Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Organização do estado - Constitucionalismo: movimento social, político e jurídico, objetivo é limitar o poder do estado por meio de uma constituição. - Constituição: conjunto de normas da mais alta hierarquia, que organiza os elementos constitutivos, do Estado e organiza a forma de estado, governo, o modo, aquisição e exercício do poder, estabelecendo órgãos, direitos fundamentais e suas garantias. - Antecedentes históricos 1. Antiguidade: ● Povo Hebreu: conduta dos profetas - função de controlar, fiscalizar os atos do poder público na Grécia antiga. 2. Idade média: magna carta libertatun do rei João I, definiu vários direitos ao povo inglês. Não teve aplicabilidade, mas deixou grande legado histórico. Constituição pactuada ou dualista, pois foi fruto de duas forças políticas. Origem do habeas corpus. 3. Idade moderna: Constituição norte americana de 1787 e a francesa de 1791. O constitucionalismo se espalha pelo mundo. - Constituição 3 prismas. 1. direito constitucional positivo: estudo específico de uma determinada constituição e de um estado. 2. Geral: seus instintos próprios, a identificação das categorias gerais, comuns às diversas constituições. 3. Comparado: compara de duas ou mais constituições, vigentes ou não, de dois ou mais Estados. - Concepções 1. Sentido sociológico: é aceita como fato social e não como norma. Aponta um valor atual da constituição, pois o seu conteúdo não pode ficar parado no tempo, pois a sociedade muda, deve ser adequada a cada momento histórico de uma sociedade. 2. Politico: se refere a decisão política fundamental, ou seja, forma do Estado e direitos fundamentais. Tudo o que estiver no texto da constituição, mas que não disser respeito a decisão política fundamental (organização do estado, poderes e direitos e garantias) não é propriamente constituição, mas lei constitucional. 3. Material: pode haver norma constitucional fora da constituição. No aspecto material, qualquer norma que trata de questões a organização fundamental do estado é constituição. 4. Formal: interessa a forma de nascimento da norma, se foi produzida como um documento solene. Não importa o seu conteúdo, mas o fato de constar de um texto solene chamado constituição. 5. Jurídico: “dever ser”, norma pura, sem conexão sociológica, política ou filosófica. Ato da vontade do seus criadores, simples coercitiva (impor pena) que organiza o Estado. Norma positiva suprema, a mais alta do Estado. ● Sentido lógico-jurídico: constituição é uma norma hipotética fundamental, uma norma superior a própria constituição vigente que lhe fundamento de validade. ● Jurídico-positivo: norma escrita, suprema, de uma determinada sociedade. 6. Culturalista: é produto de um fato cultural, produzido pela sociedade que influenciou seu texto. - Classificação 1. Outorgadas: imposta unilateralmente por uma pessoa ou um grupo de pessoas, sem consulta ao povo. 2. Promulgada: constituição democrática, votada ou popular. Assembleia constituinte, escolhida pelo povo, que a elabora. 3. Cesarista: projeto prévio elaborado por uma pessoa e aprovada por consulta popular. 4. Pactuadas: mais de um titular do poder originário realizam um pacto para estabelecer uma constituição (realeza e legislador). - Forma 1. Escrita: texto ou documento solene. 2. Costumeiras: usos e costumes. - Extensão 1. Sintéticas ou enxutas: princípios fundamentais. 2. Analíticas ou prolixas: minuciosas, todo o assunto que for tido como fundamental está no texto. - Conteúdo 1. Material: texto que tiver as normas fundamentais e estruturas do estado, organização e garantias fundamentais. 2. Formal: processo de formação. - Modo de elaboração 1. Dogmáticas: escritas, uni a dogmas (doutrina religiosa). 2. Históricas: formada por um lento processo. - Alterabilidade ou estabilidade 1. Rígidas: processo de alteração é rígido que para as normas gerais. Quorum de votação e aprovação é maior. 2. Flexíveis ou plásticas: texto constitucional pode ser alterado de maneira simples. 3. Semi-rígidas: exigem processo de alteração rígida e a outra flexível. 4. Imutáveis: inalteráveis. 5. Super rígidas: alguns pontos é rígidas, pode ser alterada e em outras é imutável. ★ nossa Constituição é Formal, Escrita, Dogmática, Promulgada, Analítica, Dirigente e Rígida. - Essência 1. Normativos: produzidos de acordo com a vontade do povo. 2. Nominais: projeto para o futuro. 3. Semântica: para proteger e beneficiar aqueles que detém o poder econômico, social ou de força. - Ideologia 1. Ortodoxa: elaboradas com base em uma ideologia. 2. Eclética: diversas ideologias. 