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Capitalismo Concorrencial

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Introdução
O capitalismo atual é definido como um sistema econômico que se baseia na propriedade privada dos meios de produção, na aquisição de lucros através de investimentos, e com a produção, distribuição e preços dos bens, serviços e recursos-humanos afetados pelas forças da oferta e da procura. Antes dessa fase tivemos outras, como o capitalismo mercantilista, o concorrencial e o monopolista.
A metodologia usada para a elaboração desse trabalho foi à junção das aulas assistidas do Professor Dr. Áquilas Mendes do curso de História Econômica Geral e de teoria de grandes autores, eles sendo Maurice Dobb, Carlos Oliveira e Eric Hobsbawn. 
O trabalho em questão abordará exclusivamente o capitalismo concorrencial, suas características e seus aspectos históricos. Esse está dividido em três partes, sendo a primeira sobre a origem do capitalismo, desde o fim do feudalismo até o início do capitalismo mercantilista, a segunda parte dando exclusividade ao capitalismo concorrencial explicando seu início e os motivos que o fizeram surgir e por fim a terceira, e última, parte que tem como objetivo explicitar quais foram as influências do capitalismo concorrencial para a história.
Origem do Capitalismo
O Feudalismo era caracterizado pela apropriação do produto excedente de trabalho dos camponeses pelo senhor feudal. A exploração baseava-se na troca de espécie ou trabalho do camponês pelas ferramentas e terras cedidas do senhor.
Com o fim do chamado Feudalismo, os camponeses se tornaram trabalhadores assalariados, removeram os seus meios de produção, como instrumentos agrícolas, terras, e ferramentas. A criação de uma nova classe social, a burguesia, e o desenvolvimento do comércio são as causas principais para a formação do Capitalismo.
“As atividades agrícolas já estavam predominantemente dirigidas para o mercado; as manufaturas de há muito tinham-se disseminado por um interior não feudal. A agricultura já estava preparada para levar a termo suas três funções fundamentais numa era de industrialização: aumentar a produção e a produtividade de modo a alimentar uma população não agrícola em rápido crescimento; fornecer um grande e crescente excedente de recrutas em potencial para as cidades e indústrias; e fornecer um mecanismo para o acúmulo de capital a ser usado nos setores mais modernos da economia.”(Hobsbawn, 2006, p. 54).
O Capitalismo se caracteriza pelo meio de produção estar retido nas mãos de uma única classe social, a burguesia, assim como o abuso do trabalhador e suas horas de trabalho. Maurice Dobb (2016, p. 13) o define como “Um sistema de empresa individual sem obstáculos: um sistema em que as relações econômicas e sociais são governadas por um contrato, em que estão ausentes quaisquer compulsões e restrições legais”. 
Para chegar a essa definição Dobb utilizou de três definições diferentes de capitalismo. O primeiro sendo o de Werner Sombart, onde ele busca a essência do capitalismo através do espirito de empreendimento de cada ser. Max Weber segue a mesma linha de raciocínio, porém simplifica dizendo que está no espirito das pessoas buscarem por lucro, definindo-as como “um estabelecimento capitalista racional”.
A segunda define o capitalismo como a organização de produção para um mercado distante. O Professor Earl Hamilton descreve o capitalismo como “o sistema em que a riqueza outra que não a terra é usada com o fito definido de conseguir uma renda”, o Professor Nussbaum define como “um sistema de economia de trocas” no qual o “principio orientador da atividade econômica é o lucro irrestrito”. Esses buscam explicar o capitalismo pela ampliação do mercado e no aumento de investimento nas empresas comerciais.
E em terceiro a definição mais conhecida, a de Marx, que não buscava a síntese do capitalismo no espírito de empresa de cada ser ou no uso da moeda para financiar as trocas com o objetivo de lucro. Mostrava que o capitalismo não é apenas um sistema de produção para o mercado, e sim um sistema onde a própria capacidade de trabalho “se torna uma mercadoria” que era comprada e vendida no mercado com o objetivo de troca. 
“O que diferencia o uso dessa definição quanto às demais é que a existência do comércio e do empréstimo de dinheiro, bem como a presença de uma classe especializada de comerciantes ou financistas, ainda que fossem homens de posses, não bastam para construir uma sociedade capitalista. Os homens de capital, por mais aquisitivos, não bastam – seu capital tem de ser usado na sujeição do trabalho à criação da mais-valia no processo de produção.” (Dobb, 2016, p. 19).
Fica evidente que com o avanço dos estudos e o enriquecimento desses por causa das pesquisas sobre a história econômica moderna das últimas décadas, que a definição de capitalismo atualmente utilizada se aproxima mais da que Marx já tinha adotado.
Capitalismo Concorrencial
Com a chegada da Revolução Industrial, a burguesia apresenta uma produção muito maior que o período anterior e com maior eficiência e exploração dos recursos naturais, humanos e técnicos. A burguesia tendo em controle os meios de produção e a força de trabalho faz com que surja uma nova classe social, o proletariado.
