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Lorem Krsna de Morais Sousa Moni tor ia de Pato logia bucal 2015.2 – 2016.2 CISTOS Lesões osteo-destrutivas, ocorrem comumente nos maxilares. São assintomáticos – a não ser que haja compressão de alguma estrutura, ou que estejam infectados secundariamente. Mucosa sobrejacente GERALMENTE é de coloração normal e não apresentam sensibilidade. Radiograficamente apresentam uma lesão radiolúcida com um halo radiopaco – contorno distinto e denso de osso reacional. É frequentemente revestida por epitélio. DEFINIÇÃO Cistos dos maxilares Cistos epiteliais Odontogênicos Cistos do desenvolvimento Cistos inflamatórios Não odontogênicos CLASSIFICAÇÃO Inflamatórios - Cisto periapical - Cisto residual - Cisto radicular lateral Desenvolvimento - Cisto dentígero - Cisto de erupção - Cisto periodontal lateral - Cisto gengival do adulto - Cisto gengival do recém-nascido - Cisto odontogênico calcificante - Ceratocisto odontogênico CLASSIFICAÇÃO Cisto odontogênico calcificante e ceratocisto odontogênico foram incluídos como tumores odontogênico na classificação de 2005 da OMS. Restos epiteliais de Malassez - Cisto radicular - Cisto residual Epitélio reduzido do esmalte - Cisto dentígero - Cisto de erupção Lâmina dentária (restos de Serres) - Cisto periodontal lateral Formação dos processos faciais: cistos não-odontogênicos ORIGEM Cisto do ducto nasopalatino Cisto nasolabial Cisto do ducto tireoglosso Cisto linfoepitelial Cisto dermóide CISTOS NÃO-ODONTOGÊNICOS CISTOS ODONTOGÊNICOS O epitélio presente (resto epiteliais de malassez) no ápice dentário de um dente desvitalizado é estimulado pela inflamação. Constituição anatômica: Capsula cística e Lume Patogenia Iniciação Proliferação epitelial Formação de cavidade(formação cística) Cavitação (em função da necrose das células centrais) Expansão da cavidade Por consequência entrada de água( elevando pressão osmótica) CISTO PERIAPICAL (RADICULAR) Periapical (inflamação apical) Verdadeiro Não envolve a raiz Baía Envolve raiz Radicular lateral Forame lateral Residual Não regride após exodontia do dente afetado CISTO RADICULAR Cisto odontogênico de desenvolvimento mais comum Origina-se da separação do folículo pericoronário Desenvolve-se pelo acúmulo de fluido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa do dente. Envolve coroa de um dente impactado pela JAC Dentes geralmente envolvidos: terceiros molares inferiores e superiores e caninos Espaço maior que 4mm Associado a coroa do dente. CISTO DENTÍGERO Tipos de cisto dentígero: central, lateral (impactos mesioangular) e circunferencial. Tratamento: enucleação ou marsupialização. Diagnóstico diferencial: ameloblastoma, ceratocisto. Correspondente gengival do cisto dentígero Resulta da separação do folículo dentário da coroa de um dente em erupção (nos tecidos moles) Caracteriza-se por uma tumefação mole sobre o dente a ser erupcionado Trauma de superfície – sangue no fluído cístico. Tratamento: incisão no teto cístico permitindo a erupção do dente. CISTO DE ERUPÇÃO Origina-se dos remanescentes da lâmina dentária Superficial na mucosa, geralmente múltiplas Mais comum no rebordo superior Com conteúdo de ceratina Caracteriza-se por uma tumefação na mucosa alveolar Tratamento: rompem-se espontaneamente. Diagnóstico diferencial: pérolas de Epstein ou nódulos de Bohn CISTO GENGIVAL DO RECÉM NASCIDO Representante do cisto periodontal lateral nos tecidos moles. É derivado de restos da lâmina dental (restos de Serres) Predileção de caninos e pré -molares Nódulo indolor em forma de cúpula, de cor azulada ou acinzentada “reabsorção em forma de