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SEFAZ PE XEST econofinancpub heberejetro Aula 00

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Aula 00
Economia e Finanças Públicas p/ SEFAZ/PE
Professores: Heber Carvalho, Jetro Coutinho
00000000000 - DEMO
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AULA 00 (demonstrativa) – Equilíbrio de mercado: Pré-
Requisito para Tributação 
 
SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 
Apresentação 01 
1. Introdução 05 
2. Demanda 05 
3. Oferta 10 
4. Equilíbrio 12 
5. Elasticidades 14 
6. Uma visão sobre eficiência econômica 21 
7. Resumão da aula 29 
8. Questões comentadas 31 
9. Lista de questões 39 
10. Gabarito 42 
 
Olá caros(as) amigos(as), 
 
 É com grande satisfação que lançamos este curso de Economia e 
Finanças Públicas formatado especialmente para atender às 
necessidades daqueles que se preparam para o concurso de Auditor 
Fiscal do Tesouro Estadual de Pernambuco (vulgo “ICMS/PE”). 
 
Comentaremos, principalmente, questões da FCC, que foi a 
banca escolhida para o concurso. Assim, nosso curso será totalmente 
focado para esta banca. Nesta aula demonstrativa, você poderá atestar 
isso. Ainda estamos coletando as questões desta banca, mas podemos 
afirmar que teremos, no mínimo, 450 questões comentadas ao longo 
do curso (provavelmente, vamos ultrapassar esse número, mas, no 
mínimo, teremos essas 450 questões). Destas questões, mais da metade, 
com certeza, será da FCC. E teremos questões recentíssimas, do ano de 
2014! 
 
Para quem não me conhece, meu nome é Heber Carvalho, sou 
bacharel em Ciências Militares, formado pela AMAN (Academia Militar das 
Agulhas Negras). Após pouco mais de 08 anos no Exército, fui aprovado 
no concurso para Auditor Fiscal do Município de São Paulo (AFTM-SP, 4º. 
Lugar). Paralelamente, ministro aulas de Economia e matérias 
relacionadas (Economia do Trabalho, Economia Brasileira, Micro e 
Macroeconomia) em cursos preparatórios de São Paulo e outras capitais, 
no Eu Vou Passar e aqui no Estratégia Concursos. Também sou autor 
do livro “Microeconomia Facilitada”, publicado pela editora Método. 
 
 E o meu nome é Jetro Coutinho, sou bacharel em Administração 
pela Universidade de Brasília (2011). Estudo para concursos desde o 
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segundo semestre de 2009, quando fiz o concurso de Técnico do Banco 
Central, ainda durante o 4º semestre da faculdade. Após ser nomeado, 
concluí os estudos na UnB e, desde então, venho estudando para um 
concurso específico: O Tribunal de Contas da União. Nesse caminho, fui 
aprovado, dentro das vagas, para Analista de Finanças e Controle da 
Secretaria do Tesouro Nacional – Área Econômico-Financeira. No entanto, 
não assumi o Tesouro, pois tomei posse no concurso que sempre sonhei: 
Tive uma imensa benção, que foi ser aprovado para o Tribunal de Contas 
da União em 13º Lugar de um total de 18 vagas para Brasília. Isso aos 22 
anos de idade. Já estudei muito a ciência econômica, tanto para a 
faculdade e para o meu TCC quanto para concursos. O professor Heber 
me convidou para formarmos, então, uma parceria para trazer ao aluno 
um excelente curso de Economia aqui no Estratégia. 
 
Falemos um pouco sobre o conteúdo e a metodologia de nosso 
curso começando pelo primeiro. 
 
ECONOMIA: 1. Sistema Monetário Nacional: origem, funções e formas de 
moeda; demanda e oferta de moeda; o sistema monetário e os meios de 
pagamento; criação e destruição de base monetária e meios de pagamento; 
efeito multiplicador da moeda; teoria quantitativa da moeda; moeda e inflação; 
instrumentos de controle monetário; sistema financeiro nacional. 2. Relações 
Econômicas Internacionais: termos de troca, poder de compra das exportações e 
capacidade de importar; os regimes cambiais; taxa de câmbio nominal e taxa de 
câmbio real; as contas do balanço de pagamentos; desequilíbrio no balanço de 
pagamentos e política cambial. 3. Contas Nacionais: as contas nacionais em uma 
economia aberta com governo; contabilidade nacional; o déficit público e seu 
financiamento; as Contas Nacionais no Brasil. 4. Economia do Setor Público: a 
ação econômica do setor público; financiamento das atividades públicas; 
impacto da carga tributária na atividade econômica e na distribuição de renda; 
impostos regressivos e progressivos; impostos sobre consumo em cascata 
e sobre valor adicionado. 5. Microeconomia: impacto de impostos sobre o 
equilíbrio de mercado. 6. Políticas fiscal, monetária e cambial. 
 
FINANÇAS PÚBLICAS: 2. Política fiscal e equilíbrio orçamentário. 3. Conceito 
de déficit público: a dívida pública no Brasil (causas, consequências e evolução 
recente). 4. Pacto Federativo e as políticas públicas. 5. Federalismo fiscal: 
políticas e critérios de distribuição de receitas e encargos entre as esferas do 
governo.!
 
Como o conteúdo é vasto, torna-se bastante difícil reunir uma 
bibliografia que cubra todos os tópicos do edital com o foco e a 
objetividade necessários (fora que seriam necessários uns 03 a 04 livros, 
no mínimo) ao bom concurseiro. Nossa proposta é facilitar o seu trabalho 
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e reunir toda a teoria e inúmeros exercícios comentados, no que tange a 
todos estes assuntos em um só material. O curso contará com muitas 
questões da FCC, para que você veja como é o estilo da banca 
examinadora. 
 
Verificando as questões da FCC aplicadas em 2014 e 2013 (provas 
de Analista de Gestão Econômica, Analista de Desenvolvimento da Gestão 
(Economia), Consultoria Legislativa Orçamento Público e Desenvolvimento 
Econômico, Economista da Fhemig, Economista da DPE/RS e Fiscal do 
ICMS/SP), podemos perceber que a FCC tem exigido um conhecimento 
teórico bastante sedimentado. Ou seja, o aluno tem que, realmente, ter 
uma boa noção de todo o conteúdo. Outra observação importante em 
relação às provas da FCC é que a maior parte das questões tem cobrado 
o conhecimento teórico da matéria (em detrimento das questões de 
cálculo). No entanto, às vezes, entender os cálculos expostos durante as 
aulas, assim como os gráficos, é fundamental para o correto 
entendimento da teoria. 
 
Neste sentido, o nosso curso levará em conta as duas abordagens 
(teórica e algébrica/gráfica), e a lista de exercícios selecionada ao final de 
cada aula procurará trazer questões que treinam os dois lados do 
concurseiro: o lado teórico, e aquele lado que exige os “algebrismos”. 
 
Nosso curso não exigirá conhecimentos prévios. Portanto, se 
você nunca estudou, ou está iniciando seus estudos em Economia, fique 
tranquilo pois nosso curso atenderá aos seus anseios perfeitamente. Se 
você já estudou os temas, e apenas quer revisá-los, o curso também será 
bastante útil, pela quantidade de exercícios comentados que teremos, o 
que lhe permitirá uma excelente revisão do conteúdo. Em relação aos 
exercícios, serão, no mínimo, 400 questões comentadas, dentre as 
quais, pelo menos umas 200 serão da FCC. 
 
 Este curso abordará todo o conteúdo abaixo descrito: 
 
AULA 00!
(02/07)!
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AULA 01!
(08/07)!
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AULA 02!
(15/07)!
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AULA 03!
(22/07)!
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AULA 04!
(29/07)!
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AULA 05!
(05/08)!
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AULA 06!
(12/08)!
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AULA 07!
(19/08)!
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AULA 08!
(26/08)!
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AULA 09!
(02/09)!
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Vamos começar o curso1 com temas de Microeconomia (aulas 00 
a 01). Na aula 01, também veremos um conteúdo de Tributação que 
sempre aparece muito nas questões de provas da área fiscal. Na aulas 02 
a 09, estudaremos assuntos de Macroeconomia. 
 
