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O papel

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55
O PAPEL
A escolha do papel
Fundamentalmente, há quatro parâmetros que devem nortear a escolha do papel.
1. O valor subjetivo: beleza, sofisticação, diferenciação etc.
2. O custo: quanto maior a tiragem, maior o custo relativo do papel. Em pequenas tira-
gens, muitas vezes a diferença de preço compensa o uso de um papel mais caro, pelo valor
subjetivo que será agregado.
3. A disponibilidade no mercado: exceto no caso de tipos de papel de uso mais freqüente
(couchê e offset), o mercado de papéis é sazonal. Muitas vezes, um papel mais diferen-
ciado não é encontrável junto aos fornecedores. Por isso, é sempre bom entrar em contato
com o fornecedor com alguma antecedência.
4. As restrições técnicas: alguns processos não permitem o uso de determinados tipos de
papel. Mesmo no caso do offset - processo que aceita praticamente todos os papéis “ há
diferenças de qualidade de acordo com as propriedades de cada tipo. Na dúvida, consulte
a gráfica.
Propriedades para escolha do papel
Partindo destes quatro parâmetros, há algumas propriedades dos papéis para impressão
que têm de ser levadas em conta. São elas:
Gramatura
Quanto maior a gramatura, mais grossa é a folha, maior peso terá o impresso (o que é fatal
para aqueles que serão enviados via correio), maior a opacidade (ou seja, a folha é menos
“transparente”, o que beneficia a leitura no caso de impressão frente-e-verso), maior a
largura da lombada de livros e revistas e maior o custo. Já um papel de gramatura excessi-
vamente baixa é bem mais barato, mas poderá fazer com que a publicação seja por demais
maleável, comprometendo a apresentação e a futura conservação. No caso de o projeto
envolver dobraduras diversas, é preciso escolher a gramatura adequada (veja o capítulo
sobre acabamento).
A gramatura é expressa em g/m2 (gramas por metro quadrado), baseada no peso que,
teoricamente, a folha teria se tivesse um metro quadrado.
A disponibilidade de gramaturas varia de acordo com o fabricante e o tipo de papel.
O papel offset é oferecido em geral nas gramaturas de 50, 60, 75, 90, 120, 150, 180 e 240.
O papel couchê, em 85, 120, 150, 180, 240. Tomando sempre o papel offset como referên-
cia, as gramaturas são divididas em três grupos:
1. Baixa gramatura (até 60g), indicadas principalmente para impressos de um só lado
(embora haja exceções, como as bulas de remédio, por exemplo);
2. Média gramatura (entre 60g e 130g), utilizados para folders, folhetos, miolos de livros
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etc. As gramaturas mais utilizadas para miolos são as de 75g e de 90g.
3. Alta gramatura (acima de 130g), utilizados para capas, cartões, embalagens etc. Acima
de 180g, eles podem ser chamados de cartolina e acima de 225g, de cartão. Todavia, a
diferença entre cartões e papelões (papéis espessos, em geral rígidos) não é dada pela pela
gramatura, mas pela espessura propriamente dita (há papelões leves, porém mais grossos
do que cartões que tenham a mesma gramatura). A maioria das gráficas trabalha com
papéis até 250g ou 300g. Acima disso é preciso procurar gráficas específicas, chamadas
gráficas de cartonagem.
Nem sempre papéis com a mesma gramatura mas de tipos diferentes têm a mesma espes-
sura. Por exemplo: um papel couchê de 120g tem uma espessura mais próxima do papel
offset de 90g do que do offset 120g, pois o couchê é por natureza mais pesado.
Com a prática, o profissional tende a reconhecer as gramaturas simplesmente manuseando
amostras de papéis. A melhor forma de adquirir esta experiência é adquirindo catálogos
junto a fabricantes e distribuidores.
Opacidade
É o que possibilita a impressão de ambos os lados da folha sem maior prejuízo para a
leitura. Quanto mais opaco, menos transparente o papel. A gramatura é um dos fatores que
determinam a opacidade, mas não só: o revestimento ou não do papel, sua cor, o grau de
absorção da tinta e o grau de colagem utilizado também determinam uma maior ou menor
transparência da folha.
A forma mais simples de conferir a opacidade é colocar uma amostra do papel (não im-
presso) sobre uma outra folha que esteja impressa a traço, tanto em texto corrido quanto
em títulos e entretítulos mais negritados. Um papel pouco opaco não é adequado para
impressões frente-e-verso, principalmente livros e revistas.