taça”. CISTO GENGIVAL DO ADULTO Contraparte óssea do cisto gengival do adulto Ocorre ao longo da superfície radicular lateral Restos da lâmina dental (como gengival do adulto) Dentes vitais Diagnóstico diferencial: ceratocisto, cisto radicular lateral. Tratamento: enucleação conservadora. CISTO PERIODONTAL LATERAL Tumor odontogênico (neoplasia) 65% nas regiões de caninos e incisivos Intraósseo: • Lesão radiolúcida, unilocular, bem definida, podendo ser ocasionalmente multilocular • 1/3 associada a dentes não erupcionados (caninos) • Pode ocorrer reabsorção radicular CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE Extraósseo: • Massas gengivais sésseis ou pedunculadas. • Podem assemelhar-se a fibromas gengivais comuns, cistos gengivais ou granulomas de células gigantes periféricos. Histopatológico: presença de células fantasmas dentro do epitélio Tumor odontogênico Origina-se dos remanescentes da lâmina dentária. Crescimento potencialmente agressivo. Maior índice de recorrência 65 à 75% localizam-se na mandíbula. Diagnóstico histopatológico. Reabsorção radicular Diagnóstico diferencial: Cisto dentígero, cisto periodontal lateral, cisto do ducto nasopalatino e cisto residual. CERATOCISTO ODONTOGÊNICO CERATOCISTO ODONTOGÊNICO Condição hereditária autossômica dominante Componentes principais: múltiplos carcinomas basocelulares na pele, ceratocistos odontogênicos, calcificações intracraninas, anomalias de costelas e vertebras SÍNDROME DE GORLIN CISTOS NÃO-ODONTOGÊNICOS Se origina dos remanescentes do ducto nasopalatino É o mais comum dos cistos não-odontogênicos Evidenciados durante exame radiográfico de rotina “Forma de coração” Sintomático: edema, dor, drenagem ou movimentação dentária Diagnóstico diferencial: ceratocisto. Tratamento: remoção cirurgica (enucleação), recidivas são raras. CISTO DO DUCTO NASOPALATINO Edema dos tecidos moles do sulco mucolabial ântero- superior de um lado da linha media(apaga sulco nasolabial) Causa elevação da asa do nariz do mesmo lado. Cisto extra-ósseo Predominânia de 3:1 para mulheres Origem mais provável : ducto nasolacrimal ou ductos das glândulas salivares menores. Restos dos remanescentes da fusão do processo nasal latereal e medial e o processo maxilar. Tratamento: remoção cirúrgica. CISTO NASOLABIAL Aumento de volume da porção superior da face lateral ao pescoço. Remanescentes epiteliais incluidos nos nódulos l infáticos cervicais. Ductos das glandulas salivares Remanescentes dos arcos branquiais (Segundo arco). Revestido por epitélio escamosos estratificado ou epitélio respiratório e paredes tem tecido linfóide. Assintomáticos Tratamento: remoção cirúrgica CISTO DA FENDA BRANQUIAL Resulta da obstrução do canal linfático. Massa submucosa superficial com coloração amarelada ou esbranquiçada. Localização frequente: assoalho da boca ou grandes áreas que contém tecido linfóide. Para alguns um pseudocisto. Tratamento: excisão cirúrgica CISTO LINFOEPITELIAL BUCAL Lesão cistica benigna Revestido por epitélio estratificado escamoso (epidermóide) Produção de ortoceratina e estruturas anexas da pele (dermóide). Linha média do assoalho da boca ou região submentoniana Apnéia – crescimento grande. Acima do músculo genioideo: desloca língua Tratamento: excisão cirúrgica. CISTO DERMÓIDE OU EPIDERMÓIDE Remanescentes epiteliais do desenvolvimento da tireóide cervical. Tumefações assintomátocas na linha media, flutuante e móvel. Entre tireóide e base da língua Pode evoluir para infecção com drenagem. Tratamentocirúrgico. Podem ser por extravasamento ou obstrução. CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO Possuem as mesmas