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SEFAZ PE XEST constitucional ricardoenadia Aula 14

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Aula 14
Direito Constitucional p/ SEFAZ/PE - com videoaula
Professores: Ricardo Vale, Nádia Carolina
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AULA 14: DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1- Finanças Públicas e Orçamento 1 - 24 
2- Lista de Questões e Gabarito 25 - 29 
 
Finanças Públicas 
1- Normas Gerais de Finanças Públicas: 
A Constituição Federal de 1988 reservou um Capítulo inteiro (Capítulo II do 
7tWXOR�9,��SDUD�WUDWDU�GDV�³ILQDQoDV�S~EOLFDV´��1D�FRQFHSomR�FRQVWLWXFLRQDO��DV�
finanças públicas dizem respeito às matérias relacionadas à despesa, à 
receita e ao crédito público. As normas gerais de finanças públicas estão 
previstas no art. 163 e art. 164, da CF/88. 
O art. 163 relaciona uma série de matérias relativas às finanças públicas que 
deverão ser objeto de lei complementar. Vejamos: 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, 
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito 
da União, resguardadas as características e condições operacionais 
plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
Uma dúvida que surge, a partir da leitura do art. 163, é se todas as matérias 
nele relacionadas devem ser objeto de uma única lei complementar ou se, 
alternativamente, é possível que várias leis complementares tratem desses 
temas. 
O STF, chamado a apreciar o tema, considerou que as matérias constantes 
do art. 163 podem ser reguladas por lei complementar de maneira 
fragmentada. Não há necessidade de que a referida lei complementar discipline 
o teor do art. 163 por inteiro (STF,ADI 2.238-MC, DJ de 06.10.2000). 
O termo ³ILQDQoDV� S~EOLFDV´, ao qual se faz menção no inciso I, é bastante 
abrangente. Nesse sentido, todos os demais incisos podem ser considerados 
abrangidos por esse termo. Atualmente, a Lei nº 4.320/64 é que estatui normas 
gerais sobre finanças públicas. Apesar de ser uma lei ordinária, reconhece-se 
que ela foi recepcionada pela CF/88 com o status de lei complementar. 
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O art. 164, por sua vez, trata do Banco Central. Para entender melhor esse 
dispositivo, vale mencionar que é competência exclusiva da União emitir 
moeda (art. 21, VII). Essa competência é exercida exclusivamente pelo Banco 
Central. 
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida 
exclusivamente pelo banco central. 
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade 
que não seja instituição financeira. 
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão 
do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda 
ou a taxa de juros. 
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no 
banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e 
dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos 
previstos em lei. 
O § 1º determina que é vedado ao banco central conceder, direta ou 
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou 
entidade que não seja instituição financeira. Antes da CF/88, o banco 
central podia fazer empréstimos ao Tesouro Nacional, o que trazia fortes 
pressões inflacionários.1 Destaque-se que, ao vedar a concessão de 
empréstimos ao Tesouro Nacional, a CF/88 reforçou o papel do banco central 
enquanto autoridade monetária. 
O § 2º estabelece que o banco central poderá comprar e vender títulos de 
emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda 
ou a taxa de juros (art. 163, § 2º, CF). Ao comprar títulos do Tesouro Nacional, 
o banco central coloca mais dinheiro em circulação e, em consequência, aumenta 
a oferta de moeda, desvalorizando-a. 
O § 3º, por sua vez, determina que as disponibilidades de caixa da União 
serão depositadas no banco central. Por outro lado, as disponibilidades de 
caixa dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou 
entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em 
instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. O 
valor subjacente a essa norma (cláusula de depósito compulsório nas instituições 
financeiras oficiais) é, segundo o STF, a moralidade administrativa (STF ADI. 
2661-MC, DJ de 23.08.2002). 
 
1
 A possibilidade de concessão de empréstimos ao Tesouro Nacional poderia fazer com 
que o BACEN emitisse mais moeda quando lhe fosse solicitado. Com o aumento de 
moeda em circulação no mercado, esta acaba se desvalorizando e a inflação aumenta. 
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As disponibilidades de caixa dos Estados, DF, Municípios e 
dos órgãos ou entidades públicas são depositadas em 
instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos 
previstos em lei. 
Essa ressalva abre, nesses casos, a possibilidade de que as 
disponibilidades de caixa sejam depositadas em instituições 
financeiras não oficiais, desde que haja previsão em lei. 
Segundo o STF, esta deverá ser uma lei ordinária editada pela 
União, de caráter nacional. Por isso, considera o STF que não 
podem as Constituições ou as leis estaduais dispor sobre a 
matéria2. 
 
2- Orçamento Público: 
2.1- Os instrumentos de planejamento e orçamento na Constituição 
Federal de 1988: 
A Constituição Federal prevê 3 (três) importantes instrumentos de 
planejamento e orçamento: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Trata-se das 
FKDPDGDV�³OHLV�RUoDPHQWiULDV´��TXH�UHJXODP�R�SODQHMDPHQWR�H�R�RUoDPHQWR�GRV�
entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
O art. 165, § 9º, prevê que deverá ser editada lei complementar acerca desses 
instrumentos de planejamento e orçamento. Até hoje, essa lei não foi editada, 
motivo pelo qual ainda hoje é utilizada a Lei nº 4.320/64, que, todavia, não é 
mais suficiente para atender às necessidades do orçamento e planejamento 
governamental. 
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a 
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da 
administração direta e indireta bem como condições para a 
instituição e funcionamento de fundos. 
O Plano Plurianual (PPA)se destina ao planejamento de médio prazo do 
Governo Federal. Essa lei, de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, CF/88) 
estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da 
Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (art. 165, 
 
2
 STF. ADI 2.600-MC, DJ de 25.10.2002; ADI 2.661, DJ de 23.08.2002; ADI 
3.075-MC, DJ de 18.06.2004. 
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§ 1º, CF/88). A elaboração regionalizada do PPA busca promover o 
desenvolvimento equilibrado das diversas regiões do Brasil, tendo como 
fundamento, em última análise, a isonomia. 
Lembre-se: o PPA está relacionado às diretrizes, objetivos e metas. As iniciais 
dessas palavras formam a sigla ³DOM´, que você deve memorizar! 
 
