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Aula_I_Revisao_de_Penal_I_Lei_de_Transito

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D PENAL III – Aula I
Aula I – Airton Romero de Mesquita Ferraz
Data: 02.02.2012
REVISÃO DE PENAL I
1 – Conduta:
A ação, ou conduta, compreende qualquer comportamento humano comissivo (positivo) ou omissivo (negativo), podendo ser ainda dolosa (quando o agente quer ou assume o risco de produzir o resultado) ou culposa (quando o agente infringe o seu dever de cuidado, atuando com negligência, imprudência ou imperícia). 
Conduta dolosa
Art. 18. Diz-se o crime: 
Crime doloso 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Conduta culposa:
Art. 18. Diz-se o crime:
Crime culposo 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
2 - CONDUTA COMISSIVA/ CONDUTA OMISSIVA
Omissão de socorro 
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
 
2.1 – Ausência de Conduta: 
força irresistível; força do vento;  movimento reflexos; choque elétrico;  estado de inconsciência; sonambulismo; ataque epilético.
OBS: Sem a conduta humana, dolosa ou culposa, não há fato típico, e sem fato típico não se pode falar em crime. 
3 – Crimes Omissivos Próprios e Impróprios: 
Quando o agente faz alguma coisa que estava proibido, fala-se em crime comissivo;
Quando deixa de fazer alguma coisa a que estava obrigado, temos um crime omissivo.
 a) Crimes omissivos próprios, puros ou simples – São quando, para a existência do crime basta que o autor se omita quando deve agir. (art. 135, 244, 246, 269 e 319 todos do CP) 
b) Crimes omissivos impróprios, comissivos por omissão ou omissivos qualificados – são aqueles em que, para sua configuração, é preciso que o agente possua um dever de agir para evitar o resultado. Esse dever de agir não é atribuído a qualquer pessoa, mais sim àqueles que gozem do status de garantidores da não ocorrência do resultado. 
(CP)Art. 13(...)
§ 2º. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
4 – Crimes de Ação Múltipla: Essa denominação é dada aos tipos penais que possuem vários verbos separados pela partícula “OU”.
5 – Crimes de Ação Livre: É aquele que pode ser praticado por qualquer meio de execução, uma vez que a lei não exige comportamento específico.
6 – Crimes de Ação Vinculada: São aqueles em que o tipo penal descreve a forma de execução configuradora da infração penal. Ex: Crime de maus-tratos art. 136 do CP.
7 – Crimes Habituais: Representam aqueles que só se configuram pela reiteração de atos da mesma espécie, como os crimes de curandeirismo (art. 284) e casa de prostituição (art. 229) 
OBS: A prática de um ato isolado é atípica.
8 – Crimes Simples e complexos:
* Simples: aqueles crimes cujo tipo penal tutela um único bem jurídico. Ex: Homicídio.
* Complexos: Aqueles que dizem respeito a mais de um bem jurídico, como latrocínio que tutela, concomitantemente, o patrimônio e a vida.
9 – Sujeito ativo e suas classificações: 
9.1 – Autoria:
 
O Código penal não trouxe os conceitos de autor e participe, ficando tais definições a cargo de nossa doutrina.
Autor é aquele que possui o domínio do fato, é o senhor de suas decisões;
Co-autores são aqueles que têm o domínio funcional dos fatos, ou seja, dentro do conceito de divisão de tarefas, serão co-autores todos os que tiverem uma participação importante e necessária ao cometimento da infração, não se exigindo que todos sejam executores, isto é, que todos pratiquem, a conduta descrita núcleo do tipo.
 
9.2 – Autoria Direta e Indireta:
 
