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SEFAZ PE XEST legtributaria michel Aula 04 BC e Alíquota ICMS

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Aula 04
Legislação Tributária p/ SEFAZ/PE
Professor: Michel Goldman
 
 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco 
Prof. Michel Goldman – Aula 04 
 
Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 75 
AULA 04: ICMS - Base de Cálculo do ICMS e 
Alíquotas do ICMS do Estado de Pernambuco 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Conteúdo 01 
2. Apresentação 01 
3. Base de Cálculo do ICMS 02 
4. Alíquotas do ICMS 34 
5. Questões Comentadas 48 
6. Lista de questões apresentadas 66 
7. Gabarito 75 
 
CONTEÚDO: 
Base de Cálculo e Alíquotas do ICMS: 
Regulamento do ICMS do Pernambuco – Decreto Estadual nº 14.876/91 - artigos 14 
a 25. 
Lei 10.259/89 – artigos 11 a 23. 
Lei 11.408/96 - artigos 6º. 
 
Nesta aula estudaremos as disposições do fato gerador quanto ao seu aspecto 
quantitativo. O aspecto quantitativo do imposto significa discutir a base de cálculo e 
a alíquota do ICMS. 
 
O estudo da base de cálculo e da alíquota nos remete à seguinte questão: quanto 
afinal tenho que pagar de imposto? 
 
RESPOSTA: O valor individual do ICMS a ser cobrado do contribuinte em cada 
operação ou prestação é definido pela aplicação de uma porcentagem (alíquota) 
sobre a base imponível legal (base de cálculo), segundo instruções, limites e 
princípios legais. 
 
Quanto à base de cálculo do imposto, estudaremos a sua definição e aplicação nas 
diversas operações e prestações. As bases de cálculo mais importantes para o 
nosso aprendizado são: 
• Aquisição de mercadoria. 
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 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco 
Prof. Michel Goldman – Aula 04 
 
Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 75 
• Transferência de produtos. 
• Aquisição de ativo permanente. 
• Aquisição de material de uso e consumo. 
• Importação e arremate em leilão judicial. 
• Serviço de transporte. 
 
Em seguida, iniciaremos as ponderações a respeito das alíquotas aplicáveis às 
diversas operações e prestações. Desnecessário dizer que estes assuntos se 
misturam. 
 
Vamos iniciar. Qualquer dúvida me acione no fórum!! 
 
BASE DE CÁLCULO DO ICMS 
 
Os artigos 11 a 22 da lei do ICMS do Estado de Pernambuco (Lei Ordinária 
10.259/89) e artigos 14 a 24 do RICMS PE apresentam as determinações sobre as 
bases de cálculo que se aplicam em cada uma das situações de incidência do 
imposto. Em outras palavras: para cada espécie de Fato Gerador deverá haver um 
montante legalmente definido que servirá de base de cálculo para o cálculo do 
imposto devido. 
 
1) BASE DE CÁLCULO DE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS E 
BENS 
 
Vamos estudar detalhadamente cada tipo de base de cálculo com mercadorias e 
bens. A base de cálculo pode variar pelo tipo de operação. Iniciaremos como 
sempre pela regra geral. 
 
1.A) Base de cálculo é o preço da mercadoria acrescido de valores 
adicionais cobrados do destinatário 
 
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 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco 
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Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 75 
Esta é a regra geral. A definição serve para 90% das operações com mercadorias e 
bens. Vale para o nosso dia a dia de consumo em varejistas, indústrias, atacadistas 
etc. 
 
Pois bem, via de regra, tudo que é cobrado do destinatário na operação com 
mercadoria, entra na base de cálculo do ICMS: o valor da mercadoria, o valor do 
frete para a mercadoria ser entregue, o valor do seguro que cobre a entrega da 
mercadoria, o valor da montagem do equipamento e outros. 
 
Imagine aluno que você está passeando pelo interior de Pernambuco e decide 
adquirir um automóvel em uma cidade onde a concessionária está fechando e 
praticamente vendendo os veículos a preço de custo. Você certamente ainda 
tentaria negociar com o vendedor o valor do carro. Após fechado o negócio, seria a 
vez do vendedor negociar algum acessório do veículo e cobrar de você o valor da 
peça e também da montagem da peça. Depois, o vendedor iria cobrar de você o 
valor do frete da entrega do veículo em sua cidade. E certamente iria acrescentar o 
valor do seguro deste transporte. Todos estes valores seriam incluídos na nota fiscal 
de venda do veículo e seriam cobrados de você, comprador do veículo. E por 
estarem inclusos no valor da nota, o ICMS incidiria sobre a soma de todos estes 
valores (preço do veículo + frete + seguro + serviços e peças adicionais). 
 
Como pode ser observado no exemplo, todas as despesas são acrescentadas ao 
custo do produto e, portanto, formam a base de cálculo do ICMS. 
 
Veja resumidamente o que a legislação do ICMS exige que entre na Base de 
Cálculo do imposto, na venda de mercadoria: 
 
a) O montante do próprio imposto integra a base de cálculo do ICMS. 
 
Não acho tão simples de visualizar esta ideia, mas você tem de levar para a prova, 
então vamos nos aprofundar: 
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Digamos que a alíquota de um produto é 20%. Quando você compra um produto por 
100 dólares nos Estados Unidos, o vendedor diz: 
- São 100 dólares pelo produto e 20 dólares de imposto. 
Você então paga 120 dólares ao vendedor. Pois o imposto é separado. Não integra 
a base de cálculo do produto. Diz-se que o imposto é por fora. 
Quando você compra um produto por 100 reais no Brasil, o vendedor diz: 
- São 100 reais, mano. 
Você paga os 100 reais ao vendedor. E ele, eleito contribuinte do imposto pela lei 
(trata-se de contribuinte de direito), a grosso modo, recolhe de ICMS o valor 
resultante da equação: 100 reais multiplicado pela alíquota de 20%; ou seja, 20 
reais. O ICMS já está inserido na base de cálculo. É o chamado imposto por dentro. 
Agora, se um sapato, por exemplo, custa, sem imposto, 100 reais e a alíquota do 
imposto é 20%, a matemática explica que deve-se dividir o valor da mercadoria sem 
imposto por “100% - a alíquota do imposto” para se chegar à base de cálculo do 
ICMS. Neste caso a base de cálculo é 100/ (100% - 20%) = 100/80%= 125. E na 
venda do sapato, o valor do ICMS a ser recolhido para o Estado será 125 x 20% = 
25 reais. 
Por ser um imposto por dentro, o ICMS já deve estar embutido em sua base de 
cálculo antes do confronto com a alíquota. 
b) Seguros, juros e demais despesas financeiras cobrados do destinatário. 
 
O valor do seguro da carga, de eventuais juros cobrados no pagamento a prazo ou 
as despesas do uso de cartão de crédito, quando cobrados do destinatário, entram 
na base de cálculo do ICMS. 
 
c) Descontos Condicionais 
 
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Descontos condicionais são concedidos após a saída da mercadoria, pois se 
condicionam a um comportamento do comprador. Por exemplo a pontualidade do 
devedor ao quitar a dívida. Por dependerem de uma condição, estes descontos não 
são reconhecidos na saída do produto, portanto são mantidos na base de cálculo do 
ICMS. 
 
d) Frete realizado ou pago pelo remetente e cobrado do destinatário 
 
Frete, quando o transporte for efetuado pelo próprio remetente, ou por sua conta e 
ordem, e seja cobrado do destinatário integra a base de cálculo do ICMS. 
 
Atenção de novo! 
A questão do frete na base de cálculo do ICMS é tão importante para concurso e 
para o ICMS que merece questões em separado. Guarde esta informação para 
sempre, e siga a lógica: O frete só está incluído na base de cálculo do ICMS se for 
pago pelo remetente, ou seja, pelo vendedor do produto. Aí o frete entra no preço 
total de venda do produto, pois vira custo para o vendedor e elerepassa no preço. 
Se for pago pelo comprador, aí, claro, não entra no custo do remetente e não entra 
na base de cálculo do imposto na saída. Questão lógica: 
 
• Se o frete é pago pelo remetente e cobrado do destinatário – é custo e 
entra na base de cálculo 
• Se o frete é pago pelo destinatário – não é custo do remetente, não 
entra na base de cálculo. 
 
Atenção redobrada! 
Os transportes intermunicipal e interestadual são fatos geradores do ICMS. 
Enquanto que o transporte municipal não é. Mas veja bem, quando o remetente 
contrata uma empresa para levar uma mercadoria para um bairro vizinho na mesma 
cidade não há incidência de ICMS nessa operação. Mas, se o remetente cobrar este 
valor do destinatário da mercadoria, adicionando este custo à base de cálculo da 
operação, aí sim este valor é normalmente tributado. 
 
