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PROTOZOOLOGIA Toxoplasmose Dra. Carina S. Pinheiro � Cisto e OocistoCisto e OocistoCisto e OocistoCisto e Oocisto: : : : São formas de resistência. O protozoário secreta uma parede resistente (parede cística) que o protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de latência. Sendo que o oocisto é proveniente da rep. Sexuada. �Possuem complexo apical INTRODUÇÃO AOS ESPOROZOÁRIOS FILO: Apicomplexa Protozoologia GêneroGêneroGêneroGênero PROTOZOOLOGIA � Formas evolutivas extracelulares apresentam o complexo apical � Alternância de reprodução sexuada e assexuada FILO APICOMPLEXA A B C D E Rep. Assexuada Rep. sexuada Toxoplasmose FILOGENIA ♦Filo Apicomplexa ♦Classe Sporozoea ♦Ordem Eucoccidiida ♦Família Sarcocystidae ♦Gênero Toxoplasma ♦Espécie Toxoplasma gondii FILOGENIA INTRODUÇÃO ZOONOSE: Toxoplasma gondii Aves Mamíferos Homem INTRODUÇÃO Apresenta uma distribuição mundial, 1/3 da população sorologicamente positiva Prevalência: Vermelho escuro > 60%, vermelho claro 40–60%, amarelo 20– 40%, azul 10–20%, verde <10%. Branco ausência de dados. 2009 INTRODUÇÃO Gestantes e imunodeprimidos : grupos de risco (infecção oportunista) MORFOLOGIA . Formas infectantes do parasito: TAQUIZOÍTOS BRADIZOÍTOS OOCISTOS Hospedeiro definitivo MORFOLOGIA � Invade células do sistema fagocítico mono- nuclear (leucócitos e as células parenquimatosas) � Endocitado- vacúolo parasitóforo, rep. processo de brotamento interno ou endogenia. Taquizoítas MORFOLOGIA 1 Taquizoítas ♦ Fase aguda ♦ Forma proliferativa e livre ♦ Taqui= rápida - ♦ Encontrada vacúolo parasitóforo de células e líquidos orgânicos – tecidos ⇒ muscular estriado, linfático, SNC, ocular e placentário MORFOLOGIA 2 Bradizoítas ♦ Fase crônica ♦ Forma proliferativa, dentro cistos ♦ Bradi= lento – ♦ Encontrada dentro do vacúolo parasitóforo de uma célula – formando cisto tecidual (cistozoíto). MORFOLOGIA 3 Oocistos ♦ Forma resistente ♦ Encontrados células intestinais de felídeos não-imunes ♦ Eliminados com fezes ♦ Esporulação após 3 -5 dias ♦ Contem 2 esporocistos: 4 esporozoítos Oocisto imaturo Oocisto maduro FORMAS INFECTANTES Taquizoíto Bradizoíta Oocisto ♦ O ciclo de vida inclui um ciclo assexuado (esquizogônico) e um sexuado, enteroepitelial, no gato doméstico e outros felinos (hospedeiros definitivos) ♦ E um ciclo assexuado, extra intestinal, no gato e outros hospedeiros (hospedeiros intermediários) CICLO CICLO- felídeo A. ciclo assexuado, que se repete certo número de vezes, segundo a espécie. B. microgametogênese com formação dos gametas masculinos. C. macrogametogênese e fecundação do gameta feminino por um microgameta, dando origem ao oocisto. D. formação dos esporozoítos. E. Liberação dos esporozoítos, no organismo de um novo hospedeiro. A B C D E oocisto Meronte Merozoíto Esporozoíto Rep. Assexuada Rep. sexuada INVASÃO CELULAR Reorientação/Deformação Contato inicial Junção Invasão CICLO 1- Oocistos nas fezes do gato 2-5-7- Vários animais podem se infectar ingerindo oocistos 3- Cisto com bradizoítos 4- Gato se infecta comendo cisto, ou oocistos 8-10-11- Se uma mulher grávida torna-se infectada os taquizoítos podem infectar o feto via corrente sanguínea Sangue Cistos Oocistos Oocistos Cistos TRANSMISSÃO Felinos : ♦ Ingestão de oocistos, cistos ou taquizoítos - resistência Homem: ♦ Ingestão de oocistos presentes em água e alimentos contamindos; ♦ Ingestão de carne crua ou mal-cozida (bradizoítos); ♦ Transmissão congênita ou transplacentária (taquizoítos); ♦ Transplante de órgãos infectados (cistos); ♦ Acidentes de laboratório. RELAÇÃO PARASITO HOSPEDEIRO � INFECTIVIDADE Cepas diferentes de T. gondii conferem uma maior ou menor infectividade. Linhagens virulentas⇒ parasitos invadem macrófagos e leucócitos ⇒ todos tecidos do organismo. Dezenas de taquizoítas no interior de cada célula ⇒ pseudocisto rompe-se e dissemina os toxoplasmas para invasão de novas células ⇒ resultado fatal em poucos dias. No cérebro e outros órgãos, alguns parasitos (Bradizoítas) se multiplicam cercados por uma membrana cística ⇒⇒⇒⇒ cistos não se rompem RELAÇÃO PARASITO HOSPEDEIRO � INFECTIVIDADE Cepas diferentes de T. gondii conferem uma maior ou menor infectividade. Linhagens NÃO virulentas⇒ Leva a desenvolvimento da fase aguda e crônica da infecção em um ritmo mais lento IMUNIDADE � Hospedeiros desenvolve-se certo grau de imunidade nas reinfecções⇒ Imunidade celular � Desde a primeira infecção a sorologia fica positiva. � Nas fases crônicas da infecção só se encontram formas encistadas, nos tecidos, e as provas sorológicas tornam-se extremamente baixas. � Mecanismos patogênicos - Destruição celular e fenômenos alérgicos PATOGENIA TOXOPLASMOSE PÓS-NATAL (SEMANAS- MESES) Variam desde casos assintomáticos (mais comum) até casos fatais: � Marcadores sorológicos – IgM e IgG � Adenopatias (gânglios mais afetados são os cervicais) � Febre � Mialgia � Lesão ocular (retinocoroidite). A presença de cistos ou de pseudocistos em um organismo constitui sempre um grave risco (casos de imunodepressão); PATOGENIA GRUPOS DE RISCO AIDS Reativação da infecção Cronicidade da infecção TOXOPLASMOSE CONGÊNITA Gestante em fase aguda Marcador sorológio – IgM e IgA Manifestações clínicas: Hidrocefalia (50%) Calcificação cerebral (69%) Retinocoroidite (90%) Tríade de Sabin ♦ Toxoplasmose congênita – gravidade da doença no feto é inversamente proporcional ao tempo de gravidez 1º Trimestre 3º Trimestre 2º Trimestre Idade gestacional Risco de infecção fetal Dano fetal 14% 29% >29% Maior Menor Mínimo PATOGENIA DIAGNÓSTICO CLÍNICO: Não é suficiente LABORATORIAIS: ♦ Fase aguda Parasitológico – Demonstração do parasita (taquizoítos) Isolamento em cultura de células Molecular –PCR Sorológico –detecção de IgM ou IgA ♦ Fase crônica Sorológico – detecção de IgG no soro (RIFI e ELISA) DIAGNÓSTICO Perfil Sorológico da ToxoplasmosePERFIL SOROLÓGICO DIAGNÓSTICO Colher nova amostra 2 semanas mais tarde e repetir o teste em ambas as amostras ao mesmo tempo. SORODIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO Diagnóstico da Toxoplasmose Congênita: Acompanhamento da Gestante: • Exame Pré-natal • Soropositiva IgG - infecção crônica Recém nascido: •Detecção de IgM no soro •Detecção de IgG no soro- Título de IgG da criança > que da Mãe ou elevação em testes sucessivos DIAGNÓSTICO TRATAMENTO → Combinações de sulfonamidas com pirimetamina (caráter supressivo, agindo somente sobre os taquizoítas, TÓXICAS) : ♦ O tratamento materno- precoce, prevenir a infecção fetal - esperamicina. ♦Tratamento