caracter íst icas do cisto mas sem revest imento epi te l ial PSEUDOCISTOS Desenvolve-se no interior dos maxilares. Possui uma camada de tecido conjuntivo que a reveste (sem tecido epitelial) Hemorragia intramedular produzida por trauma Degeneração do coágulo e da medula óssea provocando necrose das trabéculas ósseas com reabsorção tecidual Corpo da mandíbula Não reabsorve raiz ou perfura cortical . Tratamento: exposição da lesão com ou sem curetagem. CISTO TRAUMÁTICO (ÓSSEO SIMPLES) Extravasamento de muco. Rânula quando envolve glândula maior (assoalho de boca) Mucocele quando envolve glândulas menores (lábio). Nódulo sessil, translucido, azulado Assintomático. Tratamento: marsupialização. MUCOCELE OU RÂNULA Fóvea mandibular (espaço da glândula submandibular) Area radiolúcida no ângulo da mandíbula abaixo do canal mandibular Não é necessário tratamento. DEFEITO DE STAFNE (CISTO DE STAFNE) - EXERCÍCIOS Qual a hipótese diagnóstica? Cisto do ducto nasopalatino. Aumento de volume simétrico no meio do palato. Tem provável origem dos restos embrionários do ducto nasopalatino. Faça a hipótese diagnóstica e cite dois diagnósticos diferenciais dessa lesão cística. Como chegar ao diagnóstico definitivo da lesão? Qual a hipótese diagnóstica? Cisto dentígero Ocorre associado à coroa de um dente incluso, unindo-se ao dente na junção esmalte-cementária. Cite dois diagnósticos diferenciais. QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? Explique quando devo recorrer a enucleação e quando devo recorrer a marsupialização. Explique como ocorre a formação de um cisto inflamatório. Sobre a imagem ao lado: Durante punção foi revelado liquido seroso e sanguinolento. Qual hipótese diagnóstica? Qual sua hipótese diagnóstica para a situação e qual a forma de confirmar esse diagnóstico? Paciente relata aumento de volume da região de assoalho lingual, com dificuldade de fala e deglutição. Qual sua hipótese diagnóstica e cite um diagnóstico diferencial de acordo com a imagem apresentada. Qual a hipótese diagnóstica? Cisto periodontal lateral. Qual a hipótese diagnóstica? Qual teste necessário para se chegar ao diagnóstico dessa lesão? Cisto periapical Teste de vitalidade pulpar Qual a hipótese diagnóstica e conduto clínica desta patologia? Cisto de erupção Excisão no revestimento cístico para permitir a erupção do dente associado. Qual a hipótese diagnóstica e quais características clínicas e radiográficas definem essa patologia? Cite dois diagnósticos diferenciais. Cisto residual Cisto localizado no interior do processo alveolar em local de uma extração prévia. Qual a associação conhecida entre estas duas patologias (Cisto gengival do adulto e cisto periodontal lateral)? Explique o processo de formação de um cisto inflamatório. Diga sua hipótese diagnóstica da imagem abaixo, e qual síndrome pode estar associada a ela. Diga sua hipótese diagnóstica da imagem abaixo, e qual síndrome pode estar associada a ela. Cite dois diagnósticos diferenciais para a lesão cística abaixo. Qual a hipótese diagnóstica e possível tratamento desta lesão. Hipótese diagnóstica e método de diagnóstico. Hipótese diagnóstica e dois diagnósticos diferenciais Hipótese diagnóstica e descreva as características radiográficas. Diagnóstico diferencial Como chegar ao diagnóstico definitvo. NEVILLE, B. W. Et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Imagens: NEVILLE, B. W. Et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. http://www.ricardosgomez.com/ http://muitobomessecafe.blogspot.com.br/ http://easites.com.br/marcelocardoso/biopsia/ REFERÊNCIAS
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