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Exemplo: 
 
1- A indústria X envia produtos alimentícios para o supermercado Y, 
localizado na mesma cidade. A indústria X contrata e paga um frete 
intramunicipal para fazer a entrega. O valor cobrado de Y pelo fretado é de R$ 
200,00. O valor total da mercadoria vendida é de R$ 5.000,00. As informações 
do valor da mercadoria e do valor do frete foram lançados na nota fiscal de 
venda da indústria X para o supermercado Y. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
A base de cálculo do ICMS será tudo que a indústria X cobrará do supermercado Y: 
 
BC = Valor da mercadoria + Frete = R$ 5.000,00 + R$ 200,00 = R$ 5.200,00. 
 
Veja agora artigo 14, §1º, §27 e 15 do RICMS PE que trazem as informações dos 
componentes da base de cálculo da saída de mercadorias: 
Art. 14. A base de cálculo do imposto é: 
§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, além do seu próprio montante, o 
valor correspondente a: 
I - seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem 
como descontos concedidos sob condição, respeitado o disposto no Decreto 
no 15.692, de 10 de abril de 1992; 
II - frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua 
conta e ordem e seja cobrado em separado. 
§ 2º Nas prestações ou operações a crédito, sob qualquer modalidade, 
incluem-se na base de cálculo os ônus relativos à concessão do crédito, 
ainda que cobrados em separado e desde que exigidos do adquirente da 
mercadoria ou do tomador do serviço pelo estabelecimento alienante ou 
prestador do serviço. 
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§ 3º Os acréscimos financeiros relativos à venda a prazo, exclusive os 
decorrentes de inadimplemento do contrato, integram a base de cálculo do 
imposto, desde que: 
I - sejam cobrados pelo próprio vendedor. 
II - tenham por causa a venda a prazo. 
§ 27. Não serão deduzidos do preço os descontos e abatimentos 
condicionais, como tais entendidos os que estiverem subordinados a eventos 
futuros e incertos, respeitado o disposto no inciso XXVII, alínea "b" do 
“caput”. 
Art. 15. O montante do imposto integra a sua base de cálculo, constituindo o 
respectivo destaque nos documentos fiscais, quando exigido pela legislação 
tributária, mera indicação para fim de controle e não-cumulatividade do 
imposto. 
 
Portanto, apenas 3 elementos não entram na base de cálculo do ICMS na 
operação com mercadoria (guarde isto!): 
 
1- Despesas pagas pelo destinatário – e portanto NÃO são acrescidas ao 
preço do produto. Ex: seguro pago pelo destinatário, frete pago pelo 
destinatário, etc. 
 
E por que isso? 
 
Porque só entra na base de cálculo aquilo que for cobrado do destinatário pelo 
remetente. 
 
2-Descontos, abatimentos, ou qualquer outro acerto comercial que diminua o 
valor do produto antes da saída da mercadoria. Ex: Desconto incondicional (o 
vendedor dá um desconto de 10% no produto antes de fechar o negócio). 
 
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3- IPI – imposto sobre produtos industrializados. Só não entra na base de 
cálculo do ICMS quando a indústria (ou equiparado) vende o produto para 
industrialização ou comercialização. Ex: Fábrica de cereal matinal Kellog’s vende 
para supermercado Carrefour comercializar ou Fábrica de polipropeno vende para 
Fábrica de Plástico utilizar na industrialização dos produtos. Agora se uma empresa 
comprou um produto para comercialização e decidiu utilizar como consumo, deve 
recolher o ICMS sobre o IPI que não recolheu na compra. 
 
Veja o artigo 18 do RICMS PE: 
 
Art. 18. Não integra a base de cálculo do imposto o montante do: 
 
I - IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto 
destinado a industrialização ou a comercialização, configurar fato gerador de 
ambos os impostos; 
 
Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se em relação a 
estabelecimento equiparado a industrial por legislação federal, desde que 
observados os mesmos requisitos exigidos no mencionado inciso. 
 
Um quadro final para entendimento do aluno: 
 
 
 
Esta regra geral estudada enquadra-se nas seguintes operações previstas no 
RICMS PE: 
 
Despesas adic. cobradas do destinatário Despesas pagam pelo destinatário
Descontos Condicionais Descontos Incondicionais
IPI na venda para consumo final IPI na venda para comerc. ou industr.
Despesas Financeiras
Montante do próprio imposto
Base de Cálculo do ICMS
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1) Na saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que em 
transferência. 
 
2) Na transmissão de propriedade da mercadoria: 
- nas operações que envolvam armazém geral e depósito fechado 
- nas operações por conta e ordem de terceiros 
 
3) No fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias, compreendendo 
mercadoria e serviços 
 
4) No fornecimento de mercadoria com prestação de serviços fora da lista da lista 
do ISS (lei complementar 116/03) 
 
5) No fornecimento de mercadoria com prestação de serviços dentro da lista do ISS 
(lei complementar) com indicação expressa de incidência do imposto de 
competência estadual. 
 
6) Na entrada do estado de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis dele 
derivados e energia elétrica, oriundos de operação interestadual, quando não 
destinados à comercialização ou à industrialização. 
 
7) Na arrematação em leilão. 
 
8) Na entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificantes e 
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, oriundo de outra Unidade da 
Federação, quando não destinado à industrialização ou à comercialização. 
 
9) O valor da operação (o valor de mercado): 
 
- No encerramento das operações do estabelecimento. Quando o 
contribuinte fechar a porta ocorre o fato gerador das mercadorias em 
estoque, e recolhe-se o ICMS. Se o contribuinte vender a mercadoria, então 
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a base de cálculo é o preço de venda. Se não vender, a base de cálculo é o 
valor do inventário à época. 
 
- na saída de mercadorias sem documentação fiscal. Encontrado o 
contribuinte em trânsito sem documentação ou com documentação inidônea 
da mercadoria, neste momento ocorreo fato gerador do ICMS e a base de 
cálculo é o valor de mercado varejista da mercadoria (se não houver, utiliza-
se o valor de mercado no atacado). 
 
- na entrada de mercadorias desacompanhas de documentação fiscal. 
Encontrada mercadoria em estoque, sem documentação fiscal de entrada e 
escrituração no livro fiscal de entrada, neste momento ocorre o fato gerador e 
a base de cálculo é o valor de aquisição ou na impossibilidade de determiná-
lo, o preço da mercadoria no atacado. 
 
- na entrada de mercadoria no território do Estado por vendedor 
ambulante de outro Estado, esgotada, sucessivamente, cada possibilidade: 
 
a) o preço máximo de venda no varejo, quando este for fixado pela 
autoridade competente ou pelo fabricante. 
 
b) o valor no varejo das citadas mercadorias onde se exigir o pagamento do 
imposto. 
 
c) o valor constante do documento fiscal de origem, inclusive IPI e despesas 
acessórias, e outros. 
 
Leia os incisos do artigo 14 do RICMS PE que tratam da base de cálculo das 
operações acima detalhadas: 
 
Art. 14. A base de cálculo do imposto é: 
 
I - o valor de que decorrer a operação: 
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a) na saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte; 
 
b) na transmissão, a terceiro, de propriedade de mercadoria depositada em 
armazém-geral ou em depósito fechado localizado na Unidade da Federação 
do transmitente; 
 
c) na transmissão, a terceiro, de propriedade de mercadoria, ou de título que 
a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento 
transmitente; 
 
d) nas demais hipóteses de operações a título oneroso; 
 
III - na hipótese de fornecimento de mercadoria, juntamente com a prestação 
de serviço não incluído na competência tributária do Município, o valor total 
da operação, compreendendo este o preço da mercadoria empregada, o do 
serviço prestado e demais despesas acessórias cobradas ao destinatário; 
 
IV - na hipótese de saída de mercadoria, juntamente com a prestação de 
serviço de competência tributária municipal, quando se estabelecer 
expressamente a incidência sobre o fornecimento da mercadoria, o preço 
corrente da mercadoria fornecida ou empregada; 
 
VI - na entrada de mercadoria conduzida por contribuinte de outra Unidade 
da Federação, sem destinatário certo, esgotada, sucessivamente, cada 
possibilidade: 
 
a) o preço máximo de venda no varejo, quando este for fixado pela 
autoridade competente ou pelo fabricante; 
 
b) o valor no varejo das citadas mercadorias onde se exigir o pagamento do 
imposto; 
 
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c) o valor constante do documento fiscal de origem, inclusive IPI e despesas 
acessórias, acrescido, quando for o caso, do percentual indicado no art. 19, I, 
"b"; 
 
IX - no fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias em bares, 
restaurantes, cafés e outros estabelecimentos, o valor da operação, nele 
incluídos o da mercadoria e da prestação de serviço, observado o disposto 
no inciso XXXIV do art. 24; 
 
XIII - na adjudicação ou arrematação, na hipótese do art. 3º, XI, o valor da 
adjudicação ou arrematação, acrescido de outras despesas pagas pelo 
adjudicante ou arrematante; 
 
XIV - na saída de mercadoria, posta de conta ou à ordem, por anulação de 
venda, quando posteriormente destinada a eventual comprador, o valor 
constante da Nota Fiscal de origem, acrescido das despesas acessórias, 
inclusive frete, seguro e IPI, quando houver, observado, para fim de 
abatimento, o respectivo crédito fiscal; 
 
XVI - no caso de encerramento de atividade de que trata o art. 3º, § 1º, V: 
 
a) o valor das mercadorias, quando alienadas a contribuinte; 
 
b) o valor das mercadorias inventariadas na data do encerramento; 
 
XVII - na saída de mercadoria desacompanhada de Nota Fiscal, o valor desta 
no varejo ou, na sua falta, o valor a nível de atacado da respectiva praça, 
com os acréscimos relativos ao imposto antecipado; 
 
XVIII - na hipótese de entrada de mercadoria não escriturada no livro fiscal 
próprio: 
 
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a) relativamente à mercadoria, adquirida desacompanhada de documentação 
fiscal, que ainda esteja em estoque, o valor de aquisição ou, na 
impossibilidade de determiná-lo, o preço da mercadoria ou de sua similar no 
mercado atacadista onde se encontrar a mercadoria referida; 
 
b) relativamente à mercadoria que tenha saído, o valor indicado no inciso 
anterior; 
 
XLVII - na entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificantes 
e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, oriundo de outra Unidade 
da Federação, quando não destinado à industrialização ou à comercialização, 
o valor da operação de que decorrer a mencionada entrada. 
 