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Teremos, em média, 60 a 70 páginas totais por aula (algumas aulas 
podem chegar a 100 páginas). Mas sabemos que as aulas em PDF trazem 
muitas questões comentadas, resumos, lista das questões sem os 
comentários, gabarito, etc, etc. Assim, de uma aula de 60 a 70 páginas, 
sobra mesmo uma média de 35 páginas de teoria pura por aula, já 
que o resto são aqueles itens citados no início do parágrafo. Também 
ressaltamos que haverá algumas aulas um pouco maiores (aulas 04 e 06, 
por exemplo). 
 
Antes de começar a aula, segue 01 aviso: 
 
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 
9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos 
autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são 
clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os 
cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos 
honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 
 
 
 Agora sim, podemos começar. Todos prontos? Então, aos estudos! 
 
 E aí, todos prontos? Então, aos estudos! 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Olá caros(as) amigos(as), 
 
 Nesta aula 00, estudaremos os assuntos “demanda, oferta e 
elasticidades”, e ainda teremos uma breve noção do que é eficiência 
econômica, tudo para que você tenha condições de ter um excelente 
entendimento quando chegue finalmente no estudo da tributação, 
principalmente nos efeitos do impacto da carga tributária na atividade 
econômica e incidência tributária. 
 
 E aí, todos prontos? Então, aos estudos! 
 
 
2. DEMANDA 
 
A demanda ou procura de um bem é simplesmente a quantidade 
deste bem que os consumidores/compradores desejam adquirir a 
determinado preço, em determinado período de tempo. 
 
Dentro desta ideia, surge o conceito fundamental de curva de 
demanda de um bem. Ela informa, graficamente, a quantidade que os 
consumidores desejam comprar à medida que muda o preço unitário. A 
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Preços 
Curva de demanda: 
QD = 14 – 2P 
6 A 
 
B 2 
10 2 Quantidade 
de produtos 
primeira pergunta que vem à cabeça é a seguinte: Como seria esta 
curva? 
 
Para descobrir o “jeito” ou formato da curva, devemos saber qual a 
relação que existe entre as variáveis que constam no gráfico em que ela 
está. No gráfico da curva de demanda, temos a quantidade de bens 
demandados no eixo X (eixo horizontal ou eixo das abscissas), e temos o 
preço do bem no eixo Y (eixo vertical ou eixo das ordenadas), conforme 
vemos na figura 01. Então, temos que descobrir qual a relação existente 
entre o preço do bem e a quantidade demandada. 
 
Imaginemos um bem qualquer. Vamos adotar, como exemplo, o 
bem Cerveja (Jetro: Nem dando aula o Heber esquece da cerveja...). O 
que aconteceria com a quantidade demandada de cervejas caso seu preço 
estivesse bastante baixo? O que aconteceria com a quantidade 
demandada de cervejas caso seu preço estivesse alto? As respostas são 
bastante óbvias: teríamos alta e baixa quantidade demandada, 
respectivamente. 
 
A conclusão a que chegamos é a seguinte: a quantidade 
demandada ou procurada de um bem varia inversamente em relação ao 
seu preço. Em outras palavras, quanto mais caro está o bem, menos ele é 
demandado. Quanto mais barato está o bem, mais ele é demandado. Esta 
é a milenar lei da demanda, e qualquer um de nós quando vai ao mercado 
fazer compras aplica esta lei, ainda que implicitamente. 
 
Pois bem, voltando à curva de demanda, como ela seria? Quando as 
duas variáveis do gráfico atuam em sentido inverso, isto é, uma aumenta 
e a outra diminui e/ou vice-versa, como é o caso dos preços e 
quantidades demandadas, a curva do gráfico terá inclinação para baixo. 
Pegue como exemplo a seguinte função de demanda (QD = quantidade 
demandada e P = preço) de cervejas e seu respectivo gráfico: 
 
QD = 14 – 2P 
(esta equação é apenas um exemplo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja que no ponto A o preço é 6 e a quantidade demandada é 2 
cervejas (QD = 14 – 2P ! QD = 14 – 2.6 = 14 – 12 = 2). À medida que 
reduzimos o preço de 6 para 2, a quantidade demandada aumentou de 2 
para 10 (QD = 14 – 2P ! QD = 14 – 2.2 = 14 – 4 = 10). Ou seja, 
enquanto o preço cai, a quantidade demandada sobe. Temos uma relação 
inversa e quando isto acontece, a curva tem sua inclinação para baixo. 
 
Existem várias outras maneiras de expressar que a curva tem sua 
inclinação para baixo e que existe uma relação inversa entre a variável do 
eixo Y e a variável do eixo X. Você tem que estar familiarizado com todas 
estas nomenclaturas. Assim, podemos dizer que a curva de demanda tem 
inclinação para baixo, decrescente, descendente ou negativa. 
 
Do ponto de vista algébrico, sabemos que a curva de demanda será 
decrescente pelo sinal negativo do número/coeficiente que multiplica 
alguma das variáveis. Assim, na equação da demanda apresentada, QD = 
14 – 2P, o sinal negativo que multiplica a variável P (Preço) garante a 
relação inversa entre QD e P, indicando que quando uma variável 
aumenta, a outra diminui e vice-versa, orientando, assim, a inclinação 
decrescente da curva de demanda. 
 
Você pode estar se perguntando se esta regra ou lei (preço 
aumenta " demanda cai) é válida indistintamente para todos os bens da 
economia. Será que existe algum tipo de bem cujos consumidores 
decidam aumentar a demanda a partir de um aumento de preço? Ou 
reduzir a demanda depois de uma redução de preço? A resposta é sim! 
 
! Exceção à lei da demanda: existe um tipo de bem que não 
obedece à lei da demanda: é o bem de Giffen. Ele é a única 
exceção para a lei da demanda. Para este bem, aumentos de preço 
geram aumentos de quantidade demandada e reduções de preço 
geram redução de quantidade demandada. Então veja que as 
variáveis preço e quantidade demandada caminham no mesmo 
sentido, indicando que a curva de demanda do bem de Giffen terá 
inclinação positiva, direta, ascendente ou crescente. O paradoxo 
de Giffen é uma situação muito difícil de ser verificada na prática. 
Como exemplo deste tipo de bem, temos os bens de baixo valor, 
mas que possuem elevada importância no consumo do indivíduo. 
Por exemplo, suponha uma situação em que temos uma família 
pobre diante da ocorrência de um aumento no preço do pão. Como 
a renda da família é bastante baixa, o aumento do preço do pão 
fará com que sobre menos renda para o consumo de outros bens, 
de forma que a família optará por aumentar o consumo de pães. 
Neste caso singular, ocorre o paradoxo de Giffen e o pão será um 
bem de Giffen, pois o aumento de preços provocou aumento das 
quantidades demandadas. 
 
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Vimos, então, neste tópico que a quantidade demandada de um 
bem depende de seu preço e que essa relação é inversa, ocasionando 
uma curva de demanda negativamente inclinada, decrescente, 
descendente ou com inclinação para baixo. Vimos também que o 
raciocínio deve ser inverso se o bem for de Giffen. 
 
2.1. Fatores que afetam a demanda 
 
A demanda de um bem depende de uma série de outros fatores que 
vão além simplesmente do preço deste bem: 
 
! Preço: já visto no item de introdução à Demanda. 
 
! Renda do consumidor: na maioria das vezes, o aumento de 
renda provoca o aumento da demanda. 
 
! Preços de outros bens: se o consumidor deseja adquirir arroz, 
ele também verificará o preço do feijão, já que o consumo destes 
bens é associado. O mesmo ocorre com o preço do DVD e do 
aparelho de DVD. Quando o consumo de um bem é associado ao 
consumo de outro bem, dizemos que estes bens são 
complementares. De forma oposta, quando o consumo de um 
bem substitui ou exclui o consumo de outro bem, dizemos que 
estes bens são substitutos ou sucedâneos. É o que acontece, 
neste último caso, com a manteiga e a margarina, refrigerante e 
suco, carne bovina e carne de frango, etc. 
 
! Outros fatores: aqui entram os gostos, hábitos e expectativas 
dos consumidores que podem variar devido a inúmeros fatores. 
Exemplos: a demanda de protetores solar aumenta no verão, a 
demanda de carvão para churrasco é maior no Sul do Brasil, a 
demanda por camisas da seleção brasileira aumenta em época 
de copa do mundo, a não realização de concursos públicos 
diminui a demanda de cursos, etc. Assim, podemos listar como 
outros fatores: 
1) Expectativas dos consumidores: quanto à renda futura 
(se eles esperam que sua renda vá aumentar, a demanda 
tende a aumentar). Quanto ao comportamento futuro dos 
preços (se eles esperam que os preços vão aumentar, a 
demanda tende a aumentar, para evitar comprar produtos 
mais caros no futuro). Quanto à disponibilidade futura de 
bens (se o consumidor acredita que determinada 
mercadoria poderá faltar futuramente no mercado, ele 
poderá aumentar a demanda por esse bem, precavendo-se 
de sua falta no futuro). 
 