Destaca-se que, segundo o art. 167, § 1o, CF/88, nenhum investimento cuja 
execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem 
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
pena de crime de responsabilidade. Tem-se aqui o princípio da plurianualidade 
das despesas de investimento. 
A vigência do PPA é de 4 (quatro) anos, não coincidindo com o mandato 
presidencial. É que, segundo o ADCT (art. 35, § 2º, I), o início da vigência do 
PPA é no segundo exercício financeiro do mandato do Chefe do Poder Executivo; 
o término da vigência, por sua vez, será no fim do primeiro exercício financeiro 
do mandato subsequente. Assim, o primeiro ano do mandato presidencial tem 
como base o PPA elaborado por seu antecessor. 
Segundo o ADCT (art. 35, § 2º, I) o PPA deverá ser encaminhado pelo Poder 
Executivo ao Congresso Nacional até 4 (quatro) meses antes do 
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até 
o encerramento da sessão legislativa. Assim, o Poder Executivo deverá 
encaminhar o PPA ao Congresso até 31 de agosto do primeiro exercício 
financeiro. Sendo o PPA aprovado, o início de sua vigência começará no segundo 
exercício financeiro do mandato presidencial. 
O art. 165, § 4º, da Constituição, determina ainda que os planos e programas 
nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão 
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo 
Congresso Nacional. Isso porque o PPA estabelece, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas 
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
P
P
A
DIRETRIZES
OBJETIVOS
METAS
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A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é o elo entre o planejamento 
estratégico (representado pelo PPA) e o operacional (representado pela LOA). 
Com isso, possibilita que as diretrizes e os objetivos delimitados pelo PPA sejam 
respeitados no orçamento. 
De acordo com a Constituição (art. 165, § 2º), a LDO compreenderá: 
a) as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente; 
b) orientará a elaboração da lei orçamentária anual; 
c) disporá sobre as alterações na legislação tributária e; 
d) estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. 
Guarde a informação: a LDO compreende as metas e prioridades da 
Administração Pública. Muitas questões tentarão confundir você, trocando as 
competências da LDO e do PPA. 
 
A LDO tem como função, ainda, autorizar: 
a) a concessão de vantagens ou aumentos de remuneração; 
b) a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura 
de carreiras; 
L
D
O
COMPREENDERÁ AS METAS E PRIORIDADES DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
FIXARÁ AS DESPESAS DE CAPITAL PARA O 
EXERCÍCIO FINANCEIRO SUBSEQUENTE
ORIENTARÁ A ELABORAÇÃO DA LOA
DISPORÁ SOBRE AS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA
ESTABELECERÁ A POLÍTICA DE APLICAÇÃO DAS 
AGÊNCIAS FINANCEIRAS OFICIAIS DE FOMENTO
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c) a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos 
órgãos e entidades da administração direta ou indireta. 
Isso é o que se depreende a partir da leitura do art. 169, § 1º, CF/88: 
 
Art. 169 (...) 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de 
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração 
de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de 
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração 
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender 
às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela 
decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes 
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista. 
A Lei Orçamentária Anual (LOA), por seu vez, é o orçamento propriamente 
dito. Consiste em instrumento pelo qual o Poder Público realiza a previsão de 
receitas e a fixação de despesas para o exercício seguinte. Tem como 
objetivo dar concretude aos objetivos e metas estabelecidos no PPA, em 
conformidade com o que foi estabelecido na LDO. 
A Lei Orçamentária Anual (LOA�� p� XPD� OHL� DSHQDV� HP� VHQWLGR� ³meramente 
formal´��SRLV�DSHQDV�DXWRUL]D�JDVWRV��QmR�REULJDQGR�R�DGPLQLVWUDGRU�S~EOLFR�D�
executá-los. Falta-lhe os requisitos de generalidade e abstração. Em razão disso, 
é considerada uma lei de efeitos concretos. Apesar disso, o entendimento 
atual do STF é de que é possível o controle abstrato de constitucionalidade 
de leis orçamentárias. 
6HJXQGR� D� &RUWH� 6XSUHPD�� ³o STF deve exercer sua função precípua de 
fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando houver 
um tema ou uma controvérsia constitucional suscitada em abstrato, 
independente do caráter geral ou específico, concreto ou abstrato de seu 
REMHWR´��3 
De acordo com a Constituição (art. 165, § 5º), a LOA conterá o orçamento 
fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento 
das empresas estatais: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
 
3 ADI 4.048-MC. Rel. Min. Gilmar Mendes. Julgamento em 14.05.2008 
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I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídase mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as 
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos 
pelo Poder Público. 
Segundo o art. 165, § 7º, CF/88, os orçamentos fiscais e de investimentos 
das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas 
funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério 
populacional. Cuidado! O examinador tentará confundir você, dizendo que o 
orçamento da seguridade social tem essa função! 
 