Vamos nos aprofundar na teoria com diversos exemplos: 
 
1- Indústria situada em Passo Fundo (PE), deu saída, para outro 
estabelecimento contribuinte do ICMS, em Pernambuco, a produto tributado 
(máquina), destinado a integrar o ativo permanente do estabelecimento 
adquirente. A operação teve as seguintes características: 
A - Valor normal da mercadoria: R$ 10.000,00 (dez mil reais); 
B - Desconto incondicional concedido: R$ 500,00 (quinhentos reais); 
C - Seguro debitado ao adquirente: R$ 200,00 (duzentos reais); 
D - IPI: R$ 200,00 (duzentos reais); 
E - Frete destacado na nota fiscal e cobrado do adquirente: R$ 100,00 (cem 
reais); 
F - Prazo para pagamento: 30 dias; 
G - Desconto para pagamento antecipado: 0,5 % ao dia. 
O pagamento foi efetuado dez dias antes do vencimento. 
Qual o valor correspondente à base de cálculo do ICMS? 
 
Entram na base de cálculo do ICMS: 
A - Valor normal da mercadoria: R$ 10.000,00 
B - Desconto incondicional concedido: R$ 500,00 
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C - Seguro debitado ao adquirente: R$ 200,00 
D - IPI: R$ 200,00 
E - Frete destacado na nota fiscal e cobrado do adquirente: R$ 100,00 
 
Base de Cálculo do ICMS = Valor do nominal da mercadoria + frete cobrado do 
adquirente + seguro cobrado do adquirente + IPI (venda de ativo imobilizado para 
contribuinte) - desconto INCONDICIONAL concedido 
 
Base de Cálculo do ICMS = 10.000+ 100 + 200 + 200 – 500 = 10.000,00 
 
Não entram na base de cálculo do ICMS: 
G - Descontos incondicionais não entram na BC do ICMS e são descontados do 
valor do produto! 
 
2- Importador situado em Santiago (PE), deu saída, para outro estabelecimento 
contribuinte do ICMS, do Espírito Santo, a produtos alimentícios, destinado a 
revenda. A operação teve as seguintes características: 
A - Valor normal da mercadoria: R$ 15.000,00 (quinze mil reais); 
B - Desconto concedido pelos longos anos de relacionamento entre as duas 
empresas: R$ 1.000,00 (mil reais); 
C - Seguro pago pelo destinatário: R$ 300,00 (trezentos reais); 
D - IPI: R$ 400,00 (quatrocentos reais); 
E - Frete pago pelo adquirente: R$ 200,00 (duzentos reais); 
F - Prazo para pagamento: 90 dias; 
G - Desconto para pagamento antecipado: 1% ao dia. 
O pagamento foi efetuado trinta dias antes do vencimento. 
Qual o valor correspondente à base de cálculo do ICMS? 
 
Entram na base de cálculo ICMS: 
A - Valor normal da mercadoria: R$ 15.000,00; 
G- Descontos condicionais entram na BC do ICMS e não são descontados do valor 
do produto! 
 
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Base de Cálculo do ICMS = Valor do nominal da mercadoria - desconto 
INCONDICIONAL concedido 
 
Base de Cálculo do ICMS = 15.000 – 1.000 = 14.000,00 
 
Descontos incondicionais não entram na BC do ICMS e são descontados do valor 
do produto! 
 
Não entram na base de cálculo do ICMS: 
B - Desconto incondicional concedido: R$ 1.000,00 
C - Seguro pago pelo destinatário: R$ 200,00 – se o destinatário paga então não 
entra na base de cálculo do ICMS. 
D - IPI: R$ 200,00 (duzentos reais) – não entra na venda para comercialização ou 
industrialização 
E - Frete pago pelo adquirente: R$ 100,00 – se o destinatário paga então não entra 
na base de cálculo do ICMS. 
 
3- Bette Middler e Lily Tomlin jantam com suas gêmeas no Restaurante 
American Bar do Hotel Sofitel de Esteio (PE). A refeição regada a champanhe 
belga, caviar norueguês e lagosta pernambucana deu ao final R$ 3.000,00. 50% 
relacionado à comida e 50% relacionado à bebida. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
BC = Bebidas + Comidas = R$ 3.000,00 
 
4- Na transferência de titularidade de material de construção em seu depósito 
fechado em Rio Grande (PE) para varejista de Santo Ângelo (PE), indústria 
pernambucana “Construshow” cobrou R$ 4.000,00 pela mercadoria e já 
adicionou R$ 250,00 referente ao seguro da mercadoria que dará saída do 
estabelecimento em um mês. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
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BC = Preço do produto + seguro cobrado do destinatário = R$ 4.250,00 
 
5- Após encerrar o serviço de recondicionamento do motor do Mustang, o 
mecânico Florisbelo cobrou do ilustre pernambucano Luisinho Inácio, 
proprietário do veículo, R$ 300,00 pelo serviço e R$ 100,00 pelas peças 
empegadas. A lei complementar define que na prestação de serviços de 
serviço de mecânica, o serviço é fato gerador do ISS e as peças empregadas 
constituem fato gerador do ICMS. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
BC = Peças empregadas = R$ 100,00 
 
Atenção! 
Relembre que a Lei Complementar 123/06 define que há serviços que tem a 
ressalva de incidência do ICMS. 
 
6- Na venda de R$ 2.000,00 em óleo diesel para transportadora consumidora 
final do produto em Caruaru (PE), refinaria pernambucana também realizou o 
frete e cobrou da destinatária o valor adicional de R$ 150,00. O IPI da operação 
foi de R$ 200,00. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
BC = Preço do produto + IPI + frete cobrado do destinatário = R$ 2.350,00 
 
Tem IPI porque é para consumo final. 
 
7- Na venda de R$ 2.000,00 em óleo diesel para distribuidora em Recife (PE), 
refinaria paulista, o frete foi recolhido pelo destinatário, no valor de R$ 150,00. 
O IPI da operação foi de R$ 200,00. 
 
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Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
Não há ICMS – trata-se de uma imunidade (cuidado com as pegadinhas). 
 
8- Obrigada, após um processo milionário a fechar as portas, o atacadista de 
mel “MELDABELHA”, que ainda contava com o valor atualizado de R$ 2.000,00 
de produtos em seu estoque, deu baixa em sua inscrição estadual. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
BC = Preço do produto na venda = R$ 2.000,00 
 
9- Em auditoria na indústria de doces “OVOS MOLES” de Bezerros (PE), o 
auditor Plácido Manaia verificou falta de documentação fiscal de mercadorias 
encontradas no estoque da empresa. O valor de compra das mercadorias no 
era indeterminado. O valor de venda das mercadorias no mercado seria de R$ 
33.000,00. Naquele momento, o fiscal exigiu o recolhimento do ICMS das 
mercadorias encontradas sem documentação fiscal. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
BC = Preço de venda da mercadoria = R$ 33.000,00 
 
10- Comerciante ambulante pernambucano seu Bibica, compra material 
escolar em Aracaju (SE) e entra no Estado de Pernambuco para revender os 
produtos (com documentação idônea) no centro de Olinda (PE). O valor da 
compra da mercadoria foi de R$ 2.300,00 e o valor de venda da mercadoria no 
mercado é R$ 5.000,00. Deve o comerciante recolher o ICMS já no primeiro 
município de entrada do Estado. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
BC = Preço de venda do produto = R$ 5.000,00 
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11- Sophia Petrillo adquire em leilão de equinos, égua de raça paraguaia, 
conhecida como Diliminha, por R$ 5.000,00. Foram adicionalmente cobradas 
de Sophia, no preço da arrematação, o custo de manutenção do cavalo pelos 
últimos 3 meses e despesas de entrega do semovente à casa dela em 
Jaboatão do Guararapes (PE), nos valor de R$ 3.000,00 e R$ 1.000,00 
respectivamente. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
BC = Preço de venda do produto = R$ 9.000,00 
 
1.B- Base de cálculo de produtos importados 
 
Talvez um dos pontos mais importantes do estudo da base de cálculo do ICMS, a 
sistemática de composição da base de cálculo da mercadoria ou bem na 
importação é de suma importância para os concursos e para as atividades de 
outras áreas. E saibam que até hoje, quem trabalha nas áreas de 
importação/exportação tem dificuldades de entender este ponto. 
 