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00000000000 - DEMO
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2) Mudança no número de consumidores no mercado: o 
aumento de consumidores aumenta a demanda pelo 
consumo de bens. Exemplo: os comerciantes de Campos 
do Jordão (SP) ou Gramado (RS) compreendem 
perfeitamente que, durante as férias escolares de inverno, 
no meio do ano, há substancial aumento da demanda por 
praticamente todos os serviços locais. Isso ocorre devido 
ao aumento no número de consumidores. Com o término 
das férias, as famílias retornam às suas origens e a 
demanda pelos serviços se reduz. 
 
3) Mudanças demográficas: a demanda por muitos 
produtos está, por exemplo, estreitamente ligada à 
composição etária da população, bem como à sua 
distribuição pelo país. Exemplo: lugares onde a população 
é composta em sua maioria por jovens apresentarão maior 
demanda por produtos associados a esse público (calças 
jeans, restaurantes fast food, danceterias, etc). 
 
4) Mudanças climáticas: a demanda por produtos 
estritamente ligados à estação mais quente (óculos de sol, 
sungas de banho, etc) são mais demandadas no verão e 
menos demandadas no inverno. 
 
É importante destacarmos que a demanda de um bem depende não 
só dos vários fatores listados acima, mas, sobretudo, da ação conjunta 
deles. Para que os economistas consigam analisar a influência de somente 
uma variável na demanda, utiliza-se a suposição de que todas as outras 
variáveis permanecem constantes. No jargão econômico é utilizado o 
termo coeteris paribus, que quer dizer: todo o restante permanecendo 
constante. 
 
Por exemplo, ao afirmamos que o aumento da renda, coeteris 
paribus, aumenta a demanda de um bem, estamos afirmando que 
devemos considerar isoladamente o aumento de renda na demanda. Esta 
observação é muito importante para questões de concursos públicos. 
Assim, quando uma questão solicitar as implicações sobre a demanda 
oriundas de algum acontecimento, deve-se raciocinar exclusivamente 
sobre aquele acontecimento em especial, supondo que todo o resto 
permanece constante. 
 
Para os objetivos de nosso curso, que é apresentar apenas as 
noções da demanda que são necessárias para o entendimento da 
repartição tributária, acreditamos que isto que foi passado já está de bom 
tamanho2. Vejamos agora algumas noções sobrea oferta. 
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Preços 
6 
B 
Curva de oferta: 
QO = 1 + 2P 
 
A 
2 
13 5 Quantidade 
de produtos 
 
3. OFERTA 
 
 A oferta de um bem é simplesmente a quantidade deste bem que os 
produtores/vendedores desejam vender a determinado preço, em 
determinado período de tempo. 
 
Dentro desta ideia, surge o conceito fundamental de curva de oferta 
de um bem. Ela informa, graficamente, a quantidade que os vendedores 
desejam vender à medida que muda o preço unitário. 
 
Nós vimos, no estudo da curva de demanda, que quanto maior for o 
preço, menores serão as quantidades demandadas pelos consumidores. 
No entanto, do ponto de vista da oferta, devemos mudar a forma de 
raciocínio, isto porque quem dita a oferta são os produtores e não mais os 
consumidores. 
 
Do ponto de vista dos produtores, quanto maior for o preço de um 
bem melhor será. Maiores preços indicam maiores lucros e maiores serão 
os incentivos para aumentar a produção. Desta forma, há uma relação 
diretamente proporcional entre os preços e as quantidades ofertadas. 
Assim, o gráfico da curva de oferta terá inclinação para cima, ascendente, 
crescente ou positiva. 
 
Imagine a seguinte função de oferta (QO = quantidade ofertada e P 
= preço) e seu respectivo gráfico: 
 
QO = 1 + 2P 
(esta equação é apenas um exemplo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja que no ponto A o preço é 2 e a quantidade ofertada é 5 (QO = 
1 + 2P ! QO = 1 + 2.2 = 5). À medida que aumentamos o preço de 2 
para 6, a quantidade ofertada aumentou de 5 para 13 (QO = 1 + 2P ! QO 
= 1 + 2.6 = 13). Ou seja, enquanto o preço sobe, a quantidade ofertada 
sobe. Temos uma relação direta e quando isto acontece, a curva tem sua 
inclinação para cima, crescente ou ascendente. 
 
Do ponto de vista algébrico, sabemos que a curva de oferta será 
ascendente pelo sinal positivo do número/coeficiente que multiplica as 
duas variáveis. Assim, na equação de oferta apresentada, QO = 1 + 2P, o 
sinal positivo que acompanha as variáveis QO e P garante a relação direta 
entre QO e P, indicando que, quando uma variável aumenta, a outra 
também aumenta e vice-versa, orientando, assim, a inclinação crescente 
da curva de oferta. 
 
 
3.1. Fatores que afetam a oferta 
 
 Similarmente à demanda, a oferta é influenciada por vários fatores 
além do preço: 
 
! Preço do bem: já visto. 
 
! Custos de produção: quanto maiores os custos de produção, 
menor o estímulo para ofertar o bem ao mesmo nível de preços. 
Quanto menores os custos de produção, maior será o estímulo 
para ofertar o bem. Como principal exemplo de custos de 
produção (para o nosso curso), podemos apresentar os tributos. 
Outros custos de produção são: salários dos empregados, taxas 
de juros, preço das matérias-primas, etc. 
 
! Tecnologia: o aumento de tecnologia estimula o aumento da 
oferta, tendo em vista que o desenvolvimento da tecnologia, 
geralmente, implica reduções do custo de produção e aumento 
da produtividade. 
 
! Preços de outros bens: se os preços de outros bens (que usam 
o mesmo método de produção) subirem enquanto o preço do 
bem X não se altera, obviamente, os produtores procurarão 
ofertar aquele bem que possui o maior preço e lhe trará maiores 
lucros. 
 
! Outros fatores: aqui, a exemplo da demanda, temos uma 
infinidade de fatores que podem alterar a oferta. Apenas para 
citar um exemplo, uma superoferta de qualquer produto agrícola 
pode ter sido causada por uma excelente safra, devido a boas 
condições climáticas no campo. Outro exemplo: a expectativa de 
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Após o corte 
de tributos 
O1 
O1 . 
O2 
P 
Q1 Q2 Q1 
aumento da demanda por um bem também leva os produtores a 
aumentar a oferta deste bem, visando maiores lucros (um 
produtor, meses antes do Natal, já começa a produzir mais 
mercadorias, em razão da expectativa de aumento da demanda 
durante o mês de dezembro). 
 
O que interessa para nós sabermos é o seguinte. Alterações nos 
custos de produção (dentre os quais estão os tributos), tecnologia, preços 
de outros bens e outros fatores provocam deslocamentos de toda a curva 
de oferta. 
 
Quando tivermos alguma alteração no sentido de aumentar a 
oferta, a curva de oferta como um todo será deslocada para a direita. 
Exemplo: vejamos na figura 03 o que acontece com a curva de oferta 
caso o governa decida fazer um corte de tributos sobre a produção: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe que fatores que aumentem a oferta provocam 
deslocamentos para a direita. Se tivermos algum fator que provoque 
redução de oferta (aumento de tributos, por exemplo), teremos que 
deslocá-la para a esquerda. 
 
 
4. EQUILÍBRIO ENTRE DEMANDA E OFERTA 
 
 Agora que estudamos a demanda e oferta de bens, podemos definir 
o preço e quantidade de equilíbrio de mercado. É importante destacar que 
qualquer resultado do mercado de bens, seja no preço ou quantidade de 
equilíbrio, é fruto da interação entre as forças de demanda e oferta. 
Parafraseando o economista Alfred Marshall, um dos pioneiros no estudo 
da demanda e oferta: “é necessário tanto a demanda como a oferta para 
determinar resultados econômicos, da mesma forma como são 
necessárias as duas lâminas de uma tesoura para cortar um tecido.” 
 
