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HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL - Unidade 2

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02/09/2021 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736230_1&PARE… 1/45
HISTÓRIA HISTÓRIA 
ECONÔMICA GERALECONÔMICA GERAL
Me. Carla Fabiana de Andrade Gonçalves Iori
INICIAR
02/09/2021 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736230_1&PARE… 2/45
introdução
Introdução
Antes do século XVIII, o tipo mais comum de crise estava associado ao
fracasso de colheitas, guerras ou algum acontecimento anormal, como a
escassez de alimentos e outros artigos necessários. A partir dessa dimensão
temporal, a humanidade conhecerá as crises por conta da superabundância,
na qual, aos invés dos preços caírem, eles sobem! Haja vista as inovações
tecnológicas implementadas na Segunda Revolução Industrial modi�carem
substancialmente a vida das sociedades.
Uma nova dinâmica capitalista foi se consolidando a partir das inovações
técnicas, paralelamente à concentração do capital. A partir daí, o capitalismo
monopolista toma forma e vai junto a outros elementos mudar as relações
sociais no contexto mundial.
02/09/2021 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736230_1&PARE… 3/45
A Revolução Industrial, que chegou à Inglaterra e ao sul da Escócia nos
últimos trinta anos do século XVIII, atraiu para as fábricas e para as cidades
fabris os trabalhadores que anteriormente produziam bens em suas próprias
casas, ou alimentos e lã em suas fazendas. E trouxe outros que não
produziam antes praticamente nada. Conforme Galbraith (1989, p. 52), o
capital que os mercadores antes investiam nas matérias-primas que eram
enviadas aos vilarejos para serem transformadas em tecido, ou que serviu
para comprar a mão de obra de artesãos independentes, estava agora no
processo de ser investido em quantidades drasticamente maiores em
fábricas e máquinas, ou nos salários, bem pouco muni�centes que
mantinham vivos, mal e mal, os trabalhadores. A �gura dominante nessa
transformação e, consequentemente, cada vez mais na comunidade e no
Estado, não era o mercador, voltado para a compra e venda de mercadorias,
mas o industrial, voltado para a produção dessas mercadorias.
Nesse contexto, Galbraith (1989, p. 53) apresenta que o desenvolvimento da
economia se dá de forma intrinsecamente relacionada à Revolução industrial
Economia Política Clássica e aEconomia Política Clássica e a
Crítica MarxistaCrítica Marxista
02/09/2021 Ead.br
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e que esse panorama nos encaminha para duas das �guras mais celebradas
da história: Adam Smith e, aproximadamente 75 anos depois, Karl Marx.
Um foi o profeta dos seus feitos e realizações, e a origem das normas
que a norteariam a partir de então; o outro foi o crítico do poder que
ela outorgava àqueles que possuíam o que viria a ser chamado
meios de produção, e da pobreza e opressão a que ela obrigava os
trabalhadores (GALBRAITH, 1989, p. 53).
Certamente, não foram as fábricas enormes, nem as cidades fabris, nem os
regimentos de trabalhadores entrando e saindo do serviço, nem os
industriais que despontavam na política e na sociedade que foram estudados
por Adam Smith (GALBRAITH, 1989). O grande trabalho de Smith foi publicado
em 1776. Não era do cotidiano do pensador escocês esse cenário. O que
atraiu sua atenção não foram propriamente as máquinas que caracterizaram
a Revolução Industrial, mas a maneira como as tarefas estavam divididas
tornando cada trabalhador um especialista numa parte ín�ma da tarefa.
Com Adam Smith, a história deu seu maior passo. Nos anos seguintes à
morte de Smith, três grandes nomes, todos praticamente contemporâneos,
um francês, dois ingleses, surgiram para aperfeiçoar a obra smithiana e
compõem a chamada Escola Clássica da Economia: Jean Baptiste Say (1767-
1832), Thomas Robert Malthus (1766-1834) e David Ricardo (1772-1823). Todos
eles, em especial Malthus e Ricardo, conviveram com uma Revolução
Industrial já plenamente desabrochada e, re�nando, o que Smith fez,
buscaram trazer a economia a parte da signi�cativa transformação.
A economia de ordem industrial é resultado do trabalho de Malthus e
Ricardo. E a corrente central das ideias econômicas que se desenvolveu a
partir do trabalho desses dois pensadores foi algo poderoso. Pode-se
concordar com Galbraith (1989, p. 114) que, junto a Adam Smith, “moldou a
história da economia”. Os economistas clássicos defendiam e pregavam suas
ideias com vigor. Karl Marx, o crítico, fundou e proporcionou liderança a um
movimento político, que até os dias atuais é motivo de tensão política interna
e internacional. Ninguém se refere aos smithianos ou aos ricardianos, até
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mesmo keynesianos, a partir de 1936. De modo geral, ser marxista signi�ca
algo mais marcante. E pode gerar profunda identidade em um grupo ou até
ser excluído dele por conta da linha de pensamento.
Em 1857, diante da perspectiva de uma crise econômica global e da
possibilidade de outro período de revolução, Karl juntou os componentes da
“crítica da economia política”, sobre a qual havia se debruçado em Paris em
1844. A história narrada naquilo que �cou conhecido posteriormente como
Grundrisse era a da perda e da recuperação históricas pelo homem da sua
“natureza social” ou “humana”. Conforme Jones (2017, p. 402), essa natureza
�cou escondida sob a forma externa e abstrata que assumiu na sociedade
civil. Portanto, a tentativa de narrar esse acontecimento tomou a forma de
“uma crítica da economia política”, porque as categorias econômicas –
comércio, concorrência, capital, dinheiro etc. – eram apenas “expressões
teóricas, as abstrações, das relações sociais de produção.”
A abordagem de Karl Marx apresenta uma forma nova de demonstrar o
caráter explorador do capital, haja vista o desenvolvimento da indústria
moderna e o aumento crescente de investimento em maquinaria para
economizar trabalho. Assim, a tendência era acentuada de dois modos:
primeiro, pela produtividade e, em segundo, a intensidade de exploração do
trabalhador era aumentada. Nesse sentido, a maior produtividade não era
simplesmente uma questão de tecnologia da máquina; envolvia também a
reorganização da divisão do trabalho e do espaço fabril de tal maneira que o
trabalho já não era dividido entre trabalhadores, mas entre máquinas e
maquinistas. E, segundo, o número de trabalhadores dos quais a mais-valia
podia ser extraída estava diminuindo; ou, para colocar nos termos
empregados por Karl, a proporção entre “capital constante” (capital �xo
investido) e “capital variável” (trabalho assalariado) aumentava. Dessa forma,
o lucro só podia vir do trabalho vivo, e isso signi�cava que a taxa de lucro
estava caindo. Essa tendência, segundo o pensador, poderia levar a crises.
Essa forma social, exploratória, surge, para Karl Marx, a partir de certo estágio
do desenvolvimento produtivo demonstrado na “forma-valor”. Ele entendia
como absurda a ideia de acreditar que a propriedade privada e o indivíduo
fossem tidos como pontos de partida históricos.
02/09/2021 Ead.br
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As Transformações Ocorridas no modo de
produção Capitalista a partir da
Acumulação Primitiva
Ao examinar a história do capitalismo, encontramos que a fase inicial desse
sistema dá-se na Inglaterra, no período da segunda metade do século XI e
início do século XII. Por uma série de fatores, foi nesse país que a pequena
propriedade e o gozo dos direitos contribuíram para desenvolver, a partir do
século XIV, uma classe rural precocemente comprometida na produção
artesanal e na comercialização dos produtos. Por essamesma razão, a
diferenciação entre aldeões ricos e pobres e o incentivo de grandes lucros
conseguidos sobre os campos de pastagem, devido à extensão da indústria
de lã, trouxeram, como consequência, uma expulsão em massa dos
pequenos agricultores durante os séculos XV e XVI e uma apropriação
sistemática de suas parcelas, concomitantemente a das terras comunais
(área do feudo de uso coletivo, por exemplo os bosques, �orestas e pastos),
pelos grandes proprietários.