2.2 ± Conceito de Orçamento e Princípios Orçamentários: 
A Constituição Federal, com o objetivo de disciplinar as finanças públicas, criou 
o instituto jurídico do orçamento. Trata-se de lei que contempla a previsão das 
receitas e a fixação das despesas para um determinado período, com o 
objetivo de permitir o adequado funcionamento do Estado. 
O Brasil adotou o orçamento-programa na organização do sistema-
orçamentário. Trata-se de espécie de orçamento que tem como objetivo 
programar e planejar a ação governamental e a atividade econômica. São 
estabelecidos objetivos e metas, bem como os custos necessários à sua 
realização. Integra-se, assim, planejamento e orçamento. 
A Carta Magna prevê vários princípios referentes ao orçamento. São os 
chamados princípios orçamentários, de que trataremos a seguir: 
 
a) Princípio da legalidade: 
O princípio da legalidade determina que todas as leis orçamentárias devem 
ser aprovadas pelo Poder Legislativo. Veja o que a Carta Magna dispõe a 
respeito: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I ± o plano plurianual; 
II ± as diretrizes orçamentárias; 
III ± os orçamentos anuais. 
(...) 
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Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às 
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos 
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, 
na forma do regimento comum. 
 
 
b) Princípio da Universalidade ou Globalização: 
O princípio da universalidade ou da globalização impõe que o orçamento deve 
conter todas as receitas e todas as despesas referentes à Administração 
Direta e à Indireta. Esse princípio não se aplica ao Plano Plurianual, pois 
essa norma não contempla todas as receitas e despesas. 
O princípio da universalidade se revela no art. 165, § 5º, CF/88, que mostra que 
a LOA compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das 
empresas estatais e o orçamento da seguridade social: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as 
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos 
pelo Poder Público. 
 
c) Princípio da Anualidade: 
O princípio da anualidade determina que o orçamento deve se referir ao 
período de um ano. Segundo o art. 167, §1º, ³nenhum investimento cuja 
execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia 
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de 
crime de responsabilidade�´ Em outras palavras, os investimentos cuja execução 
ultrapassem um exercício financeiro deverão ser incluídos no plano 
plurianual. 
A previsão do Plano Plurianual, com duração de quatro anos, não é uma 
exceção ao princípio da anualidade. O Plano Plurianual (PPA) tem objetivo 
estratégico, necessitando da Lei Orçamentária Anual para sua operacionalização. 
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As bancas examinadoras, tentando confundir os candidatos, 
adoram dizer que a anterioridade é um princípio 
orçamentário. Isso está ERRADO! A anterioridade é um 
princípio tributário. 
 
 
d) Princípio da Unidade: 
Pelo princípio da unidade, o orçamento deve ser uno; em outras palavras, 
cada ente federativo deverá ter um único orçamento. Uma pergunta importante 
de se fazer é a seguinte: será que a existência do orçamento fiscal, do orçamento 
de investimentos e do orçamento da seguridade social viola o princípio da 
unidade? 
A resposta é negativa. Não há violação ao princípio da unidade. Para José Afonso 
da Silva, o princípio da unidade orçamentária não se preocupa com a unidade 
documental. O que é relevante é que esses documentos estejam subordinados 
a uma unidade de orientação política. 
 
e) Princípio da Exclusividade: 
O princípio da exclusividade ou da pureza orçamentária também tem previsão 
constitucional. Esse princípio determina que o orçamento não poderá conter 
matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Há, 
contudo, duas importantes exceções: (art. 165, § 8º) 
- a autorização para abertura de créditos suplementares e; 
- contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de 
receita, nos termos da lei. 
 
No sistema orçamentário brasileiro, há 3 (três) tipos de 
créditos adicionais. 
1) Créditos suplementares: consistem em um reforço de 
dotação orçamentária. Suponha que uma determinada Ação 
Orçamentária tenha uma dotação orçamentária de R$ 
30.000.000,00. Caso esse valor seja insuficiente, podem ser 
solicitados os créditos suplementares. A dotação orçamentária 
será reforçada, por exemplo, para R$ 32.000.000,00. 
2) Créditos especiais: são créditos que se destinam a 
despesas que não possuem uma dotação orçamentária 
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específica. Suponha que o Ministério da Fazenda queira, ao 
longo do exercício financeiro, criar uma nova Ação 
Orçamentária, para a qual não havia dotação prevista na LOA. 
Isso poderá ocorrer mediante os créditos especiais. 
3) Créditos extraordinários: são os créditos destinados a 
despesas urgentes e imprevisíveis, como no caso de guerra, 
comoção interna ou calamidade pública. São abertos por 
medida provisória. 
É importante destacar que somente os créditos 
suplementares, por determinação da Constituição, podem ter 
sua abertura autorizada pelo orçamento (a lei orçamentária 
anual). Só eles é que são exceção ao princípio da exclusividade. 
Os especiais e os extraordinários não! 
Para melhor entendimento das exceções ao princípio da exclusividade, cabe 
elucidarmos o conceito de operações de crédito. Trata-se de operações 
semelhantes a empréstimos, podendo ser contraídas pelo Poder Público como objetivo de cobrir suas despesas. No caso de operações de crédito por 
antecipação de receita, esses empréstimos são, em regra, saldados no mesmo 
exercício financeiro. 
Por meio do princípio da exclusividade, busca-se impedir a inclusão, no 
orçamento, de dispositivos sem qualquer relação com a matéria 
orçamentária, como por exemplo, previsões referentes a direito penal ou civil. 
 
