em 
Ciências Contábeis. 
 
Orientador: Prof.Othon Mello 
Coordenador: Amaro da Silva Junior 
Área de concentração: Analise Literária 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
 2018 
 
 
Dawller Ranufre de Almeida 
 
 
 
 
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA DO ICMS NO ESTADO DE MINAS 
GERAIS: Análise da viabilidade econômica em empresa do regime tributário 
não cumulativo alcançada pela substituição tributária na circulação de 
mercadorias. 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
ao curso de Ciências Contábeis com ênfase em 
controladoria da Pontifícia Universidade 
Católica de Minas Gerais como requisito 
parcial para obtenção do titulo de bacharel em 
Ciências Contábeis. 
 
Área de concentração: Análise Bibliográfica. 
 
 
 
 
Professor: Othon Pereira de Mello – PUC MINAS (Orientador) 
 
Professor: Marcelo Demichelli T. Silva - PUC MINAS(Banca Examinadora) 
 
 
 
 
Belo Horizonte 28 de Novembro de 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicação A minha família, 
Por todo incentivo meu pai, mãe 
irmãos, e em especial ao meus filhos, 
 Giovanna e Bryan fontes de inspiração. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
“CONVERSANDO COM DEUS, PEDI FORÇA E VIGOR, DEUS ME MANDOU DIFICULDADES 
PARA ME FAZER FORTE. 
PEDI SABEDORIA, DEUS ME DEU PROBLEMAS PARA RESOLVER. 
PEDI PROSPERIDADE, DEUS ME DEU ENERGIA E CEREBRO PARA TRABALHAR. 
PEDI AMOR, DEUS ME MANDOU PESSOAS COM PROBLEMAS PARA EU AJUDAR. 
PEDI FAVORES, DEUS ME DEU OPORTUNIDADES. 
NÃO RECEBI NADA QUE EU QUERIA, MAS RECEBI TUDO QUE EU PRECISAVA. MINHAS 
PRECES FORAM ATENDIDAS” 
 
“Total agradecimento ao senhor Jesus por tudo que foi possível até aqui.” 
E juntamente a todos professores e amigos que foram presentes nessa 
caminhada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A substituição tributária (ST) do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e 
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS), é uma 
ferramenta de arrecadação de impostos aplicada pelo Fisco presente em 
praticamente todas operações com mercadorias. O imposto é cobrado de formas 
diferentes que mudam de regra para produto, Estado, e tipo de transação comercial 
com influências no resultado e operações. O objetivo deste trabalho é demonstrar 
efeitos na lucratividade das empresas, alcançadas pelo regime tributário não 
cumulativo, através do recolhimento do ICMS substituição tributaria progressiva no 
Estado de Minas Gerais, para tanto foi embasado um estudo comparativo de 
conteúdo em obras literárias de diferentes autores, normas constitucionais, 
legislação Estadual e internet. Foram apresentadas e analisadas operações com 
mercadorias, que envolvem a prática da substituição tributária, e em que aspecto 
causa efeitos de curto e longo prazo no movimento financeiro e ciclo operacional das 
empresas. Por fim, foi possível identificar características específicas da ferramenta 
de arrecadação, que provocam implicações, na lucratividade das empresas 
alcançadas pelo regime tributário não cumulativo, no recolhimento do ICMS 
substituição tributaria progressiva no Estado de Minas Gerais. 
 
Palavras chave: Imposto. Icms. Substituição tributária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
In the current economic scenario, the impact of taxes on the lives of individuals and 
companies is increasing. In the case of businessmen, there are constant inquiries 
regarding the progressive substitution of the Tax on the Movement of Goods and 
Transport Services (ICMS). different forms changing from rule to product, State and 
type of commercial transaction, with Tax Substitution (ST) being a characteristic 
example of these results influenced by ICMS tax collection.The tax substitution (ST) 
of the Tax on the Circulation of Goods and the Provision of Interstate and 
Intermunicipal Transportation Services (ICMS), is a tax collection tool applied by the 
tax authorities present in almost all merchandise operations. The tax is levied in 
different ways that change from rule to product, state, and type of business 
transaction with influences on results and operations. The objective of this work is to 
demonstrate the effects on the profitability of companies, achieved by the non - 
cumulative tax regime, through the collection of ICMS progressive tax substitution in 
the State of Minas Gerais, based on a comparative study of content in literary works 
of different authors, norms constitutional, State legislation and internet. Goods 
transactions involving the practice of tax substitution were presented and analyzed, 
and in what aspect they cause short- and long-term effects on the financial 
movement and business cycle of companies. Finally, it was possible to identify 
specific characteristics of the collection tool, which have implications for the 
profitability of the companies reached by the non-cumulative tax regime, in the 
collection of the ICMS progressive tax substitution in the State of Minas Gerais. 
 
Keywords: Tax. Icms. Tax substitution. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
CTN – Código Tributário Nacional 
CF – Constituição Federal. 
DOLT – Delegacia de Orientação e Legislação Tributária 
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
sobre 
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação 
II – Imposto de Importação 
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 
IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano 
IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores 
ISS – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza 
MVA – Margem de Valor Agregado 
PMF – Preço Médio de Fabricação 
PMC – Prazo Médio de Cobrança 
PME – Prazo Médio de Estocagem de Mercadorias 
PMR – Prazo Médio de Recebimento 
RICMS – Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação 
RICMS/MG – Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação do Estado de Minas Gerais 
ST – Substituição Tributária 
SUTRI – Superintendência de Tributação 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 
1.1 Justificativa ......................................................................................................... 9 
1.1.1 Problema.......................................................................................................... 10 
1.2 Objetivos ........................................................................................................... 10 
1.1.2 Objetivo Geral... .............................................................................................. 10 
1.1.1Objetivos específicos ...................................................................................... 11 
 
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO .....................................................................................12 
2.1 Tributo ................................................................................................................ 12 
2.1.1 Espécie de tributos. ........................................................................................ 13 
2.1.1.1Impostos ....................................................................................................... 14 
2.2 O Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) ................... 16 
2.1.2 Fato Gerador ................................................................................................... 17 
2.1.1.2 Contribuinte e responsável ........................................................................ 18 
2.1.1.1.2 Base de cálculo ........................................................................................ 19 
2.3 Conceito e espécies de substituição tributária. ............................................. 21 
2.1.3 Substituição tributária Progressiva .............................................................. 23 
2.1.1.3 Mva e o cálculo da substituição tributária. ............................................... 25 
2.1.1.1.3 Restituição de ICMS com Substituição Tributária ................................. 28 
2.4 Ciclo operacional financeiro e econômico ..................................................... 30 
 
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 34 
 
4 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 35 
 
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 42 
 
REFERÊNCIAS. ........................................................................................................ 44 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO. 
 A substituição tributária (ST) do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e 
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS), é uma 
ferramenta de arrecadação de impostos aplicada pelo Fisco presente em 
praticamente todas operações com mercadorias. O imposto é cobrado de formas 
diferentes que mudam de regra para produto, Estado, e tipo de transação comercial 
com influências no resultado e operações. O objetivo deste trabalho é demonstrar 
efeitos na lucratividade das empresas, alcançadas pelo regime tributário não 
cumulativo, através do recolhimento do ICMS substituição tributaria progressiva no 
Estado de Minas Gerais, para tanto foi embasado um estudo comparativo de 
conteúdo em obras literárias de diferentes autores, normas constitucionais, 
legislação Estadual e internet. Foram apresentadas e analisadas operações com 
mercadorias, que envolvem a prática da substituição tributária, e em que aspecto 
causa efeitos de curto e longo prazo no movimento financeiro e ciclo operacional das 
empresas. Por fim, foi possível identificar características específicas da ferramenta 
de arrecadação, que provocam implicações, na lucratividade das empresas 
alcançadas pelo regime tributário não cumulativo, no recolhimento do ICMS 
substituição tributaria progressiva no Estado de Minas Gerais. 
 
1.1 Justificativa. 
 
No cenário econômico atual é crescente o impacto dos impostos na vida das 
pessoas e empresas, no caso dos empresários são constantes as indagações no 
tocante a substituição tributária progressiva do Imposto sobre circulação de 
mercadorias e serviços de transporte (ICMS), O imposto é cobrado de formas 
diferentes mudando de regra para produto, Estado e tipo de transação comercial, 
sendo a Substituição tributária (ST) um exemplo característico destes resultados 
influenciados pela arrecadação de ICMS. 
Conforme analogia, Carrazza afirma que: 
 
Deveras, a Emenda Constitucional 3/93 “criou” a absurda figura da 
responsabilidade tributária por fato futuro. O preceito em tela “autoriza” a lei 
a fazer nascer tributos de fatos que ainda não ocorreram, mas que, ao que 
tudo indica, ocorrerão. Noutros termos, permite que a lei crie presunções de 
acontecimentos futuros e, com elas, faça nascer obrigações tributárias. 
(CARRAZZA, 2002, p.233). 
10 
 
Machado (2003), por outro olhar, contesta a sujeição, do valor pago 
antecipadamente, conforme a materialização das operações subsequentes, no caso 
de uma base de calculo presumida, se o valor pago a maior seria restituído ou o 
Estado reembolsado no recolhimento a menor. 
Um problema é o pagamento antecipado de um imposto que não sofreu ainda 
o fato gerador, e por outro lado a empresa não tem a certeza no que ocorrerá com a 
mercadoria, se será vendida e quando, mas tem a obrigação de recolher o imposto 
tendo de sustentar o ICMS próprio e o ICMS ST. 
 Outro problema é a presunção da margem de valor agregado, para perfazer a 
base de calculo do ICMS ST, se o produto for vendido ao consumidor final por um 
preço menor que a presunção, não haverá restituição do ICMS ST. E ainda uma 
terceira posição seria sobre o possível tabelamento de preços, uma vez que se o 
imposto não for restituído poderemos estar diante desta situação já extinta de nossa 
economia. 
Tratando se dos desembolsos financeiros e dos efeitos causados pela 
Substituição tributária progressiva do ICMS na viabilidade econômica no cenário 
empresarial, o presente estudo justifica se pelos procedimentos aplicados a 
ferramenta da ST como também dos resultados a saúde financeira das empresas. 
 