A legislação foi impotente contra esse movimento de apropriação. Além
disso, a lei acabou voltando suas armas contra pobres, desocupados e
vagabundos – formas como a lei enxergava, na época, as pessoas menos
favorecidas.
A primeira “lei dos pobres”, no reinado de Rainha Elizabeth I, preparou, sob o
pretexto de ajuda obrigatória, essas futuras “casas de trabalho”, nas quais o
pobre seria colocado à disposição do produtor industrial. Expropriação e
proletarização são os dois termos da “acumulação primitiva” no estado puro,
a perfeita separação, mediante a violência legalizada, do produtor com seus
meios de produção. Por isso, Marx (1985) elegeu o exemplo inglês dos
séculos XV e XVI como símbolo. É no século XVIII que o processo é concluído
e somente na Inglaterra se apresenta de uma maneira radical. Vilar (1975)
descreve que a colonização europeia, em escala mundial, determina outro
aspecto da acumulação primitiva. Ela se realiza por mecanismos bastante
variados, a saber: os saques – delicadas joias arrebatadas dos índios das
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ilhas, imensos tesouros dos príncipes mexicanos e incas – foram diretamente
transferidos para a Europa (VILAR, 1975).
É imaginável, conforme Dobb (1980), que uma economia não pode ser
baseada, durante muito tempo, no simples e puro saque, tampouco se deve
crer que se tratou de um breve episódio. Os holandeses, que difundiram uma
versão das crueldades espanholas na América, não foram menos cruéis nas
ilhas do Extremo Oriente, as quais ocuparam no século XVII. Os ingleses na
Índia (século XVIII) também usaram desse esquema pér�do. Além do que,
desde o tempo da Rainha Elizabeth I, uma das grandes fontes de
enriquecimento da corte real inglesa foi a pirataria, a pilhagem direta dos
carregamentos espanhóis. A essa economia de pilhagem a colonização
acrescentou uma exploração contínua e sistemática.
Desse modo, vemos que a intensidade da acumulação monetária na Europa,
condição para a instalação do capitalismo, dependeu do grau de exploração
do trabalhador americano. Isso não vale somente para as minas. O ouro e a
prata são mercadorias. O açúcar, o cacau, o café e as madeiras tintoriais
podem provocar fenômenos análogos. A acumulação primitiva do capital
europeu dependeu tanto do escravo cubano quanto do mineiro dos Andes.
Nesse sentido, “O escravismo velado dos assalariados europeus, não podia
instalar-se senão sobre o escravismo sem disfarce dos trabalhadores do
Novo Mundo” (MARX, 1985, p. 91). Diante desse panorama, contextualiza-se o
capital usurário e o capital mercantil em que a acumulação monetária é
obtida, a princípio, por meio do empréstimo usuário para o consumo: no
nível mais baixo, em cada aldeia, o homem que tem disponibilidades
monetárias pode emprestar, com juros muito elevados, ao camponês, que
não tem do que viver, o necessário para comprar semente ou uma
ferramenta, ou para pagar o imposto; no nível mais alto, os grandes
mercadores ou banqueiros emprestam aos grandes senhores ou aos
príncipes; é mais perigoso, uma vez que pode haver falências, con�scos, mas,
ao mesmo tempo, é remunerador.
O domínio do capital mercantil corresponde, na Europa Ocidental, a uma
nova estrutura do Estado. Às vezes, como na França, esse Estado favorece
diretamente à manufatura. Os impostos, cuja importância aumenta, são
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cobrados a partir do produto nacional, e trata-se de uma importante fonte de
acumulação monetária. A organização do crédito e o aparecimento dos
primeiros bancos estatais fazem baixar as taxas de juros usurários e, em
contrapartida, mobilizam o dinheiro dos “capitalistas” nas mãos de grupos
restritos e poderosos. Por último, o Estado protege a produção nacional por
intermédio das aduanas e da marinha nacional, pelos “atos de navegação” –
que lhe reservam os transportes.
A �nalidade de todas essas medidas mencionadas é bastante consciente. É
expressa amiúde pelos economistas “mercantilistas”, que representavam a
forma primitiva e ingênua do capitalismo: a �nalidade de qualquer atividade
é “fazer dinheiro”. A nação é rica se tem um saldo positivo de metais
preciosos; pouco importa como é distribuído esse saldo, confundindo-se
“lucro nacional” e lucro dos comerciantes – que, por sua vez, se confundem
com os industriais. O país mais característico dessa fase é a Inglaterra do
�nal do século XVII. A evolução que sofreu desde o século XV (concentração
da propriedade agrária, proletarização da mão de obra, atividade marítima e
colonial) permitiu-lhe superar de�nitivamente os países dos primeiros
descobrimentos (Espanha e Portugal, paralisados pelo excessivo a�uxo de
dinheiro e o parasitismo das rendas) e evoluir mais depressa que a Holanda
(privada de recursos industriais) e a França (onde a estrutura agrária resistiu
ao movimento de concentração das propriedades e de “cercamento” das
terras comunais).
Foi também na Inglaterra que apareceram, no curso do século XVIII, as
novidades que caracterizam de forma decisiva a nova era: a era capitalista. A
partir do aparecimento do maquinismo, por volta de 1730 e, sobretudo, a
partir de 1760, ocorre uma série de invenções que irão substituir a
[...] “manufatura” pela “maquinofatura”, ou seja, que permitirão por
sua vez multiplicar a produtividade do trabalho humano, reduzir
este mesmo trabalho a um mecanismo cada vez mais abstrato, cada
vez menos unido ao objeto produtivo (de forma contrária ao
trabalho artesanal), e, por último, utilizar uma mão de obra de força
reduzida: é a mobilização maciça do trabalho de mulheres e
crianças. Estas invenções são as que concernem à metalurgia
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(fundição do carvão) e, por último, à máquina a vapor. Este avanço
das forças produtivas é necessário para subverter as estruturas
econômicas e sociais. Daí em diante, a produção industrial em
massa será a fonte essencial do capital, pela distância estabelecida
entre o valor produzido pelo operário e o valor que lhe é restituído
sob a forma de salário por aqueles que dispõem dos novos meios de
produção (máquinas, fábricas). A era da “acumulação primitiva”
terminou. Tudo irá tornar-se “mercadoria” e as relações sociais se
estabelecerão exclusivamente em termos de dinheiro. Já não há mais
“feudalismo” (VILAR, 1975, pp. 47-48).
As etapas �nais da transformação desse período, portanto, abrangem o
controle do capital mercantil sobre a produção industrial, o papel dos
primeiros Estados nacionais e a acumulação primitiva e, por último, o novo
avanço das forças de produção: produção industrial em massa e “nova
agricultura” no século XVIII.
Iori (2014) constata, contudo, que o século XVIII, especialmente nos países
mais avançados, como a Inglaterra, vê desaparecer se não a carestia e a falta
de pão, pelo menos as fomes mortais. Como se explica isso? Deve-se em
primeiro lugar ao fato de que os operários trabalharam mais (mais dias ao
ano) e as mulheres e crianças foram postas a trabalhar também. O salário
familiar aumenta até o mínimo de subsistência, mas por uma quantidade de
trabalho extraordinariamente maior. A Revolução Agrícola e a liberdade do
comércio de grão permitiram que fosse alimentado um maior número de
homens e com maior regularidade.Nos países mais adiantados, era
suprimido o pousio (descanso destinado à terra cultivada, interrompendo
uma cultura até outra) e eram plantadas mais leguminosas e tubérculos. Isso
fez com que diminuíssem os antigos lucros da especulação, quando se tirava
proveito das crises de alimentação. O capital mercantil de tipo antigo se
ressente, mas o capital industrial, cada vez que pode diminuir o conteúdo-
valor da alimentação mínima do operário, assegura um lucro sempre maior.