Segundo a legislação, na importação, o ICMS tem como base de cálculo a 
somatória dos seguintes elementos: 
 
1- Valor do produto importado 
2- II – imposto de importação 
3- IPI – imposto sobre produtos industrializados 
4- IOF – imposto sobre operações financeiras (câmbio) 
5- Outros impostos, taxas, contribuições 
6- Despesas aduaneiras - são adicionais relacionados a diferença de peso, 
classificação fiscal e multas por infrações. São verificadas na repartição 
aduaneira. 
7- O próprio valor do ICMS 
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O regulamento do ICMS de PE ainda traz outras regras específicas que devem ser 
observadas no cálculo do ICMS na importação: 
- Não sendo possível determinar o valor completo da base de cálculo, por 
indeterminação ou incerteza de algum valor à data do fato gerador, o 
importador calculará o imposto sobre a base de cálculo conhecida até então. 
Quando for conhecido o valor correto do item, o recolhimento deve ser 
complementado. 
- Deve-se usar a taxa de câmbio do imposto de importação na base de 
cálculo do ICMS. Não há acréscimo ou devolução em caso de aumento ou 
diminuição da taxa após a fixação. 
- Se a autoridade aduaneira achar que o valor do produto importado é maior 
do que o declarado pelo contribuinte, vale o valor do produto declarado pela 
autoridade aduaneira na base de cálculo do ICMS. Exemplo: O sujeito traz 
uma moto dos EUA e declara no documento de importação que a moto vale 
200 dólares. Aí não dá. A autoridade aduaneira declara que vale 1500 
dólares e é este o valor considerado para o cálculo do ICMS. 
Leia o artigo referente à base de cálculo da importação no RICMS PE: 
Art. 14 - A base de cálculo do imposto nas operações com mercadorias é: 
 
VII - na entrada de mercadoria importada do exterior 
 
a) o valor constante dosdocumentos de importação convertido em moeda 
nacional, acrescido do valor do Imposto de Importação, do IPI, do Imposto 
sobre Operações de Câmbio e demais despesas aduaneiras devidas, 
considerando-se: 
 
b) a partir de 01 de novembro de 1996, a soma das seguintes parcelas: 
 
1. o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, 
observando-se: 
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1.1. o preço da mercadoria expresso em moeda estrangeira será convertido 
em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no cálculo do 
Imposto de Importação, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior, se 
houver variação da taxa de câmbio até o pagamento do efetivo preço; 
 
1.2. o valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo do Imposto 
de Importação, nos termos da lei aplicável à matéria, substituirá o preço 
declarado; 
 
2. o Imposto de Importação; 
 
3. o Imposto sobre Produtos Industrializados; 
 
4. o Imposto sobre Operações de Câmbio; 
 
5. quaisquer despesas aduaneiras, assim consideradas as importâncias 
devidas às repartições alfandegárias, bem como, a partir de 01 de janeiro de 
2003, outros impostos, taxas e contribuições. 
 
§ 11. Na hipótese do inciso VII do “caput”, entendem-se por despesas 
aduaneiras, além das referentes aos valores do Imposto de Importação, do 
IPI e do Imposto sobre Operações de Câmbio, aquelas devidas à repartição 
alfandegária até o momento do desembaraço da mercadoria, tais como 
despesas de despacho e de armazenamento e diferenças de peso, 
classificação fiscal e multas por infração. 
 
Art. 21 - Quando a fixação do preço ou apuração do valor depender de fato 
ou condição verificáveis após a saída da mercadoria, tais como pesagem, 
medição, análise ou classificação, o imposto será calculado, inicialmente, 
sobre o valor da cotação do dia da saída da mercadoria, ou, na sua falta, 
sobre o estimado na forma do art. 14, §§ 9º e 10. 
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Vamos aos exemplos: 
1- Sociedade empresária pernambucana “X” importou da França uma máquina 
para seu ativo permanente. O preço constante dos documentos de importação 
foi de US$ 1.000,00. A importadora suportou as seguintes despesas: 
I. US$ 100,00 de imposto de importação, à taxa de câmbio de R$ 2,00; 
II. R$ 250,00 de IPI; 
III. R$ 50,00 de despesas aduaneiras diversas; 
IV. R$ 40,00 de frete pelo transporte do porto até seu estabelecimento. 
VI. R$ 100,00 de despesas de despachante aduaneiro 
O pagamento da máquina ao exportador estrangeiro foi feito ao câmbio de R$ 
2,10 e a alíquota do ICMS aplicável na importação foi de 17%. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
Vamos então resolver matematicamente a questão: 
Taxa de câmbio do imposto de importação R$ 2,00 
Base de Cálculo ICMS Reais Dólares 
Valor do Produto R$ 2.000,00 $1.000,00 
Imposto de Importação R$ 200,00 $100,00 
IPI R$ 250,00 
Desp. Aduaneiras R$ 50,00 
Total (soma) R$ 2.500,00 
O ICMS é um imposto que já está dentro do preço do produto: 
Total R$2.500,00 
dividido por 0,83 R$3.012,05 
Base de Cálculo do ICMS R$ 3.012,05 
ICMS recolhido na Importação R$ 512,05 (alíq. 17%) 
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Atenção! 
1. Despesas de despachante ou fretes adicionais não entram na base de cálculo do 
ICMS. 
2. A taxa de câmbio utilizada é a mesma taxa do imposto de importação. 
3. Após a somatória dos impostos e despesas adicionais à base de cálculo, ainda 
há a divisão do valor total por 0,83 (se a alíquota de importação for 17%) ou 0,88 
(se a alíquota de importação for 12%), porque o imposto está dentro da sua 
própria base de cálculo. 
2- O estabelecimento X, situado em Palmerina (PE), industrializa produtos cuja 
alíquota de ICMS, nas operações internas, é de 17%. Necessitando adquirir 
máquina para seu ativo imobilizado, importou-a com alíquota de 12%. O preço 
declarado, de acordo com os documentos de importação, foi de US$10.000.00 
(dez mil dólares). O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de 
cálculo do imposto de importação foi de US$15.000,00. A empresa arcou ainda 
com os seguintes ônus: 
a) US$ 700.00 (setecentos dólares) de imposto de importação, à taxa de 
câmbio de R$ 3,00 (três reais); 
b) R$ 1.000,00 de IPI; 
c) R$ 500,00 de despesas aduaneiras diversas. 
O pagamento da máquina ao exportador estrangeiro foi feito ao câmbio de R$ 
2,80 (dois reais e oitenta centavos). 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
Taxa de câmbio do imposto de importação R$ 3,00 
Base de Cálculo ICMS Reais Dólares 
Valor do Produto R$45.000,00 $15.000,00 
Imposto de Importação R$2.100,00 $700,00 
IPI R$1.000,00 
Desp. Aduaneiras R$ 500,00 
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Total R$48.600,00 
O ICMS é um imposto que já está dentro do preço do produto: 
 
Total R$48.600,00 
Dividido por 0,88 R$55.227,27 
Base de Cálculo do ICMS R$55.227,27 
ICMS recolhido na Importação R$6.627,27 (alíq. 12%) 
 
 
1.C- Base de cálculo de produtos importados apreendidos ou 
abandonados arrematados em licitação judicial. 
 
Também uma base de cálculo específica, um pouco fora da regra geral. Para 
cálculo do ICMS do produto adquirido em licitação oficial, a base de cálculo do 
ICMS compõe-se de: 
- preço de aquisição da mercadoria (o lance vencedor) 
- imposto de importação 
- imposto sobre produtos importados 
- quaisquer despesas cobradas ou debitadas ao adquirente 
 
Veja o artigo do RICMS PE: 
 
Art. 14 - A base de cálculo do imposto é: 
 
XII - na arrematação em leilão ou na aquisição em licitação, promovidos pelo 
Poder Público, de mercadoria, inclusive importada do exterior, apreendida ou 
abandonada, o valor da arrematação ou da aquisição, acrescido do valor do 
Imposto de Importação, do IPI e demais despesas cobradas ou debitadas ao 
interessado, observando-se: 
 
 
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Veja um exemplo: 
 
 
1- A Associação de Médicos de Pernambuco adquiriu em leilão público em 
Recife, mercadoria abandonada na importação realizada pelo Porto de Santos 
(SP). O valor de arrematação foi de R$ 7.000,00. O valor do imposto de 
importação era R$ 1.000,00 e o valor do IPI era de R$ 1.200,00. Adicionalmente 
foi exigido como pagamento da Associação de Médicos, as despesas 
relacionadas ao frete do produto de Santos para Recife no valor de R$ 100,00. 
 