 Pois bem, dadas duas curvas, uma de demanda e outra de oferta, o 
preço e a quantidade de equilíbrio estarão exatamente no ponto onde a 
demanda iguala a oferta: 
 
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!
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Curva de oferta 
Preços 
E 
PE 
Curva de demanda 
Quantidade 
de produtos QE 
Novo 
equilíbrio 
 
Equilíbrio 
inicial 
O2 
O1 
O1 Preço
s PE2 E2 
E1 PE1 E1 PE1 
D D 
Quantidade 
de produtos QE2 QE1 
QE1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso acima, o ponto E é o ponto exato em que, a determinado 
nível de preços, PE (Preço de equilíbrio), as quantidades ofertadas são 
iguais às quantidades demandadas. Isto quer dizer que o mercado está 
em equilíbrio, não há excessode demanda nem de oferta. 
 
4.1. Alterando o equilíbrio 
 
 Agora que já temos as noções básicas necessárias, vamos utilizar os 
conhecimentos adquiridos para saber quais os reflexos sobre o preço e 
quantidade de equilíbrio após o surgimento de fatores que alteram a 
demanda ou a oferta de bens. Veremos apenas dois exemplos para 
clarear o raciocínio. Serão exemplos envolvendo a tributação de um bem. 
 
Exemplo 1: Qual o efeito sobre preço e quantidade transacionada do 
bem X após um aumento de tributação sobre a produção? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aumentos de tributação sobre a produção aumentam os custos de 
produção e, como estamos falando em produção, este aumento de 
tributos influencia a oferta e não a demanda. Mais precisamente, 
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Novo 
equilíbrio O1 O1 Equilíbrio 
inicial 
 
Preços 
O2 
E1 PE1 E1 PE1 
PE2 E2 
D D 
QE1 QE1 QE2 
reduzirá a oferta. Esta diminuição da oferta provoca deslocamento de 
toda a curva de oferta para a esquerda. Observe que, pelo fato da curva 
de oferta ser positivamente inclinada, ela será deslocada para a esquerda 
e para cima (de O1 para O2). Como resultado deste deslocamento, temos 
um novo ponto de equilíbrio E2, onde temos novo preço e quantidade de 
equilíbrio, PE2 e QE2, respectivamente. Conclusão: o aumento de 
tributação sobre a produção provoca aumento de preços e redução de 
quantidades transacionadas. 
 
Exemplo 2: Qual o efeito sobre preço e quantidade transacionada do 
bem X após uma redução de tributação sobre a produção? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A redução de tributação afeta a produção, desta forma, influenciará a 
oferta, mais precisamente, haverá aumento de oferta e a curva será 
deslocada para a direita. Em virtude de a curva ser ascendente, ela, 
além de se deslocar para a direita, será deslocada também para baixo (de 
O1 para O2). Como resultado, teremos novo preço e quantidade de 
equilíbrio, PE2 e QE2, respectivamente. Conclusão: a redução de tributação 
provocará redução nos preços e aumento das quantidades 
transacionadas. 
 
5. ELASTICIDADES 
 
 Existem vários tipos de elasticidade. Mas, para o nosso estudo, as 
únicas que interessam são a elasticidade preço da demanda (EPD) e da 
oferta (EPO). Seguem abaixo: 
 
5.1. Elasticidade preço da demanda (EPD) 
 
 Vimos que a demanda de um bem depende dos preços, renda do 
consumidor, preços de bens relacionados e outros fatores. De modo 
semelhante, a oferta de um bem depende dos preços, custos de 
produção, tecnologia e inúmeros outros fatores. 
Quantidade 
de produtos 
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!
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 Por exemplo, se os preços dos computadores aumentam, a 
quantidade demandada cairá e a quantidade ofertada de computadores 
aumentará. Contudo, muitas vezes desejamos saber quanto vai aumentar 
ou quanto vai cair a demanda ou a oferta. Até que ponto a demanda por 
computadores poderá ser afetada? Muito ou pouco? Se os preços 
aumentarem 20%, em quantos % a quantidade demandada diminuirá? 
Qual seria a variação da oferta de computadores se os preços 
aumentassem 10%? Utilizamos as elasticidades para responder a 
perguntas como essas. Elasticidade, em economês, significa 
sensibilidade. A elasticidade mede quanto uma variável pode ser 
afetada por outra. 
 
A elasticidade preço da demanda (EPD) indica a variação percentual 
da quantidade demandada de um produto em função da variação 
percentual de 1% nos preços. De modo menos técnico, é a variação 
percentual da demanda de um bem em função da variação percentual dos 
preços. Assim, temos: 
 
EPD = 
!!∀
!!∀
 
 
 Onde ∆Q significa variação (Q2–Q1), e %∆Q significa esta variação 
dividida pelo seu valor original para obtermos o percentual desta 
variação (exemplo: se tínhamos 20 e agora temos 24 bens demandados, 
o ∆Q = 24 – 20 = 4, já a %∆Q = 4/20 = 0,2 ou 20%). Assim, o 
desenvolvimento da expressão da EPD será: 
 
EPD = 
!!∀
!!∀
! !
!∀
!
!∀
!
 
 A elasticidade preço da demanda é geralmente um número 
negativo. Quando o preço de uma mercadoria aumenta, a quantidade 
demandada em geral cai, e, dessa forma, ∆Q/∆P é negativa, e, portanto, 
EPD é um valor negativo. Por isso, a situação comum é nos referirmos à 
magnitude da elasticidade preço da demanda – isto é, a seu valor 
absoluto, seu módulo. Por exemplo, se EPD = -1, dizemos simplesmente 
que a elasticidade é 1. Ou seja, a convenção é simplesmente ignorarmos 
o sinal da EPD (pois já se sabe implicitamente que ele é negativo... e é 
chato ficar falando sempre que a elasticidade é menos isso, ou menos 
aquilo). 
 
 Observe na tabela abaixo o comportamento das quantidades 
demandadas dos bens A, B e C, quando aumentamos os seus respectivos 
preços: 
 
 
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DEMANDA ELÁSTICA, 
EPD > 1 
DEMANDA INELÁSTICA, 
EPD < 1 
ELASTICIDADE UNITÁRIA, 
EPD = 1 
Tabela 1 
Demanda de A Demanda de B Demanda de C 
PA QDA PB QDB PC QDC 
Momento 1 10 100 10 100 10 100 
Momento 2 11 80 11 95 11 90 
 
 Veja que, em todos os casos, aumentamos os preços dos produtos 
em 10%, mas as variações nas quantidades demandadas foram 
diferentes. Isto significa que as elasticidades são diferentes para os três 
bens, afinal cada bem reage de um jeito diferente às variações nos 
preços. Segue abaixo o cálculo das elasticidades: 
 
 
EPDA = 
!!∀
!!∀
! !
!!∀
!∀∀
!
!∀
!
!!∀#
!∀#
! !! ! !! 
 
EPDB = 
!!∀
!!∀
! !
!!∀
!∀∀
!
!∀
!
!!∀
!∀#
! !!!! ! !!!! 
 
EPDC = 
!!∀
!!∀
! !
!!∀
!∀∀
!
!∀
!
!!∀#
!∀#
! !! ! !! 
 
 Veja que, dos três bens, o mais sensível à variação de preços é o 
bem A. O aumento de 10% nos preços reduziu as quantidades 
demandadas em 20%, ou seja, há bastante sensibilidade. Quando a EPD é 
maior que 1, isto é, a queda nas quantidades demandadas é 
percentualmente superior ao aumento de preços, dizemos que a demanda 
é elástica aos preços. 
 
Já com relação ao bem B, o aumento de 10% nos preços provocou 
redução de 5% nas quantidades demandadas, ou seja, há pouca 
sensibilidade. Quando EPD é menor que 1, isto é, a queda nas quantidades 
demandadas é percentualmente inferior ao aumento de preços, dizemos 
que a demanda é inelástica aos preços. 
 
Quando EPD é igual 1, isto é, a queda nas quantidades demandadas 
é percentualmente igual ao aumento de preços, dizemos que a 
elasticidade preço da demanda é unitária. É importante ressaltar que o 
mesmo raciocínio é válido para reduções nos preços, com a diferença, é 
claro, que tais reduções provocarão aumento nas quantidades 
demandadas ao invés de diminuição. 
 