“com a industrialização iniciava-se uma nova era histórica, a etapa concorrencial do capitalismo, que cobre aproximadamente o período de 1830 a 1890. Nessa fase, a grande indústria implantava-se em vários países, e denominamos industrializações atrasadas os processos de constituição do capitalismo que se completam na vigência do capitalismo concorrencial.”(Oliveira, 2002, p. 174).
Nessa fase a implantação e criação de máquinas no processo de produção foram facilitadas devido ao grande acúmulo de capital no período mercantilista. Um grande símbolo dessa época foi a máquina movida a vapor gerado a partir da combustão do carvão.
Pela concorrência os preços de mercados eram determinados, existia uma nivelação das taxas de lucro e era fixada a taxa de salário. Dessa maneira o capitalismo concorrencial ajusta a estrutura econômica através de meios puramente econômicos.
“a capacidade do capital industrial de liderar o processo de expansão econômica cria as condições para sua hegemonia, pois sua ação garante os aumentos da produção de mercadorias e de mais-valia, o que atende aos interesses do capital bancário e comercial. E a livre concorrência é condição para a plena realização da posição hegemônica do capital industrial.
Em síntese, a livre concorrência é elemento fundamental do capitalismo, pois é por meio de sua ação que são reguladas as relações entre os diversos capitais individuais, bem como as relações entre o trabalho e o capital.” (Oliveira, 2002, p. 176).
O capitalismo concorrencial é marcado pelas atividades industriais como principal fonte de negócios e lucros, concentração de renda nas mãos da burguesia industrial, alta desigualdade social, evolução dos meios de produção com a invenção e uso das máquinas a vapor, uso de mão-de-obra assalariada nas indústrias, desenvolvimento dos meios de transportes rápidos e de longas distâncias para satisfazer a logística.
Aspectos Históricos do Capitalismo Concorrencial
O inicio do capitalismo concorrencial se deu a partir da revolução industrial. Com isso vieram grandes inovações como a estrada de ferro, o navio a vapor e os novos processos de fabricação do aço.
“aquela camada de trabalhadores especializados que existia na Inglaterra desde o período manufatureiro havia se desenvolvido e agora era mais numerosa, composta por operários mais treinados e qualificados; e eram exatamente estes trabalhadores que não somente geravam a nova tecnologia, como ainda eram seus portadores, viabilizando, dessa forma, a difusão das inovações. Assim, a simplicidade da tecnologia e o fato de que podia ser difundida por trabalhadores permitiam que a utilização de inovações logo se generalizasse pelo aparelho produtivo.” (Oliveira, 2002, p.178).
Sendo assim não havia recursos que poderiam proteger empresasinovadoras contra a concorrência, porque novos capitais ou empresas do mesmo ramo que se formavam podiam incorporar novas tecnologias. Portanto é importante observar a dinâmica da inovação técnica que não impedia ou bloqueava o surgimento de novos capitais individuais em vários ramos da produção.
Na Inglaterra, após a Revolução Industrial, as condições para que a concorrência ocorresse plenamente: o aparelho industrial era integrado, o sistema bancário desenvolvido, um grande número de empresas atuava em diversos ramos, a tecnologia era simples, o processo de proletarização era avançado, e já havia se formado uma classe operária livre.
“E tanto a Grã-Bretanha quanto o mundo sabiam que a revolução industrial lançada nestas ilhas não só pelos comerciantes e empresários como através deles, cuja única lei era comprar no mercado mais barato e vender sem restrições no mais caro, estava transforando o mundo.”
 (Hobsbawn, 2006, p. 82).
Conclusão 
Esse trabalho teve como foco principal o capitalismo concorrencial e suas principais características e influências históricas no mundo atual. Os autores Maurice Dobb, Eric Hobsbawn e Carlos Oliveira foram citados como referência, com isso concluísse que: o capitalismo concorrencial apresentou um elevado e acelerado desenvolvimento tecnológico, sustentando a economia dos países liberais.
 Em meio a esse desenvolvimento, surgem diversas correntes filosóficas, os chamados socialismos, estes que refletem sobre a condição do proletariado, buscando uma sociedade ideal. Algumas dessas correntes têm força até hoje, tendo como uma consequência marcante a Guerra Fria, ocorrida na segunda metade do século XX, que definiu as bases da sociedade atual.
A questão do proletariado também deixa sequelas no mundo contemporâneo. As condições do operário melhoraram consideravelmente em relação aos séculos XIX e XX, porém está longe do ideal. 
Bibliografia
DOBB, Maurice. A Evolução do Capitalismo. Tradução: Manuel do Rêgo Braga. Editora LTC. Rio de Janeiro//: 2016.
HOBSBAWN, Eric. A Era das Evoluções. Tradução: Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel. Editora Paz e Terra. Rio de Janeiro//: 2006.
OLIVEIRA, Carlos. Processo de industrialização: do capitalismo originário ao atrasado. Editora Unesp. Campinas, SP //: 2002.

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