A partir desse momento, o capitalismo industrial, que nesse caso merece
simplesmente o nome de capitalismo, substitui as modalidades primitivas de
formação do capital. Somente no século XIX, o capitalismo industrial se
propagará tal como havia nascido na Inglaterra a partir de 1760. Resta
02/09/2021 Ead.br
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considerar que um regime social não está constituído, exclusivamente, por
seus fundamentos econômicos. A cada modo de produção corresponde não
somente um sistema de relações de produção, como também um sistema de
direito, de instituições e de formas de pensamento.
É muito importante se atentar para a relevância do século XVI para a história
europeia. Esse espaço cronológico representa a tênue linha divisória entre a
ordem feudal decadente e o sistema capitalista que surgia. Já sabemos que
tratar de história econômica geral é fazer uma releitura da humanidade sobre
a perspectiva de como a sociedade se organizou para satisfazer suas
necessidades materiais. Nesse sentido, é interessante pensar que a história
apresenta três importantes revoluções. Harari (2015) indica a Revolução
Cognitiva como marco do processo histórico, há cerca de 70 mil anos; a
Revolução Agrícola por volta de 12 mil anos atrás; a Revolução Cientí�ca, que
começou há apenas 500 anos. E a última, na medida em que propiciou a
contestação de “verdades”, abriu espaço para outra transformação
econômica-social: a Revolução Industrial. Com o �m do feudalismo e o
processo transitório do mercantilismo, o modo de produção capitalista em
ascendência passa a revelar, claramente, características socioeconômicas
intrínsecas na Revolução Industrial.
praticar
Vamos Praticar
Galbraith apresenta que o desenvolvimento da economia se dá de forma
intrinsecamente relacionada à Revolução industrial e que esse panorama nos
encaminha para duas das �guras mais celebradas da história: Adam Smith e,
aproximadamente 75 anos depois, Karl Marx (GALBRAITH, 1989).
02/09/2021 Ead.br
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Sobre esses dois pensadores, avalie as a�rmativas a seguir.
I. Eles são contemporâneos.
II. Karl Marx é considerado o pai da economia
III. Karl Marx apresenta o caráter explorador do capital.
É correto o que se a�rma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
Feedback: alternativa correta, pois Karl Marx apresenta a noção de
trabalho vivo, mais-valia, conceitos que abordam a exploração do
trabalho, o trabalho enquanto mercadoria.
c) I e II, apenas.
Feedback: alternativa incorreta, pois Adam Smith e Karl Marx não se
tocaram no tempo como a�rmado em I. Marx vem três quartos de séculos
após Adam Smith. A a�rmativa II está equivocada em considerar Karl
Marx. Esse título de pai da economia é normalmente conferido à Adam
Smith.
d) II e III, apenas.
Feedback: alternativa incorreta, pois a a�rmativa II está equivocada em
considerar Karl Marx. Esse título de pai da economia é normalmente
conferido a Adam Smith. Em que pese a a�rmativa III, está correta, pois
Karl Marx analisou o caráter exploratório da economia
e) I, II e III.
02/09/2021 Ead.br
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A Revolução Industrial, conforme Iori (2014), é o segundo momento da
carreira do capitalismo no �nal do século XVIII e primeira metade do século
XIX. Sua importância foi essencialmente econômica, apresentando um re�exo
dramático sobre a esfera política. A Revolução Industrial é um marco
histórico em que os limites para a produção de riquezas pelo homem foram
implodidos e nunca mais deixaram de ser superados e expandidos. Moraes
(2017, p. 46) a�rma que o mundo como o conhecemos hoje é “�lho” dessa
transformação.
Em 1776, como não poderia deixar de ser, a Inglaterra era o país mais
e�ciente e poderoso do mundo. Ela se bene�ciou grandemente com o livre
comércio internacional, em face do início da Revolução Industrial. Nessa
época, os empresários foram se fortalecendo e não mais precisavam contar
com a ajuda do governo, com privilégios de monopólios e com a proteção
tarifária. O marco temporal referido anteriormente é, ainda, importante
porque também apresenta uma mudança sistemática na ciência econômica.
Foi justamente em 1776 que Adam Smith publicou sua obra A riqueza das
nações. O pai da economia e seus contemporâneos, que viveram durante os
A Revolução Industrial Britânica eA Revolução Industrial Britânica e
a Expansão do Capitalismoa Expansão do Capitalismo
02/09/2021 Ead.br
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primeiros estágios da Revolução Industrial, não puderam identi�car de forma
adequada a representatividade desse fenômeno e a direção que esse
desenvolvimento tomaria, ainda que em sua obra o pensador apresente o
aumento da produtividade possível pela divisão do trabalho, por meio do
famoso exemplo da fábrica de al�netes.
Tomemos, pois, um exemplo, tirado de uma manufatura muito
pequena, mas na qual a divisão do trabalho muitas vezes tem sido
notada: a fabricação de al�netes. Um operário não treinado para
essa atividade (que a divisão do trabalho transformou em uma
indústria especí�ca) nem familiarizado com a utilização das
máquinas ali empregadas (cuja invenção provavelmente também se
deveu à mesma divisão do trabalho), di�cilmente poderia talvez
fabricar um único al�nete em um dia, empenhando o máximo de
trabalho; de qualquer forma, certamente não conseguirá fabricar
vinte. Entretanto, da forma como essa atividade é hoje executada,
não somente o trabalho todo constitui uma indústria especí�ca, mas
ele está dividido em uma série de setores, dos quais, por sua vez, a
maior parte também constitui provavelmente um ofício especial
(SMITH, 1996, pp. 65-66).
Além de ilustrar o enorme aumento de produtividade possibilitado pela
divisão do trabalho, Smith (1996) também sugere que a invenção de
máquinas se tornava viável pela própria divisão do trabalho: como os
processos manuais são subdivididos em grande número de operações cada
vez mais simples, também se torna mais fácil reproduzir essas operações
simpli�cadas em um mecanismo. Nesse sentido, a divisão do trabalho na
manufatura prepara a passagem para a grande indústria mecanizada.
A longo prazo, a economia clássica (escola de pensamento fundada por
Smith) atendeu a toda sociedade, porque a aplicação de suas teorias
promovia o acúmulo de capital e o crescimento econômico. Apresenta-se um
novo tempo para os empresários. Agora, o status para os mercadores e
industriais foi promovido ao que Brue (2016) chama de promotores da
riqueza da nação. Eles estavam certos de que, ao buscar o lucro, estavam
atendendo à sociedade. Ainda em Brue (2016), percebemos que essas
doutrinas privilegiaram materialmente os proprietários e gerentes das
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empresas, pois as ideias clássicas ajudaram a promover o clima político,
social e econômico que estimulou a indústria, o comércio e o lucro.
A de�nição de Revolução é imprecisa. Sabe-se, a princípio, que não são
meras mudanças. Hannah Arendt (1990) diz que é inegável a questão social
que envolve as revoluções. E que a motivação econômicaé a força motriz de
toda luta política.
Contudo, essa dinâmica transformadora não assume a mesma forma em
todos os países em que ocorre. Deane (1975, p. 11) demonstra mudanças
identi�cáveis nos métodos e características da organização econômica, as
quais, tomadas como um todo, constituem um desenvolvimento do tipo
daquele que descreveríamos como uma Revolução Industrial. Essa inclui as
seguintes mudanças inter-relacionadas:
1) aplicação sistemática e generalizada do moderno conhecimento
cientí�co e empírico ao processo de produção para o mercado; 
 
2) especialização da atividade econômica dirigida no sentido da
produção para os mercados nacional e internacional, ao invés de sê-
lo para consumo familiar ou paroquial; 
 
3) migração da população das comunidades rurais para as urbanas; 
 
4) expansão e despersonalização da unidade típica de produção de
modo que passa a ser baseada menos na família ou tribo do que na
empresa pública ou privada; 
 
5) movimento da força de trabalho das atividades relacionadas com
a produção de bens primários para a produção de bens
manufaturados e serviços;6) uso extensivo e intensivo de recursos
�nanceiros como um substituto do esforço humano e como
complemento deste; 
 
7) emergência de novas classes sociais e ocupacionais determinada
pela propriedade dos meios de produção, que não a terra, ou pela
relação dessas classes com os referidos meios de produção,
principalmente o capital.