Qual a base de cálculo do ICMS? 
 
BC = Preço arrematado da mercadoria + IPI + II + despesas 
 
BC = 7.000 + 1.200 + 1.000 + 100 = 9.300,00 
 
1.E- Base de cálculo das operações sem valor definido 
 
Neste momento entramos em outra esfera na definição da base de cálculo do ICMS: 
operações sem valor definido. Exemplos mais comuns destes tipos de operações 
são as transferências (internas e interestaduais) e as doações. 
 
Como já discutimos anteriormente, a regra geral da base de cálculo do ICMS é o 
valor da operação: incluindo o valor do produto vendido, despesas adicionais 
cobradasdo destinatário/comprador e eventualmente o IPI. Nas transferências 
(saídas de mercadoria para contribuintes do mesmo grupo) e nas doações, a 
situação se complica porque não há um valor de operação conhecida pelo fisco, 
pois não há uma venda efetiva. Os incisos I, “a” e VI do artigo 16 do regulamento do 
ICMS pernambucano trazem os comandos referentes a estas hipóteses. No 
momento, vamos aprofundar um pouco mais nosso entendimento no assunto. 
 
Em uma operação de transferência, interna ou interestadual, o contribuinte repassa 
o produto para uma filial para que revenda ou industrialize a mercadoria. E em uma 
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doação o contribuinte repassa o produto de forma gratuita. As Secretarias da 
Fazenda procuram coibir que o contribuinte utilize o valor que quiser nestas 
operações. Se fosse a bel prazer do contribuinte escolher o valor de transferência 
do seu produto para uma filial ou de doação, ele poderia escolher um valor muito 
baixo, como 1 real, para assim manter o crédito referente a entrada do produto ou 
da matéria prima em estoque. 
 
Base de cálculo nas transferências internas e doações: (art. 14, II do RICMS 
PE) 
 
A regra geral é o preço FOB indústria ou varejo, respectivamente para saídas de 
indústrias e varejistas. Preço FOB é o preço de mercado da mercadoria sem frete. O 
preço de mercado acaba sendo aquele valor que normalmente é praticado pela 
empresa em suas vendas. Mas sem as despesas adicionais. 
 
Se for produtor rural, extrator ou gerador de energia elétrica, então preço de 
referência é o do mercado atacadista local. 
 
Art. 14. A base de cálculo do imposto é: 
 
II - na falta do valor a que se referem o inciso anterior e o inciso XLVII, 
ressalvado o disposto no inciso XV: 
 
a) caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia, o 
preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado atacadista do 
local da operação, ou, na sua falta, a partir de 01 de novembro de 1996, do 
mercado atacadista regional; 
 
b) o preço FOB do estabelecimento industrial à vista, caso o remetente seja 
industrial; 
c) o preço FOB do estabelecimento comercial à vista, nas vendas a outros 
comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante; 
 
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II - a partir de 01 de novembro de 1996, para aplicação do disposto nas 
alíneas “b” e “c” do mencionado inciso II do “caput”, adotar-se-á, 
sucessivamente: 
 
a) o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na 
operação mais recente; 
 
b) caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria, o preço 
corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da 
operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional; 
 
c) na hipótese da alínea “c” do referido inciso II, quando o estabelecimento 
comercial remetente não efetuar vendas a outros comerciantes ou industriais, 
não havendo mercadoria similar, a base de cálculo será equivalente a 75% 
(setenta e cinco por cento) do preço de venda corrente no varejo. 
 
Base de cálculo nas transferências internas e interestaduais: (art. 14, XV do 
RICMS PE) 
 
A regra geral é diferente das operações de doação. Se o remetente for indústria, a 
base de cálculo é o custo da mercadoria industrializada: matéria prima + material 
secundário + mão de obra + acondicionamento (sem margem de lucro, por exemplo) 
e se o remetente for comerciário, o valor correspondente à entrada mais recente da 
mercadoria, tratando-se de estabelecimento comercial. 
 
Se for produtor rural, extrator ou gerador de energia elétrica, então preço de 
referência é o do mercado atacadista local. 
Atenção para a legislação aplicável: 
Art. XV - na saída de mercadoria para estabelecimento pertencente ao 
mesmo titular 
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a) o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria, tratando-se 
de estabelecimento comercial; 
b) tratando-se de produto primário, o seu preço corrente no mercado 
atacadista do estabelecimento remetente, quando produtor, inclusive gerador 
de energia; 
c) nos demais casos: 
1. na saída interna e interestadual, respeitado o disposto no item 2, o custo 
da mercadoria produzida, assim entendido a soma do custo da matéria-prima, 
material secundário, mão-de-obra e acondicionamento; 
..... 
Exemplos: 
 
1- O estabelecimento E, revendedor do produto P, vendeu, nos dias 10, 20 e 30 
do mês X, respectivamente, 1000, 1000 e 300 produtos ao preço unitário FOB 
estabelecimento comercial a vista de, respectivamente, R$ 900,00, R$ 900,00 e 
R$ 1.200,00. No dia 05 do mês seguinte transferiu, para o estabelecimento 
varejista E1, de sua própria titularidade, no mesmo estado, 100 unidades do 
produto. A operação de transferência foi sem valor. A última entrada dos 
produtos vendidos teve valor de R$ 700,00. 
 
Qual é a base de cálculo da saída de E para E1? 
Trata-se de uma transferência interna de um estabelecimento varejista para outro. 
Portanto utiliza-se o último valor de entrada da mercadoria no estoque: 700, 
conforme previsão do artigo 14, XV “a” do RICMS PE. Tem-se que a BC = 100 x 700 
= 70.000,00. 
2- O estabelecimento pernambucano K, fabricante do produto M, vendeu, nos 
dias 10, 20 e 30 do mês X, respectivamente, 1000, 1000 e 300 produtos ao 
preço unitário FOB estabelecimento industrial a vista de, respectivamente, R$ 
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100,00, R$ 200,00 e R$ 200,00. No dia 08 do mês seguinte transferiu, para o 
estabelecimento K1 paranaense, de sua própria titularidade, 200 unidades do 
produto. A operação de transferência foi sem valor. Nessa mesma data (dia 
08), o preço corrente no mercado atacadista local, para o produto, era de R$ 
550,00 por unidade. E o custo da mercadoria vendida era de R$ 150,00. 
Qual é a base de cálculo da saída de K para K1? 
Trata-se de uma transferência interestadual de um industrial. Portanto utiliza-se o 
custo da mercadoria vendida: R$ 150,00, conforme previsão do artigo 14, XV “c” 
item 1 do RICMS PE. Tem-se que a BC = 200 x 150 = 30.000,00. 
3- O estabelecimento pernambucano O, varejista do produto IPSLON, vendeu, 
nos dias 10, 20 e 30 do mês X, respectivamente, 1000, 1000 e 300 produtos ao 
preço unitário FOB estabelecimento varejista a vista de, respectivamente, R$ 
100,00, R$ 200,00 e R$ 200,00. No dia 15 do mês seguinte doou para entidade 
carente, 300 unidades do produto. Nessa mesma data (dia 15), o preço FOB 
corrente no mercado varejista local, para o produto, era de R$ 300,00 por 
unidade. 
Qual é a base de cálculo da saída de K para K1? 
Trata-se de uma doação. Portanto utiliza-se o preço FOB varejo da última operação 
do varejista: R$ 200,00, conforme previsão do artigo 14, II “c” do RICMS PE. Tem-
se que a BC = 200 x 300 = 60.000,00. 
1.F- Base de cálculo das operações de industrialização por encomenda. 
 
Veremos a industrialização por encomenda na aula destinada a suspensão do 
ICMS. Contudo já podemos adiantar que na operação de industrialização por 
encomenda, com suspensão do imposto, a base de cálculo do cálculo do imposto 
no retorno da industrialização por encomenda, com suspensão do imposto, é 
apenas o valor agregadoao produto enviado, acrescido das despesas adicionais. 
 
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Se não há na operação de remessa para estabelecimento industrializador por 
encomenda, a suspensão do imposto de remessa, então o valor da base de cálculo 
do imposto no retorno do industrializador é o valor da mercadoria, mais valor 
agregado mais despesas adicionais. 
 
Veja o exemplo: 
 
1- Indústria de material de construção pernambucana envia para um 
industrializador madeira especial para ser industrializado e transformado em 
estrutura para portas. O material enviado para a industrial por encomenda sai 
com suspensão do ICMS. No retorno da mercadoria industrializada, o 
encomendado cobra o valor adicionado à transformação da madeira e cobra o 
frete de envio de volta ao encomendante. Este valor total é de R$ 5.000,00. O 
material enviado com suspensão do ICMS, volta com suspensão do ICMS. 
 