Grau de colagem
Quase todos os tipos de papel para impressão recebem uma quantidade de cola, seja na
massa ou na superfície (não é o caso, por exemplo, do papel jornal). O objetivo é evitar
que a tinta de impressão borre e que haja muita absorção de umidade (por isso, os papéis
para offset têm sempre uma boa quantidade de cola). Os papéis que recebem cola na
superfície tendem a ser mais brilhosos, favorecendo a vivacidade das cores.
Revestimento
Os revestimentos objetivam tornar a superfície do papel mais lisa e uniforme, aumentar a
opacidade, o brilho e a alvura e finalmente, melhorar a qualidade de impressão (quando
bem calandrado - ou seja, bem liso - o papel revestido tende a tornar as cores mais vivas e
brilhantes). Em compensação, exigem que a secagem do impresso seja mais cuidadosa e
leve um pouco mais de tempo. Os papéis revestidos mais comuns são o couchê e o acetinado.
Lisura e textura
Tomando o processo offset como referência, quanto mais liso o papel, mais nítida e viva
será a impressão. A forma mais simples de diminuir a aspereza do papel é através da
calandragem (por isso, diz-se que um papel liso é bem calandrado). A superfície do papel
se torna mais lustrosa, lisa, menos porosa, a partir de sua pressão contra um cilindro aque-
O PAPEL
57
cido, chamado de calandra.
Os papéis com textura, por sua vez, tendem a singularizar o produto final, mas não são
indicados para policromias com grande exigência de nitidez nos detalhes (como livros de
arte, por exemplo). Da mesma forma, devem ser evitados quando do uso de corpos muito
pequenos (abaixo de oito pontos). Na serigrafia, na xerografia e na impressão digital, eles
são contra-indicados no que confere a legibilidade e definição de detalhes.
Alcalinidade (pH superficial)
o pH é um padrão que determina a acidez ou a alcalinidade de uma solução aquosa e que
aplicado ao papel se refere a água absorvida por suas fibras. O pH varia numa escala de 1
(mais ácido) a 14 (mais alcalino), tendo o nível 7 como neutro.
Quanto mais ácido o papel, maior o tempo necessário de secagem e menor a qualidade de
impressão (especialmente no processo offset). A tonalidade das tintas tende a ser alterada
com pH muito baixo, e as tintas metálicas perdem seu lustre.
Já papéis mais alcalinos tendem ao amarelamento e ao envelhecimento em menor prazo.
No entanto, abreviam a secagem - dado importante em clima úmido, como no caso de
alguns grandes centros urbanos no Brasil. Papéis alcalinos, porém não com pH excessivo
aumentam a vivacidade da impressão e a resistência à abrasão.
Atualmente, os papéis revestidos, como o couchê, têm pH entre 9 e 10, e os não revestidos
entre 8 e l0. Os não revestidos fabricados em meio ácido chegam a ter pH entre 4,5 e 5.
Alvura e cor
Para grandes massas de texto, o papel escolhido em geral é branco - e quanto maior a
alvura do papel, mais ele tende a valorizar o produto final (ao passo que tons amarelados
ou; caramelados tendem a ser associados com baixa qualidade). Os papéis de alta alvura,
em geral mais caros, são obtidos principalmente através de elementos químicos denomi-
nados agentes branqueadores.
A oferta de papéis coloridos têm tido um grande aumento no mercado brasileiro, sejam
nacionais ou importados. No caso de impressões coloridas em offset, é altamente reco-
mendável atentar previamente para as alterações geradas pela coloração do, papel. Em
geral, as distribuidoras possuem amostras em catálogo que indicam o grau de alteração
que as cores sofrerão. As tintas para o offset não são opacas: tons claros tendem a escure-
cer/ e em geral há perda da vivacidade.
É preciso ainda levar em conta a forma como o pigmento foi adicionado ao papel.Ele
pode ter sido colorido na massa - ou seja, recebeu os pigmentos ainda quando da sua
fabricação - ou pintado - ou seja, recebendo uma impressão de tinta colorida sobre a super-
fície, quando do acabamento (caso da maioria das cartolinas vendidas no varejo). Para
confirmar se o papel é colorido na massa ou pintado, basta fazer um pequeno rasgo numa
amostra. Se a borda rasgada for branca ou esbranquiçada, o papel é pintado - e é melhor
evitá-lo para impressos paginados, visto que as laterais do volume ficarão esbranquiçadas,
evidenciando o entintamento.