1.1.1 Problema. 
 
Frente às exposições anteriores, o assunto é referencial para muitos estudos 
e discussões e análises, no tocante não só ao recolhimento e pagamento do imposto 
como também as formas de calculo, levando em conta também os efeitos 
financeiros, cabe nos questionar: qual efeito na lucratividade das empresas 
alcançadas pelo regime tributário não cumulativo pelo recolhimento do ICMS 
substituição tributaria progressiva no Estado de Minas Gerais? 
 
1.2 Objetivos. 
 
1.1.2 Objetivo Geral 
 
Como objetivo geral o estudo visa apresentar efeitos na lucratividade das 
empresas alcançadas pelo regime tributário não cumulativo pelo recolhimento do 
ICMS substituição tributaria progressiva no Estado de Minas Gerais. 
 
11 
 
1.1.1.2 Objetivos específicos. 
 
 Demonstrar efeitos no ciclo econômico das empresas. 
 Apontar operações com implicações do ICMS Substituição Tributária. 
 Identificar efeitos no caixa das empresas. 
 Demonstrar impactos na praticidade econômica do empreendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Tributo. 
 O tributo é uma obrigação a pagar, criada por lei, que faz imposição às 
pessoas a ter o dever de entregar parte de suas rendas para a manutenção e 
desenvolvimento do Estado, e este que tem a premissa de se fazer presente na 
sociedade nas áreas de interesse sociais como, saúde, educação, segurança, 
política econômica, preservação, entre outras. 
 O Código Tributário Nacional (CTN), em seu art. 3º, define tributo na forma: 
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em Lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
Conforme o Autor (FABRETTI, 2014 p. 37) o sistema de arrecadação de 
tributos consiste em: 
a) prestação pecuniária: os tributos em geral, pagos na forma e prazo 
normais da extinção da obrigação tributária, só poderão ser quitados em 
moeda corrente nacional. O pagamento de tributos em outras espécies só 
poderá ser feito em situações especiais, quando autorizado em lei do ente 
federativo competente; por exemplo: pagamento do INSS com Títulos da 
Dívida Agrária (TDA) até 31-12-99 (Lei no 9.711/98). No caso de débitos já 
inscritos na dívida ativa e processados judicialmente nas execuções fiscais, 
com a penhora de bens, estes serão levados a leilão, e a arrecadação em 
moeda seráutilizada para pagamento parcial ou total desse débito; 
b) compulsória: pagamento obrigatório, pelo poder coercitivo do Estado e 
independente da vontade do contribuinte; 
 c) que não constitua sanção por ato ilícito: a obrigatoriedade do pagamento 
pelo contribuinte do tributo nasce da prática do ato lícito, ou seja, aquele 
realizado na conformidade da lei (venda de mercadorias, prestação de 
serviços etc.). No caso de prática de infração fiscal, a pena aplicada será a 
multa, que é sanção por ato ilícito e não é tributo. A multa não faz parte da 
receita tributária, mas das receitas diversas (Lei no 4.320/64); 
d) instituída em lei: ou seja, os tributos só podem ser instituídos ou 
aumentados por meio da lei válida e eficaz, de acordo com o princípio da 
legalidade (art. 150, I, da CF); e) cobrado mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada: a administração pública, para efetuar a cobrança dos 
valores dos tributos, tem que agir na forma e nos estritos limites fixados em 
lei, sem o que haverá abuso ou desvio de poder, o que tornará a referida 
cobrança passível de anulação; 
 Assim o tributo somente poderá ser pago em moeda corrente nacional, sendo 
obrigatório, que não constitua sansão punitiva, instituída em lei e que seja cobrado 
mediante ações das administrações públicas nos parâmetros estruturados pela lei. 
 
13 
 
2.1.1 Espécie de tributos. 
 
O conceito tributo engloba impostos, taxas contribuições de melhoria, 
contribuições sociais e econômicas, encargos e tarifas tributárias fiscais, que 
contribuem para a formação da receita orçamentária da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
Conforme disposto no artigo 145 da Constituição Federal (CF): 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados 
ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, 
o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
 
Segundo FABRETTI (2014 p.38) “os tributos não vinculados são os que, uma 
vez instituídos por lei, são devidos, independentemente de qualquer atividade estatal 
em relação ao contribuinte.” 
O denominado tributo é tratado no art.16 do CTN: “Imposto é o tributo cuja 
obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.” 
Portanto, não estão vinculados a nenhuma prestação específica do Estado ao 
sujeito passivo. O imposto é de competência privativa, distribuída pela CF, ou seja, é 
exclusivamente da União ou dos Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal 
conforme (Arts. 153 a 156 da CF). 
Ainda sob o olhar de (ABRAHAM) essa característica faz com que a 
arrecadação dos impostos ingresse nos cofres públicos sem uma contraprestação 
estatal relacionada com sua cobrança, podendo o Estado aplicar os recursos após 
as transferências tributárias em qualquer das suas despesas gerais, seja na 
educação, na segurança, na limpeza pública, nos hospitais, entre outros, tudo 
conforme seu programa orçamentário. 
Continuando o entendimento de Fabretti (2014), Tributos vinculados são as 
taxas e contribuições de melhoria, quando instituídos por lei, são devidos quando 
14 
 
houver atividade estatal prestada ou colocada à disposição do contribuinte, as taxas 
e a contribuição de melhoria está definida nos arts. 77 e 78 do CTN e tem como fato 
gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de 
serviço público, específico e divisível, prestado ou colocado à disposição do 
contribuinte (art. 77 CTN). 
Neste sentido temos a disposição dos referidos artigos do CTN como segue: 
 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como 
fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva 
ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao 
contribuinte ou posto à sua disposição. 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador 
idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do 
capital das empresas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 1967) 
 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública 
que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a 
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas 
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à 
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais 
ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 28.12.1966) 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia 
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, 
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei 
tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 
 
Conforme explicito as taxas não podem ter a mesma base de calculo do 
imposto, portanto, não estão vinculadas a nenhuma prestação específica do Estado 
ao sujeito passivo. 
Ainda nesse sentido as Contribuições sociais de intervenção no domínio 
econômico (CIDE) dispostas nos artigos 149 e 149A da CF configuram como tributos 
vinculados, como nosso estudo limíta se a estrutura dos impostos vinculados e este 
sendo ICMS ST, sobre as contribuições sociais, esse assunto ficará a disposição 
para outro tema de estudo. 
 
2.1.1.1 Impostos. 
 
De acordo com entendimento anterior, o imposto é um tributo não vinculado 
que independe da atividade estatal relativa ao contribuinte, caracterizado por não ter 
15 
 
contraprestação do objetivo pelo qual foi arrecadado, não figurado como um tributo 
recolhido para um fim específico cabendo somente a União os Estados e Municípios 
a destinação de alocação monetária destinada, em melhor sentido ele não 
caracteriza pagamento por um serviço prestado, valorização, ou taxação, que só 
pode ser exigido pela Pessoa Jurídica de Direito Público Interno que tiver 
competência constitucional para tal (ART.16 CTN). 
Conforme Abraham (2017 p.316) “os impostos geram uma arrecadação não 
afetada, não estando atrelados à ideia de custo/benefício específico que os tributos 
vinculados possuem (taxas e contribuições)”. Por consequência, este tributo tem a 
capacidade contributiva principal e a instituição e cobrança, os impostos geram uma 
arrecadação “não afetada”, não estando amarrados à ideia de custo/benefício 
específico que os tributos vinculados possuem (taxas e contribuições). 
Ainda (Abraham) relata que o sistema tributário nacional atualmente possui os 
seguido impostos, distribuídos particularmente entre a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios: A União possui seis deles: Imposto de Importação (II), 
Imposto de Exportação (IE), Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI), Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e o 
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Os Estados possuem três deles: 
Imposto sobre a Transmissão Causas Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou 
Direitos (ITCMD), Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o 
Imposto sobre a Propriedade de VeículosAutomotores (IPVA). 
Os Municípios possuem três deles: Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis 
(ITBI), Imposto sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre a Propriedade Predial e 
Territorial Urbana (IPTU). 
Além dos já expostos a União tem a competência residual para criar, outros 
impostos diante de lei complementar dos previstos no art. 153, que sejam não 
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo similar aos demais 
impostos previstos na Constituição. 
 A União poderá instituir os chamados Impostos Extraordinários quando da 
iminência ou no caso de guerra externa e ainda criar o Imposto sobre Grandes 
Fortunas, mediante Lei Complementar. 
 