02/09/2021 Ead.br
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Esse contexto de metamorfoses inter-relacionadas, ao ocorrerem
simultaneamente, constituem uma Revolução Industrial, em que pese a
associação de crescimento demográ�co e aumento no volume anual de bens
e serviços produzidos (DEANE 1975, p. 11).
Percebemos, já no primeiro item, que o contexto cientí�co tem um papel
relevante nessa transformação da sociedade. À medida que as pessoas
passaram a admitir que não conheciam as respostas para algumas perguntas
muito importantes, acharam necessário procurar conhecimentos
completamente novos. Essa busca objetivava a aplicabilidade desses
saberes. 
O mundo das ciências transformou a humanidade. Por meio dele, o homem
adquiriu capacidades gigantescas, investindo recursos em pesquisas. Trata-
se de uma dinâmica que, até o ano de 1500, os humanos do mundo inteiro
duvidavam de sua aptidão para adquirir novas capacidades médicas,
militares e econômicas. A descoberta da América foi o acontecimento
fundacional da Revolução Cientí�ca.
reflitaRe�ita
Em 1620, Francis Bacon publicou um manifesto cientí�co intitulado Novum Organum
[Novo instrumento], no qual a�rmou que “conhecimento é poder”.
Fonte: Harari (2015, p. 270).
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A maioria dos estudos cientí�cos são �nanciados porque alguém
acredita que eles podem ajudar a alcançar algum objetivo político,
econômico ou religioso. Por exemplo, no século XVI, os reis e os
banqueiros destinaram muitíssimos recursos para �nanciar
expedições geográ�cas pelo mundo, mas nem um centavo para
estudar a psicologia infantil. Isso porque os reis e os banqueiros
supunham que a descoberta de novos conhecimentos geográ�cos
lhes permitiria conquistar novas terras e construir impérios
comerciais, ao passo que não conseguiam ver nenhuma vantagem
em entender a psicologia infantil (HARARI, 2015, p. 282).
Destarte, o advento do sistema capitalista fez uma aliança com a indústria e a
tecnologia re�etidos na Revolução Industrial. Depois de consolidada, essa
relação mudou o mundo de forma muita intensa e rápida.
A primeira fase da revolução industrial teve lugar na Inglaterra e oferece
especial interesse pelo fato de ter ocorrido espontaneamente sem a
assistência governamental, a qual se tem constituído na tônica da maioria
das revoluções industriais que se sucederam. Conforme Iori (2014), a
evolução que esse país passou desde o século XV (concentração da
propriedade agrária, proletarização da mão de obra, atividade marítima e
colonial) permitiu-lhe superar de�nitivamente os países dos primeiros
descobrimentos (Espanha e Portugal, paralisados pelo excessivo a�uxo de
dinheiro e o parasitismo das rendas) e evoluir mais depressa que a Holanda
(privada de recursos industriais) e a França (onde a estrutura agrária resistiu
ao movimento de concentração das propriedades e de “cercamento” das
terras comunais). Marx expressou esse avanço da Inglaterra com a seguinte
consideração:
Os diferentes métodos de acumulação primitiva, que a era capitalista
faz aparecer, dividem-se, primeiro, por ordem mais ou menos
cronológica, entre Portugal, Espanha, Holanda, França e Inglaterra,
até que esta última combina-os todos, no último terço do século XVII,
num conjunto sistemático que inclui por sua vez o regime colonial, o
crédito público, as �nanças modernas e o sistema protecionista
(MARX, 1974, p. 41).
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De fato, a primeira etapa da formação do capitalismo, depois da crise dos
séculos XIV e XV, não poderia se fundar senão por um avanço das forças
produtivas, o que ocorreu entre meados do século XV e XVI. 
A Revolução Industrial completou a transição do feudalismo ao capitalismo.
A partir dela, �naliza-se o processo de expropriação dos produtores diretos.
O modo de produção capitalista é, então, caracterizado pela introdução da
maquinofatura e pelas relações sociais de produção assalariadas. Destarte,
dá-se a separação de�nitiva entre capital e trabalho, na qual  a
industrialização é o re�exo dessa dinâmica. De modo geral, há grandes
divergências em relação à representatividade dessa transformação social.
Carlo Cipolla, historiador italiano, atribui à Revolução Industrial um papel
fundamental na história da humanidade:
[...] entre 1780 e 1850, em menos de três gerações, uma ampla
revolução, sem precedente na história da Humanidade, mudou a
face da Inglaterra. Daí em diante, o mundo não foi mais o mesmo.
Os historiadores frequentemente usaram e abusaram da palavra
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Revolução para signi�car uma mudança radical, mas nenhuma
revolução foi tão dramaticamente revolucionária quanto a
Revolução Industrial – exceto, talvez, a Revolução Neolítica. Ambas
mudaram o curso da história (CIPOLLA, 1973, p. 7 apud SAES; SAES,
2013, p. 141).
É importante considerar que a transformação na estrutura da indústria a que
se conferiu o título de Revolução Industrial não constituiu um acontecimento
singular que se possa localizar entre as fronteiras de duas ou três décadas.
Para Dobb (1980), apresenta-se um período de desenvolvimento desigual, em
que não é possível localizar fronteira temporal de forma precisa. A essência
da transformação estava na mudança do caráter da produção que, em geral,
associava-se à utilização das máquinas movidas por energia não humana e
não animal. Marx (1985, p. 302) a�rmou que a transformação crucial foi, na
verdade, a adaptação de uma ferramenta, antes empunhada pela mão
humana, a um mecanismo:
[...] quando o homem passa a atuar apenas como força motriz
numa máquina – ferramenta, em vez de atuar com a ferramenta
sobre o seu objeto de trabalho, podem tomar seu lugar o vento, a
água, o vapor, etc., e torna-se acidental o emprego da força
muscular humana como força motriz. Essas mudanças dão origem
a grandes modi�cações técnicas no mecanismo primitivamente
construído apenas para ser impulsionado pela força humana... além
disso, a força humana é um instrumento muito imperfeito para
produzir um movimento uniforme e contínuo (MARX, 1985, p. 302).
As mudanças supracitadas por Marx alteraram profundamente as relações de
trabalho, em quepese um caráter coletivo ao processo de produção se
instaura, expandindo a divisão do trabalho a um grau de complexidade
jamais testemunhado. Outra peculiaridade, conforme Iori (2014), foi a
necessidade crescente no sentido de que as atividades do produtor humano
se conformassem aos ritmos e movimentos do processo mecânico: uma
mudança técnica de equilíbrio que teve seu re�exo socioeconômico na
crescente dependência do trabalho em relação ao capital e no papel, cada
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vez maior, desempenhado pelo capitalista como força disciplinadora e
coautora do produtor humano em suas operações detalhadas.
E como era antes desse cenário produtivo? Dobb (1980, p. 261) nos
demonstra que
[...] nos velhos tempos, a produção era essencialmente uma atividade
humana, em geral individual em seu caráter, no sentido de que o
produtor trabalhava em seu próprio tempo e à sua própria maneira,
independentemente dos outros, enquanto as ferramentas ou os
implementos simples que usava pouco mais eram do que uma
extensão de seus próprios dedos. 
No contexto da Revolução Industrial, o tamanho mínimo para um processo
de produção unitário se tornou grande demais para o “pequeno mestre”
controlar. Isso porque a relação entre os instrumentos humanos e mecânicos
havia se transformado. Era necessário, a partir de então, capital para
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�nanciar o equipamento complexo requerido pelo novo tipo de unidade de
produção.