Direção das fibras
O papel é composto por fibras que se alinham numa mesma direção. Dependendo do grau
O PAPEL
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de lisura da folha, esta direção (chamada de direção de fabricação) é mais facilmente
perceptível. Os formatos de fábrica são cortados de maneira que a direção de fabricação
fique na longitudinal, ficando paralela ao eixo dos cilindros ao entrar na impressora. A
embalagem dos papéis convencionalmente trazem um aviso quando a fibra (aconselhá-
vel), papel está disposta na direção transversal. Quando não há qualquer menção, as folhas
estão com a direção de fabricação na longitudinal, facilitando uma melhor impressão.
Quando o papel está na direção longitudinal, entrando em máquina com a direção das
fibras paralela ao eixo dos cilindros, a folha tem menor possibilidade de sofrer rasgos ou
dilatação. Por isso, a atenção à direção das fibras é um dado essencial a ser levado em
conta pelo impressor. Na direção transversal, a umidade, as variações de temperatura e a
tração podem rasgar ou dilatar o papel. A dilatação é tão nociva quanto a baixa resistência
ao arranque que causa os rasgos - mesmo que ela seja de meio milímetro: a segunda, a
terceira ou a quarta cor fatalmente entrará ligeiramente “fora do lugar” (ou seja, fora de
registro), em decorrência da superfície do papel ter se dilatado.
No entanto, muitas vezes o cuidado para que o papel entre em máquina na longitudinal é
deixado de lado por conta do aproveitamento do papel. No caso do uso de máquinas de
porte médio - no qual as folhas normalmente são cortadas ao meio para que possam entrar
na máquina -, não é tão incomum que a impressão seja feita na direção transversal. Neste
caso, é preciso atenção redobrada.
A atenção à direção das fibras é também especialmente importante no que concerne a
dobras. Quanto maior a gramatura, mais é necessário que as dobras coincidam com a
direção das fibras. Dobras na direção transversa tornam-se mais difíceis, ficando irregula-
res ou quebradiças. Caso isto não seja possível, por conta de um melhor aproveitamento
do papel, é recomendável a aplicação de vincagem antes da dobra.
O PAPEL
Aconselhável Desaconselhável
Direção das fibras do papel na entrada em máquina
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Formatos de fábrica
O formato BB é o mais comum (e, na dúvida, é melhor adotá-lo quando da projetação), ao
passo que o formato americano não só é oferecido para alguns tipos de papel. São poucos
os papéis para impressão oferecidos em todos os formatos. Por isso, é indispensável
contactar o fornecedor para certificar-se dos formatos disponíveis.
Os formatos DIN (A0 e suas subdivisões A1, A2, A3, A4 etc) não são adota dos no Brasil
para o corte de papéis para impressão embora seja esta uma tendência do mercado mundi-
al. Nos processos eletrográficos e nos digitais diversos, todavia, os formatos de fábrica
levam pré-corte para as dimensões DIN (especialmente A4 e A3, respectivamente 21cm x
19,7 cm e 19,7 cm x 42 cm), pois as impressoras são dimensionadas para formatos meno-
res, que em geral coincidem com o formato final que o impresso terá. O mesmo se aplica
a processos híbridos como a impressão elestrostática e o Indigo.
O PAPEL
arugral otnemirpmoc
AA mc67 mc211
BB mc66 mc69
)MA(onaciremA mc78 mc411
)+MA(oãnaciremA mc98 mc911
sanilotraC mc05 mc56
seõtraCeoãlepaP mc08 mc001
Tipos de papel
Há diversos tipos de papel disponíveis para a impressão no processo offset e nos demais.
A escolha do tipo de papel deve ser orientada não apenas pelos custos de cada um mas
também pelo perfil que queremos dar à publicação.
Offset junto com o couchê, é o mais utilizado. É bem branqueado, encorpado e razoavel-
mente calandrado, porém com textura fosca. Dos papéis branqueados, é dos mais baratos.
É de uso freqüente em miolos de livros. A lineatura mais indicada para uso com este tipo
de papel é de 133 LPI.
Couchê
Seu acabamento gessado dá um brilho acetinado às áreas impressas e oferece uma textura
lisa e delicada, que valoriza muito a impressão. Seu manuseio exige cuidado, pois ele se
amassa facilmente e as pequenas nódoas resultantes dificilmente são removíveis. É um
papel mais caro, não indicado para trabalhos de orçamento baixo mas adequado quando é
necessária excelente apresentação. Combinar capa em couchê com miolo em papel offset
é uma solução comum para valorizar a publicação sem grande aumento dos custos. O
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couchê suporta lineaturas altas, a partir de 150 LPI.