As razões pelas quais as elasticidades preço demanda variam de um 
bem para outro são as mais variadas possíveis. Alfred Marshall, 
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−2#<,Ε(=)/)2()(Α):2#(((((((((((((((((((∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1ϑ!∀#!23!importante economista do século XIX, estabeleceu as seguintes relações 
existentes entre os bens e suas respectivas elasticidades: 
 
! Quanto mais essencial o bem, mais inelástica (ou menos 
elástico) será a sua demanda: se o bem for essencial para o 
consumidor, aumentos de preço irão provocar pouca redução de 
demanda, ou seja, EPD será menor que 1. Imagine, por exemplo, 
a insulina – remédio para tratar o diabetes. É evidente que se o 
preço deste bem aumentar não haverá muita variação na 
demanda, pois é um bem essencial para aquelas pessoas que o 
consomem. 
 
! Quanto mais bens substitutos houver, mais elástica será a 
sua demanda: se o bem tiver muitos substitutos, o aumento de 
seus preços fará com que os consumidores adquiram os bens 
substitutos, desta forma, a diminuição das quantidades 
demandadas será grande. Imagine, por exemplo, a margarina. 
Se o preço dela aumentar, naturalmente, as pessoas irão 
consumir mais manteiga, de modo que a diminuição das 
quantidades demandadas de margarina será grande, ou seja, há 
alta elasticidade em caso da existência de bens substitutos. 
 
! Quanto menor o peso do bem no orçamento, mais 
inelástico será a demanda do bem: uma caneta das mais 
simples custa R$ 1,00 e pode durar bastante tempo (não para os 
concurseiros!). Se seu preço aumentar para R$ 1,30, seu 
consumo não diminuirá significativamente, pois o produto é 
muito barato, quase irrelevante no orçamento das famílias. Por 
outro lado, se o preço dos automóveis aumentar 30%, haverá 
grande redução das quantidades demandadas. 
 
! No longo prazo, a elasticidade preço da demanda tende a 
ser mais elevada que no curto prazo: um aumento de preços 
de determinado produto pode não causar significativas mudanças 
nas quantidades demandadas, a curto prazo, pois os 
consumidores levam um tempo para se ajustar ou para 
encontrar produtos substitutos. Por exemplo, se o preço do feijão 
aumentar, é possível que no curto prazo não haja grandes 
variações na demanda; entretanto, no longo prazo, as donas de 
casa já terão desenvolvido novas receitas que não usem mais o 
feijão ou descoberto produtos substitutos (a lentilha, por 
exemplo). Desta forma, no longo prazo, o ∆Q será bem maior, 
indicando maiores elasticidades no longo prazo. 
 
! Quanto maior o número de possibilidades de usos de uma 
mercadoria, tanto maior será sua elasticidade. Se um 
produto possui muitos usos, então, será natural que o número de 
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Quantidade 
de produtos 
Preço
s 
P1 
 
Q1 Q1 
!P=P2-P1!
CURVAS DE DEMANDA ELÁSTICA E INELÁSTICA 
a) DEMANDA ELÁSTICA b) DEMANDA INELÁSTICA 
Q2 Q2 
P2 
!Q=Q2-Q1!
!Q=Q2-Q1!
substitutos que ele possui também seja alto. Assim, quanto mais 
usos tem um bem, maior é a sua elasticidade. Por exemplo, um 
produto como a lã – que é usada na produção de roupas, 
tapetes, estofamentos, e outros – terá, para cada uso que 
possui, alguns substitutos. Se somarmos todos os seus usos, 
haverá, no total, muitos substitutos, o que aumenta a sua 
elasticidade. 
 
5.1.1. A elasticidade preço e o gráfico da demanda 
 
 Para fins didáticos, utilizamos curvas menos inclinadas (mais 
deitadas ou horizontais) para indicar alta elasticidade, e curvas mais 
inclinadas (mais verticais) para indicar pouca elasticidade. Veja abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Veja que, na curva a), uma pequena alteração nos preços (∆P 
pequeno) causou uma grande alteração nas quantidades demandadas 
(∆Q grande). Na curva b), esta mesma alteração de preço causou uma 
alteração nas quantidades demandadas bem menor (∆Q pequeno). Isto é, 
na curva a), a elasticidade preço da demanda é alta, enquanto na curva 
b), a elasticidade é baixa. 
 
 Assim, para fins didáticos, representamos curvas planas quando 
queremos mostrar alta elasticidade, e curvas mais verticais quando 
queremos representar baixa elasticidade. 
 
5.1.2. Casos especiais da elasticidade preço da demanda 
 
 A figura 08 apresenta dois casos especiais da elasticidade preço da 
demanda, casos que fogem à regra. O gráfico 08.a apresenta uma curva 
00000000000
00000000000 - DEMO
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Qtde 
Preço
s 
D 
 
Q* 
CASOS ESPECIAIS DA ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA 
a) DEMANDA 
INFINITAMENTE ELÁSTICA 
b) DEMANDA 
COMPLETAMENTE INELÁSTICA 
P* 
D 
de demanda infinitamente elástica (EPD=∞). Neste caso, os consumidores 
vão adquirir a quantidade que puderem (qualquer quantidade) a 
determinado preço, P*. No caso de um ínfimo aumento nos preços, a 
quantidade demandada cai a zero (grande diminuição da quantidade 
demandada " ∆Q grande e ∆P pequeno); da mesma maneira, para 
qualquer ínfima redução de preço, a quantidade demandada aumenta de 
forma ilimitada (∆Q grande e ∆P pequeno). Nos dois casos, teremos um 
∆Q bastante alto dividido por um ∆P ínfimo, de forma que EPD será 
bastante alta, tendendo ao infinito. 
 
 O gráfico 08.b apresenta uma curva de demanda completamente 
inelástica, os consumidores adquirirão uma quantidade fixa Q*, qualquer 
que seja o preço (como as quantidades demandadas serão sempre Q*, 
∆Q=0 " como ∆Q é 0, EPD será 0 também). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estes dois conceitos são bastante teóricos e é bastante difícil 
visualizar algum exemplo prático. No caso da demanda infinitamente 
elástica, podemos imaginar um produto com muitos substitutos e que 
seja transacionado em um mercado de concorrência perfeita, em que 
qualquer aumento de preço fará com que o produto perca toda sua 
demanda. 
 
 No caso da demanda completamente inelástica (também chamada 
de demanda anelástica), podemos exemplificar através da visualização de 
um remédio que não possui substitutos e que, caso os pacientes não o 
tomem, a morte será certa. Assim, o mercado consumidor deste remédio 
consumirá sempre a mesma quantidade, Q*, a qualquer nível de preços. 
 
Nota " cuidado para não confundir demanda anelástica com demanda 
inelástica. Anelasticidade significa ausência de elasticidade (completamente 
inelástica), enquanto inelasticidade significa pouca elasticidade. 
00000000000
00000000000 - DEMO
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OFERTA ELÁSTICA, 
EPO > 1 
OFERTA INELÁSTICA, 
EPO < 1 
ELASTICIDADE UNITÁRIA, 
EPO = 1 
 
5.2. Elasticidade preço da oferta (EPO) 
 
Aqui, o raciocínio é semelhante (na verdade, quase igual!) àquele 
feito na análise da elasticidade preço da demanda. A diferença é que a 
elasticidade preço da oferta mede a sensibilidade da quantidade 
ofertada em resposta a mudanças de preço. A fórmula é a mesma, com 
a ressalva de que no numerador temos, em vez de as quantidades 
demandadas, as quantidades ofertadas. Assim: 
 
EPO = 
!!∀#
!!∀
 
 
Onde %∆QO significa variação percentual das quantidades ofertadas 
e %∆P significa variação percentual dos preços. Ao contrário da EPD, em 
que temos resultados negativos e usamos o módulo do coeficiente para 
expressar a elasticidade, na EPO, o resultado é naturalmente positivo, já 
que há uma relação direta entre os preços dos produtos e as quantidadesofertadas. Quanto o preço aumenta, a quantidade ofertada também 
aumenta, e vice-versa. 
 