[...] criara-se um papel para um tipo novo de capitalista, não mais
apenas como usurário ou comerciante em sua loja ou armazém,
mas como capitão de indústria, organizador e planejador das
operações da unidade de produção, corpori�cação de uma
disciplina autoritária sobre um exército de trabalhadores que,
destituídos de sua cidadania econômica, tinham de ser coagidos ao
cumprimento de seus deveres onerosos a serviço alheio pelo açoite
alternado da fome e do supervisor do patrão (DOBB, 1980, p. 262).
Foi uma metamorfose ampla, pois foi crucial em seus diversos aspectos, que
mereceu integralmente o nome de revolução econômica. Essa foi a descrição
clássica de Toynbee referenciada por Dobb (1980).
Ao abordar a dinâmica máquina/artesão, temos de, necessariamente,
considerar que se trata de processo longo, cuja data inicial é difícil de
estabelecer com precisão, mas que seguramente remodelou primeiro o
Reino Unido e, a seguir, grande parte do mundo.
No século XVIII, a Inglaterra acompanhou a Holanda no comércio e �cou
atrás da França na produção. Nessa dimensão temporal, a Inglaterra ganhou
supremacia tanto no comércio como na indústria. Entre 1700 e 1770, os
mercados externos para os produtos ingleses cresceram mais rapidamente
do que os mercados internos ingleses. Conforme Hunt (1989), entre 1700 e
1750, a produção das indústrias internas aumentou 7%, enquanto a produção
das indústrias de exportação aumentou 76%.
No período de 1750 a 1770, os respectivos aumentos foram de 7% e 80%.
Esse crescimento acelerado, sobre a demanda externa de produtos
industrializados ingleses, propiciou a Revolução Industrial. Ela, por sua vez,
determinou uma das “transformações mais fundamentais da História da vida
humana” (HUNT, 1989, p. 60).
A sociedade inglesa, que era predominantemente agrária e rural, tornou-se
industrial e urbana. Em 1801, por exemplo, somente um quarto da população
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inglesa era urbana, mas, na metade do século XIX, a Inglaterra liderava os
países do mundo em que a população estava concentrada nas cidades. Os
tecidos de algodão e lã, produzidos nas fábricas construídas na cidade de
Manchester, e em outras partes do Norte da Inglaterra, passaram a ser
exportados para muitos países, inclusive para o Brasil, ao lado de facas,
garfos e outros utensílios de metal feitos em Birmingham e She�eld, duas
cidades originalmente pequenas que se tornaram muito importantes no
decorrer do século XIX. A necessidade de energia a vapor para movimentar as
máquinas aumentou a demanda por carvão, o que, por sua vez, tornou a
mineração outra indústria central. E a necessidade de transportar os
produtos encorajou o surgimento das estradas de ferro em 1825, que deram
início a uma nova era (BURKE, 2016, p. 35). 
O crescimento substancial da indústria alterou profundamente a vida das
pessoas. A introdução da máquina envolve, conforme Saes e Saes (2013, p.
150), “[...] a subordinação (subsunção) real do trabalho ao capital, pois agora
o capital, materializado na máquina, impõe, pelo próprio processo de
trabalho, a submissão do trabalhador ao ritmo determinado pelo capital”. O
crescimento do comércio, o aumento substancial da manufatura e das
invenções, além da divisão do trabalho, caracterizaram, a princípio, a
Inglaterra do século XVIII em uma economia de mercado bem desenvolvida.
Nessa conjuntura, o preconceito tradicional contra o mercado capitalista, em
termos de atitudes e ideologia, já estava muito enfraquecido.
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Na Inglaterra daquela época, maiores quantidades de produtos
industrializados a preços mais baixos signi�cavam lucros sempre crescentes.
As inovações técnicas se concentraram em duas indústrias: a de tecidos de
algodão e a do ferro, e envolveram uma nova fonte de energia, o vapor.
Em 1769, James Watt projetou um motor [...] No �m daquele século,
o vapor estava substituindo rapidamente a água como principal
fonte de energia na indústria. O desenvolvimento da energia a vapor
levou a profundas mudanças econômicas e sociais (HUNT, 1989, p.
62).
Dobb (1980, p. 263) apresenta a opinião de Toynbee sobre as inovações
técnicas:
[...] foram “quatro grandes invenções” o fator responsável pelo
revolucionamento da indústria algodoeira: “a máquina de �ar
(spinning- jenny), patenteada por Hargreaves em 1770; o �latório
tocado a água, inventado por Arkwright no ano anterior; o �latório
Crompton, introduzido em 1779; e o �latório autônomo, inventado
primeiramente por Kelly em 1792”; embora “nenhuma dessas, por si
só, tivesse revolucionado a indústria”, não fosse o patenteamento da
máquina a vapor por James Watt em 1769 e sua aplicação à
manufatura algodoeira quinze anos depois. A estas, Toynbee
acrescenta como elos cruciais no processo o tear mecânico de
Cartwright de 1785 , e, afetando a siderurgia, a invenção da redução
do carvão na parte inicial do século XVIII e a “aplicação em 1788 da
máquina a vapor aos altos-fornos”. 
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A partir dessas invenções mencionadas, iniciou-se o estágio mais decisivo da
Revolução Industrial. Isso porque o vapor permitiu o abundante crescimento
e desenvolvimento da indústria em larga escala, visto que o vapor não
dependia, como o uso da água, da localização geográ�ca das fábricas e dos
recursos locais. Sempre que pudesse comprar carvão a preço razoável,
poderia ser construído um motor a vapor. Houve uma multiplicação de
fábricas. Originam-se as “escuras” cidades industriais (HUNT, 1989).
Você já deve ter se convencido da importância da ciência para o mundo
tecnológico da época. E os ingleses se sentiam orgulhosos pelas realizações
econômicas, tecnológicas e cientí�cas desse período. Não obstante o
ufanismo dos ingleses, o custo dessa revolução foi muito alto. As condições
de trabalho eram muito ruins, para não dizer desumanas, tanto nas fábricas
quanto nas minas, com longas horas corridas, salários baixos e o uso
considerável de trabalho infantil,às vezes de crianças de 4 ou 5 anos de
idade. As condições de vida nas cidades industriais eram também bastante
duras em consequência da superlotação, da poluição industrial e da baixa
qualidade das moradias. Essas condições foram vividamente descritas por
Friedrich Engels, amigo de Karl Marx, em um livro de 1845, A situação da
classe trabalhadora na Inglaterra (título original: The condition of the working
class in England), que se baseava em suas observações da favela de
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Manchester. Pode-se dizer, pois, que o sacrifício de uma ou duas gerações foi
o preço pago pelo rápido crescimento industrial da Inglaterra. 
praticar
Vamos Praticar
A aplicação sistemática e generalizada do moderno conhecimento cientí�co e
empírico ao processo de produção para o mercado é um importante elemento
apresentado por Deane (1975) para entender a revolução industrial e econômica.
A partir do apresentado, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre
elas.
I. A ciência, no modo de produção capitalista, é uma forte aliada dos interesses
econômicos. Portanto, o contexto cientí�co tem um papel fundamental na
transformação da sociedade a partir da Revolução Industrial. Diferente do que
ocorria na Idade Média.
Pois:
II. À medida que as pessoas passaram a admitir que não conheciam as respostas
para algumas perguntas muito importantes, acharam necessário procurar
conhecimentos completamente novos. Essa busca objetivava a aplicabilidade
desses saberes.
A seguir, assinale a alternativa correta.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justi�cativa
correta da I.
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b) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma
proposição falsa.
c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justi�cativa correta da I.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
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Tratamos anteriormente sobre as mudanças e características da organização
econômica (elencamos sete itens) do período que apresenta o contexto da
revolução industrial. Deane (1975) nos ensina que essas mudanças inter-
relacionadas, caso ocorram simultaneamente e atinjam um nível su�ciente,
constituem uma revolução industrial. Ainda devemos nos atentar que
sempre estiveram associadas com um crescimento demográ�co e com um
aumento no volume anual de bens e serviços produzidos.