3. Constituição heteronoma: decretada fora do estado, por outro. 4. Constituição autônoma: produzida pelo próprio estado. 5. Constituição dirigente: estabelece um plano de governo, uma direção, não importando o partido que exerce o governo no momento. - Governo no momento. 1. Constituição garantia: prioriza a defesa e a garantia das liberdades. 2. Constituição balanço: registra um estágio da sociedade, reflete o grau de evolução social. - Elementos: elementos mínimos na constituição, se não existirem não é constituição. ● Orgânicos: normas que regulam a estrutura do estado e do poder. ● Limitativos: compõem os direitos e garantias fundamentais, impondo limite no estado. ● Sócio-ideológicos: normas que revelam a opção do estado individualista ou social, os fins sociais e econômicos. ● Estabilização social: normas destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, do estado, instituição democratizar objetivo é a paz. ● Formais de aplicabilidade: normas que estabelecem regras das normas da constituição e de formação das normas em geral. ● Transição constitucional: normas transitórias que sua aplicação esgota no tempo. - Histórias das constituição brasileira: 7 constituição e 1 emenda constitucional. ● 1824: surgiu logo após a independência. A constituição do império Dom Pedro II. Forma monárquica, era hereditário. Religião oficial Católica. Forma quadripartite (poder legislativo, executivo, judiciário e moderador “imperador) ● 1891: com Proclamação da República, outra constituição. Forma federativa de estado, forma republica de governo. RJ era o DF. Forma tripartite (legislativo, executivo e judiciário) . Mais direitos com inclusão de habeas corpus. Separou igreja do estado. ● 1934: Manteve a constituição anterior. Voto feminino. O poder judiciário passou a ser composto pela Corte Suprema. Nome do país era Estados Unidos do Brasil. ● 1937: constituição polaca, ditadura, institui federalismo nominal, sem efeitos concretos, pois o presidente tinha extremos poderes “Getúlio Vargas”. Estado Novo, redução de direitos fundamentais. O presidente exerce todo o poder legislando e aplicando as leis. ● 1946: Depois da segunda guerra mundial teve a redemocratização, a nova constituição foi promulgada pela Assembleia constituinte. Colocou a justiça do trabalho e o tribunal federal de recursos. ● 1967: presidente Jânio Quadros, pelos militares, tomou a ordem num ato institucional que manteve a constituição de 1946. Ditadura Militar. “Política segurança natural” (contra comunismo) e o presidente é eleito de forma indireta. ● 1969 (emenda): mais totalitária que anterior , supriu as garantias dos parlamentares, ampliou a censura as publicações, estabeleceu eleições indiretas. ● 1988: nova republica, liberdades públicas, direitos sociais e participação política, direitos e garantias fundamentais. - Modalidades de constitucionalismo 1. Social: direitosde segunda dimensão, o estado tem o dever de fazer: saúde, educação, segurança, moradia, alimentação. 2. Futuro “ por vim”: as futuras constituições devem ser pautadas por alguns valores. ● Consenso: democrático. ● Continuidade: não pode deixar de levar em conta os avanços. ● Participação: da sociedade. ● Integração: direitos fundamentais internacionais. Transconstitucionalismo: relação entre o direito interno e internacional. 3. Transnacional: defende mudanças constitucionais mais lentas e historicamente graduais. 4. Neo constitucionalismo: visa refundar o direito constitucional com base em novas premissas como a difusão e o desenvolvimento da teoria dos direitos fundamentais e a força normativa da constituição, objetivando a transformação de um estado legal em estado constitucional. - Divisão da constituição. 1. Preâmbulo: define os pressupostos, a orientação e os valores do sistema. 2. Parte dogmática: sobre os direitos subjetivos públicos, políticos, civis, econômicos e sociais. 3. Ato das disposições constitucionais transitórias: repositório de normas integrativas entre duas ordens constitucionais, a velha e a nova ordem. - A federação brasileira: formada pela União, Estados, DF e municípios, todos autônomos. - Divisão espacial do poder: informar como o poder está dividido territorialmente, realidade políticas, territórios gerais, regionais e locais. - Tipos ou formas de Estados 1. Unitário: só há um poder central, exercido sobre todo o território. 2. Federal (Brasil): varios centros de poderes políticos autônomos, mas há um poder central. - Vedações constitucionais 1. Vedado estabelecer religião oficial. 2. Vedado recusar documentos públicos. 