Observe na tabela abaixo o comportamento das quantidades 
ofertadas de A, B e C, quando aumentamos os seus respectivos preços: 
 
Tabela 3 
Oferta de A Oferta de B Oferta de C 
PA QOA PB QOB PC QOC 
Momento 1 10 100 10 100 10 100 
Momento 2 11 120 11 105 11 110 
 
Em todos os casos, aumentamos os preços dos produtos em 10%, 
mas as variações na oferta foram diferentes, em virtude de distintas 
sensibilidades (elasticidades). Seguem os cálculos: 
 
EPOA = 
!!∀#
!!∀
! !
!∀
!∀∀
!
!∀
!
!∀#
!∀#
! ! 
 
EPOB = 
!!∀#
!!∀
! !
!∀
!∀∀
!
!∀
!
!∀
!∀#
! !!! 
 
EPOC = 
!!∀#
!!∀
! !
!∀
!∀∀
!
!∀
!
!∀#
!∀#
! ! 
 
 
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00000000000 - DEMO
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Qtde 
Preço
s 
O 
 
Q* 
CASOS ESPECIAIS DA ELASTICIDADE PREÇO DA OFERTA 
a) OFERTA 
INFINITAMENTE ELÁSTICA 
b) OFERTA 
COMPLETAMENTE INELÁSTICA 
P* 
O 
5.2.1. Casos especiais da elasticidade preço da oferta 
 
 A figura 09 apresenta dois casos especiais da elasticidade preço da 
oferta. O gráfico 09.a apresenta uma curva de oferta infinitamente 
elástica (EPO=∞). Neste caso, os produtores vão ofertar a quantidade que 
puderem (qualquer quantidade) a determinado preço, P*. No caso de 
uma ínfima redução nos preços, a quantidade ofertada cai a zero (grande 
diminuição da quantidade ofertada " ∆Q grande e ∆P pequeno); da 
mesma maneira, para qualquer ínfimo aumento de preço, a quantidade 
ofertada aumenta de forma ilimitada (∆Q grande e ∆P pequeno). Nos dois 
casos, teremos um ∆Q bastante alto dividido por um ∆P ínfimo, de forma 
que EPO será bastante alta, tendendo ao infinito. 
 
 O gráfico 09.b apresenta uma curva de demanda completamente 
inelástica (anelástica), os produtores ofertarão uma quantidade fixa Q*, 
qualquer que seja o preço (como as quantidades ofertadas serão sempre 
Q*, ∆Q será sempre igual a 0 " como ∆Q=0, EPO será 0 também). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. UMA VISÃO SOBRE EFICIÊNCIA ECONÔMICA 
 
 Neste item, teremos uma noção bastante rudimentar (mas 
necessária) sobre a eficiência econômica. Para tal, aprenderemos o que 
significam: excedente do consumidor, excedente do produtor e o ótimo de 
Pareto. 
 
6.1. Excedente do consumidor 
 
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00000000000 - DEMO
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C 
Quantidade 
Preços 
 
5 
 
QE 
D 
O 
10 
7 
A 
B 
Consumidor A 
Consumidor B Consumidor C 
 Nas transações de mercado, consumidores e produtores compram e 
vendem de acordo com o preço de equilíbrio, que é estabelecido pelas 
forças do mercado (forças da oferta e da demanda). Ou seja, é o mercado 
que estabelece o preço das mercadorias. 
 
 No entanto, para alguns consumidores, o preço determinado pelo 
mercado pode ser mais barato que aquele preço que estes consumidores 
estariam dispostos a pagar. Por exemplo, suponha que o preço de 
equilíbrio de uma mercadoria seja R$ 5,00 e um determinado consumidor 
esteja disposto a pagar por este produto o valor de R$ 7,00. Neste caso, 
a compra deste produto, ao preço de mercado de R$ 5,00, trará um 
benefício a este consumidor. A este benefício chamamos de excedente do 
consumidor. 
 
Assim, já podemos definir excedente do consumidor: é o 
benefício total que os consumidores recebem além daquilo que 
pagam pela mercadoria. Em outras palavras: é o que ele estaria 
disposto a pagar menos o que realmente pagou. Desta forma, 
percebemos que o excedente do consumidor é uma espécie de medida de 
benefício líquido, ou bem-estar do consumidor. 
 
 Para facilitar a visualização, verifique a figura 10, em que temos as 
curvas de demanda e oferta de um bem. Como o preço da mercadoria é 
determinado pela interação entre demanda e oferta, o preço de mercado 
do bem é aquele em que a curva de demanda intercepta a curva de 
oferta. Na figura 10, isto ocorre ao preço de R$ 5,00 e à quantidade de 
equilíbrio QE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dentro da curva de demanda do mercado, existem alguns 
consumidores dispostos a pagar mais que o preço de mercado de R$ 
5,00. O consumidor A, por exemplo, provavelmente dá mais valor para 
esta mercadoria ou está precisando dela urgentemente. Dessa maneira, 
ele está disposto a pagar até R$ 10,00 por tal mercadoria. Entretanto, 
como o preço transacionado no mercado é de R$ 5,00, seu benefício 
líquido é de R$ 5,00 (os R$ 10,00 que ele aceita pagar menos os R$ 5,00 
que ele tem de pagar para obter o bem). O excedente do consumidor A é, 
então, R$ 5,00. 
 
 O consumidor B dá menos valor à mercadoria que o consumidor A, 
no entanto, ainda dá mais valor que aquele decidido pelo mercado. O 
consumidor aceita pagar até R$ 7,00 pelo bem, logo, desfruta de um 
benefício no valor de R$ 2,00. O consumidor C dá ao bem um valor 
exatamente igual a seu preço de mercado, R$ 5,00. Assim, para este 
último não há benefício líquido (excedente) ao consumir o bem. Os 
consumidores localizados à direita do ponto C da curva de demanda dão a 
essa mercadoria um valor inferior a R$ 5,00. Este último grupo 
simplesmente não adquirirá o produto. 
 
 Se quisermos medir o excedente de todos os consumidores em 
conjunto, ele será exatamente a área entre a curva de demanda, a linha 
do preço de mercado e o eixo vertical do gráfico (a área cinza claro da 
figura 10). Isto é, o excedente é igual à área acima do preço, mas abaixo 
da curva de demanda. Essa área indica o benefício líquido total dos 
consumidores, ou, em outras palavras, o excedente do consumidor ou o 
bem-estar dos consumidores neste mercado. 
 
6.2. Excedente do produtor 
 
 O excedente do produtor é um conceito bastante parecido com o 
excedente do consumidor. Ele mede os ganhos dos produtores. 
 
 Voltemos nossa análise ainda para o mercado retratado na figura 10 
e que agora é reproduzido na figura 11. Nele, o preço de equilíbrio é R$ 
5,00. No entanto, alguns produtores ainda produziriam suas mercadorias 
ainda que o preço de mercado fosse inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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C 
Quantidade 
Preços 
5 
 
QE 
D 
O 
Produtor A 
Produtor B Produtor C 
2 
4 
A 
B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O produtor A, ainda que a mercadoria fosse vendida a apenas R$ 
2,00, produziria o bem. A diferença entre o preço de mercado, R$ 5,00, e 
o preço que o faria produzir o bem, R$ 2,00, é o excedente deste 
produtor. Ou seja, o benefício líquido do produtor A é R$ 3,00. 
Raciocinando de maneira análoga, o excedente do produtor B é R$ 1,00 
(R$ 5,00 – R$ 4,00). O excedente do produtor C é NULO. Os produtores 
localizados à direita do ponto C na curva de oferta nãoproduzirão o bem. 
 
 Para o mercado como um todo, o excedente do produtor é a área 
acima da curva de oferta até a linha do preço de mercado (área cinza 
escuro). Em outras palavras, é a área abaixo do preço, mas acima da 
curva de oferta. Essa área indica o benefício líquido total dos produtores, 
ou, em outras palavras, o excedente do produtor ou o bem-estar dos 
produtores neste mercado. 
 
 
6.3. Eficiência Econômica 
 
 Uma maneira de enxergamos a eficiência econômica é através dos 
excedentes do consumidor e produtor. Veja a figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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E 
Quantidade 
Preços 
 
 
QE 
D 
O 
PE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na figura acima, a situação de equilíbrio de mercado, onde utiliza-
se o preço (PE) decidido livremente pelas forças da oferta e da demanda, 
provoca uma situação tal em que os excedentes estão maximizados. 
 
Como o excedente do consumidor é a área abaixo da curva de 
demanda e o excedente do produtor é a área acima da curva de oferta, a 
situação acima, onde o mercado decide livremente o preço e quantidade, 
provoca uma situação de excedente total máximo. Isto também significa 
eficiência econômica. 
 