A Revolução Agrícola foi também fundamental na dinâmica da Revolução
Industrial. Tanto que a última não seria possível sem a primeira, conforme
Nurske (1953 apud DEANE, 1975). Dessa forma, no que se relaciona à
produção de bens e serviços, podemos destacar os aspectos essenciais das
novas técnicas de produção que caracterizaram a Revolução Agrária nos
solos aráveis da Inglaterra: plantio constante, novas rotações de culturas e
uma associação mais íntima entre as sagras e o estoque. Outro ponto
importante atribuído ao panorama agrícola é a mudança nas atitudes
empresariais.
O Alargamento dos HorizontesO Alargamento dos Horizontes
Econômicos e a SegundaEconômicos e a Segunda
Revolução IndustrialRevolução Industrial
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Temos aí um alargamento dos horizontes econômicos tanto no tempo como
no espaço, de modo que os agricultores em geral se tornaram mais
interessados em produzir para um mercado nacional ou internacional do que
em fazê-lo para �ns de consumo regional ou doméstico, e alguns deles
começaram a aderir à programação de drenagem de terras e criação de
gado, programação essa que implicava um retorno de capital não imediato,
no sentido de na próxima colheita, em uma época mais distante. Outra
mudança de atitude é o aumento na especialização econômica que re�etiu
no aparecimento do fazendeiro pro�ssional ou do trabalhador não
proprietário. E, ainda, há a aplicação do conhecimento cientí�co e métodos
experimentais a atividades que tinham sido anteriormente reguladas
rigidamente pela tradição, pela prática comunitária ou por métodos
empíricos.
A Revolução Industrial e o Sistema de
Organização Econômica
O ritmo da modi�cação econômica no século XIX, no que diz respeito à
estrutura da indústria e das relações sociais, ao volume de produção e à
extensão e variedade do comércio, mostrou-se inteiramente anormal, a julgar
pelos padrões dos séculos anteriores: tão anormal a ponto de transformar
radicalmente as ideias do homem sobre a sociedade, por meio de uma
concepção mais ou menos estática de um mundo onde, de uma geração
para outra, os homens estavam fadados a permanecer na posição que lhes
fora conferida ao nascer; onde o rompimento com a tradição era contrário à
natureza, para uma concepção do progresso como lei da vida e do
aperfeiçoamento constante como estado normal de qualquer sociedade
sadia. A interpretação do mundo econômico do século XIX tem de ser
essencialmente uma interpretação de sua transformação e movimento.
A cena econômica no século XIX nos proporciona uma combinação de
circunstâncias excepcionalmente favoráveis para o �orescimento de uma
sociedade capitalista.
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Somente por um singular desconhecimento da história buscar-se-ia
na revolução industrial as origens do capitalismo. Estas recuam à
medida em que mais se as estuda: elas são talvez mais antigas do
que o comércio e o numerário, ou do que a distinção entre ricos e
pobres. O que pertence propriamente ao regime da grande indústria,
é a aplicação do capital na produção de mercadorias e a própria
formação do capital no decorrer dessa produção: é a existência de
uma classe capitalista que é, essencialmente, uma classe industrial
(MANTOUX, 1957, p. 369).
Diante dessa con�guração industrializante, o capitalismo alterou as relações
internacionais, e caracterizou-se um escoamento de capital. A troca de
mercadorias produzidas em condições de mais alta produtividade do
trabalho por mercadorias produzidas em condições de mais baixa
produtividade do trabalho era uma troca desigual, isto é, era uma troca de
menos trabalho por mais trabalho. A existência de grandes reservas de
trabalho barato e terra em alguns países, que ainda não haviam se
industrializado, resultou em uma acumulação de capital com uma
composição orgânica de capital mais baixa do que nos primeiros países que
se industrializaram.
A Segunda Revolução Industrial
A força motriz carrega consigo o caráter verdadeiramente revolucionário do
processo apreendido acerca da Revolução Industrial. A partir desse
movimento, o homem se tornou independente das forças da natureza para
realizar suas tarefas produtivas. Após a segunda metade do século XIX,
inaugurou-se uma dinâmica representada por um conjunto de inovações
técnicas estendida a vários países. Isso ampliou muito a área central da
economia-mundo e estabeleceu uma competição acirrada, sobretudo entre a
França, Holanda, Bélgica, Itália e Alemanha. Esse conjunto de inovações é
denominado, segundo Rezende Filho (2010), como Segunda Revolução
Industrial.
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O que foi, propriamente, a Segunda Revolução Industrial? Por se tratar da
“segunda”, decidimos identi�car (e reiterar) o que foi a primeira: uma nova
forma de energia, o vapor, representou, na Primeira Revolução Industrial,o
rompimento das limitações físicas impostas pela energia humana e as
restrições de localização impostas pela energia hidráulica, dada a
necessidade de a fábrica estar próxima ao curso-d’água. A Segunda
Revolução Industrial apresentou novos bens de consumo que passaram a
fazer parte do dia a dia da sociedade.
O movimento da Segunda Revolução Industrial trouxe profundas alterações
ao sistema econômico capitalista. Rezende Filho (2010, p. 145) analisa essa
metamorfose como uma mudança estrutural e organizacional que leva a
ordem do capital da “infância” para a “adolescência”.
Dos produtos dominantes durante a Revolução Industrial Inglesa, apenas a
estrada de ferro continuou recebendo um notável impulso, ampliando-se
continuamente. O ferro deixou de ser um produto industrializado, para se
transformar em matéria-prima para o aço. O vapor de água foi substituído
pela eletricidade e pelo petróleo, como fonte de energia. A indústria química
permitiu a crescente independência industrial das matérias-primas naturais.
A fábrica conheceu seu apogeu com a introdução da linha de produção. O
capital concentrou-se em escala jamais imaginada. A ciência tornou-se
matéria auxiliar da técnica. E a administração dos negócios adquiriu caráter
cientí�co (REZENDE FILHO, 2010, p. 145).
Muito além da técnica per se, estamos diante de um traço notável de um
capitalismo amadurecido. Isso porque o progresso técnico é um elemento do
mundo econômico e, com a chegada da força a vapor, foram abolidos os
limites anteriores à complexidade e tamanho da maquinaria e magnitude das
operações que esta podia executar.
Diferentes processos técnicos viabilizaram a produção comercial de aço,
material conhecido anteriormente, mas que, até então, apresentava custo
elevado e qualidade insatisfatória. O aço substituiu o ferro em várias
utilizações, como na construção civil, em trilhos, em máquinas etc. A
proporção dessa mudança implicou, conforme Rezende Filho (2010), em um
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aumento da produção de aço, entre 1880 e 1913, em quinze vezes na
Alemanha e mais de dezessete vezes nos Estados Unidos, e, nesse caso, a
Grã-Bretanha perdeu a liderança.
A Segunda Revolução Industrial modi�cou o dia a dia das pessoas à medida
que bens de consumo, como telefone, gramofone, lâmpada elétrica, bicicleta,
pneus, máquina de escrever, radiotelegra�a, entre outros, foram se tornando
importantes. Com o dinamismo econômico oriundo dessas invenções, o
tempo foi revelando que esses bens passaram a ser imprescindíveis na
satisfação material da sociedade.
No que tange ao campo da energia, a substituição do vapor pela eletricidade
e pelo petróleo representou avanço sem precedentes. Cabe, aqui, a ênfase na
transformação que a indústria química ocasionou na época. A partir de sua
instalação, as matérias-primas puderam ser produzidas arti�cial e
sinteticamente, tornando o homem independente da natureza. Países que
não possuíam jazidas de determinados produtos, ou cuja condição
geoclimática não permitia o cultivo de plantas tintoriais, poderiam, a partir de
então, graças à indústria química, criar esses produtos arti�cialmente.
Anilinas, ácidos, tecidos e corantes sintéticos, alcaloides, explosivos,
essências, medicamentos e plásticos são produzidos em grandes volumes,
por essa nova indústria que “imita a natureza” (REZENDE FILHO, 2010, p. 147).