ocular – antiinflamatório (Meticorten) ♦ Os casos de AIDS exigem tratamento permanente, optando-se pela clindamicina, se surgirem alterações hematológicas. TRATAMENTO TRATAMENTO CONTROVERSO PROFILAXIA Controle pré-natal –Testes sorológicos (IgM, avidez IgG e IgA) –Ultra-som fetal –Tratamento de grávida com evidência de infecção recente pelo T. gondii diminui a severidade da toxoplasmose congênita na criança (Desmonts e Couvrer, 1979). . PROFILAXIA Tratamento da carne - Cozimento >67oC - Congelamento < -12oC por 24 hs. - Procedimento comerciais para salgar [NaCl] EPIDEMIOLOGIA ♦ Parasito intracelular obrigatório ♦ Prevalência de infecção na população aumenta com a idade ♦ OMS- 50 a 60% da população mundial – Brasil 50% e 80% ♦ Mamíferos e aves são reservatórios naturais ♦ Felinos (gato doméstico) - hospedeiro definitivo ♦ Parasito oportunista em pacientes imunocomprometidos EPIDEMIOLOGIAA soroprevalência no Rio de Janeiro (77,1%), Pernambuco (69,4%), Rio Grande do Sul (74,5%), Bahia (64,9%) e Paraná (67%) EPIDEMIOLOGIA �Crianças infectam-se em tanques de areia poluídos por gatos, a maioria das pessoas contraem a toxoplasmose ao consumir carne crua ou mal cozida de animais parasitados. �Gatos eliminam oocistos nas fezes por 1 mês ou mais, que permanecem viáveis até 18 meses. EPIDEMIOLOGIA PROFILAXIA Oocistos Bradizoítas e taquizoítas �Não alimentar gatos com carne crua �Eliminar contato com excrementos de gatos �Cobrir caixas de areia �Eliminação de gatos vadios �Cuidados com alimentos �Higiene pessoal �Carne bem cozida �Carne congelada PROFILAXIA OOCISTOS Cryptosporidum sp. ♦ Somente após 1982 considerado como um patógeno importante. Diarréia em pacientes com AIDS ♦ Coccídio minúsculo, monoxênico - Parasito das células do epitélio respiratório e digestivo de humanos e animais. ♦ Cosmopolita e Prevalência de 0,6 a 20% em países desenvolvidos e de 4 a 32% em países subdesenvolvidos. ♦ Alta prevalência entre crianças de 6 meses a 3 anos e pacientes imunossuprimidos. Introdução Introdução NOMES DA DOENÇA PARASITAM O HOMEM CAUSANDO ALTERAÇÕES INTESTINAIS Cryptosporidium hominis Cryptosporidium parvum Crypstosporidium meleagridis Crypstosporidium felis Crypstosporidium canis Crypstosporidium rabitt • Criptosporidiose • Criptosporidíase � São encontrados em grande número de vertebrados, sendo atualmente 22 as espécies consideradas válidas. ♦Resistência: longos períodos em ambientes úmidos e frios e a cloridração; ♦ Criptosporidiose humana, vários surtos: * EUA (San Francisco, Texas, Georgia etc). Em Milwaukee 403.000 casos em abril de 1993, sendo 100 casos de óbitos. * Em Fortaleza (Ceará), 58% dos moradores de 31 casas estavam infectados e 45% das 18 pessoas que cuidaram de um único paciente com criptosporidiose se contaminaram. ♦ Pacientes com AIDS: * Rio de Janeiro: 18,2% * Uberlândia: 13% Introdução Gasser et al., 2010 1- Cryptosporidium parvum. Oocistos em esfregaço de fezes, medem 5µm. 2- Cryptosporidium parvum. Amostra fecal corada pela técnica ácido-resistente. Os oocistos coram-se em rosa, diferenciando-se dos fungos que possuem aproximadamente o mesmo tamanho (5µm) mas são corados em azul ou verde dependendo do contra corante usado. 