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Suinocultura: Vantagens, Desvantagens e Estrutura de Produção

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Ana Barth 
MedVet6 
2 
4 
SUINOCULTURA 
Vantagens: alta produção de grãos, mão de obra, clima, área de produção, sanidade. 
Desvantagens: tecnologia, BEA atrasado, faz utilização de promotores de crescimento, falta de 
proteção governamental para carne suína, produtor não tem estabilidade e tem altas taxas de 
juros. 
Estrutura de produção: 
Especializada: produtor independente, normalmente faz ciclo completo. 
Verticalizada: produtor tem a granja e o frigorifico 
Integração: pode ser vertical (produtor entra com a terra e integradora com genéticas, 
nutrição e assistência, o preço é estipulado pela integradora) ou horizontal (cooperativa). 
 
Sistemas de produção: 
Extensivo: suinocultura de subsistência, com baixo nível tecnológico, alimentação a base de 
restos, assistência técnica inexistente. 
Semi-intensivo: melhor aplicação do conhecimento técnico, instalações mais adequadas, 
separação por lotes, alimentação de melhor qualidade. 
Intensivo (siscon: sistema de criação intensiva de suínos confinados): intensificação da 
produção, conhecimento técnico de alto nível bom manejo produtivo, nutricional e 
reprodutivo, e instalações bem adequadas. 
Intensivo (siscal: sistema de criação intensiva de suínos ao ar livre): menor investimento, 
maior qualidade de vida dos animais, ecologicamente correta. 
 
Fluxograma siscon ciclo completo: 
1. Gestação: matrizes, cachaços e leitoas 
2. Maternidade: leitoas, matrizes e leitões 
3. Creche: leitões 
4. Recria e terminação: leitões mais velhos, recria recebe ração mais proteica e 
terminação mais energética. 
 
 
 
 
Fluxograma siscon ciclo incompleto: 
1. Unidade produtora de leitões (UPL): reprodução, gestação e maternidade, vende 
leitões desmamados por peso (kg) 
2. Unidade produtora de leitões (UPL): reprodução, gestação e maternidade, vende 
leitões descrechados e desmamados. 
3. Creche: creche, compra leitões desmamados e vende descrechados. 
4. Unidade de terminação (UT): da creche a recria, faz a terminação dos animais, vende 
leitões terminados para o abate. 
5. Unidade de quarto sitio (4S): reprodução e gestação, vende leitoas prenhes 
(nulíparas), cachaços e leitoas emprenhadas. 
6. Centro de coleta e processamento de sêmen (CCPS): vende o sêmen ou cachaço para 
reprodução, animais são usados para coleta ou venda de sêmen. 
 
 
**sai da maternidade com 28 dias 
**sai da creche com 63 dias 
 
REPRODUÇÃO MATERNIDADE CRECHE 
RECRIA 
ENGORDA 1 
3 
Ana Barth 
MedVet6 
Características peculiares de suínos: 
Possuem perfil triangular e focinho cartilaginoso (animal fuçador). 
Possuem 44 dentes, sendo 12 incisivos, 4 caninos, 16 pré-molares e 12 molares. 
7 pares de tetos em média, podendo ser de 4 a 8. Tem 38 cromossomos. 
São monogástricos, com coração proporcionalmente pequeno, sendo comum a ocorrência de 
infartos. Possui baixa capacidade respiratória, e semelhanças com o ser humano o que permite 
xenotransplantação. Em média 70% de gordura e 1 a 2,5 % de marmoreio na carne. 
 
Características comportamentais: 
São naturalmente presas, gregários, possuem hierarquia linear (maior sobre os menores), são 
onívoros com o olfato bem desenvolvido. Estabelecem latrinas longe do local de alimentação. 
São muito inteligentes, sociais, brincalhões, interativos e curiosos. Possuem diversos tipos de 
vocalização. 
Características produtivas: 
Possuem prolificidade e precocidade, a gestação e lactação são curtas (114-115 dias de 
gestação, 28 dias de lactação, 5 dias para retorno ao cio (+-5d)). 
Abate precoce, ótima conversão alimentar, alto rendimento de carcaça, contribui para 
manutenção da qualidade do solo. 
Origem: 
Origem por cruzamento acidental, evolução para tipo carne ocorreu baseada na forma do 
corpo, com um traseiro cheio, amplo e largo, linha de dorso comprida, menor espessura de 
gordura, puberdade aos 6 meses, ET diferenciada para produção e reprodução. Existem 3 tipos 
de suínos: 
 