Couchêmate (couchê fosco)
Um pouco mais barato do que o couchê comum e, como indica o nome, com menos brilho.
É freqüente seu uso conjugado à aplicação de verniz localizado em determinados elemen-
tos gráficos, que assim se destacam pelo brilho e geram uma alternância de texturas que dá
um perfil sofisticado à publicação. Ele pode exigir mais tempo de secagem da tinta, espe-
cialmente se houver grandes áreas de impressão, e isto não o torna recomendável para
trabalhos em gráficas menores (que em geral não dispõem de estufas). Em regiões úmidas,
como as cidades litorâneas, ele pode trazer problemas sérios se os profissionais não tive-
rem experiência com sua estocagem e manuseio.
Monolúcido
Classifica-se como monolúcido qualquer papel que é liso em apenas uma das faces (em
geral, a que recebe a impressão, ficando a outra em branco). No entanto, o termo monolúcido
identifica também um tipo específico de papel, muito semelhante ao offset, mas bem
calandrado e com brilho acetinado numa das faces, ficando a outra face fosca. É muito
utilizado em cartazes e em folhetos de uma só face, como opção econômica para uma
melhor apresentação.
Couchê monolúcido
Possui acabamento gessado em apenas uma das faces, com a outra fosca. Utilizado para
cartazes.
Jornal
É um papel de baixa qualidade, com resultados satisfatórios apenas em equipamentos
adequados (as rotativas de jornal). Seu custo é bem baixo e ele é normalmente oferecido
em bobinas. A lineatura apropriada não deve ultrapassar 100 LPI.
Imprensa
É um papel jornal melhorado, bem calandrado. Tem um custo baixo, mas não oferece uma
boa apresentação e pode dar problemas em impressões em policromia. Mais utilizado em
folhetos de baixíssimo custo, impressos padronizados como recibos etc. Não se deve uti-
lizar lineaturas acima de 120 LPI.
LWC
Em realidade, o termo LWC (Light Weight Coated) se refere à gama de papéis revestidos
de baixa gramatura que compõe uma das quatro classes em que se dividem mundialmente
os papéis para impressão, sendo as outras três newsprint (papel jornal), SC e MWC. No
mercado brasileiro, porém, o termo genérico LWC passou a identificar o papel utilizado
pelas revistas semanais e quinzenais de grandes tiragens. É um papel de custo relativa-
mente baixo, que apresenta lisura e brilho e propicia uma boa impressão de policromias.
Não é uma opção comum em projetos de design gráfico, já que é voltado para as impres-
sões em rotativas (é fornecido em bobinas), visando tiragens altas. Em revistas de tiragens
médias ou baixas, produzidas em máquinas planas, o couchê é uma alternativa mais ade-
O PAPEL
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quada. Muitas vezes, o LWC é referido como “couchê LWC” ou “couchê tipo LWC”,
especialmente em tabelas de anúncios de revistas. Trata-se, porém, de uma simples estra-
tégia de marketing que visa diferenciá-lo do papel offset, especialmente por ele ser mais
liso e brilhante do que aquele (simulandoo efeito do couchê). No entanto, o LWC não tem
nada a ver com o couchê e é bastante inferior a este. A lineatura adequada fica em torno de
133 LPI, podendo chegar a 150 LPI.
Vergé
Possui uma textura característica - fosca, com uma trama formada por pequenos sulcos - e
é oferecido tanto em branco quanto em cores pastéis (bege, azul claro, caramelo etc). Ele
dá uma certa sobriedade e diferenciação ao impresso, mas esta propriedade ficou bastante
desgastada por sua utilização excessiva.
Duplex
Já pertencente ao ramo dos cartões, é formado na verdade por duas camadas de papel: uma
branca e lisa, acetinada, e outra com pasta não-branqueada e aparas (lembrando o popular
papelão). É muito utilizado em embalagens.
Triplex
Semelhante ao duplex, porém formado por três camadas. Seu verso é, assim, branqueado
e mais calandrado. Utilizado para embalagens de primeira linha, capas de livros e cartões
postais.