Em certa medida, a revolução da técnica adquiriu até um ímpeto cumulativo
próprio, em que cada avanço da máquina tendia a trazer, em consequência,
uma especialização maior das unidades da equipe humana que a operava. E
a divisão do trabalho, simpli�cando os movimentos individuais, facilitava
ainda outras invenções, pelas quais esses movimentos simpli�cados eram
imitados por uma máquina (IORI, 2014).
A modi�cação da vida das pessoas, a partir da Segunda Revolução Industrial,
com a introdução de novos bens de consumo é, em parte, explicativa em
relação às mudanças profundas na organização do sistema econômico,
principalmente na dimensão temporal dos anos 1870-1913. Outro elemento
fundamental a ser reconhecido é a concentração de capital. Rezende Filho
(2010) a�rma que o aparecimento da indústria química e a adoção da linha
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de montagem ocasionaram uma das principais características da Segunda
Revolução Industrial: a mudança na composição do capital.
Para que as grandes empresas se consolidassem, eram necessários (e são
até hoje) grandes aportes de capital. Nesse contexto, as novas indústrias
encontraram no setor bancário seu ponto de apoio. Os custos envolvidos na
implantação das indústrias químicas e das empresas com linha de
montagem envolviam um longo tempo necessário para retorno do
investimento. De tal forma, proliferaram as sociedades anônimas com a
associação de capitais.
Destarte, as duas últimas décadas do século XIX encontram nos bancos o
exercício do controle majoritário sobre vastos complexos industriais, sem
terem vínculos diretos com as atividades produtivas. A esse novo tipo de
empresa capitalista, denominado holding, soma-se também outra alteração
na composição do capital, que tende a se tornar cada vez mais monopolista.
A essa tendência cumulativa, juntaram-se duas outras: a primeira no sentido
de uma produtividade crescente da força de trabalho e, portanto (dada a
estabilidade ou, pelo menos, a nenhum aumento comparável de salários
reais), um fundo cada vez maior de mais-valia, do qual se derivava uma nova
acumulação de capital; a segunda no sentido de uma concentração cada vez
maior da produção e da propriedade do capital. Essa última tendência, �lha
da complexidade crescente do equipamento técnico, é que preparou terreno
para outra transformação crucial na estrutura da indústria capitalista e gerou
o “capitalismo de corporação” monopolista em grande escala da era atual
(DOBB, 1980, p. 270).
A Segunda Revolução Industrial foi acompanhada por uma tentativa de
racionalizar a produção para aumentar a produtividade. Dessa forma, as
empresas passaram a adotar métodos cientí�cos na organização do trabalho
dentro da fábrica, como o taylorismo-fordismo. De maneira muito sucinta,
essa metodologia visava, acima de tudo, ao maior controle sobre o
operariado, pois interferia diretamente no tempo de trabalho e na forma de
organização. Trata-se de um ritmo intenso de trabalho que resulta na
competitividade entre os trabalhadores.
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As mudanças introduzidas por Taylor e Ford, simbolizadas,
respectivamente, no cronômetro e na esteira rolante, não foram
meras inovações tecnológicas, mas verdadeiras revoluções de ordem
administrativa e gerencial, pois colocou “a ciência da administração
a serviço não do aumento da produção e da produtividade, mas sim
do poder dos capitalistas [...]” (SECCO, 1998, p. 55 )
As novas técnicas e fontes de energia, bem como os novos materiais e novos
bens de consumo caracterizados pela Segunda revolução industrial,
paralelamente à concentração do capital, foram a base para o surgimento e
consolidação de grandes empresas. Precisamente dentro do período 1870-
1913, ocorreram mudanças fundamentais no capitalismo que entendemos
ser importante contextualizá-las, o que se dará na sequência.
Uma breve Contextualização Histórica do
Capitalismo e seu Alargamento Geográ�ico
O capitalismo, ao longo de sua existência, apresentou como constitutivos
elementares a mobilidade e a transformação. Em outras palavras, o sistema
se movimentou (movimenta-se) e se transformou (transforma-se), graças ao
rápido e intenso desenvolvimento de forças produtivas que é a sua marca.
No curso do capitalismo, o capitalismo concorrencial, sustentado pela
grande indústria,criou o mercado mundial: os países mais avançados
(lembre-se que a liderança estava com a Inglaterra nesse período) buscaram
matérias-primas nos rincões mais afastados do globo e inundaram todas as
latitudes com as suas mercadorias, produzidas em larga escala. Lobo (1973)
considera que, nos �ns do século XIX, poucas eram as nações ocidentais que
não adotaram o regime representativo e que, talvez, não existisse nenhuma
em que a legislação não favorecesse amplamente a livre concorrência, base e
condição do capitalismo liberal.
A produção e a distribuição de riquezas, por todo o planeta, passaram a
depender estreitamente do que se sabe e se providencia nas concentrações
comerciais mais ricas e nas regiões mais aparelhadas. Com isso, �rmou-se
um dos aspectos que caracterizam a era capitalista, a saber: o mercado
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mundial, isto é, a interdependência e o profundo entrosamento de todos os
mercados, com predomínio de organizações bem estruturadas de âmbito
internacional e das nações mais desenvolvidas.
O alargamento da base geográ�ca da economia mundial se dá na fase
monopolista, demonstrando a expansão das relações capitalistas para novas
áreas do globo na Europa, América do Norte e Japão. O poderio da Inglaterra
se desvaneceu como uma potência capitalista. O cenário internacional do
capitalismo se revelou pela conquista da hegemonia dos grandes grupos
econômicos em seus respectivos Estados. Daí um elemento contraditório
que é o protecionismo, visto que países como Estados Unidos, Alemanha e
Japão, por exemplo, passaram a adotar política interna, garantindo a
expansão de suas relações comerciais.
O retraimento do mercado de livre concorrência deu origem a diferentes
tipos de concentração e integração de empresas, tais como: consórcios,
cartéis, trustes e holdings.
De forma ampla, a �gura a seguir nos apresenta o cenário da organização do
capital. 
Para que possamos entender melhor esse movimento capitalista, o tópico a
seguir abordará de forma sistemática o tema do capital monopolista. 
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praticar
Vamos Praticar
“A década de 1870 encerra um período de cerca de cem anos – tomando como
marco inicial da Revolução Industrial a década de 1760 – em que a economia
britânica teria apresentado taxas de crescimento muito elevadas” (SAES; SAES, 2013,
p. 211).
O excerto aborda um cenário de transformações do capitalismo, em que pesem a
Grande Depressão do século XIX, a Segunda Revolução Industrial e as relações
entre capital e trabalho. Diante dessa contextualização, avalie as a�rmativas a
seguir.
I. Na Segunda Revolução Industrial, o ferro deixou de ser um produto
industrializado, para se transformar em matéria-prima para o aço.
II. O ritmo da modi�cação econômica no século XIX, no que diz respeito às relações
sociais, modi�cou radicalmente as ideias do homem sobre a sociedade.
III. A Segunda Revolução Industrial modi�cou o dia a dia das pessoas à medida que
bens de consumo, como telefone, gramofone, lâmpada elétrica, bicicleta, pneus,
máquina de escrever e radiotelegra�a, entre outros, foram se tornando
importantes.
É correto o que se a�rma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
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e) I, II e III.
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A história dos monopólios é caracterizada principalmente por três fases
temporais: considera os anos de 1800-1880 como ponto culminante do
desenvolvimento da livre concorrência, em que os monopólios são
“embriões” di�cilmente perceptíveis; após a crise de 1873, apresenta-se o
desenvolvimento dos cartéis, em que pese, de forma excepcional, com
caráter transitório; por �m, a expansão do �m do século XIX e crise de 1900-
1903, quando os cartéis se tornaram uma das bases de toda a vida
econômica, e “O capitalismo se transformou em imperialismo” (LÊNIN, 1982,
p. 22).