Valor da base de cálculo do ICMS no retorno do estabelecimento industrializador 
por encomenda = R$ 5.000,00 
 
Veja a regra do artigo 14, V do RICMS PE: 
 
Art. 14. A base de cálculo do imposto é: 
 
I - o valor de que decorrer a operação: 
 
V - na industrialização efetuada por outro estabelecimento: 
 
a) o valor agregado durante o processo de industrialização, quando a 
mercadoria for recebida sem imposto destacado no respectivo documento 
fiscal, nas hipóteses legalmente admitidas; 
 
b) o valor total, incluído o da mercadoria recebida e o agregado durante o 
processo de industrialização, quando a mercadoria for recebida com imposto 
destacado no respectivo documento fiscal; 
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2) BASE DE CÁLCULO DAS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
2. A - Base de cálculo da prestação é o valor cobrado pelo serviço 
A regra geral da prestação de serviços é bastante simples: o preço cobrado pelo 
serviço: 
1- Na prestação de serviço de transporte intermunicipal e interestadual e 
de comunicações. Inclusive para o cálculo do diferencial de alíquotas. 
2- No recebimento de serviço prestado no exterior (aí acrescido se for o 
caso de eventuais encargos) 
Dê uma lida no RICMS PE: 
Art. 14 - A base de cálculo do imposto é: 
 
X - na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, o preço do serviço, acrescendo-se, quanto ao iniciado ou 
prestado no exterior, a partir de 01 de novembro de 1996, todas as despesas 
cobradas ou debitadas ao adquirente, relacionadas com a sua utilização; 
 
Exemplos: 
1- Fábrica de sabão em pó “Dr. Bijou” no centro de Palmerina (PE) contrata 
transportador de cargas José Américo para levar a carga de R$ 5.000,00 para 
distribuidor em Campinas (SP). O valor cobrado pelo frete foi de R$ 200,00. 
Qual a base de cálculo do ICMS prestação de serviços? 
BC = 200,00 (valor da prestação). 
E o ICMS será recolhido ao Estado de Pernambuco. 
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2- Atacadista pernambucano de chocolates adquiriu um computador novo 
para ser utilizado pelo diretor do estabelecimento. O artefato custa R$ 3.000,00 
e veio direto da fábrica de computadores da empresa Positivo, em Curitiba. O 
frete interestadual custou R$ 250,00 e foi feito pela transportadora Canhota, 
com sede em Florianópolis (SC). 
1) Qual a base de cálculo do ICMS prestação de serviços? 
BC = 250,00 
ICMS da prestação será recolhido para o Paraná. 
2) Qual a base de cálculo do ICMS diferencial de alíquotas (por tratar-se de 
aquisição interestadual de ativo imobilizado)? 
BC = 250,00 
E ICMS do diferencial de alíquotas será recolhido para o Pernambuco 
2.B- Base de cálculo da prestação de serviços de telecomunicações é o 
valor da ficha, cartão ou crédito disponibilizado ao usuário final. 
Situação curiosa, mas corretamente apontada pelo RICMS PE. Na disponibilização 
de fichas, cartões ou créditos para revendedores ou para usuários finais vimos que 
ocorre o fato gerador do imposto. Estes créditos poderão ser revendidos ou 
utilizados pelos consumidores quando quiserem. Mas o regulamento aponta que a 
base de cálculo sempre será o preço de venda ao consumidor. 
Veja o artigo do RICMS: 
Art. 14 - A base de cálculo do imposto é: 
 
XI - no fornecimento de que trata o art. 3º, VII, "a", o valor cobrado; 
Exemplo: 
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1- Concessionária pernambucana de telecomunicações vende crédito de 2.000 
minutos em ligações locais e interestaduais para indústria de produtos de 
higiene em Recife (PE) por 0,01 reais o minuto. 
Qual a base de cálculo do imposto na saída da concessionária? 
BC = 20.000,00 x 0,1 = 2.000,00 
3) ALGUNS ASSUNTOS ADICIONAIS SOBRE A BASE DE CÁLCULO 
DO ICMS MERCADORIAS: 
1º - Mudança da base de cálculo após a saída do produto 
Quando houver mudança no valor da operação ou de prestação após a saída da 
mercadoria, deve ser recolhido o ICMS adicional. Esta regra foi claramente criada 
para garantir ao Estado que mudanças no preço ou nas despesas adicionais, após a 
saída do produto, geram a obrigação do complemento do imposto. 
O regulamento traz dois exemplos nos seus artigos: 
No artigo 20 trata de dúvidas ou condições ainda não implementadas quando do 
início da prestação ou operação, com relação a pesagens, medições, classificações, 
análises do produto ou da apuração de despesas das operações e prestações. Uma 
vez verificada a dúvida recolhe-se a diferença de base de cálculo estimada. 
No artigo 21 trata de diferenças comerciais que podem se ensejadas durante a 
transação. Aumentando o valor da mercadoria ou da prestação de serviços, deve-se 
recolher a diferença. 
Veja os artigos 20 e 21 do RICMS PE: 
Art. 20. Nas operações e prestações entre estabelecimentos de contribuintes, 
caso haja reajuste do valor depois da remessa ou da prestação, a diferença 
fica sujeita ao imposto no estabelecimento do remetente ou do prestador. 
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Parágrafo único. Quando nas operações internas o adquirente for 
responsável pelo imposto relativo à operação respectiva, na qualidade de 
contribuinte-substituto, a complementação de que trata este artigo será por 
este recolhida. 
Art. 21. Quando a fixação do preço ou apuração do valor depender de fato ou 
condição verificáveis após a saída da mercadoria, tais como pesagem, 
medição, análise ou classificação, o imposto será calculado, inicialmente, 
sobre o valor da cotação do dia da saída da mercadoria, ou, na sua falta, 
sobre o estimado na forma do art. 14, §§ 9º e 10. 
Parágrafo único. Quando da verificação do fato ou condição referidos neste 
artigo, a diferença do imposto será recolhida pelo remetente da mercadoria. 
2º - Arbitramento da base de cálculo do produto e da prestação de serviços 
Durante o trabalho de fiscalização, se o fisco considerar que não mereça fé o preço 
constante de documento emitido pelo sujeito passivo ou por terceiro poderá o 
auditor arbitrar o valor correto e requerer a diferença. Este arbitramento segue as 
regras de determinação de preço de mercado do regulamento do ICMS PE: 
Veja os §8ºe §9º do artigo 14 do RICMS PE: 
§ 8º Quando o preço declarado pelo contribuinte for inferior ao do mercado, a 
base de cálculo poderá ser determinada pela autoridade administrativa, 
mediante ato normativo, ressalvados os descontos incondicionais. 
§ 9º Para fim do disposto no parágrafo anterior, o preço de mercado será, 
segundo a ordem: 
I - o respectivo preço do produto tabelado ou com preço máximo de venda, 
fixado pela autoridade competente ou pelo fabricante; 
II - o valor constante em publicação ou correspondência oficial de órgão ou 
entidade privada; 
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III - O valor mínimo entre os coletados nas regiões fiscais do Estado. 
 
2- Alíquotas do ICMS 
 
Vamos começar a estudar as alíquotas do ICMS. O valor recolhido em cada 
operação é definido pela aplicação de uma porcentagem (alíquota) sobre a base 
imponível legal (a base de cálculo), observando os limites e princípios 
constitucionais. É a lei ordinária do ICMS pernambucano (Lei 10.259/89, 
reproduzida no RICMS PE) que determina as alíquotas internas do imposto, 
respeitando os ditames e limites constitucionais e eventuais determinações dos 
Senadores (quanto às alíquotas mínimas e máximas possíveis). No estudo das 
alíquotas do imposto estudaremos a Lei Ordinária 10.259/89 e o Regulamento do 
ICMS pernambucano. 
 
Antes de entrarmos nas alíquotas específicas, cabe-nos relembrar que devido ao 
conceito de repartição das receitas entre o Estado de remessa e o Estado de 
destino da mercadoria ou bem, a alíquota interestadual (normalmente 12%) é menor 
que a interna (normalmente 17%). Apenas determinações do CONFAZ podem 
estabelecer alíquotas internas menores que as interestaduais. 
 
Pois bem, vamos iniciar pelas alíquotas interestaduais. Estas sim, realmente 
definidas pelo Senado Federal. 
 
2.A- Alíquotas operações interestaduais: 
 
a) As alíquotas. 
 
As alíquotas interestaduais definidas pelos Senadores são: 
 
• 12% nas operações e prestações interestaduais com mercadoria, bem ou 
serviço destinados a contribuinte do ICMS. (Regra geral) 
 
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• 4% nas prestações interestaduais de transporte aéreo de passageiros, carga e 
mala postal com destino a contribuinte do imposto. 
 
• 4% nas operações interestaduais de bens e mercadorias importadas do exterior 
quando não industrializadas ou se industrializadas ainda formem um total 
superior a 40% no produto final. 
 
Atenção: 
Vamos conversar um pouco sobre a novidade no RICMS PE, aliás uma novidade no 
mundo do ICMS: a alíquota de 4% nas prestações interestaduais com mercadoria 
importada ou com componentes importados. 
 
b) Caso Especial: Alíquota de 4% nas Operações Interestaduais de Produtos 
Importados. 
 