TIPO PERFIL CEFÁLICO ORELHA FRONTE 
Asiático Ultra curvilíneo Curta e reta Plana e larga 
Céltico Côncavo Larga, grosseira e caída 
Ibérico Subcôncavo a retilíneo Média e horizontais, levemente caída. Estreita 
 
 
 
 
Raças: 
Raças estrangeiras: altamente especializadas em produção de carne, precocidade, 
prolificidade e economia, Duroc (EUA), Landrace (Dinamarca), Large White (Inglaterra), 
Hampshire (EUA), e Pietran (Bélgica). 
Raças nacionais: produção de banha, rústicos, pouco precoce, pouco prolifero, pouco exigente 
no trato, atinge 60 kg de pv aos 6m. Raças da embrapa e meishan e fengjing. 
Raças p/ mães: Landrace, Large White e Wessec. Raças p/ pais: Duroc, Pietran e Hampshire. 
Características maternas: aptidão materna (exceto Duroc), alta prolificidade, boa capacidade 
de produção de leite, pequena ET, boa conversão alimentar. 
Características paternas: elevada capacidade de produção de carne, boa conversão alimentar, 
boa qualidade de carcaça, alta precocidade. 
 
 
Ana Barth 
MedVet6 
Large White: 
Pelagem branca, orelha asiática, perfil cefálico céltico. 
Prolificidade e excelente habilidade materna. 
Alto ganho de peso e rápido crescimento, boa conversão alimentar e rendimento/qualidade de 
carcaça. 
 
Landrace: 
Pelagem branca, orelha céltica, perfil cefálico ibérico. 
Prolificidade e habilidade materna. 
Alto ganho de peso e rápido crescimento, boa qualidade de carcaça, principalmente para 
carnes nobres. Precocidade e fertilidade. 
Mais comprido que o LW. 
 
Duroc: 
Pelagem vermelha, é um animal com vigor e rusticidade, mas com baixa prolificidade e 
habilidade materna. Excelente conversão alimentar e qualidade de carcaça. 
 
Pietran: 
Pelagem oveira. Baixa habilidade materna. 
Médio ganho de peso, alto rendimento de carcaça, raça dos 4 pernis, carne light. 
Desarmonia anátomo-funcional em linhagens portadoras do gene halotano que causa maior 
problemas de estresse, perda de peso e morte súbita. 
 
Hampshire: 
Pelagem preta com listra branca. Rústico, com boa prolificidade e baixa habilidade materna. 
Ótima conversão alimentar, ganho de peso, maior rendimento de carcaça e menor ET. 
 
Wessex: 
Pelagem preta com listra branca. 
É a mais prolifera das estrangeiras, boa habilidade materna, boa produção de gordura 
aumentando a produção de leite. 
Rusticidade, bom ganho de peso rendimento de carcaça. 
 
Sintética Embrapa MS 115: 
Selecionado com base no % de carne na carcaça, com características fenotípicas como 
números de tetos, comprimento, conformação e aprumos. 62,5 % Pietran, 18,75% Duroc e 
18,75% LW. 
 
Meishan e Fengjing: 
Crescimento tardio. 
Alta ET e carne saborosa, rusticidade, precocidade reprodutiva, prolificidade e habilidade 
materna, 20 tetos (10 pares), mínimo de 18 tetos. 
 
Melhor fase para selecionar animais é na recria, porém não permite avaliar desempenho 
reprodutivo porque o animal não entrou na puberdade ainda. Na seleção de femeas busca-se 
um adequado comprimento de abdômen e boa estrutura da garupa, arqueamento normal da 
coluna, adequação do estado de condição corporal (sem deposição excessiva de gordura), 
qualidade de aprumo (sem desvio laterais, problemas de casco etc), número e qualidade de 
tetos (não podem ser cegos, ou menos que 7 pares), vulva deve ser bem implantada e lábios 
vulvares proporcionais, cobrir com mais 140kg. Para machos, adequado comprimento dorsal, 
escore corporal adequado, arqueamento normal de coluna (sem cifose, lordose etc), testículo 
Ana Barth 
MedVet6 
com mobilidade e tamanho adequados, prepúcio normal, comprimento de garupa, deposição 
de gordura na área de costela e paleta, aprumos (pisada normal). 
 