Autor pode ser aquele que executa diretamente a conduta descrita pelo núcleo do tipo penal, ocasião em que será reconhecido como autor direto ou autor executor; ou poderá ser, também, aquele que se vale de outra pessoa, que lhe serve, na verdade, como instrumento para a prática da infração penal, sendo, portanto, chamado de autor indireto ou mediato.
A autoria indireta ou mediata, será preciso que o agente detenha o controle da situação, isto é, que tenha o domínio do fato. Nosso Código Penal prevê expressamente quatro casos de autoria mediata, a saber:
erro determinado por terceiro (art. 20, § 2º, do CP)
coação moral irresistível (art. 22, primeira parte do CP)
obediência hierárquica (art. 22, segunda parte, do CP) e
caso de instrumento impunível em virtude de condição ou qualidade pessoal (art. 62, III, segunda parte, do CP).
Exemplo
Enfermeira, aplica em um paciente, a pedido do médico, injeção contendo veneno letal, sem saber o seu conteúdo. O médico, que havia preparado a injeção e determinado a sua aplicação no paciente, porque queria a sua morte, é autor mediato do crime de homicídio. A enfermeira que executou a ação não agiu com dolo ou culpa, respondendo pelo crime, portanto, tão-somente o terceiro que determinou o erro. 
9.3 - Crime Próprio é aquele que só pode ser praticado por um grupo determinado de pessoas, que gozam de uma qualidade ou condição especial exigida pelo tipo penal.
 
Peculato
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
9.4 - Crime de mão própria, para sua caracterização é preciso que o sujeito ativo, expresso no tipo penal, pratique a conduta pessoalmente.
 
Somente a testemunha poderá fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade e em virtude disso, praticar o crime de falso testemunho.
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
9.5 - Autor Intelectual:
 
fala-se em autoria intelectual quando queremos nos referir ao “homem inteligente” do grupo, aquele que traça o plano criminoso, com todos os seus detalhes. Na autoria intelectual o sujeito planeja a ação delituosa, constituindo o crime produto de sua criatividade.
 
(CP) Art. 62. A pena será ainda agravada em relação ao agente que:
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; (...)
9.6 - Co-Autoria Sucessiva: A regra é de que todos os co-autores iniciem, juntos, a empreitada criminosa. Mas pode acontecer que alguém, ou mesmo o grupo, já tenha começado a percorrer o inter criminis, ingressando na fase dos atos de execução, quando outra pessoa adere à conduta criminosa daquele, e agora, unidos pelo vínculo psicológico, passam, juntos, a praticar a infração penal. Em casos como este, quando o acordo de vontade vier a ocorrer após o início da execução, fala-se em co-autoria sucessiva.
Exemplo:
Suponhamos que A perceba que seu irmão B está agredindo C. Querendo auxiliá-lo, A se une a B para que, juntos, espanquem C. Como o crime de lesões corporais já estava em andamento, o ingresso de A no fato é tido como caso de co-autoria sucessiva.
Portanto, quando o co-autor sucessivo adere à conduta dos demais, responderá pela infração penal que estiver em andamento, desde que todos os fatos anteriores tenham ingressado na sua esfera de conhecimento, e desde que eles não importem fatos que, por si sós, consistam em infrações mais graves já consumadas.
9.7 - Autoria Colateral, Autoria Incerta e Autoria Desconhecida:
 
Fala-seem autoria colateral quando dois agentes, embora convergindo as suas condutas para a prática de determinado fato criminoso,não atuam unidos pelo liame subjetivo.
Pode acontecer, contudo, que saibamos os autores dos disparos, como no caso acima em que A e B atiraram em direção a C, mas, mesmo assim, não consigamos identificar o autor do disparo que levou a vítima à morte. Existe a autoria colateral, haja vista que não atuaram unidos pelo vínculo psicológico. Dessa autoria colateral surgirá uma outra, chamada autoria incerta. Sabe-se quais são os possíveis autores, mas não se consegue concluir, com a certeza exigida pelo Direito Penal, quem foi o produtor do resultado. Daí dizer-se que a autoria é incerta.
 
Quando não se conhece a autoria, ou seja, quando não se faz idéia de quem teria causado ou ao menos tentado praticar a infração penal, surge uma outra espécie da autoria, chamada agora de desconhecida.
9.8 – Participação:
 