Outros suportes relevantes
Além dos papéis, outros suportes merecem destaque na indústria gráfica. Vários tipos de
tecidos estão entre os principais suportes da serigrafia, principalmente no que diz respeito
ao segmento de estamparia; as garrafas de vidro com rótulo impresso diretamente nelas,
cinzeiros de termofixos com impressão em seus interiores, pratos de cerâmica... Esses
exemplos foram dados para que possamos avaliar a infinidade dos suportes utilizados
atualmente.
Do ponto de vista das impressões convencionais, estamos bem servidos quando conhece-
mos boa parte dos tipos de papéis existentes e suas aplicações. É bom conhecermos a
possibilidade de uso de suportes como o PVC e outros plásticos derivados do petróleo
muito comuns na indústria de embalagens flexíveis, assim como os materiais aluminizados.
Conhecer tais possibilidades, em geral, é o suficiente, devido ao pouco trabalho de criação
que se apresentará para esses materiais, e quando necessitarmos trabalhar um projeto grá-
fico que será impresso em tais suportes poderemos buscar, junto à casa impressora, maio-
res informações sobre os recursos e limitações do material que empregaremos como su-
porte na impressão.
No tocante às impressoras digitais, em especial no segmento de grandes formatos, existem
hoje diversos materiais novos sendo utilizados. Rememorando que o bom produtor gráfi-
co é aquele que adequa com propriedade à relação custo/benefício de um trabalho, e que
para isso é necessário que tenhamos atenção ao que iremos especificar para a realização do
O PAPEL
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trabalho, nessa área como em todas as outras das artes gráficas. Podemos utilizar uma
pequena lista de perguntas para determinar com correção qual suporte será empregado, e
essa mesma lista é válida também na maioria dos impressos convencionais.
Qual o grau de complexidade do impresso?
Para esse grau de complexidade, qual o suporte indicado?
Devemos nos preocupar com a carga de tinta que o impresso terá e que poderá provocar
repinte ou vazamento de imagens?
Há necessidade de impressão nas duas faces do suporte? Como serão utilizados esses
impressos?
Qual será a vida útil desse impresso? Como será o seu ciclo de vida?
Qual o nível de qualidade das imagens necessário?
Qual o suporte que tem a qualidade certa e o custo adequado? O suporte escolhido está
disponível no mercado fornecedor?
Se fizermos essas perguntas e analisarmos as respostas obtidas com calma, com certeza
chegaremos a uma conclusão de qual suporte é mais adequado ao trabalho que vamos
desenvolver.
Entre os novos materiais utilizados como suportes para impressoras digitais, é válido que
conheçamos os seguintes:
CAD Color Bond
Papel com revestimento superficial, de aspecto branco e com brilho. Material bom para
impressão de imagens onde predominem traçados e textos leves (típico dos arquivos de
“CAD” - programas de geração de plantas como o AutoCad ou sinais simples). Esse tipo
de suporte não agüenta camadas carregadas de tinta, podendo enrugar e manchar, e apre-
senta baixo custo de aquisição.
Bond de apresentação
Papel branco opaco de peso mais elevado e com brilho. Esse tipo de papel já suporta a
aplicação de camadas medianas de tinta, se prestando a apresentações, sinalização, gráfi-
cos de baixo custo e serviços similares. A demora a secar aumenta diretamente em função
da “carregação” das camadas de tinta, podendo enrugar principalmente em áreas de ima-
gens complexas e mais “cheias” de cor, tipo arquivos de imagem com carga grande de
cores e detalhes pesados.
O PAPEL
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Bond brilhante
Papel com revestimento brilhante e outro revestimento bloqueador na parte inferior; su-
porta mais tinta que os outros bonds; tendo melhor desempenho na impressão de gráficos,
mesmo com grandes áreas de preenchimento, e de arquivos de imagem sem áreas muito
escuras ou de muita tinta, podendo demorar a secar em função do acúmulo de tinta nas
áreas com cores mais intensas.
Photobase
Filme totalmente opaco; com acabamentos mate (fosco), lustroso ou de baixo brilho. A
qualidade das imagens tende a ser excelente, independentemente da quantidade de tinta
utilizada; por isso, deve ter uso preferencial sempre que alta qualidade for importante.
Pode ser difícil de ser laminado (laminação de um impresso digital é a aplicação de uma
proteção por película impermeável) caso não esteja totalmente seco. O manuseio deve ser
feito com cuidado, pois o material pode se quebrar com qualquer descuido.
Filmes (brilhante, transparente ou adesivo)
Filmes com diferentes possibilidades de opacidade e acabamento superficial, que, no caso
dos brilhantes, além de possuírem muito brilho, são brancos e totalmente opacos.