3. Vedado tratar brasileiro de forma diferente por pertencer a um estado ou município diferente. ★ União: governo unido de todos os estados do Brasil. ★ união: representação para o exterior. - Bens da União 1. Lagos, rios, qualquer corrente de água em terreno de seu domínio. 2. Ilhas fluviais e lacustres nas zonas vizinhas com outros países, praias marítimas, ilhas oceânicas e as costeiras. 3. Recursos naturais 4. terrenos da marinha e seus acrescidos 5. terras ocupadas pelos índios. - Formação dos Estados ● art 18: Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. - Impeachment: impedimento, usado contra altas autoridades do governo para afastamento do seu cargo, não podendo se eleger por 8 anos. ● Crimes a) comum: (qualquer pessoa pode cometer) julgamento pelo STF. b) responsabilidade: (presidente da República) 1. Existência da União 2. Livre exercício dos poderes legislativos, judiciário, do MP e dos poderes constitucionais das unidades da federação. 3. Exercício dos direitos políticos individuais e sociais. 4. A segurança interna do país. 5. A probidade na administração. 6. A lei orçamentária. 7. O cumprimento das leis e das decisões judiciais. - Julgamento; Senado Federal, com a autorização da Câmara dos Deputados. ● Processo: Bifásico: Admissibilidade: câmara dos deputados ⅔ Julgamento: senado ⅔ 1. Comissão 2. Defesa 3. Votação 4. Comissão 5. Afastamento - vice assume 6. Condenado 7. Vice assume. - Lista de Sucessão 1. Presidente da República 2. Vice presidente 3. Presidente da Câmara dos deputados 4. Presidente do Senado 5. Presidente do STF - Presidente ● Atribuições 1. Nomear e exonerar Ministros de estados; 2. vetar projetos de lei, total ou parcial; 3. manter relações com estados estrangeiros; 4. decretar o estado de defesa e sítio; 5. celebrar a paz; 6. declarar a guerra; 7. exercer o comando supremo das forças armadas. ● Investidura: reeleitos por um único período. ● Sistema majoritário: para ser eleito precisa de um partido político, ter a maioria dos votos, não computados os em branco e nulos. ● Elegibilidade: BRASILEIROS NATOS 1. presidente e vice da República; 2. presidente da câmara dos deputados; 3. presidente do Senado Federal; 4. ministros do STF; 5. da carreira diplomática; 6. oficial das forças armadas. ● Condições 1. nacionalidade brasileira; 2. pleno exercício dos direitos políticos; 3. o alistamento eleitoral; 4. o domicílio eleitoral na circunscrição; 5. a filiação partidária; 6. idade mínima a) 35 anos presidente e vice da República b) 30 para governador e vice de estados e DF c) 21 para deputado federal, estadual e DF, prefeito, vice prefeito e juiz de paz. d) 18 para governador ● Processo eleitoral: a eleição para presidente e vice da República será feita no 1 domingo de outubro e no último domingo de outubro. ● Posse: o presidente e vice da República tomarão posse do Congresso Nacional com o compromisso de “ manter, defender e cumprir a constituição, promover o bem geral do povo, sustentar a união, integridade e a independência do Brasil.” ● Mandato: 4 anos, começa no 1 de janeiro do anos seguinte da sua eleição. ● Impedimento/sucessão: se em 10 dias da data de posse o presidente ou vice sem motivo não tiver assumido, será vago. Substituirá o presidente em caso de impedimento e a vaga será do vice. ● Vacância/sucessão: vagando os cargos de presidente e vice, terá eleição 90 dias depois de aberta a vaga. 1. ocorrendo a vacância nos últimos 2 anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita em 30 dias depois da última vaga. - Poder executivo Ministros de Estado: brasileiros, maiores de 21 e no exercício dos direitos políticos. 1. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo presidente da República. 2. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos. 3. Apresentar ao presidente da República relatório anual de sua gestão no ministério 4. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgada ou delegadas pelo presidente da República. ➔ art 76: o poder executivo é exercido pelo presidente da República auxiliado pelos ministros de estados. ➔ art 84 III: (atribuição do presidente da República) II exercer, com o auxílio dos ministros de estados, a direção da administração federal. ➔ art 88: a lei disporá sobre a criação e extinção de ministérios e órgãos de administração pública. ● Responsabilidades ➔ art 50: a câmara dos deputados e o senado federal, poderão convocar ministros de estados ou outros órgãos diretamente subordinados a presidente da República para prestarem informações sobre assuntos de crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. 