Bom. Bem-vindo ao mundo da Guerra Fiscal do ICMS! Essa alíquota interestadual 
não existia e não tem a menor razão de existir se não fosse a guerra fiscal entre os 
Estados. O que aconteceu: Estados dão incentivos fiscais à revelia do CONFAZ 
para empresas que importem seus produtos pelos portos localizados em seus 
Estados. Mas como funcionam estes incentivos fiscais? Acompanhe: 
 
Antes da definição de alíquota interestadual de produto importado 4%, se uma 
empresa importasse um produto pelo porto X e depois enviasse este produto para 
qualquer lugar do país, ao invés de pagar 12% de ICMS interestadual para o estado 
destinatário na saída, só precisava pagar 2% de ICMS. É O CHAMADO CRÉDITO 
OUTORGADO. E como isso prejudica os outros Estados? PORQUE A EMPRESA 
PAGA 2% PARA O ESTADO REMETENTE, MAS SE CREDITA DE 12%. 
PASSANDO A CONTA PARA O ESTADO DE DESTINO. Este benefício chama-se 
crédito outorgado. E a máxima ficou sendo essa: “Você importa pelo porto do meu 
Estado, que eu finjo que te cobro 12%, você finge que me paga 12%, mas me paga 
4%. 
 
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Depois de diversas brigas que geraram até o acionamento de um Estado pelo outro 
no Supremo Tribunal Federal, o Senado, como representante dos Estados, resolveu 
que alíquota interestadual de produtos importados será de 4%. Assim o crédito da 
empresa que revende o produto no destino deixa de ser 12% e passa a ser no 
máximo 4%. E o lucro das empresas que tentam burlar o fisco, fica em 2% (4% - 
2%) e não 10% (12%-2%). Ficou assim: “Você importa pelo porto do meu Estado 
que eu finjo que te cobro 4%, você finge que me paga 4%, mas me paga 2%”. 
 
É por isso que temos agora uma alíquota especial de 4% só para vendas 
interestaduais de produtos importados para contribuintes do imposto. 
 
O regulamento do ICMS repetiu exatamente a ordem da Resolução do Senado nº 
13 de 2012. Trazendo especificidades em relação ao uso desta alíquota, algumas 
delas importantíssimas para seu concurso: 
 
1º - OPERAÇÕES QUE SE SUBORDINAM À ALÍQUOTA DE 4%: 
 
1) Vendas interestaduais de produtos importados. 
 
2) Vendas interestaduais de produtos com Conteúdo de Importação de 40% ou 
mais. 
 
Obs: Conteúdo de Importação é o porcentual de insumos importados inclusos em 
uma mercadoria ou bem manufaturado. Portanto, Conteúdo de Importação de “40% 
ou mais” significa que as mercadorias importadas foram industrializadas, e o 
produto final tem 40% ou mais de componentes importados. 
 
2º - OPERAÇÕES QUE NÃO SE SUBORDINAM À ALÍQUOTA DE 4%: 
 
1) Bens e mercadorias importadas sem similar nacional (definidos em lista a ser 
editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX). 
 
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2) Bens e mercadorias produzidos em conformidade com processos produtivos 
básicos de acordo com as determinações legais. 
 
3) Operações que destinem gás natural importado 
 
3º - A ALÍQUOTA DE 4% É TRIBUTADA APENAS NA PRIMEIRA SAÍDA 
INTERESTADUAL DO PRODUTO? 
 
Não. Se a mercadoria importada continuar circulando por outros Estados, em 
sucessivas revendas, continuará saindo por 4% porque a mercadoria não perde sua 
condição de importada, apenas quando industrializada. 
 
4º - PERDE A MERCADORIA SUA CONDIÇÃO DE IMPORTADA? 
 
Sim. Se a mercadoria for industrializada junto a outras e o resultado for um produto 
com menos de 40% de matéria prima importada em sua composição (o chamado 
Conteúdo de importação), a saída interestadual deste novo produto não terá 
alíquota de 4% mas de 12% (a alíquota interestadual regular). 
 
Veja os artigos relacionados às alíquotas interestaduais no RICMS PE: 
Art. 25 As alíquotas do imposto são as seguintes: 
III – nas operações ou prestações interestaduais destinadas a contribuinte, 
observado o disposto no § 2º: 
a) 12% (doze por cento), quando as mercadorias ou serviços sejam 
destinados a industrialização, fabricação de semielaborados, comercialização 
ou produção; 
b) 4% (quatro por cento): 
1. quando se tratar de prestação interestadual de serviço de transporte aéreo, 
a partir de 1º de janeiro de 1997, nas mesmas condições da alínea “a” 
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(quando as mercadorias sejam destinados a industrialização, fabricação de 
semielaborados,comercialização ou produção). 
2. nas operações com bens ou mercadorias importados do exterior, a partir 
de 1º de janeiro de 2013, observado o disposto nos §§ 10 a 13 e 15 
§ 15. A partir de 11 de junho de 2013, relativamente à alíquota prevista no 
item 2 da alínea “b” do inciso III do caput, deve-se observar: (Convênio ICMS 
38/2013): 
I - aplica-se nas operações interestaduais com bens e mercadorias que, após 
o respectivo desembaraço aduaneiro: 
a) não tenham sido submetidos a processo de industrialização; ou 
b) se submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, 
montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou 
recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com conteúdo de 
importação superior a 40% (quarenta por cento), nos termos previstos no 
inciso III; 
II - não se aplica nas operações interestaduais com: 
a) bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar 
nacional, definidos em lista específica editada pelo Conselho de Ministros da 
Câmara de Comércio Exterior – CAMEX, para os fins da Resolução do 
Senado Federal nº 13/2012; 
b) bens e mercadorias produzidos em conformidade com os processos 
produtivos básicos de que tratam o Decreto- Lei Federal nº 288, de 28 de 
fevereiro de 1967, e as Leis Federais nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, nº 
8.387, de 30 de dezembro de 1991, nº 10.176, de 11 de janeiro de 2001, e nº 
11.484, de 31 de maio de 2007; e 
c) gás natural importado do exterior; e 
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III - considera-se: 
a) conteúdo de importação, o percentual correspondente ao quociente entre o 
valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída 
interestadual da mercadoria ou bem submetido a processo de 
industrialização; 
............. 
Atenção! 
Agora, as principais pegadinhas: utiliza-se a alíquota interna apesar da operação ser 
interestadual nas seguintes situações: 
 
1) Alíquota interna do Estado remetente nas operações interestaduais com destino a 
não contribuinte do ICMS. 
 
2) Alíquota interna do Estado de destino na compra interestadual de energia 
elétrica, petróleo e seus derivados para consumo de contribuinte do ICMS. 
 
Aprofundaremos estes dois casos acima no nosso estudo das alíquotas internas. 
 
Vamos fazer alguns exemplos para fixar a teoria. 
 
Exemplos: (Considere as mercadorias importadas sem similar nacional e alíquota 
interna sempre de 17%) 
 
1- Indústria de material de uso doméstico pernambucano vende 300 utensílios 
para atacadista mineiro revender para varejistas locais. 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio para revenda = Alíquota interestadual = 12% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
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2- Indústria de material de uso doméstico pernambucano vende 250 espátulas 
para varejista baiano revender. 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio para revenda = Alíquota interestadual = 12% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
 
3- Indústria de material de uso doméstico pernambucano vende 100 conjuntos 
de talheres para restaurante cearense utilizar à mesa de seus clientes. 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio para consumidor final contribuinte = Alíquota interestadual = 12% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
 
Obs: Haverá diferencial de alíquotas – pois venda para consumidor final contribuinte 
de material de uso e consumo. 
 
4- Indústria de material de uso doméstico pernambucano vende 50 copos de 
cristal para o palácio do Governador de Macapá. 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio para não contribuinte = Alíquota interna (e não interestadual) = 17% 
 
2. Envio para não contribuinte = Alíquota interna do frete = 17% 
 
Atenção! 
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A alíquota é a interna do Estado remetente pois não há o que se falar em repartição 
de receitas, uma vez que o não contribuinte não dará saída tributada. Esta previsão 
é inclusive constitucional. 
 
São não contribuintes do ICMS: armazém geral, escolas, faculdades, prefeituras, 
órgãos públicos, agência de publicidade, bancos, etc. 
 
5- Importador pernambucano vende bicicleta importada do Uruguai para 
Vanderlei Nogueira, importante radialista do Estado de São Paulo. 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio para não contribuinte = Alíquota interna do Estado remetente (e não 
interestadual) = 17% 
 
2. Envio para não contribuinte = Alíquota interna do Estado remetente (e não 
interestadual) = 17% 
 
6- Indústria pernambucana “PATRÍCIO MIO” vende matéria prima importada 
para indústria de móveis piauiense “ABUNDE-SE” industrializar e transformar 
em um sofá com Conteúdo de importação de 25%. 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio para industrialização = Alíquota interestadual = 4% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
 
 
7- Indústria piauiense “ABUNDE-SE” vende 15 sofás com Conteúdo de 
importação 25% para revendedor localizado em Novo Hamburgo (PE) 
 
Quais as alíquotas? 
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1. Envio para industrialização no Sul de mercadoria importada, industrializada e 
com Conteúdo de Importação 25% = Alíquota interestadual = 12% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
 
 
8- Importador pernambucano de máquinas e equipamentos vende para 
industrial amazonense escavadeira automática para o ativo imobilizado 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio de mercadoria importada, não industrializada = Alíquota interestadual = 
4% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
 
 
Obs: Haverá recolhimento do diferencial de alíquotas – venda interestadual de ativo 
imobilizado para consumidor final contribuinte. 
 