 
 
16 
 
2.2 O Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS). 
 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 155, II, confere aos Estados e 
ao Distrito Federal competência para instituir imposto sobre “operações relativas à 
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações se iniciem 
no exterior” (BRASIL 1988). 
O imposto conhecido como ICMS, conforme ensinamento de Carrazza o 
imposto atinge cinco campos diferentes de incidência: 
 
A sigla ICMS alberga pelo menos cinco impostos diferentes; a saber: a) o 
imposto sobre operações mercantis (operações relativas à circulação de 
mercadorias), que, de algum modo, compreende o que nasce da entrada de 
mercadorias importadas do exterior; b) o imposto sobre serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal; c) o imposto sobre serviços de 
comunicação; d) o imposto sobre produção, importação, circulação, 
distribuição ou consumo de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos 
e de energia elétrica; e, e) o imposto sobre a extração, circulação, 
distribuição ou consumo de minerais. Dizemos diferentes, porque estes 
tributos têm hipóteses de incidência e bases de cálculo diferentes. Há, pois, 
pelo menos cinco núcleos distintos de incidência do ICMS. 
(CARRAZZA, 2002, p.34). 
 
 
Atualmente, o ICMS é regulamentado pela Lei Complementar nº 87, de 13 de 
setembro de 1996, denominada “Lei Kandir”, elaborada pelo ministro do 
Planejamento Antonio Kandir, transformou-se na Lei Complementar 87/96, que já foi 
alterada por várias outras leis complementares. 
A Emenda Constitucional Nº 3 de 17 de Março de 2003 em seu artigo 155, § 
2º, XII, Define que: 
 Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - 
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
 
 
 Neste contexto cada Estado tem a prerrogativa de instituir seu próprio 
regulamento sobre o ICMS e os contribuintes seguir as normas e recolher o ICMS de 
acordo com seu domicílio tributário, conforme a legislação vigente no território, do 
fato gerador. 
Em Minas Gerais, o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à 
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte 
17 
 
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS) se concretizou por meio 
do Decreto 43.080 de 13 de dezembro de 2002. 
2.1.2 Fato Gerador. 
 
O ICMS sendo um imposto indireto, ou seja, ocorre sobre mercadorias e 
serviços tem o fato gerador do imposto caracterizado pela circulação da mercadoria 
e prestação de serviços, ainda assim sobre o consumo a exemplo quando as 
pessoas vão ao estabelecimento e consomem mercadorias, sobre os serviços de 
transporte intermunicipal e interestadual e serviços de comunicação, ainda que se 
iniciem no exterior, vale ressaltar que serviços de transporte intramunicipal não 
caracteriza fato gerador do ICMS, é caracterizado como ISS, no caso do serviço de 
comunicação somente será cobrado o imposto quando o serviço for oneroso, 
quando ele é cobrado, a exemplo o serviço de telefonia, internet, TV por assinatura 
entre outros, casos como recepção de radio já não é cobrado do ouvinte mas do 
contratante do serviço pela emissora de rádio, televisão aberta e outros. 
 
A Lei Complementar 87, de 13 de setembro de 1996, define que o ICMS está 
sujeito a: 
Art. 2° O imposto incide sobre: 
I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento 
de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos 
similares; [...] 
§ 1º O imposto incide também: I - sobre a entrada de mercadoria ou bem 
importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja 
contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; [...] 
(BRASIL, 1996). 
 
 
Define também em seu artigo 3º, as hipóteses de não incidência, determinando as 
operações que o ICMS não se aplica. 
 
Sobre o fato gerador, a Lei Kandir determina que: 
 
Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: 
I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que 
para outro estabelecimento do mesmo titular; 
II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por 
qualquer estabelecimento; III - da transmissão a terceiro de mercadoria 
depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do 
transmitente; IV - da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título 
que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo 
estabelecimento transmitente; [...] IX – do desembaraço aduaneiro de 
mercadorias ou bens importados do exterior; [...] § 2º Na hipótese do inciso 
IX, após o desembaraço aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de 
mercadoria ou bem importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão 
responsável pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a 
18 
 
exibição do comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do 
despacho aduaneiro, salvo disposição em contrário. § 3º Na hipótese de 
entrega de mercadoria ou bem importados do exterior antes do 
desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste 
momento, devendo a autoridade responsável, salvo disposição em 
contrário, exigir a comprovação do pagamento do imposto. (BRASIL, 1996) 
 
O mestre Bonavides (2009) propõe que, operações como hipótese de 
incidência do ICMS tem o elemento mutação como os atos jurídicos mercantis, e a 
circulação dos direitos de posse ou propriedade das mercadorias, e essas, todo bem 
móvel objeto da comercialização. 
Neste entendimento o fato gerador do ICMS é concretizado pela circulação de 
mercadorias, convergindo em mudança de titularidade jurídica do bem, pela pratica 
de um negócio jurídico. A mudança de titularidade jurídica, realizada por intermédio 
de uma operação mercantil de compra e venda de mercadorias, pode ocorrer em 
outras situações, como exemplo da bonificação, doação e troca, devolução, remessa 
amostra entre diversas outras operações. 
 
2.1.1.2 Contribuinte e responsável. 
 
Contribuinte é conceituado como qualquer pessoa física ou jurídica que tenha 
habitualidade ou intuito comercial e que realize a circulação de mercadorias, o 
importador também figura como contribuinte indiferente da condição de efetuar a 
importação esporadicamente, os destinatários de serviços iniciados no exterior, 
serviços de transporte ou de comunicação, interestadual e intermunicipal. 
Nos dizeres de Amorim (2007 p.18), “contribuinte é aquele cuja capacidade 
contributiva é revelada pelo fato gerador da obrigação tributária”. 
 
O artigo 55º do Regulamento de ICMS/Minas Gerais, de 2002, conceitua contribuinte 
conforme disposto: 
 
Art. 55. Contribuinte do imposto é qualquer pessoa, física ou jurídica, que 
realize operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviço 
descrita como fato gerador do imposto. § 1º A condição de contribuinte 
independe de estar a pessoa constituída ou registrada, bastando que 
pratique com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial 
a operação ou a prestação referidas no caput desteartigo. § 2° Entende-se 
por habitualidade, para fins de tributação, a prática de operações que 
importem em circulação de mercadorias ou de prestações de serviços de 
transporte, interestadual ou intermunicipal, ou de comunicação, a qual, pela 
sua repetição, induz à presunção de que tal prática constitui atividade 
19 
 
própria de contribuinte regular. (3) § 3º Os requisitos de habitualidade ou de 
volume que caracterize intuito comercial não se aplicam às hipóteses 
previstas nos incisos III a VII, X e XI do artigo 1º deste Regulamento. 
 
 
Em síntese, contribuinte é aquele que tem relação direta e pessoal com o 
fato gerador, vale ressaltar que mesmo que haja circulação de mercadorias nem 
sempre tais fatos geradores são passiveis de tributação, há de se verificar qual a 
finalidade da mercadoria em consulta aos devidos regulamentos de ICMS dos 
Estados e verificar sua devida tributação. 
 O Responsável é aquele que tem a obrigação do recolhimento do tributo na 
condição de sujeito passivo da operação mesmo não sendo ele o causador do fato 
gerador. 
Continuando sobre a assertiva de Amorim (2007 p.18), “o sujeito passivo, 
qualificado como responsável, pode ser um sucessor ou um terceiro e responder 
solidária ou subsidiariamente, ou ainda por substituição”. 
O RICMS/MG 2002 define, em seu artigo 56°, quem são os responsáveis pelo 
recolhimento do imposto: 
 
Art. 56. São solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto e 
acréscimos legais, inclusive multa por infração para a qual tenham 
concorrido por ação ou omissão: I - o armazém-geral, a cooperativa, o 
depositário, o estabelecimento beneficiador e qualquer outro encarregado 
da guarda, beneficiamento ou comercialização de mercadorias, nas 
seguintes hipóteses: a) relativamente à saída ou à transmissão de 
propriedade de mercadoria depositada, inclusive por contribuinte de fora do 
Estado; b) no caso de receber, manter em depósito, dar entrada ou saída a 
mercadoria de terceiro sem documento fiscal hábil e sem pagamento do 
imposto; II - o transportador, em relação à mercadoria: a) que entregar a 
destinatário diverso do indicado na documentação fiscal; b) que for 
negociada em território mineiro durante o transporte; c) transportada sem 
documento fiscal ou com nota fiscal com prazo de validade vencido; 
 
Viabilizando os dizeres de Amorim (2007), mesmo o contribuinte não sendo o 
causador da circulação da mercadoria ou serviço o Estado poderá lhe atribuir a 
condição de substituto tributário, sendo responsável pelo recolhimento do imposto 
no momento atual de um fato gerador futuro. 
 
2.1.1.1.2 Base de cálculo. 
. Corresponde a base de cálculo do ICMS o montante da operação, incluindo o 
frete e despesas acessórias cobradas do adquirente ou consumidor, Sobre a 
respectiva base de cálculo se aplicará a alíquota do ICMS respectiva 
 
No entendimento de Melo:
No caso específico do ICMS, a base de cálculo deve representar a 
quantificação
serviços de transporte
seja, o valor das mercadorias e
(MELO, 2003, p. 174).
 