 
f) Princípio da Quantificação dos créditos orçamentários: 
P
R
IN
C
ÍP
IO
 D
A
 
E
X
C
L
U
S
IV
ID
A
D
E
O ORÇAMENTO DEVE CONTER APENAS PREVISÃO DE 
RECEITAS E FIXAÇÃO DE DESPESAS
EXCEÇÕES
AUTORIZAÇÃO PARA OPERAÇÕES DE 
CRÉDITO, MESMO QUE POR 
ANTECIPAÇÃO DE RECEITA
ABERTURA DE CRÉDITOS 
SUPLEMENTARES
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Outro importante princípio orçamentário é o da quantificação dos créditos 
orçamentários. Por esse princípio, veda-se a concessão ou a utilização de 
créditos ilimitados. Veja como se dá sua previsão pela Carta Magna: 
Art. 167. São vedados: (...) 
VII ± a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
 
g) Princípio da proibição do estorno: 
O princípio da proibição do estorno, também previsto pela Constituição, 
determina que o Poder Público não pode transpor, remanejar ou transferir 
recursos sem autorização. Havendo falta de recursos, deve-se recorrer à 
abertura de crédito adicional ou solicitar ao Legislativo a transposição, 
remanejamento ou transferência de recursos. 
Busca-se, com isso, evitar a deformação do orçamento pelo Executivo, ou seja, 
a modificação de tudo aquilo que foi determinado pelo legislador. Veja como a 
Constituição trata dessa matéria: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
VI ± a transposição, o remanejamento ou a transferência de 
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um 
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. 
Os conceitos de transposição, remanejamento e transferência de recursos 
deveriam ser disciplinados, conforme a doutrina, por lei complementar. Tal lei 
ainda não foi editada. Com base no texto da Constituição, percebe-se que eles 
constituem formas de destinação de recursos de uma categoria de programação 
para outra ou de um órgão para outro. 
 
h) Princípio da não-vinculação de receitas ou da não-afetação: 
O princípio da não vinculação de receitas ou da não afetação determina que 
nenhuma receita de impostos poderá ser reservada para atender a um 
gasto específico, salvo aquelas com destinação prevista pela Constituição. 
Esse princípio é previsto pela Constituição no art. 167, IV: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
IV ± a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a 
que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as 
ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
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desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da 
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos 
arts. 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste artigo. 
Busca-se, com isso, conferir flexibilidade ao planejamento, evitando-se que 
determinadas despesas se tornem obrigatórias. Assim, os recursos estatais 
podem ser usados de maneira mais livre pelo legislador, conforme as 
necessidades verificadas naquele momento. Destaca-se que, respeitadas suas 
peculiaridades, os demais entes federativos poderão estabelecer as mesmas 
vinculações previstas para a União na CF/1988. 
 
i) Princípio da Programação: 
Pelo princípio da programação, o orçamento deverá evidenciar os programas 
nacionais, regionais e setoriais; associa-se, assim, o orçamento ao 
atingimento da finalidade do plano plurianual. Em outras palavras, o 
orçamento deverá apresentar os objetivos da ação governamental. 
 
2.3- Vedações Orçamentárias: 
A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu art. 167, diversas vedações 
relacionadas à matéria orçamentária. Sobre algumas delas, nós já 
comentamos anteriormente, pois são verdadeiros princípios orçamentárias. 
Outras, porém, serão novidade em seu estudo. 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
O Plano Plurianual (PPA), como sabemos, tem a vigência de 4 anos; logo, os 
programas e projetos nele previstos devem ser executados ao longo desse 
período. Assim, é plenamente possível que um programa ou projeto previsto 
no PPA não seja incluído na Lei Orçamentária Anual (LOA). 
No entanto, um programa ou projeto que não seja incluído na LOA não 
poderá ser iniciado. Para seu início, ele deve constar da LOA. 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos orçamentários ou adicionais; 
Esse dispositivo está relacionado à necessidade de manutenção do equilíbrio 
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orçamentário. Por esse princípio, as despesas autorizadas não poderão ser 
superiores à previsão de receitas. 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos 
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder 
Legislativo por maioria absoluta; 
(VVD� p� D� ³UHJUD� GH� RXUR´� GDV� ILQDQoDV� S~EOLFDV�� 6HJXQGR� HVVH� GLVSRVLWLYR�� R�
endividamento (mediante a realização de operações de crédito) somente 
poderá ser admitido para a realização de investimentos (despesas de 
capital). Em outras palavras, não se admite o endividamento para que se possa 
arcar com despesas correntes. 
A CF/88 estabelece, todavia, uma exceção a essa regra: é possível a realização 
de operações de crédito se o Poder Legislativo aprovar (por maioria absoluta) 
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa. 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se 
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços 
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de 
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; 
Esse é o princípio da não-afetação. Em regra, não pode haver vinculação da 
receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. As exceções a esse princípio 
são as seguintes: 
a) Repartição constitucional do produto da arrecadação dos impostos (art. 
158 e art. 159). 
b) Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde; 
c) Destinaçãode recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino 
d) Destinação de recursos para a realização de atividades da 
administração tributária; 
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita. 
f) Prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de 
débitos para com esta (art. 167, § 4º). 
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V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização 
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; 
Os créditos suplementares e especiais são autorizados por lei. Dada a 
autorização legislativa, eles serão abertos mediante decreto do Poder 
Executivo. 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa; 
Esse é o princípio da proibição do estorno, sobre o qual já comentamos 
anteriormente. 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
Esse é o princípio da quantificação dos créditos orçamentários. Também 
já falamos sobre ele anteriormente. 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 
165, § 5º; 
O orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social somente poderão 
ser utilizados para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, 
fundações e fundos mediante autorização legislativa específica. 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização 
legislativa; 
A criação de fundos de qualquer natureza será feita mediante lei. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, 
inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas 
instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, 
inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Esse dispositivo estabelece que é vedada a entrega voluntária de recursos 
ou a concessão de empréstimos por um ente da federação a outro para 
pagamento de despesas de pessoal (ativo, inativo e pensionista). 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que 
trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do 
pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o 
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art. 201. 
As contribuições sociais previstas no art. 195, I e II, estão vinculadas às 
despesas com pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência 
Social (RGPS). 
 