Se o governo impusesse um tributo, ou uma tarifa, haveria 
aumento de preços para os consumidores e redução do preço líquido 
recebido pelo produtor. Tal fato provocaria, respectivamente, redução dos 
excedentes do consumidor e do produtor, de tal forma que a imposição 
deste tributo ou tarifa seria ineficiente do ponto de vista econômico. 
 
Não estamos dizendo que a tributação seja ruim, pois um tributo é 
necessário, tendo em vista que o governo deve arrecadar recursos para 
investir em saúde, educação, etc. Estamos apenas dizendo que seria 
ineficiente economicamente (apenas isso), pois os excedentes não 
estariam maximizados. 
 
Obs: mais à frente em nosso curso, demonstraremos como um 
imposto sobre mercadorias reduz a eficiência econômica, impondo perdas 
aos consumidores e aos produtores. 
 
 
6.3.1. Ótimo de Pareto 
 
Quando um mercado opera de modo perfeito ou eficiente 
(excedentes maximizados), temos uma situação chamada “ótimo de 
00000000000
00000000000 - DEMO
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Pareto3” (ou “eficiência de Pareto”, ou “Pareto-eficiente”, ou “eficiência 
econômica”, ou ainda “eficiência alocativa”). 
 
Em Economia, diz-se que uma alocação de recursos é 
eficiente (ótimo de Pareto) quando não é possível melhorar a 
situação de alguém sem piorar a de outra pessoa. 
 
Imagine uma economia com apenas dois consumidores (Teodósio e 
Tibério) e alguma quantidade de apenas dois bens (10 litros de cerveja; e 
10 litros de suco). Suponha que Teodósio, boêmio que é, atinge seu bem 
estar máximo (utilidade máxima) quando ele consome todos os 10 litros 
de cerveja. Já Tibério, da “geração saúde”, gosta mais de suco e atinge 
sua utilidade máxima quando consome todos os 10 litros de suco. Então, 
podemos entender que esta economia estará em ótimo de Pareto quando 
Teodósio consumir 10 litros de cerveja e Tibério consumir 10 litros de 
suco. Nesta situação, teremos eficiência econômica. 
 
Observe que, dadas as condições existentes (apenas dois 
consumidores e apenas dois bens: 10L de cerveja, 10L de suco), se 
estivermos em uma situação de ótimo de Pareto, será impossível 
melhorar a situação de um dos consumidores sem piorar a situação do 
outro consumidor. 
 
 Por exemplo, se Teodósio der 1L de cerveja para Tibério, este 
último ficará melhor, pois, além de 10L de suco, terá mais 1L de cerveja. 
No entanto, Teodósio ficará em situação pior, pois terá nesse momento 
apenas 9L de cerveja e não 10L, como tanto gostaria. É exatamente 
essa a ideia do ótimo de Pareto: é impossível melhorar a situação 
de alguém sem piorar a situação de outrem. 
 
 Agora, imagine que Teodósio tenha 5L de cerveja e Tibério também 
tenha apenas 5L de suco. Suponha que seja acrescentado ao consumo de 
cada um mais 1L de cerveja e suco, respectivamente (isso é possível, pois 
na nossa suposição inicial tínhamos disponíveis nesta economia 10L de 
cerveja e 10L de suco). Após o acréscimo de 1L de cerveja e suco, 
Teodósio e Tibério ficarão, respectivamente, com 6L de cerveja e suco. 
Ou seja, os dois terão melhorado. Como foi possível haver a 
melhora de ambos, então, aquela situação preexistente (5L de 
cerveja e 5L suco para Teodósio e Tibério, respectivamente) não 
pode ser um ótimo de Pareto, pois se o fosse, a melhora do bem-estar 
de um estaria condicionada, obrigatoriamente, à piora do bem-estar do 
outro. 
 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
4
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 A situação narrada no início do parágrafo anterior é chamada de 
melhoria de Pareto, cuja definição é a seguinte: se pudermos encontrar 
uma forma de melhorar a situação de uma pessoa sem piorar a de 
nenhum outra, teremos uma melhoria de Pareto. Neste caso, a 
melhoria de Pareto significou uma melhora de bem-estar de alguém sem 
implicar piora de bem-estar de outrem. Ou seja, do ponto de vista “geral” 
ou “total”, o bem estar melhorou. Por isso, a nomenclatura “melhoria de 
Pareto”. Por outro lado, quando estamos em um ótimo de Pareto, já 
estamos no máximo de bem-estar “total”, logo, é impossível melhorar a 
situação de alguém sem piorar a de outrem. 
 
 
Não confunda “ótimo de Pareto” com “melhoria de 
Pareto”. O primeiro significa uma situação de eficiência 
econômica, enquanto o segundo significa apenas uma 
situação de melhoria de bem-estar total, a partir de uma 
situação ineficiente economicamente. 
 
 
 Observe que se uma alocação permite uma melhoria de 
Pareto, então, ela é ineficiente no sentido de Pareto. Por outro lado, 
se uma alocação não permite uma melhoria de Pareto, então, ela é 
eficiente no sentido de Pareto. 
 
Uma alocação ineficiente carrega em si a possibilidade de que há alguma 
forma de melhorar a situação de alguém sem prejudicar ninguém mais. E 
isto é uma característica indesejável (o desejável mesmo é que 
estivéssemos em um ótimo de Pareto, onde já atingimos o máximo bem-
estar total, onde é impossível melhorar a situação de alguém sem 
prejudicar outra pessoa). 
 
Também devemos ressaltar a interessante questão que envolve os 
conceitos de eficiência e equidade. Deve ficar bem claro na sua 
cabeça que eficiência não implica obrigatoriamente equidade e 
vice-versa. Por exemplo, no nosso exemplo envolvendo Tibério e 
Teodósio, temos uma situação em que a repartição do consumo dos dois 
bens não é igualitária, mas, mesmo assim, pode ser eficiente 
economicamente. Assim, entenda que equidade não quer dizer 
eficiência. Podemos ter equidade e eficiência juntas, mas isso não 
é necessariamente uma regra. 
 
 Ou seja, percebe-se que realmente a eficiência econômica é um 
critério “sem alma”, pois não leva em conta aspectos de distribuição de 
rendaou recursos. Segundo a eficiência econômica, o importante é haver 
a situação de ótimo de Pareto e/ou os excedentes estarem maximizados, 
não importando se a distribuição de recursos é equitativa ou não. 
 
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............... 
 
 
Meus caros, com isso, terminamos de aprender os 
pré-requisitos necessários para um bom 
entendimento da questão envolvendo a tributação. 
Agora, é só estudar a aula 01 (Tributação)! 
 