Qualquer das opções possui excelente qualidade de impressão de imagens, devendo ser a
escolha em situações onde a mais alta qualidade seja necessária. Servem para revestimen-
tos superficiais, displays para janelas ou backligths (os transparentes e após laminação
protetora). Substâncias gordurosas de qualquer espécie deixam marcas nesses materiais,
podendo mesmo ficar com marcas de dedos e outras superfícies pouco gordurosas. Quan-
do adesivados, a impressão de alguns efeitos ‘pode ser problemática e requer cuidados
especiais, tanto sobre os opacos e brilhantes quanto sobre os transparentes.
Filme backlith
São filmes translúcidos indicados para que a impressão seja visível quando iluminada em
qualquer uma das faces, tanto quando retroiluminado quanto com uso de iluminação refle-
tida, sendo recomendado para peças que necessitem de iluminação para sua exposição,
seja pela parte posterior, seja com iluminação refletida. A qualidade das imagens, em
geral, é excelente, mas qualquer falha na imagem será ressaltada.
Peças impressas nessas superfícies requerem cuidados na execução da instalação da ilu-
minação.
Velocino para CAD
papel com inclusão de algodão na pasta, com transparência, e que pode ser usado para
backligths de baixo custo. As imagens impressas sobre esse suporte não deverão ter áreas
de alta cobertura de tinta, pois ele não recebe bem grandes quantidades de tinta. A qualida-
de das imagens é, via de regra, apenas razoável.
Lonas
Especialmente desenvolvidas para trabalhos pesados, possuem acabamentos mate ou ce-
tim. Conseguem impressões de excelente qualidade de imagens, pois foram desenvolvi-
das para suportar imagens com pesadas cargas de tinta. Dão uma aparência “artística” por
O PAPEL
64
sua semelhança com as telas de pintura. Tem aplicação em peças como faixas e displays
pendurados, trabalhando bem em ambientes externos. Apresentam problemas devido à
sua grossa espessura e ao seu peso, que dificultam não somente o corte, como também seu
manuseio.
Vinil
São uma festa. Pesos, acabamentos, texturas e cores variadas; normalmente já possuem
adesivos na face posterior. Alta receptividade aos mais variados tipos de imagens e, assim
com as lonas, foram desenvolvidos para impressões pesadas e suportam bem qualquer
quantidade de tinta. Empregadopara faixas, displays pendurados e outros trabalhos que
necessitam de material resistente. Como problemas, temos a qualidade de imagem que
pode oscilar durante a tiragem e a necessidade de cuidados extras na hora da laminação.
Vinil see-through one-way
Fundamentalmente foi criado para ser utilizado em janelas e outras superfícies que neces-
sitam manter, mesmo que parcialmente, sua transparência. Esses materiais são transparen-
tes somente em uma das faces (cerca de 50% de transparência), sendo que a outra face não
permite a visualização do interior. Permitem soldagens para montagens de maiores forma-
tos ou novas formas (grandes bolas ou balões); devem receber laminação para suportar as
condições de uso em ambientes externos.
Folha metálica
Suporte de superfície metalizada e brilhante. Seu uso é bom para efeitos especiais em
imagens; funciona também para sinalização e pontos de venda. Como dificuldades de uso,
podemos citar: ter laminação difícil e causar problemas com a visualização de determina-
das cores.
Papel de arte
É um material com textura semelhante à dos papéis para aquarela; empregado principal-
mente para imagens que necessitam ter um acabamento visual com aspecto de pinturas.
Requer bastante cuidado no corte e funciona melhor se for emoldurado ou montado.
Tecido
Tecidos confeccionados com fios de poliéster acetinado e apropriados para o uso em im-
pressoras a jato de tinta. Podem, inclusive, ser lavados em máquinas com desbotamento
mínimo (nos casos de impressoras com tintas previamente preparadas para esse tipo de
situação). Servem para a confecção de bandeiras, guardanapos e toda uma série infinita de
aplicações do gênero.
Malha
Tecido com uma trama de configuração aberta, está se popularizando para uso em servi-
ços de grande formato; vem sendo adotado para envolver colunas, grandes gráficos de
cera para eventos esportivos e até mesmo para impressão de logotipos e outras imagens a
serem colocadas sob o gelo em rinques de patinação, por possuírem boa resistência às
condições impostas; podem também cobrir alto-falantes sem distorcer o som.
O PAPEL

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