A lei 87/96 em seu artigo 13º
base de calculo do ICMS
de 1988. 
 Conforme (TEIXEIRA) 
as internas aplicadas dentro do Estado de origem da mercadoria e as interestaduais 
de mercadorias proveniente de fora do Estado ou Remetida para fora do Estado.
Para notarmos os percentuais de alíquota exibimos a tab
abaixo com as tributações Estaduais e Interestaduais.
Imagem 1- Tabela de alíquotas em operações interestaduais
 
 
Na coluna vertical estão os Estados de origem das operações, na coluna 
horizontal os Estados de destino das operações com mercadorias, e a coluna 
diagonal a aliquota interna de cada ente Federado.
Amparado pelo inciso III do 
estabelece que o ICMS: “poderá ser seletivo, em função da 
mercadorias e serviços. 
de Melo: 
No caso específico do ICMS, a base de cálculo deve representar a 
quantificação compreendida na “operação mercantil”, e na “prestação de 
serviços de transporte interestadual/intermunicipal, e de comunicação”, ou 
seja, o valor das mercadorias e o preço dos serviços, respectivamente. 
(MELO, 2003, p. 174). 
em seu artigo 13º traz também as definições para aplicação na 
lo do ICMS, em consonância com o art. 155 da Constituição Federal 
Conforme (TEIXEIRA) as alíquotas dividem se em internas e interestaduais, 
as internas aplicadas dentro do Estado de origem da mercadoria e as interestaduais 
de mercadorias proveniente de fora do Estado ou Remetida para fora do Estado.
Para notarmos os percentuais de alíquota exibimos a tabela de incidência conforme 
abaixo com as tributações Estaduais e Interestaduais. 
Tabela de alíquotas em operações interestaduais
Fonte: Iob Sage - Tabela ICMS 2018 
Na coluna vertical estão os Estados de origem das operações, na coluna 
os de destino das operações com mercadorias, e a coluna 
diagonal a aliquota interna de cada ente Federado. 
Amparado pelo inciso III do §2º do art. 155 da atual constituição do Brasil 
estabelece que o ICMS: “poderá ser seletivo, em função da 
 
20 
No caso específico do ICMS, a base de cálculo deve representar a 
compreendida na “operação mercantil”, e na “prestação de 
interestadual/intermunicipal, e de comunicação”, ou 
eço dos serviços, respectivamente. 
traz também as definições para aplicação na 
, em consonância com o art. 155 da Constituição Federal 
ividem se em internas e interestaduais, 
as internas aplicadas dentro do Estado de origem da mercadoria e as interestaduais 
de mercadorias proveniente de fora do Estado ou Remetida para fora do Estado. 
ela de incidência conforme 
Tabela de alíquotas em operações interestaduais 
 
Na coluna vertical estão os Estados de origem das operações, na coluna 
os de destino das operações com mercadorias, e a coluna 
2º do art. 155 da atual constituição do Brasil 
estabelece que o ICMS: “poderá ser seletivo, em função da essencialidade das 
21 
 
Para Bonavides (2009) a norma constituicional demonstra a faculdade 
atribuida ao poder tributante dos Estados e Distrito Federal, tendo autonomia para 
majorar as aliquotas por meio da seletividade impregada na diversidade das 
mercadorias, analisadas pela necessidade das pessoas conforme o padrão de vida. 
A tabela de incidência o RICMS/MG/2002 conforme legislação especifica de 
cada Estado, traz suas caracteristicas de tributação dos produtos conforme a 
seletividade majorados pelos Decretos sobre as alíquotas. 
 
Art. 42. As alíquotas do imposto são: 
I - nas operações e prestações internas: 
[...] 
II - nas operações e prestações interestaduais: 
a - as alíquotas previstas no inciso anterior: 
a.1 - quando o destinatário não for contribuinte do imposto; 
a.2 - quando se tratar de serviço de transporte aéreo de carga e mala 
postal, tomado 
por não-contribuinte ou a este destinado; 
b) 7% (sete por cento), quando o destinatário for contribuinte do imposto e 
estiver localizado no Estado do Espírito Santo ou nas regiões Norte, 
Nordeste e Centro-Oeste; 
c) 12% (doze por cento), quando o destinatário for contribuinte do imposto e 
estiver localizado nas regiões Sul e Sudeste, exceto no Estado do Espírito 
Santo; 
d) 4% (quatro por cento), quando se tratar de: 
d.1) prestações de serviço de transporte aéreo de carga e mala postal, 
quando o tomador e o destinatário forem contribuintes do imposto; 
d.2) bens e mercadorias importados do exterior, 
 
Ressaltando que nos casos em que o adquirente da mercadoria for 
contribuinte do imposto nas situações em que a mercadoria for destina ao ativo fixo 
ou consumo, aplica se a alíquota interestadual, e o comprador dever compor a 
alíquota fazendo o recolhimento ao Estado onde está situado, no caso de o 
destinatário não ser contribuinte o remetente deverá aplicar a alíquota interna do 
Estado de origem da mercadoria. 
 
2.3 Conceito e espécies de substituição tributária. 
 
A substituição tributária (ST) consiste na transferência da responsabilidade 
pelo recolhimento do tributo por uma terceirapessoa que tenha vinculo com o fato 
gerador futuro, calculado por uma base presumida, cujo fato gerador no caso de 
nosso estudo o ICMS, ainda não ocorreu, a União pela dificuldade de alcançar o 
contribuinte direto criou a modalidade de arrecadação a fim de evitar Elisão fiscal, e 
facilitar os meios de arrecadação e fiscalização. 
22 
 
Diante da definição podemos confirmar Sob a visão do doutrinador Mazza 
temos que: 
Denomina-se responsabilidade por substituição tributária quando a condição 
de substituto (responsável) existe antes mesmo da ocorrência do fato 
gerador. Assim, no momento da ocorrência do fato gerador o substituto 
tributário já figura como devedor no polo passivo da obrigação. No caso de 
um tributo plurifásico como o ICMS, a técnica da substituição tributária para 
reduzir os riscos da sonegação na medida em que a lei atribui a um dos 
contribuintes a responsabilidade pelo recolhimento do tributo devido as 
etapas da cadeia circulatória. (MAZZA 2015 p. 413) 
 
De acordo com a disposição pela CF a ferramenta de arrecadação doutrinada 
tem sua efetividade no cenário tributário e mercantil: 
 
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição 
de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato 
gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial 
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador 
presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993). (BRASIL 
1988) 
 
O Estado, para alcançar o fato gerador presumido, determina a 
responsabilidade aos sujeitos passivos estipulando a base de cálculo antecipada, 
pautando no valor da operação realizada pelo substituto, acrescida pelo valor do 
transporte das mercadorias e pela margem de lucro. 
 
Segundo Sabbag: 
 
 
A própria Constituição Federal, em seu art. 150 §7º, admite o fenômeno da 
responsabilidade atinente ao ICMS, no contexto da substituição tributária 
progressiva ou para “ frente” – escolha de uma terceira pessoa para 
recolher o tributo antes da ocorrência do fato gerador, em uma nítida 
antecipação de recolhimento perante um fato gerador presumido.(SABBAG 
2012 p. 1060). 
 
Conforme Orientação tributária Nº 001/2007 da Delegacia de Orientação e 
Legislação Tributária – DOLT e a Superintendência de Tributação – SUTRI, definem 
o conceito das formas sobre as quais a ST são aplicadas em consonância com o art. 
6º da Lei Complementar n° 87/96 que descreve a responsabilidade por substituição 
tributária poderá ser atribuída em relação a imposto incidente sobre uma ou mais 
operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, em 
disposição seguinte: 
 Substituição tributária em operações antecedentes - Aplica-se a 
substituição tributária na modalidade antecedente, quando o imposto 
devido pelo remetente ou alienante da mercadoria ficar sob a 
responsabilidade do destinatário. Diz-se substituição tributária "para trás". 
 Substituição tributária em prestações concomitantes - Aplica-se a 
substituição tributária na modalidade concomitante, quando, por exemplo, o 
recolhimento do imposto devido pelo prestador de serviço de transporte 
rodoviário de carga ficar sob a responsabilidade do alienante ou do 
23 
 
remetente por ocasião da saída da mercadoria, em relação à prestação 
realizada. 
 Substituição tributária em operações subseqüentes - Aplica-se a 
substituição tributária na modalidade subseqüente, quando o recolhimento 
do imposto devido pelo adquirente ou destinatário da mercadoria, nas 
sucessivas operações até o consumidor final, ficar sob a responsabilidade 
do alienante ou remetente da mercadoria. Diz-se, comumente, substituição 
tributária "para frente". 
Vedação: Para fins de recolhimento do imposto, é vedada a compensação 
de débito relativo à substituição tributária com qualquer crédito do imposto 
decorrente de entrada de mercadoria ou de utilização de serviço. 
A ST sob a visão dos autores supra citados neste capitulo constitui um 
ferramenta precisa do Fisco para ampliar sua base de arrecadação, facilitando e 
assegurando de fiscalização, em relação a quantidade de contribuintes sob seu 
domínio, e o ônus financeiro é transmitido ao substituto tributário antes do repasse 
ao consumidor final onde é suportado a carga do imposto diminuindo a sonegação 
do imposto. 
2.1.3 Substituição tributária Progressiva 
 