2.4 ± Processo Legislativo Orçamentário: 
O PPA, a LDO e a LOA são leis de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, 
CF), devendo ser apreciadas pelas duas Casas do Congresso Nacional, nos 
parâmetros do regimento comum (art. 166, CF). Seu processo legislativo 
apresenta várias peculiaridades, conforme veremos a seguir. 
O art. 165, § 9º, da Constituição Federal de 1988 determina que: 
Art. 165, § 9.º Cabe à lei complementar: 
I ± dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a 
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II ± estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da 
administração direta e indireta bem como condições para a 
instituição e funcionamento de fundos. 
Como essa lei ainda não foi editada, é a Lei 4.320/64, recepcionada como lei 
complementar, que prevê as normas gerais de direito financeiro para os 
entes federados. 
O processo legislativo se inicia com a elaboração da proposta legislativa. As 
leis orçamentárias são, conforme o art. 165 da Constituição Federal, de iniciativa 
do Poder Executivo. Na esfera federal, essa iniciativa é de competência privativa 
do Presidente da República (art. 84, XXIII, CF). Trata-se de iniciativa 
vinculada, uma vez que deve ser exercida obrigatoriamente pelo seu titular em 
determinado período, por disposição constitucional e legal. Nesse sentido, o art. 
85 da Constituição Federal determina que são crime de responsabilidade os atos 
do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária. 
Destaca-se que a Constituição Federal assegurou a autonomia administrativa 
e financeira tanto ao Poder Judiciário quanto ao Ministério Público (art. 99 
c/c art. 127, CF). Tanto os tribunais (art. 99, § 1º, CF) quanto o Ministério 
Público (art. 127, § 3º, CF) elaborarão suas propostas orçamentárias, dentro 
dos limites estabelecidos na LDO. 
Os prazos para o ciclo orçamentário, no âmbito federal, são determinados 
pelo art. 35, § 2º, I a III, do ADCT: 
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Art. 35, § 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se 
refere o art. 165, § 9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes 
normas: 
I ± o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro 
exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será 
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro 
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da 
sessão legislativa; 
II ± o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado 
até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro 
e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da 
sessão legislativa; 
III ± o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até 
quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e 
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
Note que o texto constitucional prevê dois prazos, para cada uma das leis 
orçamentárias: um para encaminhamento da proposta e outro para 
devolução. O primeiro consiste na data limite para o Executivo enviar ao 
Legislativo os projetos de lei orçamentária. Já o segundo corresponde à data 
limite para que o Poder Legislativo envie os projetos para a sanção do Chefe do 
Executivo. Esquematizando: 
 
Os prazos referentes ao ciclo orçamentário dos Estados e dos Municípios 
constam das respectivas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas. 
PPA
‡ ENCAMINHAMENTO: ATÉ 4 MESES ANTES DO
ENCERRAMENTO DO 1.° EXERCÍCIO
FINANCEIRO (31.08).
‡ DEVOLUÇÃO : ATÉ O ENCERRAMENTO DA
SESSÃO LEGISLATIVA (22.12).
LDO
‡ ENCAMINHAMENTO: ATÉ 8 MESES E MEIO
ANTES DO ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO
FINANCEIRO (15.04).
‡ DEVOLUÇÃO : ATÉ O ENCERRAMENTO DO
PRIMEIRO PERÍODO DA SESSÃO LEGISLATIVA
(17.07).
LOA
‡ ENCAMINHAMENTO : ATÉ 4 MESES ANTES DO
ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO FINANCEIRO
(31.08).
‡ DEVOLUÇÃO : ATÉ O ENCERRAMENTO DA
SESSÃO LEGISLATIVA (22.12).
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A fase de discussão se subdivide em proposição de emendas (emendamento), 
voto do relator, redação final e proposição em Plenário. Nela, os parlamentares 
debatem sobre a proposta legislativa. A apreciação dos projetos das leis 
orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é feita pelas duas Casas do Congresso 
Nacional, na forma do regimento comum (art. 166, CF). 
No que se refere à fase de emendamento, determina a Constituição que as 
emendas aos projetos de leis orçamentárias serão apresentadas na 
Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. Essa comissão, 
como o nome nos faz imaginar, é composta de deputados e senadores (art. 166, 
§ 2º, CF/88). 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso (art. 166, § 3º, CF/88): 
a) Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de 
diretrizes orçamentárias; 
b) Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os 
provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre 
dotações para pessoal e seus encargos ou serviço da dívida, ou, ainda, 
sobre transferências tributárias constitucionais para Estados, 
Municípios e Distrito Federal; 
c) Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou 
com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
A fase de emendamento do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias também 
é objeto de limitações pela Lei Fundamental. Reza a Carta Magna (art. 166, § 
4º) que as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão 
ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
É importante destacar o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que 
embora a iniciativa dos projetos de leis orçamentárias seja de competência 
reservada do Chefe do Poder Executivo, podem os membros do Legislativo 
oferecer emendas aos mesmos. Isso porque o poder de emendar projetos de 
lei é prerrogativa de ordem político-jurídica inerente ao exercício da atividade 
legislativa (ADI 1.050-MC, DJ de 23.04.2004). Também é importante ressaltar 
que o STF entende que o plano plurianual não pode ser modificado para 
aumentar as despesas (ADI 2.810, DJ de 25.04.2003 e ADI 1.254-MC, DJ de 
18.08.1995). 
No que se refere à fase de deliberação, a regra é a não rejeição das leis 
orçamentárias. Nesse sentido, dispõe a Constituição que a sessão legislativa 
não deverá ser interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias (art. 57, § 2º, CF). Há, contudo, uma exceção à regra. É possível 
a rejeição do projeto de LOA, o que se infere a partir do art. 166, § 8º: 
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Art. 166, § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda 
ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem 
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, 
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e 
específica autorização legislativa. 
No processo legislativo orçamentário, a mensagem presidencial é o 
instrumento usado na comunicação entre o Presidente da República e o 
Congresso Nacional. A mensagem serve para encaminhar os projetos do 
PPA, da LDO e da LOA e também pode ser enviada para propor modificação 
nesses projetos, enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte 
cuja alteração é proposta (art. 166, § 5º, CF) 
 
