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aula 6 classificação dos contratos

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Classificação dos contratos
 
Quanto aos efeitos
Unilaterais são os contratos que criam obrigações unicamente para uma das partes (doação pura, p. ex.). 
 Bilaterais são os que geram obrigações para ambos os contratantes (compra e venda, locação etc.).
Plurilaterais são os que contêm mais de duas partes (contratos de sociedade e de consórcio, p. ex.). 
Gratuitos ou benéficos são os contratos em que apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem (doações puras). 
Onerosos são aqueles em que ambos os contraentes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício (compra e venda, p. ex.).
Os contratos onerosos se subdividem em comutativos e aleatórios
— Comutativos são os de prestações certas e determinadas, porque não envolvem nenhum risco.
 — Aleatórios são os que se caracterizam pela incerteza para uma ou ambas as partes. 
Os contratos de jogo, aposta e seguro são aleatórios por natureza, porque a álea, o risco, lhes é peculiar. 
Os tipicamente comutativos, que se tornam aleatórios em razão de certas circunstâncias, denominam-se acidentalmente aleatórios (venda de coisas futuras e de coisas existentes mas expostas a risco).
Quanto à formação
Paritários. São os contratos do tipo tradicional, em que as partes discutem livremente as condições, porque se encontram em pé de igualdade (par a par). 
b) De adesão. São os que não permitem essa liberdade, devido à preponderância da vontade de um dos contratantes, que elabora todas as cláusulas. O outro adere ao modelo previamente confeccionado, não podendo modificá-las (consórcio, seguro, transporte etc.) (arts. 423 e 424).
c) Contrato-tipo (de massa, em série ou por formulários). Aproxima-se do contrato de adesão, porque é apresentado em fórmula impressa ou datilografada, mas dele difere porque admite discussão sobre o seu conteúdo. 
Quanto ao momento de sua execução
De execução instantânea. São os que se consumam num só ato, sendo cumpridos imediatamente após a sua celebração (compra e venda à vista, p. ex.).
De execução diferida. São os que devem ser cumpridos também em um só ato, mas em momento futuro.
De execução continuada ou de trato sucessivo. São os que se cumprem por meio de atos reiterados.
Quanto ao agente
Personalíssimos ou intuitu personae. São os celebrados em atenção às qualidades pessoais de um dos contraentes.
Impessoais. São aqueles cuja prestação pode ser cumprida, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro. 
c) Individuais. São aqueles em que as vontades são individualmente consideradas, ainda que envolva várias pessoas. 
d) Coletivos. São os que se perfazem pelo acordo de vontades entre duas pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias profissionais.
Quanto ao modo
a) Solenes. São os que devem obedecer à forma prescrita em lei para se aperfeiçoar. Quando esta é da substância do ato, diz-se que é ad solemnitatem. 
b) Não solenes. São os de forma livre.
 Basta o consentimento para a sua formação, independentemente da entrega da coisa e da observância de determinada forma. 
Daí serem também chamados consensuais. 
Em regra, a forma dos contratos é livre (art. 107), podendo ser celebrados verbalmente se lei não exigir forma especial. 
c) Reais. Opõem-se aos consensuais ou não solenes. São os que exigem, para se aperfeiçoar, além do consentimento, a entrega da coisa que lhe serve de objeto (depósito, comodato, mútuo etc.).
 
Quanto ao objeto
Preliminar, “pactum de contrahendo” ou pré-contrato. 
 É o que tem por objeto a celebração de um contrato definitivo. 
 Tem, portanto, um único objeto. Quando este é um imóvel, é denominado promessa de compra e venda, ou compromisso de compra e venda, se irretratável e irrevogável. 
 Quando gera obrigações para apenas uma das partes (promessa unilateral), chama-se opção. 
b) Definitivo. Tem objetos diversos, de acordo com a natureza de cada um.
Quanto à designação
Nominados. São os que têm designação própria.
 b) Inominados. São os que não as têm.
 c) Típicos. São os regulados pela lei; os que têm o seu perfil nela traçado. 
d) Atípicos. São os que resultam de um acordo de vontades, não tendo, porém, as suas características e requisitos definidos e regulados na lei. 
e) Misto. É o que resulta da combinação de um contrato típico com cláusulas criadas pela vontade dos contratantes. Constitui contrato unitário.
f) Coligado. Constitui uma pluralidade, em que vários contratos celebrados pelas partes se apresentam interligados.
Contratos Bilaterais
 
Nos contratos bilaterais, as prestações são recíprocas. Em consequência:
 a) Aquele que não satisfez a própria obrigação, não pode exigir o implemento da do outro (exceptio non adimpleti contractus — art. 476). 
A cláusula solve et repete importa em renúncia ao direito de opor a exceção do contrato não cumprido.
 b) O art. 477 do CC prevê uma garantia de execução da obrigação a prazo, acautelando os interesses do que deve pagar em primeiro lugar.
 c) O art. 475 do mesmo diploma admite o reconhecimento do inadimplemento como condição resolutiva. Por isso se diz que todo contrato bilateral contém uma cláusula resolutiva tácita.
Distrato e quitação
 
Distrato é o acordo de vontades que tem por fim extinguir um contrato anteriormente celebrado. 
Deve obedecer à mesma forma do contrato a ser desfeito quando este tiver forma especial, mas não quando esta for livre (art. 472).
Quitação: vale, qualquer que seja a sua forma. Exige-se apenas a forma escrita (art. 320).

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