 A Substituição tributária para frente ou progressiva efetiva se quando o fato 
gerador o ainda não ocorreu, ou seja, um fato gerador futuro ou presumido, neste 
caso há um adiantamento no recolhimento do tributo no caso de nosso estudo o 
ICMS, o que exclui a responsabilidade pelo recolhimento dos contribuintes 
seguintes ao inicio da circulação da mercadoria ou prestação de serviço, mas estes 
suportam a carga tributaria já recolhida ao Fisco. 
 A Emenda Constitucional nº 3, de 1993, acrescentou o §7º ao art. 150 que 
reza que: 
A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de 
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador 
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial 
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido 
 
Em sintonia com a EC nº 3 de 1993, Bezerra (2008) conclui que “Desde a sua 
regulamentação, no início dos anos 90, o regime da substituição tributária para 
frente tem sido objeto de discussões e críticas pelos contribuintes e tributaristas, na 
medida em que se tributam, antecipadamente, operações que irão se realizar num 
momento posterior e incerto. 
24 
 
Nos dizeres de ROCHA (2015 P.235) “trata-se de uma antecipação de 
recolhimento que, por se referir a fatos geradores futuros, é denominada de 
antecipação sobre fatos geradores presumidos.” 
Ainda sob a visão Rocha (2015) na regra geral, na substituição para frente, o 
valor do tributo é calculado de acordo com pautas fiscais estabelecidas em lei, que 
são do que presunções legais que estimam a base de cálculo do tributo e o valor da 
mercadoria ou produto. 
No tocante ao estudo, a Substituição tributária traz varias distorções em 
questão de sua inconstitucionalidade mediante o cenário econômico atual, uma vez 
que ela foi criada como ferramenta para facilitar a fiscalização e reduzir a Evasão 
fiscal, mas nos dias atuais o Fisco dispõe de ferramentas tecnológicas de grande 
precisão para proceder os cruzamentos de informações. 
Conclui se que este é um argumento do qual se vale o Estado no intuito de 
garantir o recebimento do imposto e facilitar a fiscalização e arrecadação, 
caracterizando a substituição tributária, como uma defesa a favor do Estado. 
Abaixo podemos ver pela figura um comparativo de um processo normal de 
recolhimento e outro por substituição tributária. 
Imagem 2 - Operação com substituição tributária 
 
Fonte: Cefis ICMS-ST (2018) 
 
Como vemos o imposto da venda de um produto na operação normal é 
recolhido e repassado para o Estado em cada fase da operação de circulação pela 
indústria, pelo distribuidor e pelo lojista e outras cadeias, até chegar no consumidor 
25 
 
final. Com a substituição tributária esse imposto será recolhido somente pela 
indústria figurando como substituto tributário, imposto que deveria ser recolhido 
pelos outros agentes será recolhido e repassado diretamente pelo substituto no caso 
a industria. 
2.1.1.3 Mva e o cálculo da substituição tributária. 
A Margem de Valor Agregado (MVA) ou Índice de Valor Agregado (IVA) é um 
índice utilizado pelo Fisco estabelecida com base em preços usualmente praticados 
no mercado considerado ou obtidos por amostragem, que adicionado ao valor dos 
produtos juntos com outros encargos como: IPI, frete, outras despesas é utilizado 
para calcular a presunção do produto ou serviço será vendido ao consumidor final, 
determinando a base de cálculo do ICMS-ST, encontramos a MVA em percentuais já 
prontos para aplicação direta, chamadade “margem original”, normalmente utilizada 
nas operações internas, e de margem ajustada, que é obtida através de solução de 
uma fórmula estabelecida nos atos específicos, ou seja, representa um ajuste dos 
valores em função das alíquotas aplicadas nas operações. 
Para determinar o valor da ST devida em cada operação deve ser efetuado 
um cálculo para encontrar a base de cálculo, como segue: 
 Total da nota (Produtos + despesas gerais (fretes, descontos etc.,) + IPI) x 
MVA = Base de Cálculo. 
 b) A Base de Cálculo x Alíquota ST = ICMS-ST – ICMS S/Venda (Alíquota 
Estadual) = ICMS-ST a Recolher”. 
 
Sobre a base de cálculo, Oliveira et al. (2013, p. 80) apresenta: 
 
a base de cálculo da substituição tributária do ICMS vem disciplinada no art. 
8º da Lei Complementar nº 87/96. Esse dispositivo legal determina que a 
base de cálculo será o valor correspondente ao preço de venda a 
consumidor final acrescido do valor do frete, IPI e demais despesas 
debitadas do estabelecimento destinatário, bem como a parcela resultante 
da aplicação (sobre esse total) do percentual de valor agregado (margem de 
lucro – Margem de Valor Agregado – MVA). 
 
Neste entendimento, a base de cálculo corresponde ao preço de venda a 
consumidor acrescido de frete, IPI e dentre outras despesas, bem como a parcela 
26 
 
resultante da aplicação (sobre esse total) do percentual de valor agregado 
(OLIVEIRA, et al., 2013). 
A base de cálculo do ICMS-ST, apurada, será aplicada à alíquota 
interna prevista para o produto no Estado de destino. O valor resultante 
desse cálculo corresponde ao ICMS-ST total incidente na operação do 
substituto, do qual deverá ser deduzido o ICMS da sua operação própria. 
 
Em consonância com o exposto Galhardo afirma que: 
 
A margem de valor agregado será determinada com base em preços 
usualmente praticados no mercado, obtidos por levantamento, ainda que 
por amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos 
por entidades representativas dos setores, adotando-se a média ponderada 
dos preços coletados. A mercadoria submetida ao regime de substituição 
tributária em operação interestadual terá a margem de valor agregado 
estabelecida em Convênio ou Protocolo. (GALHARDO, 2006) 
 
Para atribuir maior de entendimento as afirmações dos autores e pela sua 
complexidade e particularidades que envolvem cálculo do ICMS substituição 
tributária, necessário se faz a exposição do RICMS como segue: 
 
Art. 19. A base de cálculo do imposto para fins de substituição tributária é: 
I - em relação às operações subsequentes: a) tratando-se de mercadoria 
cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão 
público competente, o preço estabelecido; b) tratando-se de mercadoria que 
não tenha seu preço fixado por órgão público competente, observada a 
ordem: 1. o preço médio ponderado a consumidor final (PMPF) divulgado 
em portaria da Superintendência de Tributação; 
2. o preço final a consumidor sugerido ou divulgado pelo industrial, pelo 
importador ou por entidade representativa dos respectivos segmentos 
econômicos aprovado em portaria da Superintendência de Tributação; ou 
3. o preço praticado pelo remetente, acrescido dos valores correspondentes 
a frete, seguro, impostos, contribuições, royalties relativos a franquia e 
outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por 
terceiros, adicionado da parcela resultante da aplicação sobre o referido 
montante do percentual de margem de valor agregado (MVA) estabelecido 
para a mercadoria na Parte 2 deste Anexo e observado o disposto nos §§ 5º 
a 8º deste artigo; II - na entrada, em operação interestadual, de mercadorias 
destinadas a uso, consumo ou ativo permanente do adquirente, a mesma 
estabelecida para a operação praticada pelo remetente.[...] 
Art. 20. O imposto a recolher a título de substituição tributária será: 
I - em relação às operações subsequentes, o valor da diferença entre o 
imposto calculado mediante aplicação da alíquota estabelecida para as 
operações internas sobre a base de cálculo definida para a substituição e o 
devido pela operação própria do contribuinte remetente; 
II - na entrada, em operação interestadual, de mercadorias destinadas a 
uso, consumo ou ativo permanente do adquirente, o valor calculado 
mediante aplicação do percentual relativo à diferença entre a alíquota 
interna e a interestadual sobre a respectiva base de cálculo. [...] (MINAS 
GERAIS, 2002). 
 
O valor referente a substituição tributária é encontrado quando se aplica a 
alíquota interna do Estado de destino sobre uma base de cálculo, calculada pela 
27 
 
forma estabelecida pelo regulamento, e se retira deste montante, o valor do ICMS 
referente à operação própria, se tratando das operações interestaduais relativas às 
entradas de mercadorias adquiridas para uso ou consumo e ativo imobilizado, 
deverá ser recolhido o diferencial de alíquota encontrado através da aplicação do 
percentual da diferença entre alíquota interestadual e interna. 
 
O artigo 19 do RICMS/MG apresentar outra particularidade no tocante a 
operações interestaduais com ST: 
 
Art. 19 [...] 
§ 5º Nas operações interestaduais com as mercadorias relacionadas nos 
itens 5 a 8, 11, 14, 15, 18 a 24, 29 a 32, 36, 39, 41 e 43 a 46 da Parte 2 
deste Anexo, quando a alíquota interna for superior à interestadual, para 
efeitos de apuração da base de cálculo com utilização de margem de valor 
agregado (MVA), esta será ajustada à alíquota interestadual aplicável, 
observada a fórmula “MVA ajustada = {[(1+ MVAST original) x (1 - ALQ 
inter) / (1 - ALQ intra)] -1}x 100”, onde: 
I - MVA ajustada é o percentual, com duas casas decimais, correspondente 
à margem de valor agregado a ser utilizada para apuração da base de 
cálculo relativa à substituição tributária na operação interestadual; 
II - MVA-ST original é o coeficiente, com quatro casas decimais, 
correspondente à margem de valor agregado prevista na Parte 2 deste 
Anexo; 
III - ALQ inter é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual 
aplicável à operação; 
IV - ALQ intra é o coeficiente correspondente à alíquota prevista neste 
Estado para as operações subsequentes alcançadas pela substituição 
tributária. [...] (MINAS GERAIS, 2002). 
 