9 – Indústria de alimentos pernambucana importa alimentos para revenda no 
Estado. Mas desiste e transfere a mercadoria para filial em Birigui (MG) para 
revenda neste Estado. 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio de mercadoria importada, não industrializada = Alíquota interestadual = 
4% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
 
 
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10 – Indústria de chips de celulares pernambucana importa matéria prima de 
Israel, industrializa e vende para indústria de celulares da Manaus (AM). Os 
produtos tem Conteúdo de importação 35% 
 
1. Envio para industrialização de mercadoria importada, industrializada e com 
Conteúdo de Importação 35% = Alíquota interestadual = 12% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
 
11- A mesma indústria de celulares amazonense, do exemplo acima, 
manufatura os celulares usando também os chips da indústria de chips 
pernambucana e revende o celular pronto, com Conteúdo de importação 45% 
para atacadista do interior de Pernambuco. 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio para revenda de mercadoria industrializada e com Conteúdo de 
Importação 45% = Alíquota interestadual = 4% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
 
12- O mesmo atacadista do interior de Pernambuco do exemplo acima 
revendeu os celulares recebidos para um outro atacadista de Campinas (SP). 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio para revenda de mercadoria industrializada e com Conteúdo deimportação 45% = Alíquota interestadual = 4% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
 
 
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13- O mesmo atacadista do interior de Pernambuco do exemplo acima 
revendeu os celulares recebidos para um outro atacadista de Pesqueira (PE). 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Envio para revenda de mercadoria industrializada e com Conteúdo de 
importação 45%, dentro do Estado = Alíquota INTERNA = 17% (PEGADINHA!) 
 
2. Alíquota do frete = 17%. 
 
2.B- Alíquotas Internas 
 
As alíquotas internas são determinadas pela Unidades Federativas: Estados e 
Distrito Federal. Apenas através de Convênio entre os Estados e o Distrito Federal é 
possível determinar a possibilidade de alíquota interna inferior à alíquota 
interestadual. A Constituição Federal de 88 ainda determinou a faculdade do 
Senado Federal de determinar alíquotas internas mínimas e máximas, mas esta 
faculdade nunca foi implementada. 
 
a) Alíquotas internas genéricas 
 
As alíquotas internas do Estado de Pernambuco são, em regra geral: 
 
- 17% nas operações com bens e mercadorias 
- 17% nas importações de bens e mercadorias. 
- 17% nas prestações de serviço de transporte 
- 28% nas prestações ou importações de serviços de comunicação 
 
As alíquotas de transporte seguem, via de regra, a alíquota da mercadoria ou bem. 
Assim como a importação de um produto, que segue a alíquota do produto 
internamente. 
 
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O único caso específico que merece um comentário maior é o da energia elétrica. A 
alíquota é de 25%, com exceção no fornecimento de energia elétrica para consumo 
domiciliar de até 120 KWh/mês (cento e vinte quilowatts-hora por mês), quando se 
tratar de consumidor residencial de baixa renda. Neste caso a alíquota é 20%. 
 
Outro comando específico das alíquotas do ICMS é espelhado em uma 
determinação constitucional. Utiliza-se a alíquota interna do Estado remetente para 
o cálculo do ICMS quando mercadoria ou bem destinado a não contribuinte do 
ICMS, em operação interestadual. 
 
Veja os artigos 25 do RICMS que trazem as alíquotas internas nas operações e 
prestações do Estado de Pernambuco: 
Art. 25. As alíquotas do imposto são as seguintes: 
I - nas operações e prestações internas e de importação, conforme indicadas 
em cada hipótese: 
a) 25% (vinte e cinco por cento): 
1. nas operações e prestações internas, inclusive de importação, realizadas 
com os produtos relacionados no Anexo 6 
2. no fornecimento de energia elétrica: 
2.1. para consumo domiciliar: 
2.1.2. independentemente do nível de consumo, a partir de 01 de janeiro de 
2004, observado o disposto no art. 9º, XLVIII, "a", 2; 
2.2. para consumo não-domiciliar, a partir de 01 de janeiro de 2001, 
observado no disposto § 8°, mantida a isenção prevista no art. 9º, XLVIII, “d. 
b) 20% (vinte por cento): 
1. no fornecimento de energia elétrica para consumo domiciliar: 
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1.2. a partir de 01 de novembro de 2006, até 120 KWh/mês (cento e vinte 
quilowatts-hora por mês), quando se tratar de consumidor residencial de 
baixa renda, nos termos da Lei Federal nº 10.438, de 26 de abril de 2002. 
e) 12% (doze por cento): 
3. nas prestações internas de serviço de transporte aéreo, a partir de 01 de 
janeiro de 1998. 
4. nas prestações de serviço de transporte aéreo iniciadas ou prestadas no 
exterior, a partir de 01 de janeiro de 1998. 
5. nas prestações do serviço de transporte aéreo de pessoa, carga e mala 
postal, que, sendo interestaduais, sejam tomadas por não-contribuinte ou a 
este destinadas, a partir de 01 de janeiro de 1998 
h) 17% (dezessete por cento), nos demais casos. 
j) 28% (vinte e oito por cento), nas prestações internas e de importação 
de serviços de comunicação, a partir de 01.01.2002. 
2. 17% (dezessete por cento), a partir de 01 de setembro de 2004, nas 
operações internas e de importação. 
II - nas operações e prestações interestaduais, quando a mercadoria ou 
serviço não forem destinados a produção, comercialização ou 
industrialização, observado o disposto no § 2º: alíquotas previstas no 
inciso anterior, nas condições ali estabelecidas; 
Vamos verificar mais exemplos: 
 
Considere as alíquotas internas gerais do ICMS (artigo 25 do RICMS PE) 
 
1 – Indústria de alimentos pernambucana transfere mercadorias para filial em 
Pombos (PE). 
 
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Quais as alíquotas? 
 
1. Alíquota Interna = 17% 
 
2. Alíquota do frete = 17% 
 
 
2 – Indústria de calçados do Aracoiaba (PE) importa sapatos de Torino Itália 
para revenda no Estado. 
 
Qual a alíquota? 
 
Alíquota Importação = Alíquota Interna = 17% 
 
3 – Indústria de equipamentos eletrônicos de São Paulo compra em licitação 
pública ocorrida em Recife, artefatos eletrônicos apreendidos em ação da 
Receita Federal em alfândega do aeroporto de São Luís (MA). 
 
Qual a alíquota? 
 
Alíquota Arrematação em licitação pública de bens importados = Alíquota Interna = 
17% 
 
4 – Transportadora pernambucana de cargas do centro da cidade de Ipojuca 
(PE) adquire de refinaria na cidade de Campos no Rio de Janeiro, gasolina 
para abastecimento dos caminhões de carga. 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Compra interestadual por consumidor final de combustível derivado de petróleo = 
Alíquota Interna = 17% (alíquota do destino) 
 
2. Alíquota do frete é a alíquota interna do Estado remetente. 
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5 – Indústria alimentícia adquire de indústria de pneus do Pernambuco, pneus 
novos para seus caminhões distribuidores de mercadorias. 
 
Quais as alíquotas? 
 
1. Remessa interestadual de material para uso e consumo para contribuinte 
consumidor final = Alíquota Interestadual = 12% 
 
2. Alíquota do frete = 12% 
 
Haverá diferencial de alíquotas a ser recolhido pelo contribuinte paulista ao Estado 
de São Paulo. 
 
Questões Comentadas 
 
1- (SEFAZ SP – FCC ADAPTADA) De acordo com o RICMS PE, a alíquota do 
ICMS é, nas operações para destinatário contribuinte do ICMS: 
(A) nas operações interestaduais de mercadoria importada, sem similar 
nacional e não industrializada, 4%; em operação ou prestação interestadual 
quando o destinatário localizado: a) nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste 
e no Estado do Espírito Santo: 7%; b) nas demais regiões: 11%. 
(B) nas operações interestaduais de mercadoria importada, sem similar 
nacional e não industrializada, 12%; em operação ou prestação interestadual 
quando o destinatário localizado: a) nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste 
e no Estado do Espírito Santo: 12%; b) nas demais regiões: 12%. 
(C) nas operações interestaduais de mercadoria importada, com similar 
nacional e não industrializada, 4%; em operação ou prestação interestadual 
quando o destinatário localizado: a) nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste 
e no Estado do Espírito Santo: 7%; b) nas demais regiões: 17%. 
(D) nas operações interestaduais de mercadoria importada, com similar 
nacional e não industrializada,

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