1. (FCC/ALEPE ± 2014) Ao disciplinar os projetos de leis 
orçamentárias, a Constituição da República estabelece, relativamente 
ao poder de emenda parlamentar, que 
a) as emendas ao projeto de lei do plano plurianual não poderão ser aprovadas 
quando incompatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias. 
b) as emendas serão apresentadas perante Comissão mista permanente, que 
sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das 
duas Casas do Congresso Nacional. 
c) não poderá haver emendas ao projeto de lei do orçamento anual que indiquem 
como recursos necessários os provenientes de anulação de despesa. 
d) não poderão ser aprovadas emendas ao projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. 
e) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional 
para propor modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na 
Câmara dos Deputados, da parte cuja alteração é proposta. 
Comentários: 
A letra A está incorreta. É o contrário: as emendas ao projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias é que não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o 
plano plurianual (art. 166, § 4º, CF). 
A letra B está correta. É o que prevê o § 2º do art. 166 da Constituição. 
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A letra C está incorreta. A Constituição (art. 166, § 3º, II, CF) prevê que as 
emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem 
somente podem ser aprovadas caso indiquem os recursos necessários, 
admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa. 
A letra D está incorreta. A Carta Magna permite que haja emendas ao projeto 
de lei de diretrizes orçamentárias, desde que compatíveis com o PPA (art. 166, 
§ 4º, CF). 
A letra E está incorreta. A votação não poderá ter sido iniciada na comissão 
mista do Congresso Nacional (art. 166, § 5º, CF). 
O gabarito é a letra B. 
2. (FCC / TRE-PE - 2004) A concessão de garantias pelas entidades 
públicas é assunto de que uma lei complementar deve cuidar. 
Comentários: 
Dispõe o art. 163, III, que lei complementar disporá sobre concessão de 
garantias pelas entidades públicas. Questão correta. 
3. (FCC / TCE-CE - 2006) Em matéria de finanças públicas é correta a 
afirmação de que o Banco Central não poderá, em qualquer hipótese, 
conceder direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional. 
Comentários: 
Segundo o art. 164, § 1º, é vedado ao banco central conceder, direta ou 
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade 
que não seja instituição financeira. Questão correta. 
4. (FCC / TCE-CE - 2006) Em matéria de finanças públicas é correta a 
afirmação de que o Banco Central poderá, em situações de instabilidade 
cambial, conceder, dentro de certos limites, empréstimos ao Tesouro 
Nacional. 
Comentários: 
A Constituição não faz tal ressalva. A vedação é, nesse caso, absoluta. Questão 
incorreta. 
5. (FCC / TCE-CE - 2006) Em matéria de finanças públicas é correta a 
afirmação de que o Banco Central poderá conceder empréstimos a 
entidades públicas, ainda que não sejam instituições financeiras. 
Comentários: 
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Reza o art. 164, § 1º, da CF/88, que o Banco Central não poderá conceder, 
direta ou indiretamente, empréstimos a qualquer órgão ou entidade que nãoseja instituição financeira. Questão incorreta. 
6. (FCC / TRE-PE - 2004) O Banco Central não pode conceder, direta 
ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional. 
Comentários: 
É o que determina o art. 164, § 1º, da Constituição Federal. Questão correta. 
7. (FCC / TCE-CE - 2006) Em matéria de finanças públicas é correta a 
afirmação de que o Banco Central não poderá comprar e vender títulos 
de emissão do Tesouro Nacional com o objetivo de regular a oferta de 
moeda. 
Comentários: 
6HJXQGR�R�DUW�������†��ž��³o banco central poderá comprar e vender títulos 
de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda 
RX� D� WD[D� GH� MXURV�´ 2� H[DPLQDGRU� DFUHVFHQWRX� D� SDODYUD� ³QmR´� DR� WH[WR�
constitucional só para confundir você. É preciso ler as questões com atenção 
SDUD�QmR�FDLU�QHVVH�WLSR�GH�³SHJDGLQKD´��4XHVWmR�LQFRUreta. 
8. (FCC / TCE-CE - 2006) Em matéria de finanças públicas é correta a 
afirmação de que o Banco Central não poderá ser o depositário das 
disponibilidades de caixa da União, as quais devem ser depositadas nos 
outros bancos oficiais. 
Comentários: 
As disponibilidades de caixa da União deverão ser depositadas no Banco Central 
(art. 164, § 3º). Questão incorreta. 
9. (FCC / TRE-PE - 2004) As disponibilidades de caixa da União devem 
ser depositadas no Banco Central. 
Comentários: 
É o que determina o art. 164, § 3º, da CF/88. Questão correta. 
10. (FCC / TRT 12ª Região - 2010) Orienta a elaboração do orçamento 
e sua execução, determinando que o orçamento deve conter todas as 
receitas e despesas referentes aos Poderes que integram a esfera de 
governo. Trata-se do Princípio da: 
a) Universalidade. 
b) Entidade. 
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c) Anualidade. 
d) Competência. 
e) Unidade. 
Comentários: 
O princípio que determina que o orçamento deve conter todas as receitas e 
despesas referentes aos Poderes que integram a esfera de governo é o da 
universalidade. A letra A é o gabarito. 
11. (FCC / DP-SP - 2009) O princípio constitucional da anualidade 
exige que o orçamento seja executado em um período financeiro 
determinado, que segundo a Constituição Federal deve coincidir com o 
ano civil. 
Comentários: 
O princípio da anualidade determina o orçamento deve se referir ao período de 
um ano. Contudo, não há qualquer exigência de que esse ano coincida 
com o ano civil. Questão incorreta. 
12. (FCC / MPU - 2007) Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os 
orçamentos anuais. 
Comentários: 
É o que determina a Constituição, em seu art. 165. Questão correta. 