O que mudou na transição do capitalismo de livre concorrência ao
imperialismo clássico foi a articulação especí�ca das relações de produção e
troca entre os países metropolitanos e as nações subdesenvolvidas. Iori
(2014) nos apresenta que a dominação do capital estrangeiro sobre a
acumulação local de capital, na maioria das vezes associada à dominação
política, passou a submeter o desenvolvimento econômico local aos
interesses da burguesia nos países metropolitanos.
O Capitalismo MonopolistaO Capitalismo Monopolista
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Paralelamente à industrialização nos países mais avançados
economicamente, encontrava-se a abertura comercial das áreas
subdesenvolvidas que modi�caram o mundo do �nal do século XIX em
diante. A futura Alemanha, uni�cada em 1871, e os Estados Unidos logo se
tornaram economias industriais comparáveis à Inglaterra,
[...] abrindo áreas como pradarias norte-americanas, os pampas sul-
americanos e as estepes da Rússia para a agricultura, quebrando
com esquadras de guerra a objeção da China e do Japão ao
comércio exterior. Criavam-se, assim, as condições para a formação
de economias dependentes do capital monopolista, dedicadas
centralmente à exportação de produtos minerais e agrícolas (SECCO,
1998, p. 89).  
A partir do desenvolvimento desigual, da acumulação de capital, da
composição orgânica do capital, da taxa de mais-valia e da produtividade do
trabalho, considerada em escala mundial, forma-se a imagem de um sistema
imperialista, conforme Mandel (1982). Devido à dinâmica do
desenvolvimento do capitalismo de livre concorrência em seu auge,
caracteriza-se uma fase particular do capitalismo.
Dentro dessa abordagem, é fundamental apresentar que o século XX marca o
ponto de partida de mudança em que o antigo capitalismo deu lugar ao novo
e que o domínio do capital �nanceiro substitui o domínio do capital em
geral.
O processo que direcionou a livre concorrência para a concentração e
centralização de capitais ocorreu tanto nas empresas industriais quanto nos
bancos. As pequenas instituições �nanceiras foram se integrando em fortes
corporações �nanceiras. Isso gerou impacto no capital industrial, o qual
precisou se associar com o capital bancário, diante da necessidade de
créditos e também objetivando a formação de sociedades anônimas por
ações. Temos, aqui, o formato do capital �nanceiro, que passava a in�uir
diretamente na vida das empresas.
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[...] comprando e vendendo ações, promovendo fusões e associações
entre os grupos empresariais e in�uenciando, junto aos Estados, nas
diretrizes das políticas econômicas adotadas. A fusão do capital
bancário – antes tipicamente um capital usurário, voltado a
conceder empréstimos para �nanciamentos – com o capital
produtivo, propicia grande desenvolvimento do sistema de crédito, o
que vem também a favorecer de forma extraordinária a exportação
do capital-dinheiro em larga escala (SECCO, 1998, p. 93).
Em outras palavras, os bancos passaram a representar não mais um mero
intermediário (�gurante) do sistema, mas sim um capitalista detentor de
capital industrial. E a sociedade anônima, por ações ou corporação, revelou-
se um caminho e�caz que proporcionava, a uma organização �nanceira,
assumir controle sobre vultosas quantidades de capital.
A combinação de concentração econômica e racionalização
empresarial ou, na terminologia americana que agora começaa
de�nir estilos globais, ‘trustes’ e ‘administração cientí�ca’. Ambos
eram tentativas de ampliar as margens de lucro, comprimidos pela
concorrência e pela queda de preços (MANDEL, 1982, p. 232).
Com a passagem para o capitalismo monopolista, concretiza-se a plena
expansão da interligação capitalista no campo. A Europa continental já sentia
que a antiga estrutura pré-capitalista, pautada no atendimento às
necessidades de consumo dos produtores, estava convergindo para a
produção de mercadorias. O objetivo é o lucro. Essa é a essência do sistema.
E a produção passa a ter como foco a realização e a multiplicação dessa
vantagem comercial.
Em essência, essa dinâmica monopolista resultou em uma alteração no
impulso principal da tendência capitalista à expansão: a exportação de bens
de consumo para regiões pré-capitalistas deu lugar à exportação de capitais
(e de artigos comprados com esses capitais, especialmente vias férreas,
locomotivas e instalações portuárias, isto é, aparelhamento infraestrutural
para simpli�car e baratear a exportação de matérias-primas produzidas com
o capital metropolitano). Pari passu, a concentração cada vez maior do
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capital e a compreensão desse processo de crise, fruto do próprio
crescimento estrutural do sistema, apresenta-se como o que Lênin (1982, p.
641) chamou de “capitalismo monopolista”.
Nessa circunstância, generaliza-se a formação da sociedade por ações que
passariam a ser a forma dominante de organização das empresas nas áreas
dos bancos, da indústria, da mineração, dos transportes etc. Assim, as
empresas individuais ou adotavam essa forma de organização ou iam sendo
eliminadas na luta intercapitalista. Nesse processo de centralização de
capitais, de fusões, combinações, entre outros, os bancos passavam a
assumir um papel central, dada a sua posição estratégica de
monopolizadores de crédito.
Esses fenômenos, aos quais, às vezes, nos referimos como a Segunda
Revolução Industrial, já detalhado anteriormente, eram parte integrante da
guinada de um capitalismo caracterizado por pequenas unidades
competitivas para outro, em que a cena industrial e �nanceira é dominada
por grandes concentrações de poderio econômico (MAGDOFF, 1978, p. 27).
O processo de monopolização do capital não avançava na mesma velocidade
e intensidade nos diferentes países já industrializados. Na Alemanha, os
monopólios, bem como as diversas formas de associação industrial,
difundiram-se mais rapidamente do que nos outros países europeus, e os
cartéis foram o principal tipo de associação, chegando a monopolizar, no
início do século XX, todos os setores importantes da economia.
praticar
Vamos Praticar
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“A combinação de concentração econômica e racionalização empresarial ou, na
terminologia americana que agora começa a de�nir estilos globais, ‘trustes’ e
‘administração cientí�ca’. Ambos eram tentativas de ampliar as margens de lucro,
comprimidos pela concorrência e pela queda de preços” (MANDEL, 1982, p. 232).
O contexto apresentado se refere à qual fase do capitalismo?
a) Mercantil.
b) Funcional.
c) Comunal.
d) Monopolista.
e) Industrial.
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indicações
Material Complementar
L IVRO
Tempo de migrar para o norte
Tayeb Salih
Editora: Planeta do Brasil
ISBN: 9788542212488
Comentário: Trata-se de um romance denso e
evocativo, com lances da lírica árabe, o qual narra as
viagens e visões de Mustafa Said, dilacerado entre dois
continentes. É uma complexa sondagem na alma
humana, que é também uma re�exão sobre o
colonialismo britânico na África e uma crítica
implacável aos governantes do Sudão pós-colonial.
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F ILME
Germinal
Ano: 1993
Comentário: Durante o século XIX, os trabalhadores
franceses eram explorados pela aristocracia burguesa,
que dava condições miseráveis para seus empregados.
Em uma cidade francesa, os mineradores de uma
grande mineradora decidem realizar uma greve e se
rebelam contra seus chefes, causando o caos.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o seu trailer.
TRAIL ER
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conclusão
Conclusão
A extensão do consumo é pressuposição necessária da acumulação
capitalista que entra em contradição com outra condição: a da realização do
lucro. Tal contradição insanável fez com que o capital buscasse compensá-la
por meio da ampliação constante do mercado. Entendemos, portanto, que os
últimos 20 anos do século XIX e o começo do século XX foram marcados por
uma preocupação que faz lembrar o mercantilismo dos séculos anteriores:
as esferas privilegiadas de investimento no exterior. Consideramos essa
apreensão como uma marca distintiva de um período que terá como traço
dominante o capitalismo maduro, impelido pela necessidade de encontrar
novas extensões no campo de investimento.
referências
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