Os indivíduos que atuam como coadjuvantes na história do crime são conhecidos como partícipes.
Como atividade acessória, a participação pode ser moral ou material.
Diz-se moral a participação nos casos de induzimento e instigação. Material seria a participação por cumplicidade.
Induzir ou determinar é criar, incutir, colocar, fazer brotar a idéia criminosa da cabeça do agente/autor. Nesta modalidade de participação, o autor não tinha a idéia criminosa, cuja semente lhe é lançada pelo partícipe. A participação por instigação limita-se a reforçar, estimular uma idéia criminosa já existente na mente do autor. A função do partícipe, com a sua instigação, é fazer com que o agente fortaleça a sua intenção delitiva.
Na cumplicidade ou prestação de auxílios materiais, o partícipe facilita materialmente a prática da infração penal, por exemplo, cedendo a escada para aquele que deseja adentrar na casa da vítima, a fim de levar a efeito uma subtração, ou o que empresta a sua arma para que o autor possa causar a morte de seu desafeto. Em toda a prestação de auxílios materiais existe embutida uma dose de instigação. Aquele que empresta a escada ou a sua arma para o autor está estimulando-o mesmo que indiretamente, a praticar a infração penal, reforçando, portanto, a sua idéia criminosa. 
9.9 – Crimes monossubjetivos e plurissubjetivos: 
São Monossubjetivos: aqueles que podem ser praticados por uma só pessoa, como, por exemplo, o homicídio.
São Plurissubjetivos ou crimes de concurso necessário aqueles que só podem ser praticados por duas ou mais pessoas: Ex: Quadrilha ou bando (art. 288 do CP), Rixa (137 do CP);
10 – Sujeito Passivo: É a pessoa ou entidade que sofre os efeitos do delito (a vítima do crime);
11 – Objeto Material: É a coisa sobre a qual recai a conduta delituosa, no crime de furto, por exemplo, é o bem que foi subtraído da vítima.
12 – Consumação e Tentativa: 
 
Art. 14. Diz-se o crime: 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
 
12.1 – Inter Criminis. 
 Desde o início até o fim da infração penal, o agente passa por várias etapas, como se caminhasse por uma trilha que pudesse leva-lo ao êxito de seu plano criminoso.
 
O inter criminis, assim, é composto pelas seguintes fases:
Cogitação (cogtatio);
Preparação (atos preparatórios);
Execução; 
Consumação;
Exaurimento. 
LEI Nº 9.503/97 – CRIMES DE TRÂNSITO
1.1 – A Lei nº 9.099/95 e o Código de Trânsito Brasileiro:
O art. 291, caput, do CTB determina a aplicação da Lei 9.099/95 nos crimes previsto no Código, “no que couber”.
1.2 - A edição da Lei n. 11.705, de 19 de junho de 2008, alterando o Código de Trânsito Brasileiro:
Trouxe a imposição de novas regras, administrativas e penais, para o condutor que dirigir veículo automotor sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.
De início, impõe-se distinguir o CRIME e a INFRAÇÃO administrativa de embriaguez ao volante. A conduta prevista no art. 306 tipifica o delito de embriaguez ao volante, enquanto que a disciplina do art. 165 estabelece a infração administrativa, ambos do CTB.
1.3 - Concentração alcoólica:
Com a edição da Lei n. 11.705/2008, finalmente, pôs uma pá de cal nessa discussão, ao asseverar, expressamente, que dirigir sob a influência de álcool, por si, caracteriza a infração administrativa, sem preocupar-se com a concentração o teor alcoólico do motorista.
Eis a nova redação dos artigos 165 e 276 do CTB:
Art. 165.  Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Medida Administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e recolhimento do documento de habilitação. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Parágrafo único. A embriaguez também poderá ser apurada na forma do art. 277.