13. (FCC / TCE-PI - 2005) O art. 165, § 8o da Constituição contém uma 
disposição, relativa ao orçamento da União, que é conhecida como 
princípio da exclusividade. A expressa previsão constitucional desse 
princípio teve início em 1926, com o intuito de coibir uma prática muito 
comum durante a Primeira República. O princípio da exclusividade 
significa que: 
a) É vedado à lei orçamentária conter dispositivo estranho à fixação da despesa 
e à previsão de receita, com exceção dos casos previstos na própria 
Constituição. 
b) A competência para propor o projeto de lei orçamentária é exclusiva do 
Presidente da República. 
c) Uma comissão exclusiva, no âmbito do Congresso Nacional, deverá examinar 
o projeto de lei orçamentária. 
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d) Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual. 
e) Todas as contas orçamentárias da Administração Pública direta e indireta 
devem constar de um só documento. 
Comentários: 
O princípio da exclusividade veda à lei orçamentária conter dispositivo estranho 
à fixação da despesa e à previsão de receita, com exceção dos casos previstos 
na própria Constituição. A letra A é o gabarito. 
14. (FCC / TCE-RO - 2010) O plano plurianual é uma lei de iniciativa 
conjunta do Presidente da República e da Mesa do Congresso Nacional. 
Comentários: 
Nada disso! O PPA é de iniciativa do Presidente da República (art. 165, CF). 
Questão incorreta. 
15. (FCC / Prefeitura de Teresina - 2010) Pelo princípio universal, a 
iniciativa da lei do plano plurianual é sempre do Congresso Nacional. 
Comentários: 
A iniciativa do PPA é do Presidente da República (art. 165, CF). Questão 
incorreta. 
16. (FCC / TCE-RO - 2010) O plano plurianual tem vigência de cinco 
anos, com término no final do primeiro exercício financeiro do mandato 
presidencial subsequente. 
Comentários: 
O plano plurianual tem vigência de quatro anos e término no final do primeiro 
exercício financeiro do mandato presidencial subsequente (ADCT, art. 35, § 2º, 
I). Questão incorreta. 
17. (FCC / TCE-RO - 2010) O plano plurianual compreende o 
orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que a 
União detém a maioria do capital social e o orçamento da seguridade 
social. 
Comentários: 
É a Lei Orçamentária Anual (LOA) (e não o PPA!) que compreende o 
orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que a União 
detém a maioria do capital social e o orçamento da seguridade social. Questão 
incorreta. 
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18. (FCC / TJ-PI - 2010) A lei que estabelece as metas e as prioridades 
da administração pública federal e orienta a lei orçamentária anual, ao 
dispor sobre alterações na legislação tributária e determinar a política 
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, é 
denominada: 
a) Lei de diretrizes orçamentárias. 
b) Lei de responsabilidade fiscal. 
c) Lei de improbidade administrativa. 
d) Plano plurianual. 
e) Lei de incentivo fiscal. 
Comentários: 
Falou em metas e prioridades você já deve pensar logo na LDO. A letra A é o 
gabarito. 
19. (FCC / MPE-PI - 2005) A lei orçamentária anual da União 
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente. 
Comentários: 
É a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que compreende as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital 
para o exercício financeiro subsequente. Questão incorreta. 
20. (FCC / MPE-PI - 2005) A lei orçamentária anual da União 
estabelecerá, de forma regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para despesas de capital e outras delas 
decorrentes. 
Comentários: 
(LV�R�IDPRVR�³'20´��7UDWD-se de matéria objeto do PPA. Questão incorreta. 
21. (FCC / Prefeitura de Teresina - 2010) Não é possível a 
apresentação de emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos 
projetos que o modifiquem. 
Comentários: 
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Como vimos, é possível a apresentação de emendas aos projetos de LOA ou aos 
projetos que o modifiquem. É o que determina o art. 166, § 3º, da Constituição. 
Questão incorreta. 
22. (FCC / PM Santos - 2005) Em relação à tramitação do projeto de 
lei orçamentária, a Constituição Federal dispõe que as emendas serão 
apresentadas: 
a) primeiro no Plenário das duas Casas do Congresso Nacional e após apreciadas, 
na forma regimental, pela Comissão mista. 
b) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, somente pelo Senado Federal. 
c) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, somente pela Câmara dos Deputados. 
d) primeiro na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e após 
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso 
Nacional. 
e) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, pelo Presidente do Congresso Nacional. 
Comentários: 
De acordo com o art. 166, § 2º, da Constituição, as emendas serão 
apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e 
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso 
Nacional. A letra D é o gabarito. 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. (FCC/ALEPE ± 2014) Ao disciplinar os projetos de leis 
orçamentárias, a Constituição da República estabelece, relativamente 
ao poder de emenda parlamentar, que 
a) as emendas ao projeto de lei do plano plurianual não poderão ser aprovadas 
quando incompatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias. 
b) as emendas serão apresentadas perante Comissão mista permanente, que 
sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das 
duas Casas do Congresso Nacional. 
c) não poderá haver emendas ao projeto de lei do orçamento anual que indiquem 
como recursos necessários os provenientes de anulação de despesa. 
d) não poderão ser aprovadas emendas ao projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. 
e) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional 
para propor modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na 