 
Programas de melhoramento de suínos: cruzamentos 
Podem ser feitos com base na seleção genética e com base nos cruzamentos. Dentro do 
programa de seleção existem várias formas de selecionar reprodutores. 
Seleção genéticados reprodutores pela genealogia, progênie, conformação (fenótipo), 
desempenho (performance) – dados produtivos e reprodutivos. 
O objetivo é sempre aumentar a frequência dos genes desejáveis. 
Relembrando que h² é o coeficiente genético que expressa a proporção do fenótipo que é 
devido a efeito dos genes. Algumas características possuem herdabilidade maior, como o 
desempenho de carcaça que está intimamente relacionada a genética do animal, outros tem 
herdabilidade mais baixa como o desempenho produtivo. Lembrar: F= G + A (G*A) 
O sucesso do programa de melhoramento depende de melhorias no manejo (ambiente) que é 
fornecido ao animal e de melhorias genéticas para que ele expresse todo o seu potencial 
(resposta). A evolução do suíno para carne incluiu a redução da espessura de toucinho (ET), 
aumento da proporção da carne, aumento da eficiência alimentar. 
CA= quantidade de ração/ganho de peso (PF-PI), quanto menor melhor! 
 
 Características de desempenho: 
Desempenho produtivo: ganho médio diário, CA, para atingir o peso de abate (110-120kg). 
Qualidade de carcaça: ET, rendimento de carcaça (peso carcaça quente – peso animal no 
momento do abate), profundidade de musculo (PM), área de olho de lombo (AOL), gordura 
intramuscular, capacidade de retenção de agua, ph, cor, maciez, suculência, sabor e aroma. 
Existiam estações de teste de reprodutores suínos (ETRS) onde se fazia a avaliação do animal 
para GPD, CA, e ET, mas encerraram as atividades. É feito teste de granja de machos e fêmeas 
na granja para GPD (do nascimento até 170 dias) e ET (154 dias). 
Quanto a avaliação de ET pode ser feita com medidor in vivo e ultrassom, 20 cm antes do rabo 
no nível da última costela, 5 cm da vertebra. Com o paquímetro se mede a área de musculo no 
frigorifico, pode-se usar a pistola de medição em frigorifico. Para a AOL é feito o teste no 
frigorifico com decalque em papel manteiga, ou in vivo com ultrassom entre a 10 e 11ª costela. 
Desempenho reprodutivo: prolificidade (tamanho da leitegada) 
 
Cruzamentos: 
Cruzamento é o acasalamento entre animais de raças ou linhagens diferentes. 
Objetivos: 
-Obter progênie superior, através da combinação das diferentes genéticas existentes. Quando 
acasalo duas raças diferentes posso chamar de cruzado, mestiço, híbrido (em suíno tem uma 
colocação especial, pode caracterizar o animal advindo de duas raças, mas é muito utilizado 
para denominar o filho do cruzamento de duas linhas ou linhagens genéticas diferentes – 
programa de hibridação), F1. Quando cruzo duas raças diferentes, selecionadas, a minha 
progênie é sempre melhor que os pais! 
-Aumentar a produtividade e lucratividade da progênie. 
* Complementaridade: quando eu complemento características que uma raça não tem com o 
que outra raça tem em um mesmo animal. 
 
Heterose ou vigor híbrido: é o fenômeno pelo qual os filhos de cruzamentos têm melhor 
desempenho (maior vigor) do que a média dos seus pais. Quanto maior foi a diferença 
genética dos envolvidos no cruzamento mais diferente será a prole (maior a heterose ou vigor 
hibrido). Superioridade da progênie (cruzada) em relação aos pais (puros). 
Ana Barth 
MedVet6 
* Puro sintético: animal que cruzo Duroc com LW, depois com Landrace, até chegar um animal 
que consigo caracterizar como puro. Quando chega na sexta geração é um animal considerado 
puro, tendo 94% de composição genética de um pai, e 6% do outro. 
H = (média dos mestiços – média das raças puras) / média das raças puras * 100 
*Esse resultado mostra o quanto a progênie é superior aos pais. Para a maioria das 
características de carcaça é baixa (é o contrário da herdabilidade). Se for + a progênie é melhor 
que os seus pais. Primeiro seleciono características com alta herdabilidade, para ter boas 
condições nos animais – se expressam rapidamente. Depois cruzo com outros animais, pois a 
heterose é mais alta para características de baixa herdabilidade. 
Quanto mais diferentes os pais, maior o choque de genes, maior o vigor hibrido, e maior o 
desempenho dos animais. 
 