Art. 276.  Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Parágrafo único.  Órgão do Poder Executivo federal disciplinará as margens de tolerância para casos específicos. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Não há dúvida, portanto, que qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às penas do art. 165 do CTB. Essa premissa veio expressa na Lei e não admite discussão. Decorreu daí o apelido de “lei seca”. A tolerância do nível máximo de álcool por litro de sangue foi igualada a zero.
Além disso, de forma imediata, a Lei autoriza a apreensão da carteira e a retenção provisória do veículo. Isso porque é evidente que a aplicação da multa e da suspensão do direito de dirigir deve preceder de regular processo administrativo, em que seja possibilitada a ampla defesa do condutor, sob pena de ofensa aos mais comezinhos princípios constitucionais.
(TJSC, Agravo de Instrumento 2003.009899-2, relator Des. Luiz Cézar Medeiros)
Entretanto, as outras duas conseqüências (temporárias) decorrentes da infração administrativa (apreensão da carteira e retenção provisória do veículo) devem ser aplicadas de imediato pela autoridade de trânsito, quando da abordagem ao motorista.
Porém, essa mesma autoridade deve restituir a habilitação e liberar o automóvel tão logo superado o estado de embriaguez do motorista. No caso de restituição do carro, ainda enquanto o motorista estiver embriagado, o agente de trânsito pode entregá-lo a outra pessoa que proceda a sua direção.
OBS: Só depois de julgado o processo administrativo, com a possibilidade de defesa, é que a multa e a suspensão da habilitação devem ser aplicadas. 
Ainda no que se refere à infração administrativa, na sua empreitada de combate à embriaguez ao volante, para a constatação da influência do álcool ou de outra substância psicoativa, além do tradicional exame de alcoolemia (teste do bafômetro ou sangue), o legislador estabeleceu que os agentes públicos podem utilizar os instrumentos do art. 277 do CTB, também alterado pela Lei n. 11.705/2008. Vejamos:
Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu estado. (Redação dada pela Lei nº 11.275, de 2006) 
§ 1o. Medidacorrespondente aplica-se no caso de suspeita de uso de substância entorpecente, tóxica ou de efeitos análogos.(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.275, de 2006) 
§ 2o.  A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser caracterizada pelo agente de trânsito mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor. (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
§ 3o  Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165 deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 
A suspeita de embriaguez não equivale a sua certeza, no entanto. A certeza advirá do exame. É a mera suspeita que autoriza a realização do exame, apenas. Essa suspeita ficará a critério da autoridade de trânsito e pode ser a mais variada possível, dependendo do caso concreto. 
O § 2º do art. 277 deixou claro, também, que se o condutor não quiser submeter-se a realização dos testes de alcoolemia, as disposições legais permitem uma alternativa para suprir essa negativa. É possível a obtenção de outras provas em direito admitidas (exame clínico, testemunhas, etc...), acerca dos notórios sinais de embriaguez, como forma de atestar a influência do álcool no motorista. Isso é pacífico na jurisprudência e não exige comentários aprofundados. 
O legislador não obrigou o motorista a submeter-se ao teste de alcoolemia. Pelo contrário, deixou claro que ele pode recusar-se a essa submissão. Entretanto, se essa for a sua opção incidirá nas mesmas penas da infração administrativa de embriaguez ao volante. Em suma, pode-se considerar, em outras palavras, que dirigir embriagado é uma infração administrativa e recusar-se ao teste de alcoolemia é outra. Ambas, porém, são punidas com a mesma sanção administrativa. Foi exatamente isso o que disse o legislador ao escrever o § 3º do art. 277.
1.4 - ASPECTOS CRIMINAIS: 
a) O fim da possibilidade de oferecimento de transação penal para o crime de embriaguez ao volante (art. 306) 
 