A orientação tributária sobre o cálculo para ajuste da MVA, segue conforme 
DOLT/SUTRI Nº 001/2008 vigência 01/01/2009. 
 
Aquisição de autopeças por contribuinte mineiro, remetidas estabelecimento 
industrial estabelecido no Estado de São Paulo. 
Subitem 24.1.17, Parte 2, Anexo XV – Xampus para o cabelo. 
MVA-ST = 37,93 
Alíquota Interestadual (ALQ Inter) = 12% 
Alíquota Interna (ALQ Intra) = 25% 
A = (1 + MVA-ST original) 
A = (1 + 0,3793) 
A = 1,3793 
B = (1 - ALQ inter) : (1 - ALQ intra) 
B = (1 – 0,12) : (1 – 0,25) 
B = 0,88 : 0,75 
B = 1,1733 
MVA Ajustada 
= ((A X B) – 1) x 100 
= ((1,3793 x 1,1733) -1) x 100 
= 61,84% 
 
Continuamos com o exemplo de Galhardo para seguir no entendimento do 
calculo da ST: 
 
 
28 
 
Forma de cálculo 
Como o contribuinte substituto pratica o fato gerador ao promover a saída 
das mercadorias de seu estabelecimento e, pela sistemática do regime, 
paga o ICMS em relação aos fatos geradores futuros praticados pelos 
contribuintes substituídos, sabemos que este terá: 
a) o ICMS da operação própria; 
b) o ICMS das operações subsequentes. 
Consideramos, para fins de exemplificação, uma operação realizada por um 
fabricante de lâmpadas estabelecido no Estado do Rio de Janeiro com 
destino a um cliente localizado no Estado do Rio de Janeiro, cujo valor da 
venda é de R$ 1.000,00 e com IPI calculado a uma alíquota de 15%, 
teremos: .ICMS da operação própria – R$ 1.000,00 x 19% (origem RJ 
destino RJ) = R$ 190,00 .Base cálculo da ST – R$ 1.000,00 + R$ 150,00 
(IPI) + 40% (margem de valor agregado) = R$ 1.610,00 
R$ 1.610,00 x 19% (alíquota interna praticada no Estado do RJ) = R$ 
305,90 Como, de conformidade com o citado, o valor do imposto 
substituição seráa diferença entre o calculado de acordo com o 
estabelecido no subitem “Base de cálculo” e o devido pela operação normal 
do estabelecimento que efetuar a substituição tributária, teremos : 
R$ 305,90 – R$ 190,00 = R$ 115,90 
O ICMS-Substituição (ICMS-ST), também denominado imposto retido, ao 
contrário do ICMS normal, que se encontra embutido no preço, será 
cobrável “por fora” do destinatário, como permitem os Convênios e 
Protocolos específicos. (GALHARDO, 2006) 
 
Para se equilibrar as diferenças de preços alcançadas pela alíquota 
interestadual e interna é necessário o ajuste da MVA conforme calculo na formula 
demonstrado pela Orientação tributária, a diferença aplicada da se em detrimento da 
diferença entre a alíquota interna do ICMS (próprio) e interestadual. 
 
2.1.1.1.3 Restituição de ICMS com Substituição Tributária 
 Conforme instrução disposta no portal da Secretaria do Estado da Fazenda 
de Minas Gerais (SEFAZ/MG), é assegurado a restituição de ST pelo fato gerador 
presumido que ainda não aconteceu de acordo com as particularidades como segue: 
Tem direito à restituição do Imposto sobre Operações relativas à Circulação 
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual 
e Intermunicipal e de Comunicação por substituição tributária (ICMS–ST) o 
contribuinte que recolheu, em favor do Estado de Minas Gerais, o imposto 
correspondente a fato gerador presumido que não se realizou. O 
estabelecimento que receber mercadoria sujeita a substituição tributária 
pode ser restituído do valor do imposto pago, se ocorrer uma das seguintes 
situações:(SEFAZ MG) 
1) Saida para estabelecimento de contribuinte situado em outra unidade da 
Federação 
2)Saída amaparda por isenção ou não incidência 
3) Perecimento;furto;roubo ou qualquer outro tipo de perda. 
O valor do imposto pode ser restituído mediante: 
Ressarcimento junto a sujeito passivo por substituição inscrito no Cadastro 
de Contribuintes do ICMS deste Estado. 
29 
 
Abatimento do imposto devido pelo próprio contribuinte a titulo de 
substituição tributaria 
Creditamento na escrita fiscal do contribuinte 
 
Conforme Art. 22 do RICMS/MG Anexo XV também reza sobre as regras para 
restituição do ICMS ST como segue: 
Art. 22. Para a restituição do valor do imposto pago a título de substituição 
tributária correspondente a fato gerador presumido que não se realizou, o 
contribuinte observará o disposto nesta Subseção. [...] (3226) Parágrafo 
único - Nos casos em que o fato gerador se realizar em montante inferior ao 
valor da base de cálculo presumida, a restituição a que se refere o caput 
somente será efetivada após inequívoca comprovação de que não houve 
repasse do valor do imposto pleiteado no preço da mercadoria, ou, no caso 
de tê-lo feito, estar expressamente autorizado a recebê-lo por quem o 
suportou. [...] Art. 23. O estabelecimento que receber mercadoria sujeita a 
substituição tributária poderá ser restituído do valor do imposto pago, 
quando com a mercadoria ocorrer: (2775) I - saída para outra unidade da 
Federação;[...] 
I - saída para estabelecimento de contribuinte situado em outra unidade da 
Federação; 
 II - saída amparada por isenção ou não-incidência; 
III - perecimento, furto, roubo ou qualquer outro tipo de perda. (570) 
 § 1º O valor a ser restituído corresponderá: (2775) I - ao valor do imposto 
retido, no caso em que o contribuinte tenha adquirido a mercadoria 
submetida ao regime de substituição tributária diretamente daquele que 
efetuou a retenção; 
 
 Balizando as instruções da SEFAZ/MG e orientação tributária reforçadas pela 
disposição na lei Kandir: 
 
Art. 10. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do 
valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente 
ao fato gerador presumido que não se realizar. 
 § 1º Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no 
prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua 
escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os 
mesmos critérios aplicáveis ao tributo. 
 Cabe ressaltar que a restituição de ST se restringia apenas as situações de 
perdas ou não realização do fato gerador presumido no caso a saída das 
mercadorias, são várias as problemáticas em torno da ST, porém em Outubro de 
2016, houve uma significativa mudança em torno do assunto, o SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL (STF) no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 593849 
originário de MINAS GERAIS o Relator Ministro EDSON FACHIN deferiu que: “É 
30 
 
devida a restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Serviços (ICMS) pago a mais no regime de substituição tributária para a frente se a 
base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida.” 
Essa nova concepção vem a ser um assunto relevante no âmbito da 
restituição pois trata se de restituição de MVA presumida a maior do que a praticada, 
como exemplo: uma industria vende para atacadista mercadorias com base 
calculada sobre a MVA de 40%, porém o atacadista no momento da venda através 
de sua escrituração fiscal identifica que a base presumida na sua venda seria de 
30%, vemos então um a diferença de 10% pagos ao Fisco sobre o a MVA praticada, 
o que partir de 2016, já é passível de restituição, tal decisão passou a produzir 
efeitos a partir do julgamento finalizado em 19/10/16. 
2.4 Ciclo operacional financeiro e econômico 
 
Para aclarar o entendimento do estudo é necessário uma exposição dos 
fluxos operacionais, o que envolve o aspecto financeiro, onde o efeito é direcionado 
ao caixa da empresa, relacionado as operações de compra produção e venda. 
E fundamental o acompanhamento do ciclo operacional com vista aos fatos 
relevantes, dito que a rotatividade do capital de giro do negócio é decisivo para o 
equilíbrio financeiro das operações. 
Para, (Neto) Uma administração do capital de giro eficiente, envolve imprimir 
alta rotação ao circulante, tornando mais dinâmico seu fluxo de operações. Este 
incremento de atividade no capital de giro proporciona, de forma favorável à 
empresa, menor necessidade de imobilização de capital no ativo circulante e 
consequente incentivo ao aumento da rentabilidade. 
Para melhor entendimento vejamos a figura abaixo: 
Imagem 3 - Ciclo operacional. 
 
Fonte: Portal de Contabilidade (2018). 
 
31 
 
Conforme (Assaf 2011 p.12 ) os ciclos são definidos como segue: 
 
O ciclo financeiro mede exclusivamente as movimentações de caixa, 
abrangendo o período compreendido entre o desembolso inicial de caixa 
(pagamento de materiais a fornecedores) e o recebimento da venda do 
produto. Em outras palavras, representa o intervalo de tempo que a 
empresa irá necessitar efetivamente de financiamento para suas atividades. 
Evidentemente, ocorrendo desconto dos títulos representativos da venda a 
prazo, o ciclo de caixa e, consequentemente, o período de necessidade de 
caixa reduzem-se pelo prazo da operação. 
O ciclo econômico considera unicamente as ocorrências de natureza 
econômica, envolvendo a compra dos materiais até a respectiva venda. Não 
leva em consideração, pelo próprio enunciado do ciclo, os reflexos de caixa 
verificados em cada fase operacional, ou seja, os prazos de recebimentos 
das vendas e os pagamentos dos gastos incorridos. Assim, o ciclo 
operacional, o ciclo financeiro e o ciclo econômico correspondem às 
seguintes expressões: 
 
 Ciclo Operacional = PME(Mp) + PMF + PMV + PMC 
 Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – PMPF – PMDD 
 Ciclo Econômico = Ciclo Operacional – PMC 
 
Onde: 
 
 PME (Mp) = prazo médio de estocagem de matérias-primas; 
 PMF = prazo médio de fabricação; 
 PMV = prazo médio de venda (prazo médio de estocagem dos produtos 
acabados); 
 PMC = prazo médio de cobrança (prazo médio de recebimento). 
 