Câmara dos Deputados, da parte cuja alteração é proposta. 
2. (FCC / TRE-PE - 2004) A concessão de garantias pelas entidades 
públicas é assunto de que uma lei complementar deve cuidar. 
3. (FCC / TCE-CE - 2006) Em matéria de finanças públicas é correta a 
afirmação de que o Banco Central não poderá, em qualquer hipótese, 
conceder direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional. 
4. (FCC / TCE-CE - 2006) Em matéria de finanças públicas é correta a 
afirmação de que o Banco Central poderá, em situações de instabilidade 
cambial, conceder, dentro de certos limites, empréstimos ao Tesouro 
Nacional. 
5. (FCC / TCE-CE - 2006) Em matéria de finanças públicas é correta a 
afirmação de que o Banco Central poderá conceder empréstimos a 
entidades públicas, ainda que não sejam instituições financeiras. 
6. (FCC / TRE-PE - 2004) O Banco Central não pode conceder, direta 
ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional. 
7. (FCC / TCE-CE - 2006) Em matéria de finanças públicas é correta a 
afirmação de que o Banco Central não poderá comprar e vender títulos 
de emissão do Tesouro Nacional com o objetivo de regular a oferta de 
moeda. 
8. (FCC / TCE-CE - 2006) Em matéria de finanças públicas é correta a 
afirmação de que o Banco Central não poderá ser o depositário das 
disponibilidades de caixa da União, as quais devem ser depositadas nos 
outros bancos oficiais. 
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9. (FCC / TRE-PE - 2004) As disponibilidades de caixa da União devem 
ser depositadas no Banco Central. 
10. (FCC / TRT 12ª Região - 2010) Orienta a elaboração do orçamento 
e sua execução, determinando que o orçamento deve conter todas as 
receitas e despesas referentes aos Poderes que integram a esfera de 
governo. Trata-se do Princípio da: 
a) Universalidade. 
b) Entidade. 
c) Anualidade. 
d) Competência. 
e) Unidade. 
11. (FCC / DP-SP - 2009) O princípio constitucional da anualidade 
exige que o orçamento seja executado em um período financeiro 
determinado, que segundo a Constituição Federal deve coincidir com o 
ano civil. 
12. (FCC / MPU - 2007) Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os 
orçamentos anuais. 
13. (FCC / TCE-PI - 2005) O art. 165, § 8o da Constituição contém uma 
disposição, relativa ao orçamento da União, que é conhecida como 
princípio da exclusividade. A expressa previsão constitucional desse 
princípio teve início em 1926, com o intuito de coibir uma prática muito 
comum durante a Primeira República. O princípio da exclusividade 
significa que: 
a) É vedado à lei orçamentária conter dispositivo estranho à fixação da despesa 
e à previsão de receita, com exceção dos casos previstos na própria 
Constituição. 
b) A competência para propor o projeto de lei orçamentária é exclusiva do 
Presidente da República. 
c) Uma comissão exclusiva, no âmbito do Congresso Nacional, deverá examinar 
o projeto de lei orçamentária. 
d) Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual. 
e) Todas as contas orçamentárias da Administração Pública direta e indireta 
devem constar de um só documento. 
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14. (FCC / TCE-RO - 2010) O plano plurianual é uma lei de iniciativa 
conjunta do Presidente da República e da Mesa do Congresso Nacional. 
15. (FCC / Prefeitura de Teresina - 2010) Pelo princípio universal, a 
iniciativa da lei do plano plurianual é sempre do Congresso Nacional. 
16. (FCC / TCE-RO - 2010) O plano plurianual tem vigência de cinco 
anos, com término no final do primeiro exercício financeiro do mandato 
presidencial subsequente. 
17. (FCC / TCE-RO - 2010) O plano plurianual compreende o 
orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que a 
União detém a maioria do capital social e o orçamento da seguridade 
social. 
18. (FCC / TJ-PI - 2010) A lei que estabelece as metas e as prioridades 
da administração pública federal e orienta a lei orçamentária anual, ao 
dispor sobre alterações na legislação tributária e determinar a política 
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, é 
denominada: 
a) Lei de diretrizes orçamentárias. 
b) Lei de responsabilidade fiscal. 
c) Lei de improbidade administrativa.d) Plano plurianual. 
e) Lei de incentivo fiscal. 
19. (FCC / MPE-PI - 2005) A lei orçamentária anual da União 
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente. 
20. (FCC / MPE-PI - 2005) A lei orçamentária anual da União 
estabelecerá, de forma regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para despesas de capital e outras delas 
decorrentes. 
21. (FCC / Prefeitura de Teresina - 2010) Não é possível a 
apresentação de emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos 
projetos que o modifiquem. 
22. (FCC / PM Santos - 2005) Em relação à tramitação do projeto de 
lei orçamentária, a Constituição Federal dispõe que as emendas serão 
apresentadas: 
a) primeiro no Plenário das duas Casas do Congresso Nacional e após apreciadas, 
na forma regimental, pela Comissão mista. 
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b) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, somente pelo Senado Federal. 
c) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, somente pela Câmara dos Deputados. 
d) primeiro na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e após 
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso 
Nacional. 
e) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, pelo Presidente do Congresso Nacional. 
 
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1. Letra B 
2. CORRETA 
3. CORRETA 
4. INCORRETA 
5. INCORRETA 
6. CORRETA 
7. INCORRETA 
8. INCORRETA 
9. CORRETA 
10. Letra A 
11. INCORRETA 
12. CORRETA 
13. Letra A 
14. INCORRETA 
15. INCORRETA 
16. INCORRETA 
17. INCORRETA 
18. Letra A 
19. INCORRETA 
20. INCORRETA 
21. INCORRETA 
22. Letra D 
 
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