A Lei n. 11.705/2008 revogou o parágrafo único do art. 291 do CTB, criando mais dois parágrafos a esse dispositivo. 
A norma revogada previa a possibilidade de se aplicar aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa, de embriaguez ao volante e de participação em disputa não autorizada o disposto nos artigos 74 (composição civil), 76 (transação penal) e 88 (representação) da Lei n. 9.099/95. Com o advento da nova legislação, tais benesses serão possíveis para o crime de lesão corporal culposa, não podendo ser aplicadas nos processos de apuração do delito de embriaguez ao volante, por absoluta falta de previsão legal. Com relação ao crime de “racha” os institutos da Lei n. 9.099/95 são aplicados em decorrência da quantidade da pena máxima, inferior a dois anos, genericamente. 
Eis a nova redação do art. 291 do CTB:
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
§ 1o  Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.705, de 2008) 
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 
§ 2o  Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 
b) a obrigatoriedade da aplicação da penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir na hipótese de réu reincidente 
O antigo art. 296 trazia uma faculdade ao juiz ao dispor que “se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz poderá aplicar a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções cabíveis” (grifos nossos). Todavia, com o advento da Lei nº 11.705/2008, o dispositivo ficou com a seguinte redação:
Art. 296.  Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis.” (grifos nossos)
 Com efeito, a nova Lei confere uma obrigatoriedade ao magistrado na aplicação de tal penalidade e não mera faculdade, o que foi extremamente salutar, diga-se de passagem.
c) O delito de embriaguez ao volante como crime de perigo abstrato 
 Antes de realizar uma análise detida sobre as alterações feitas pelo legislador, vejamos a antiga e a nova redação do art. 306 do CTB, cujo comando estabelece o crime de embriaguez ao volante:
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, sob influência de álcool ou substância de efeitos análogos, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem: (redação antiga) 
Art. 306.  Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de  álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
Parágrafo único.  O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Com a nova Lei e a supressão do comando normativo “expondo a dano potencial a incolumidade de outrem”, fica evidente que o crime passou a ser classificado como de perigo abstrato. Com isso, a exemplo do que ocorre na infração administrativa, não é mais necessária a comprovação de que, em tese, o condutor poderia causar dano a alguém. Não precisa mais estar dirigindo de forma anormal. Basta o simples fato de dirigir sob a influência de álcool ou outra substância psicoativa, para configurar o crime previsto no art 306 do CTB.
d) As condutas incriminadas no novo art. 306 do CTB  
Com a nova redação dada ao art. 306 do CTB, duas são as condutas incriminadas: 
conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas; 
2) conduzir veículo automotor, na via pública, sob influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.
OBS: No que tange à primeira, apesar de não mais se exigir a exposição a dano potencial a incolumidade de outrem, a nova Lei incluiu no tipo objetivo a seguinte exigência: “estando [o agente] com concentração de  álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas”. Dessa forma, imprescindível para a configuração do crime a comprovação dessa concentração alcoólica no sangue do condutor. Não é suficiente, como na infração administrativa, dirigir veículo após a ingestão de qualquer quantidade de álcool. É necessária uma concentração mínima de álcool por litro de sangue (seis decigramas).
OBS: o Decreto n. 6.488, de 19 de junho de 2008, já regulamentou essa questão, asseverando que os seis decigramas do exame de sangue equivalem a três décimos de miligrama porlitro de ar expelido dos pulmões no exame alveolar (o popular bafômetro).
O problema todo começa quando o motorista, usando da faculdade constitucional de não ser obrigado a fazer prova contra si, recusa-se a submeter-se ao teste de alcoolemia. Se isso acontecer, a infração administrativa está caracterizada (art. 165, § 3º). Entretanto, como ficará a situação na esfera criminal? É possível valer-se de outros meios de prova para atestar a materialidade do delito? 
De fato, certo é que o critério matemático imposto pela nova redação do art. 306, no caso de uma embriaguez de grau médio para baixo, em que o condutor apresenta parcos sinais de ingestão de álcool, com pouco odor, falando adequadamente, andando com equilíbrio, dificilmente poderá ser atestada senão pelo uso dos testes de alcoolemia. Se o condutor tomou uma taça de vinho, por exemplo, caso se recuse a fazer o bafômetro, não há forma de saber se alcançou a concentração mínima exigida para a caracterização do delito. Só o exame de alcoolemia poderá atestar com precisão o grau mínimo de embriaguez.
 No entanto, na situação de uma embriaguez patente, em que o condutor ingeriu não uma taça de vinho, mas uma dúzia de garrafas, por exemplo, apresentando-se cambaleando, não se agüentando em pé, quase em coma alcoólico, com forte odor, voz completamente embargada, é evidente que o seu grau de embriaguez excedeu, em muito, o limite de seis decigramas de álcool por litro de sangue.
Suponhamos que, em regra, dois copos de cerveja sejam suficientes para alcançar o limite de seis decigramas de álcool por litro de sangue. Se ficar comprovado, por meio de testemunhas, que o condutor ingeriu não dois copos, mas duas dúzias de cerveja pouco antes de dirigir, estando quase que em coma alcoólico, não é certo que a sua concentração alcoólica ultrapassou, em muito, o limite legal estabelecido no art. 306? Há alguma dúvida da caracterização do delito? 
Encontradas, outro exemplo, dentro do carro, várias garrafas de cachaça, com o condutor confessando que acabou de consumi-las, completamente embriagado, mas recusando-se ao bafômetro, há alguma dúvida de que o limite de seis decigramas foi alcançado? É evidente que não.
O art. 158 do CPP assevera que quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. No caso, porém, como o condutor recusou-se a fazer o teste de alcoolemia, perfeitamente possível a aplicação do disposto no art. 167 do CPP, analogicamente, podendo a prova testemunhal suprir a falta da perícia. Ademais, se outros meios de prova podem ser usados para atestar a infração administrativa de embriaguez ao volante (art. 277, § 2º, do CTB), por qual razão não podem ser utilizados para o prova da mesma conduta na esfera criminal?
Conclusão: Temos, pois, que apesar de o tipo penal prever o limite matemático de concentração alcoólica, a prova deste fato não pode cingir-se aos testes de alcoolemia apenas. Se através de exames clínicos, da prova testemunhal ou de qualquer outro meio probatório lícito for possível concluir, com certeza, que a concentração alcoólica do condutor foi em muito superior ao limite mínimo, diante da sua recusa em submeter-se aos testes de alcoolemia, não vislumbramos óbice ao uso de outros instrumentos probatórios. 
OBS: Por fim, impende esclarecer que a negativa do bafômetro ou qualquer outro teste de alcoolemia não pode sujeitar o motorista à prisão em flagrante. O condutor tem esse direito, como já vimos. Pode optar entre fazer o bafômetro e arriscar-se à caracterização imediata do delito ou pode negar-se e, conseqüentemente, optar pela sanção administrativa prevista no art. 277, § 3º, do CTB. O que não pode é ser preso em razão dessa negativa, simplesmente. Essa é uma infração administrativa, apenas. A não ser no caso de embriaguez patente, facilmente comprovada por outros meios de prova, como já falamos, quando o crime está configurado. Nesses casos, apenas nesses casos, possível é a prisão em flagrante do condutor, mesmo diante da recusa do bafômetro, pela prática do delito previsto no art. 306.
e) revogação do inciso V do parágrafo único do art. 302 do CTB 
 