Para entendimento do conceito de Ciclo Operacional, veremos um exemplo 
prático. 
suponhamos que os produtos da empresa ALFAtiveram um Prazo Médio de 
Estocagem (PME) de 50 dias. O Prazo Médio de Recebimento (PMR) foi de 45 dias. 
Conforme a fórmula dos cálculos temos: 
CICLO OPERACIONAL = 50 dias (Prazo Médio de Estocagem – PME ) + 45 dias 
(Prazo médio de Recebimento – PMR) 
CICLO OPERACIONAL = 95 dias 
Com esse resultado, entendemos que a empresa leva 95 dias para comprar 
matéria-prima, produzir, vender e receber o valor correspondente. 
Não existe uma regra geral para ciclo operacional e ciclo financeiro, mas de 
uma visão geral o importante é a empresa possuir ciclos mais baixos, aumentando a 
viabilidade do negócio. 
 
32 
 
Silva (2009) conclui que: 
O ciclo operacional inicia-se com a compra de matéria-prima e se estende 
até o recebimento de vendas. Um ciclo operacional adequado refletirá de 
maneira positiva o comportamento e o uso do capital de giro investido. 
O ciclo financeiro representa o tempo entre o pagamento a fornecedores e 
o recebimento de vendas. 
Segundo (Silva 2009) Existem fatores internos e externos que afetam o fluxo de 
caixa, o que ocasiona diferenças acentuadas entre o previsto e o realizado, 
comprometendo a eficácia do sistema, bem como a sua liquidez. 
 
 Vejamos primeiro os fatores internos: 
 
•Giro lento dos estoques; 
•Aumento no prazo de vendas concedido como maneira de aumentar a 
competitividade ou a participação no mercado; 
•Compras que não estão em linha com as projeções de vendas; 
•Diferenças representativas nos prazos médios de recebimento e 
pagamento; 
•Descontrole da cobrança, cadastro e seletividade do crédito, aumentando a 
inadimplência; 
•Ciclos de produção muito longos que não estão em consonância com o 
prazo médio dado pelos fornecedores; 
•Política salarial incompatível com as receitas e demais despesas 
operacionais; 
•Pequena ocupação do ativo fixo; 
•Distribuição de lucros incompatíveis com a capacidade de geração de 
caixa; 
•Custos financeiros altos originários do nível de endividamento; 
•Falta de política de controle dos custos fixos e programa para eliminação 
de desperdícios na empresa; 
•Tabela de preços com erro de cálculos; 
•Erro de avaliação financeira no mix de produtos. 
Fatores externos: 
•Diminuição das vendas em decorrência de retração do mercado; 
•Novos concorrentes; 
•Mudanças na alíquota de impostos; 
•Aumento do nível de inadimplência; 
•Diminuição de participação no mercado (market share). 
(SILVA 2009) 
 
Ainda nos dizeres de Silva (2009) para que esses fatores não aconteçam e 
comprometam o fluxo de caixa, é necessário que haja relação entre os setores, a fim 
de que as decisões a serem tomadas sejam antes conversadas e analisadas com o 
administrador financeiro, para em conjunto verificar e conhecer os possíveis 
impactos no caixa e assim preservar os interesses da empresa. 
Assim, o fluxo de caixa é um instrumento gerencial que permite apoiar o 
processo decisório da empresa, de modo que ela alcance os resultados 
estabelecidos pela diretoria e deliberados pelo conselho de administração. 
33 
 
Para os autores o constante aumento no nível de rotatividade do capital de 
giro aplicado ao negócio é fator decisivo para a manutenção do equilíbrio financeiro 
das operações e manter a liquidez no empreendimento, pois o capital de giro tem a 
premissa de financiar totalmente ou parcialmente as operações da empresa. 
A necessidade de a empresa possuir dinheiro em caixa disponível para 
pagamento dos seus compromissos, provenientes de suas operações é 
imprescindível, pois a empresa precisa conceder prazos aos seus clientes que 
tragam o retorno financeiro em tempo hábil alinhado aos compromissos com os 
fornecedores e demais obrigações financeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
3 METODOLOGIA 
Para realizar um estudo científico foi necessário utilizar variadas tipologias de 
pesquisa que levaram ao destino do estudo, método indutivo, descritivo, 
exploratório, bibliográfico e ultimo hipotético dedutivo. Matias (2016, p.20) afirma 
que, ”A pesquisa pode ser classificada quanto à área da ciência em pesquisa 
teórica, metodológica, empírica e prática. Quanto à natureza em trabalho científico 
original e de resumo de assunto.” 
Ainda nos dizeres de (MATIAS) o raciocínio indutivo, tem a generalização 
derivada de observações de casos da realidade concreta. As constatações 
particulares levam à elaboração de generalizações, assim, o método indutivo 
procede em três etapas: observação dos fenômenos, descoberta da relação entre 
eles e generalização da relação. 
 Aclarando (LAKATOS) confirma que os aspectos relevantes dos métodos 
indutivos e dedutivos são da observação de alguns fenômenos de determinada 
classe para todos daquela mesma classe, e parte de generalizações aceitas no 
campo entendido, de leis abrangentes, para casos concretos e partes da classe que 
já se encontram na generalização. 
 Esta pesquisa, quanto aos objetivos, caracteriza-se como descritiva, pois foram 
realizados estudos baseados na Legislação da Substituição Tributária do ICMS em 
Minas Gerais, com o objetivo de demonstrar as distorções causadas nas operações com 
mercadorias, buscando demonstrar o efeito da Substituição Tributária no preço final de 
venda de produtos. Para estabelecer um parâmetro comparativo utilizou se o método 
hipotético dedutivo para chegar as distorções do ICMS/ST. 
Seguindo os dizeres de (Matias 2016 p.49) o método hipotético dedutivo, segue a 
linha de raciocínio: “quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado 
assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. 
Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são formuladas 
conjecturas ou hipóteses.” 
 Neste sentido no estudo foi realizado a pesquisa sobre publicações, revisões 
bibliografias em função das idéias originárias e secundárias, para formular uma 
hipótese foi criado situações de empresas hipotéticas para em torno do processo 
hipotético dedutivo, chegar as informações relacionadas ao ICMS ST. 
 
35 
 
4 DESENVOLVIMENTO 
 
Para estudo de caso será analisado operações com mercadorias de 
empresas hipotéticas, a fim de expor movimentações que podem impactar o 
movimento financeiro das empresas. 
A indústria ALFA MG, localizada no estado de Minas Gerais, em 20/10/20XX, 
recebeu um pedido de compra do atacadista BETA MG, dentro do mesmo Estado, 
que fez uma compra de duas mercadorias, M1 e M2, a segunda mercadoria passiva 
de substituição tributária. Em 30/10/20XX, a indústria ALFA MG faturou e entregou 
as mercadorias, cedendo um prazo de 30 dias para pagamento, a partir da data da 
entrega, efetuada em 30/10/20XX. 
 
Dados do faturamento da indústria ALFA MG em sua venda 
 
 Mercadoria M1 
 
 Valor das mercadorias com o lucro, frete e ICMS inclusos: R$ 100.000,00 
Alíquota do IPI: 10% Valor do IPI: R$ 100.000,00 x 10% = R$ 10.000,00. 
 
 Alíquota interna do ICMS: 18% 
 Valor do ICMS: R$ 100.000,00 x 18% = R$ 18.000,00 
 Valor total da nota fiscal: R$ 100.000,00 ( total das mercadorias) + R$ 
10.000,00 (IPI) = R$ 110.000,00 
 
 Tributação na nota fiscal. 
Figura 1 – Faturamento Alfa MG para Beta MG 
BASE DE 
CÁLCULO DE 
ICMS 
100.000,00 
VALOR DO 
ICMS 
 
18.000,00 
BASE DE 
CÁLCULO ICMS 
ST 
0,00 
VALOR DO ICMS 
SUBSTITUIÇÃO 
 
0,00 
VALOR TOTAL DOS 
PRODUTOS 
 
110.000,00 
VALOR DO 
FRETE 
0,00 
VALOR DO 
SEGURO 
0,00 
DESCONTO 
 
0,00 
DESPESA 
 
0,00 
IPI 
 
10.000,00 
 TOTAL DA 
NOTA 
110.000,00 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 
 
 
36 
 
Figura 2 – Ciclo Operacional e Financeiro 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Assim a contabilização pela empresa BETA MG procede da seguinte forma: 
 Valor total da nota fiscal R$ 110.000,00 
 ICMS a compensar (crédito): R$ 18.000,00, em conformidade com o princípio não 
cumulativo. Custo/Estoque R$ 92.000,00 
 Valor a pagar ao fornecedor (empresa ALFA MG) R$ 110.000,00 
 Como o atacadista não tem sujeição ao IPI, não se aplica o princípio não 
cumulativo. 
 