1. os ministros de estados poderão comparecer ao senado federal e a câmara dos deputados, por sua iniciativa para expor assuntos de relevância de seus ministério. 2. a câmara dos deputados e do senado federal poderão encaminhar pedidos escritos de informação a ministros de estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou a não atendimento no prazo de 30 dias, bem como a prestação de informações falsas. ➔ art 52: compete PRIVATIVAMENTE ao SENADO FEDERAL 1. processar e julgar o presidente e vice da república nos crimes de responsabilidade, bem como os ministros de estado e os comandantes da marinha, exercito e aeronautica. ➔ art 58 III: convocar ministros de estado para prestar informação sobre assuntos inerentesa suas atribuições. ★ FUNÇÃO: os ministros de estados são importantes, pois são eles que trabalham pelas questões de interesse a nação junto com o presidente da república. Para cada área de interesse nacional, há um ministro. - Governador Lei do impeachment: 5 deputados + 5 desembargadores + 1 presidente do TJ Responsabilidade: câmara dos deputados câmara dos deputados julgá (pelo presidente do TJ) Comum: STJ ★ Esse processo depende da constituição de cada estado, em SP funciona de forma única. SP: câmara dos deputados tribunal especial: 7 desembargadores + 7 deputados + 1 presidente do TJ - Prefeitos Responsabilidade: câmara dos vereadores câmara dos vereadores julga Comum: TJ ★ Dinheiro está no município e roubaram: TJ ★ Dinheiro não entra na cidade: TRF - Funções essenciais a justiça Ministério Público ➔ Art 127: o MP é instituição permanente, essencial a função jurisdicional do estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 1. são PRINCÍPIOS institucionais do MP a unidade a indivisibilidade e a independência funcional. ● Garantias a) vitaliciedade b) inamovibilidade c) irredutibilidade ● Espécies 1. MP da união, que compreende a) MP Federal b) MP do Trabalho c) MP Militar d) MP do DF e territórios ● Função 1. promover, privativamente a ação penal pública, na forma da lei. 2. zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na constituição promovendo as medidas necessárias a sua garantia. 3. promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos 4. promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos estados, nos casos previstos na constituição. 5. defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. 6. expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva 7. exercer o controle externo da atividade policial. 8. requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos com de suas manifestações processuais. 9. exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo lhe vedada a representação judicial e sua consultoria jurídica de entidades públicas. ● Ingresso: concurso público. Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I o Procurador-Geral da República, que o preside; II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; III três membros do Ministério Público dos Estados; IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. § 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. § 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho. § 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público. Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. § 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. § 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. § 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatóriocircunstanciado das corregedorias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) Parágrafo único. Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013) § 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: I - restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. § 3º Na vigência do estado de defesa: I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial; II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação; III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário; IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. § 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. § 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias. § 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. § 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. - Juiz de paz: atribuições dos juízes de paz a serem exercidas por orientação dos TJ 1. examinar, de ofício ou em face de impugnação e decidir processos de habilitação para casamentos; 2. celebrar casamentos 3. dispensar, justificadamente, os editais de proclamas 4. pacificar conflitos de vizinhos. - Emenda constitucional
Compartilhar