 
 
. 
 
Cruzamento Rotacionado 
P= Duroc (macho) * Large White (fêmea) 
F1 = ½ DU ½ LW (* macho LW) 
¾ LW ¼ DU (* macho DU) 
1/8 DU 3/8 LW e ½ DU = 5/8 DU 3/8 LW 
* Para saber a fração, primeiro, para saber as partes, faz multiplicação: ¾ vai meio para o filho, 
então faz ¾ dividido por 2. Inverte-se os valores ¾ * ½ = 3/8. Depois, no outro cruzamento, vai 
meio de outra raça. Para somar, faz-se o MMC, neste caso, de 8 e 2, resulta em 8, que vai na 
parte de baixo da fração. Ele divide pelo percentual, e multiplica pelo número de cima da 
fração. Soma-se as raças iguais. 
 
Esquema de cruzamento simples ou industrial 
P = macho LD * fêmea LW 
F1 = ½ LD ½ LW 
Animal pode ir ao abate ou ser reposto. Tenho heterose de 100%. Incorporam as melhores 
características, que as raças puras de origem não apresentam em conjunto. 
 
Esquema de cruzamento industrial em Backcross 
Duas raças diferentes, e na F1 cruzo de novo com uma raça participante da sua composição, 
esta segue a mesma raça do pai. 
P = macho LD * fêmea LW 
F1 = ½ LD ½ LW * macho LD 
F2 = ½ LD ½ LW 
Abate. Heterose de 50%. 
 
Esquema de cruzamento industrial em Threecross 
Começo igual aos outros, só que na F1 introduzo uma terceira raça diferente da composição. 
P = macho LD * fêmea LW 
F1 = ½ LD ½ LW * macho DU 
F2 = 1/3 LD 1/3 LW 1/3 DU 
Abate. Heterose de 100%. Fala-se terminal, pois são as características desejáveis para a 
produção. Nada impede de se melhorar e criar uma nova raça. Sempre, ao mesmo tempo, 
trabalha-se com seleção. 
 
 
 
Termos empregados: 
P: geração parental ou paternal 
F1: primeira geração filial, mestiço, ½ sangue resultante do cruzamento entre duas raças diferentes. 
F2: segunda geração filial: produto mestiço resultante da geração F1 
Ana Barth 
MedVet6 
Estrutura de um programa de melhoramento genético: 
Pirâmide de produção: núcleo > rebanhos multiplicadores > rebanhos comerciais. 
O fluxo de material genético dá-se pelo núcleo aos rebanhos multiplicadores e rebanhos 
comerciais, e também dos rebanhos multiplicadores para os rebanhos comerciais. 
 
Núcleo: onde ocorre o melhoramento genético; desenvolve-se os programas de 
melhoramento. São granjas de altíssima biosseguridade, e é onde se formam as linhas ou 
linhagens genéticas de machos e fêmeas. 
A linha macho tem característica a eficiência produtiva: conversão alimentar, cobertura de 
carcaça e ET. A linha fêmea tem característica a eficiência reprodutiva: fertilidade, prolificidade 
docilidade e conversão alimentar. A linha é um animal resultante do cruzamento de pais de 
mesma raça onde eu busco reunir características altamente selecionadas (de interesse). A taxa 
de reposição no núcleo é altíssima. 
* Bisavós (100% de reposição ao ano – macho 6 meses e fêmea dois partos) e Avós (vida útil de 
2,5 anos – macho um ano e fêmea três a quatro partos). 
*Se a progênie não adquirir as características que eu quero, começo novamente com outros 
pais, até que eu chego em F1 desejável. Estabeleço-o como linha. 
*Essa linha é destinada ao multiplicador. 
 
Multiplicador: Produção de matrizes e reprodutores híbridos. Recebe as linhas, cruza e vende 
para o rebanho comercial – produz os híbridos (filho de duas linhas genéticas diferentes). 
Vende esses híbridos para o comercial. 
* Pais/Matrizes (macho 2,5 anos e fêmea 5 a 6 partos, 30 leitões/fêmea/ano). 
 