Mercadoria M2 
 
 Valor das mercadorias incluído lucro, frete e ICMS: 150.000,00 
 Alíquota de IPI: 10% 
 Total do IPI: R$ 150.000,00 x 10% = 15.000,00 
 Alíquota ICMS: 18% 
 Valor do ICMS operação própria: 150.000,00 x 18% = 27.000,00 
 MVA adicionada a base de calculo de ICMS: 40% 
 Base de cálculo de ICMS ST: 165.000,00 (total das mercadorias +IPI) x 1,40 
( MVA 40%) = 231.000,00 
 Observa se que além da aplicação da alíquota interna da operação própria do 
ICMS, para calculo da ST aplica se também a MVA sobre a mesma base, sobre o 
total aplica a alíquota de 18% (MG), temos então a base da retenção (R$ 
231.000,00). Do resultado deverá ser deduzido o ICMS da operação própria do 
industrial (R$ 27.000,00), ou seja: 
R$ 231.000,00 X 18% = R$ 41.580,00 – R$ 27.000,00 = R$ 14.580,00 
A Nota fiscal a ser emitida pelo substituto tributário terá um valor total de R$ 
179.580,00, que é o resultado da seguinte soma: 
30/11/20XX
Recebimento da 
empresa ALFA MG R$ 
110.000,00
10/10/20XX 30/10/20XX 10/11/20XX
Compra de matéria prima Venda e entrega Pagamento a fornecedor
37 
 
R$ 150.000,00 (Valor total das mercadorias) + R$ 15.000,00 (IPI) + R$ 14.580,00 
(ICMS Retido por ST). 
 
 Tributação na nota fiscal (ST). 
Figura 2 – Faturamento ALFA MG para BETA MG 
BASE DE 
CÁLCULO DE 
ICMS 
150.000,00 
VALOR DO 
ICMS 
 
27.000,00 
BASE DE 
CÁLCULO ICMS 
ST 
231.000,00 
VALOR DO 
ICMS 
SUBSTITUIÇÃO 
14.580,00 
VALOR TOTAL DOS 
PRODUTOS 
 
150.000,00 
VALOR DO 
FRETE 
0,00 
VALOR DO 
SEGURO 
0,00 
DESCONTO 
 
0,00 
DESPESAS 
 
0,00 
 IPI 
 
15.000,00 
TOTAL DA 
NOTA 
179.580,00 
Fonte: Elaborado pelo autor 
 
 Ciclo operacional e financeiro da empresa ALFA MG. 
Figura 3 – Ciclo Operacional ST ALFA MG 
10/10/20XX 30/10/20XX 09/11/20XX 10/11/20XX 30/11/20XX 
 
 
 
Compra de matéria 
prima 
Venda e 
entrega 
Recolhimento ST 
14.580,00 
Pagamento ao 
fornecedor 
Recebimento da 
empresa BETA 
MG R$ 179.580,00 
Fonte: Elaborado pelo autor 
 
 Por analise vemos que a empresa ALFA MG tem o mesmo ciclo operacional 
porem, neste ciclo tem dispêndios financeiros tanto no pagamento dos fornecedores 
quanto ao recolhimento do ICMS ST na forma de substituto tributário, tendo uma 
saída que causa defasagem em seu caixa de R$14.580,00, assim ela tem um ciclo 
operacional de cinquenta dias desde a compra da matéria prima até o recebimento 
da mercadoria, estamos supondo em um único pagamento pelo cliente, mas ela 
ainda pode vender em prazos mais extensos o que acarretaria mais defasagem em 
seu caixa. 
 A empresa BETA MG nas suas aquisições de mercadorias com Substituição 
tributária não poderá se creditar de ICMS, tendo em vista ser uma empresa 
comercial, o que não lhe dá o direito a crédito tanto na operação própria quanto na 
substituição tributária. 
 Tratando do IPI não há aplicação da não cumulatividade pois trata se de um 
imposto para produtos industrializados, nas vendas para empresas comerciais o 
custo é unitário, valor das mercadorias + despesas+ impostos, perfazendo o custo 
total, o que difere de empresas industriais, que tem custos direto e indireto. 
Assim a contabilização pela empresa BETA procede como: 
38 
 
 Débito no estoque/custo sem crédito de IPI ou ICMS. R$ 179.800,00 
 Crédito a pagar ao fornecedor ALFA MG: R$ 179.800,00 
 
 Como podemos observar a empresa ALFA MG tem a responsabilidade pelo 
recolhimento do ICMS ST na figura de substituto tributário sobre o fato gerador 
presumido do inicio da operação comercial. 
 Recolhimento de R$ 14.800,00 no dia 09/11/2018 onerando seu caixa até o 
dia do recebimento em 30/11/2018 se a venda for em uma única parcela, caso seja 
maior o prazo menor o giro de caixa. 
 Na venda da mercadoria M1 a empresa ALFA MG possuía créditos 
acumulados provenientes de suas compras, neste sentido devido suas saídas de 
mercadorias onde existe o Débito do imposto, ela não teve a necessidade 
desembolso financeiro já que os Débitos são compensados com os Créditos das 
entradas. 
 A empresa BETA em suas aquisições de mercadorias para comercialização 
em operações não sujeitas a substituição tributária, o ICMS será diluído do valor 
total na nota fiscal, de acordo com o regime débito e crédito em consonância com o 
princípio não cumulativo. 
 Já na situação em que as mercadorias com destino a comercialização tenham 
sido adquiridas pelo regime da substituição tributária, o ICMS próprio quanto o ICMS 
ST são locados no estoque compondo o custo dos produtos. 
Apesar das mercadorias terem sido adquiridas por valores diferentes, o que será 
fator diferencial é o posicionamento de estarem ou não inclusas no regime de 
substituição tributária. 
 Podemos ver a diferença no quadro comparativo abaixo entre os custos de 
aquisição dos produtos com e sem ICMS substituição tributária. 
Quadro 1 – Comparativo de aquisição 
 
VALOR TOTAL NF CRÉDITO DE 
IPI 
CRÉDITO 
ICMS 
CUSTO 
ESTOQUE 
MERCADORIA 1 
(SEM ST) 110.000,00 
 
18.000,00 92.000,00 
MERCADORIA 2 
(COM ST) 179.800,00 
 
179.800,00 
Fonte: Elaborado pelo autor 
 
 No dia 10/11/20XX a atacadista BETA MG teve um furto em seu estoque de 
50% de suas mercadorias sujeitas a substituição tributária 
39 
 
 A empresa entra com o pedido de restituição pois não houve concretização do 
fato presumido que se dá pela venda do estabelecimento atacadista ao consumidor 
varejista ou consumidor final, surgindo assim o direito de ser restituído, certa de que 
há o direito de ser ressarcido ou restituído ela realiza os procedimentos relativo as 
documentações para reaver o crédito, lembrando que além do ICMS substituição 
tributária ela também tem direito ao ICMS operação própria, pois esse crédito 
compôs a base de calculo da substituição tributaria. 
A empresa BETA MG para continuar com suas atividades teve de refazer o estoque 
de mercadorias. 
Posição sobre a movimentação da empresa BETA. 
 Saldo em estoque da Mercadoria 2 após o furto(perda). 
R$ 179.580,00 x 50% (saldo em estoque) = R$ 89.790,00 
 Valor do ICMS ST a restituir, referente ao fato gerador presumido não realizado: 
R$ 14.580,00 (ST na nota fiscal) X 50% = R$ 7.290,00 (diferença entre a perda e o 
ST pago na mercadoria). 
Com esse desfalque a empresa BETA MG teve que repor seu estoque com novas 
compras, gerando uma redução de caixa pelo ocorrido inesperado. 
Ciclo financeiro operacional BETA MG 
Figura 4 – Ciclo operacional BETA MG 
10/11/XX 
PERDA(FURTO) 
15/11 /XX 
REPOSIÇÃO DE ESTOQUE 
30/11/XX 
PAGTO A ALFA 
15/12/XX 
PAGTO REPOSIÇÃO 
 
RESSARCIMENTO ST 
90 DIAS A SEGUIR R$ 89.790,00 R$ 179.580,00 R$ 89.790,00 
 
R$ 7.290,00 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 Ainda em outra operação suponhamos a venda de 50% das mercadorias 
adquiridas na primeira compra, porém essas mercadorias tiveram sua base de 
calculo de ICMS ST presumido em 40% a empresa BETA em sua escrituração 
percebeu que em seu preço final a base presumida houve uma redução de 10% o 
40 
 
que lhe dá o direito de recuperar a diferença entre o valor pago anteriormente pela 
ST na nota fiscal. 
Valor das mercadorias incluído lucro, frete e ICMS: 75.000,00 
 Alíquota de IPI: 10% 
 Total do IPI: R$ 75.000,00 x 10% = 7.500,00 
 Alíquota ICMS: 18% 
 Valor do ICMS operação própria: 75.000,00 x 18% = 13.500,00 
 MVA adicionada a base de calculo de ICMS: 30% (inferior a presumida) 
 Base de cálculo de ICMS ST: 82.500,00 (total das mercadorias +IPI) x 1,30 
(coeficiente MVA) = 107.250,00 x 18% = 19.305,00 
Total ICMS a pagar na nota fiscal 19.305,00 –

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