Importante conseqüência advinda de tal supressão é a possibilidade de configuração de concurso material entre os crimes de embriaguez ao volante (art. 306 do CTB) e homicídio culposo (art. 302 do CTB). Antes, tal concurso de crimes ficava impossibilitado, pois a embriaguez era expressamente prevista como causa especial de aumento de pena. 
  
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: 
Penas – detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:
I – não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II – praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III – deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV – no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
V – estiver sob a influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecente de efeitos análogos. (Incluído pela Lei nº 11.275, de 2006)  (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008) 
1.5 – Suspensão ou proibição de se obter permissão ou habilitação para dirigir veiculo automotor:
Nos termos do art. 292 do CTB, a suspensão ou proibição de se obter permissão ou habilitação para dirigir veiculo automotor poderá ser aplicada como penalidade principal, isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
OBS: A duração da pena será de dois a cinco anos, nos termos do art. 293 do CTB. O parâmetro para a fixação da sanção entre o mínimo e o máximo será o art. 59 do CP.
1.6 – Multa reparatória:
Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime.
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 do Código Penal.
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado.
1.7 – Circunstâncias agravantes: (Rol Taxativo)
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração:
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
1.8 – Inexistência de prisão em flagrante e fiança:
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
1.9 – Dos Crimes em Espécie:
1.9.1 - Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: 
        
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. No homicídioculposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
1.9.2 - Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: 
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior.
1.9.3 - Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:   
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
1.9.4 - Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
1.9.5 - Art. 306.  Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de  álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)   Regulamento         
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
        
Parágrafo único.  O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 
1.9.6 - Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código:
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
        
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
1.9.7 - Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada:       
Penas - detenção, de seis meses a dois anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
1.9.8 - Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:    
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
1.9.9 - Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:    
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
1.9.10 - Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:      
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
1.9.11 - Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:    
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
        
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
DEVER DE CASA
1ª) O que ocorre com o pai que entrega veiculo a menor e este vem a cometer um homicídio culposo no transito?
2ª) A lei 9.099/95 é aplicável ao homicídio culposo no trânsito? Explique.
3ª) Exige-se a eficácia da fuga no delito previsto no art. 305 do CTB?
4ª) O art. 34 da Lei de Contravenções Legais continua em vigor mesmo com o art. 308 do CTB?
5ª) O art. 309 do CTB derrogou o art. 32 da LCP? Sim ou não e explique?
6ª) Caso o agente venha a dirigir veiculo com carteira de habilitação falsa, deve responder pelo que? Justifique
7ª) O agente que rouba o veiculo e passa a dirigir sem habilitação deve responder pelo que? 
8ª) Há necessidade de flagrante delito para a configuração do crime de dirigir veiculo sem habilitação, gerando perigo de dano ?
9ª) Existe crime quando o sujeito é surpreendido na direção de veiculo automotor depois de aprovado em exame de habilitação, porém antes da expedição do documento de habilitação? 
10ª) A multa administrativa exclui a multa penal? Explique. 
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