21 Morfologia Contaminação da água por oocistos 1 – Oocisto esporulado 2 - esporozoíto 3 - trofozoítos 4 - meronte tipo I 5 - merozoíto 6 - meronte tipo II 7 - merozoíto 8 - microgamonte 9 - macrogamonte 10 - microgameta Parede grossa Auto-infecção Ciclo assexuado Ciclo sexuado Zigoto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Ciclo Cel. epiteliais O ciclo assexuado e sexuado ocorre dentro de um vacúolo parasitóforo. Localizado nas células epiteliais da mucosa intestinal. Localização extracitoplasmática. Parede fina Oocistos liberados nas fezes esporulados Infecção: ingestão ou inalação de oocistos ou pela auto-infecção interna. TRANSMISSÃO oral-fecal: ♦ Pessoa a pessoa: creches e hospitais; ♦ Animal a pessoa: principalmente bezerros e cordeiros, que apresentam diarréia e se encontram eliminando oocistos; ♦ Pessoa a animal: ocorre quando indivíduos infectados manipulam animais susceptíveis; ♦ Alimentos e fontes de água usadas para consumo ou recreação infectados com oocistos = SURTOS Cloro, ozônio e meios ácidos Transmissão Oocistos resistentes ao tratamento ♦ Reação inflamatória da mucosa duodenal ♦ Atrofia das vilosidades ♦ Hiperplasia das criptas ♦ Citoplasma vesiculoso ♦ SINTOMATOLOGIA Assintomática ou Sintomática: * Diarréia aquosa (3 a 10 evacuaçõs diárias\ 30 dias) * Anorexia, dor abdominal, flatulência * Febre e dor de cabeça * Náuseas, vômitos e desidratação * Outras manifestações: hepatite, pancreatite e artrite Patogenia � Quadro clínico de diarréia e cólicas é autolimitado, curando-se o paciente ao fim de 1 ou 2 semanas. Problema de saúde pública mundial Diarréia em várias populações humanas � Crianças menores de 5 anos (<2 anos) desnutrição Imunidade incompleta comprometimento do desenvolvimento cognitivo � Prevalência em crianças * Países desenvolvidos 3 a 3,6% (Fayer et al., 2000) * Brasil 5,2 a 17% 85,1% Epidemiologia Possível predisposição genética em crianças de Bangladeshi com o alelo B*15 HLA I, DQB1*0301 HLA II ♦ Prevalência em adultos imunocompetentes * Países desenvolvidos 0,3 a 4,3% (Fayer et al., 2000) * Países em desenvolvimento 1,3 e 22,2% (Fayer et al., 2000) ♦ Prevalência em adultos imunossuprimidos (HIV/AIDS) Entre os indivíduos HIV-positivos com diarréia, a prevalência desta doença está em torno de 14%, nos países desenvolvidos, e de 24% nos países em desenvolvimento. 50% das diarréias C. parvum Epidemiologia ♦Saneamento básico; ♦Proteção dos reservatórios de água; ♦Cuidados especiais com higiene pessoal ♦Medidas de higiene rigorosas em ambientes especiais (creches e hospitais); ♦As pessoas dos grupos de alto risco devem evitar contato com animais domésticos e pessoas infectadas. Profilaxia ⇒ Demonstração de oocistos nas fezes, material de biópsia ou material de raspado de mucosa. Técnicas: ♦ Flutuação sob centrifugação em solução saturada ♦ Sedimentação pelo formol-éter ♦ Técnicas imunológicas: Imunofluorescência indireta e ELISA. ♦ Diagnóstico baseado em técnicas moleculares Diagnóstico ♦Imunocompetentes: cura espontânea ♦Crianças e indivíduos imunossuprimidos: o tratamento é essencialmente sintomático (aliviar os efeitos da diarréia e da desidratação). *Azitromicina,espiramicina, Fumagilina, etc * Suspensão da terapia imunossupressora * Medicamentos que potencializem a resposta imune Tratamento
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