 
................... 
Bem pessoal, por hoje é só! 
Esperamos que tenham gostado da nossa aula demonstrativa. Vemo-nos 
na aula 01. 
Abraços e bons estudos! 
Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
01. (FCC – AFTE – ICMS/RJ – 2014) Os formuladores de políticas 
públicas, muitas vezes, desejam influenciar a quantidade de 
cigarros consumidos pela população em função dos efeitos 
adversos do fumo sobre a saúde. A política por eles utilizada pode 
atingir esse objetivo de duas maneiras: 
I. Comunicados públicos, alertas obrigatórios nas embalagens de 
cigarros e proibição de publicidade de cigarros na Televisão e em 
Rádio. 
II. Elevação do imposto sobre fabricação e consumo dos cigarros. 
A Curva de Demanda terá, de acordo com as políticas I e II 
utilizadas, os comportamentos expressos em: 
 Política I Política II 
A) Resulta em um movimento ao 
longo da curva de demanda. 
Desloca a curva de demanda para a 
direita. 
B) Desloca a curva de demanda 
para a esquerda. 
Resulta em um movimento ao 
longo da curva de demanda. 
C) Desloca a curva de demanda 
para a direita. 
Desloca a curva de demanda para a 
direita. 
D) Resulta em um movimento ao 
longo da curva de demanda. 
Desloca a curva de demanda para a 
esquerda. 
E) Desloca a curva de demanda 
para a direita. 
Resulta em um movimento ao 
longo da curva de demanda. 
Comentários: 
Observe que o enunciado quer saber o que vai acontecer com a curva de 
demanda. 
Pois bem, a política I vai atuar nos gostos e preferências dos 
consumidores, fazendo a curva de demanda ser deslocada por inteiro 
para a esquerda. Só por aí, já matávamos a questão. Gabarito: letra B. 
A política II atua sobre a curva de oferta. O imposto deslocará a curva 
de oferta para cima e para a esquerda (e a curva de demanda vai ficar no 
mesmo lugar). Observe que, ao deslocarmos a curva de oferta, estamos 
também nos deslocando ao longo da curva de demanda. O ponto de 
equilíbrio vai mudar, se deslocando ao longo da curva de demanda. 
Gabarito: B 
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02. (FCC – AFTE – ICMS/RJ – 2014) Considere as seguintes 
assertivas relativas à elasticidade − preço da demanda: 
I. A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior 
que 1, o que significa que a quantidade varia proporcionalmente 
mais que o preço. 
II. A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é 
menor que 1, o que significa que a quantidade varia 
proporcionalmente menos que o preço. 
III. Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa 
por determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da 
demanda. 
IV. Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por 
determinado ponto, maior será a elasticidade-preço da demanda. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, II, III e IV. 
(B) I e II, apenas. 
(C) III e IV, apenas. 
(D) I e III, apenas. 
(E) II e IV, apenas.Comentários: 
A assertiva III é errada, pois curvas mais horizontais indicam maior 
elasticidade preço da demanda. Conforme vimos na figura 06. 
Por fim, a assertiva IV está errada, pois, quanto mais vertical é a curva 
de demanda, menor será elasticidade preço da demanda. 
Gabarito: B 
03. (FCC – Analista de Regulação – Economista – ARCE – 2012) - A 
curva de demanda 
(A) em hipótese alguma poderá ter inclinação positiva. 
(B) tem sua elasticidade-preço determinada pelo nível geral de preços da 
economia. 
(C) pode se deslocar em função de alterações na renda do consumidor. 
(D) não altera sua posição em função da modificação nos preços de bens 
substitutos e complementares. 
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(E) tem elasticidade-preço constante, qualquer que seja o seu formato. 
 
Comentários: 
a) Incorreta. A curva de demanda poderá ter, em casos raros, inclinação 
positiva. Isto acontece quando temos um bem de Giffen (aquele bem 
cujo “preço” e “quantidade demandada” são positivamente relacionados). 
 
b) Incorreta. A curva de demanda tem sua elasticidade preço 
determinada pelo preço do bem de que trata a curva de demanda (não é 
pelo índice geral de preços da economia). Esse índice geral de preços 
mostra o nível de preços dos bens de toda a economia (todos os bens), 
de uma forma total, agregada. 
 
c) Correta. 
 
d) Incorreta. Vimos que alterações nos preços de bens relacionados 
(substitutos ou complementares) são fatores que fazem a curva de 
demanda ser deslocada. 
 
e) Incorreta. A única curva de demanda que elasticidade preço constante 
é a que possui o formato em hipérbole equilátera, mas essa relação não 
cai no nosso concurso. 
 
Gabarito: C 
 
04. (FCC – Analista Trainee – Economista – METRO – 2010) - Uma 
curva de demanda tem elasticidade constante e igual, em módulo, 
a 2. Um aumento do prec ̧o de equilíbrio provocará, nesse 
mercado, 
(A) diminuição do gasto total dos consumidores com o bem. 
(B) redução da quantidade procurada menor, percentualmente, que o 
aumento do preço. 
(C) aumento da receita total dos produtores. 
(D) aumento da quantidade procurada em percentual maior que o 
aumento do preço. 
(E) a maximizac ̧ão da receita dos produtores. 
 
Comentários: 
Se o bem possui demanda elástica (maior, em valor absoluto, que 01 
unidade), então, um aumento de preço provoca redução no gasto total 
dos consumidores ou na receita total dos produtores. Está correta, 
portanto, a letra A. 
 
Isto acontece porque a redução na quantidade demandada será superior 
em percentual ao aumento de preços. 
 
Gabarito: A 
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05. (FCC – Analista de Planejamento e Orçamento – SEFAZ/SP 
2010) - Alterações no preço de um bem comercializado em uma 
estrutura de mercado de concorrência perfeita ocorrem 
(A) ao longo da curva de demanda, quando se modifica a quantidade de 
consumidores no mercado. 
(B) em função de deslocamentos da curva de demanda, quando se altera 
a renda dos consumidores. 
(C) ao longo da curva de demanda, quando se altera o preço de bens 
complementares. 
(D) em função de deslocamentos da curva de demanda, quando se altera 
o preço dos insumos de produção desse bem. 
(E) ao longo da curva de demanda, quando se modificam as preferências 
dos consumidores. 
 
COMENTÁRIOS: 
Por alternativas, 
a) Incorreta. Quando se modifica a quantidade de consumidores no 
mercado, ocorre deslocamento de toda a curva de demanda e não ao 
longo dela. 
 
b) Correta. Quando se altera a renda dos consumidores ocorre 
deslocamento da curva de demanda, o que provoca alterações no preço 
de um bem comercializado, conforme nos cita o enunciado da questão. 
 
c) Incorreta. Quando se altera o preço de bens complementares, há 
deslocamento de toda a curva de demanda e não ao longo dela. 
 
d) Incorreta. Quando se altera o preço dos insumos de produção do bem, 
há deslocamento da curva de oferta e não da curva de demanda. 
 
e) Incorreta. Quando se modificam as preferências dos consumidores, há 
deslocamento de toda a curva de demanda. 
 
GABARITO: B 
 
06. (FCC – Auditor - TCE/AL - 2008) - Se a elasticidade preço da 
demanda por cigarros for igual a menos 0.4, isto significa que: 
a) um aumento de preço dos cigarros reduz a receita total auferida pelos 
produtores de cigarro. 
b) os aumentos na renda do consumidor aumentam em 0.4% a demanda 
por cigarros. 
c) se o preço de cigarros aumentar 10%, a quantidade demandada por 
cigarros vai diminuir em 8%. 
d) se o preço de cigarros aumentar 4%, a quantidade demandada por 
cigarros vai diminuir em 10%. 
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e) se o preço de cigarros aumentar, a quantidade demandada por cigarros 
vai diminuir, embora percentualmente menos que o aumento dos preços. 
 
COMENTÁRIOS: 
A EPD do cigarro é menor que 1, logo, é inelástica. Assim, caso o preço 
aumente, haverá redução na quantidade demandada, porém, esta 
redução será em percentual menor que o aumento de preço, já que 
EPD<1. Portanto, correta a assertiva E. 
 
Quando a demanda é inelástica, aumentos de preços aumentam a receita 
total dos produtores. Incorreta a assertiva A. 
 
A questão deu o valor da EPD e não da ERD. Portanto, incorreta a 
assertiva B. 
 
Incorreta a assertiva C: EPD = 
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Incorreta a assertiva D: EPD = 
!!∀
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 " !!∀#
!∀
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GABARITO: E 
 
07. (FCC – Auditor – TCE/AL – 2008) – Considere o mercado 
competitivo de soja. Um aumento do preço de fertilizantes 
agrícolas vai provocar: 
(A) uma quantidade de equilíbrio final no mercado de soja superior à 
quantidade de equilíbrio inicial. 
(B) um preço de equilíbrio final de soja inferior ao preço de equilíbrio 
inicial. 
(C) um deslocamento da curva de demanda por soja. 
(D) um deslocamento da curva de oferta de soja. 
(E) aumento na oferta de farelo de soja. 
 
Comentários: 
O mercado considerado pela questão é o da soja (ou farelo de soja). O 
fertilizante agrícola é um insumo utilizado na produção da soja. Assim, 
quando o preço do fertilizante aumenta, isto vai provocar um 
deslocamento da curva de oferta soja para a sua esquerda e para cima. 
 
Isto, por sua vez, vai provocar aumento de preço e redução na 
quantidade de equilíbrio. 
 
Analisando as alternativas, nota-se que a única viável de ser assinalada é 
a letra D. 
 
Gabarito: D 
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08. (FCC – Analista Trainee – Economia – METRO – 2008) - A 
curva de demanda de mercado de um bem normal se desloca para 
a esquerda de sua posic ̧ão original. Uma das causas possíveis é o 
aumento do 
(A) preço do bem substituto. 
(B) poder aquisitivo real dos consumidores. 
(C) número de consumidores. 
(D) preço do próprio bem. 
(E) preço de um bem complementar. 
 
Comentários: 
A única correta é a letra E. O aumento

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