Comercial: cruza os híbridos para o abate. Nada impede de comprar uma linha, depende do 
poder aquisitivo do rebanho comercial. 
* Filhos (macho 2,5 anos e fêmea 5 a 6 partos). 
 
Etapas do programa de melhoramento genético 
Selecionar animais superiores – as linhas de seleção (machos e fêmeas). 
Cruzamento entre linhas de seleção (hibridação) para obtenção de animais híbridos. 
 
Certificado de origem de reprodutores: 
Toda vez que você compra um animal,tem-se o certificado GRSC. É obrigatório para granjas de 
reprodutores. Granjas GRSC: rebanhos ligados ao programa de melhoramento genético de 
suínos munidos do Certificado de Granja de Reprodutores de Suídeos pelo MAPA: livre de PSC, 
doença de Aujeszky, Brucelose, Tuberculose, Sarna e livre ou controlada para Leptospirose. 
Segundo a IN 19/2002. Os animais vêm com registro genealógico: comprova que os suínos de 
reprodução foram produzidos em granjas certificadas pelo MAPA. Sempre verificar antes de 
comprar reprodutores. 
Meta de leitegada: acima de 10. 
Kg ao nascimento: 1,5 por leitão no mínimo. 
Peso a desmama 6,7-7,5kg. 
Desempenho da leitegada reflete o desempenho reprodutivo da mãe em HM e prolificidade. 
 
Registro genealógico: 
Sistema de identificação de suínos – sistema australiano de identificação de suínos 
Na Associação Brasileira de Criadores de Suídeos (ABCS). Comprova que os suínos de 
reprodução foram produzidos em granjas certificadas pelo MAPA. Avaliado quanto a 
conformação e índices produtivos. Embaixo da mãe tem um DR (desempenho reprodutivo). 
Primeiro número do DR é o número de partos, o segundo é a média do número de leitões 
nascidos (prolificidade); terceiro número é a taxa de mortalidade de leitões no período de 
Ana Barth 
MedVet6 
maternidade (admite-se sete); próximo número é o número de leitões desmamados aos 21 
dias; o último número é o peso médio da leitegada no desmame. ETRS (Estação de 
reprodutores suínos): basicamente trabalhavam com GDPD, CA (30 aos 100 kg) e espessura de 
toucinho aos 100 kg. TG (teste de granja): primeiro número é o GDP do nascimento até 154 
dias (22 semanas – período que estaria pronto para o abate); espessura de toucinho em mm 
mensurada aos 154 dias, C.A., e idade que levou para atingir o peso de abate (110-120kg). 
* Espessura de toucinho avalia entre a última VL e a primeira VS por US ou pistola (tipificação 
eletrônica), na altura da décima e décima primeira costela, da última costela e na última VL e 
primeira VS (mais comum). 
* ET: alta correlação negativa com rendimento em carne; alta herdabilidade. 
 
EMBRAPA 
Ms58 (1995): 
P: LD X LW 
F1: LL 
P: Hampshire x DU 
F1: HD x Pietran 
F2: HDP x LL 
MS58 
MS60 (2000) 
P: DU x LW 
F1: DL x Pietran 
F2: MS60 
MS115 (2008) a nova geração light. 
 
Topigs 
P: Pi x LW 
F1: ½ Pi ½ LW x Pietran 
¾ pi ½ LW (Tybor) 
Topigs 40 (1/2 Pietran x ½ LW) 
 
 
Simulação de dois cruzamentos 
1) P: Tybor x Topigs 40 
F1: 5/8 Pietran 3/8 LW 
 
2) P = Chico x LWLD 
Chico: LD 
¾ LD ¼ LW 
 
3) P = Morfeu x LWLD 
Morfeu: ¼ LW ¼ DU ½ Pietrain 
3/8 LW 1/8 DU 2/8 PI 2/8 LD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Barth 
MedVet6 
Morfofisiologia de reprodução das fêmeas: 
Eficiência reprodutiva da matriz é baseada na prolificidade, habilidade materna e número de 
partos/fêmea/ano (2,4 é o ideal) e número de leitões desmamados. 
 
Funções da matriz: 
Fornecer oócitos de qualidade (50% do material genético). 
Fertilidade, cio (3/4 dias) 
Baixo IDC (intervalo desmame-cio, 6 dias ideal) 
Eficiência alimentar 
Sobrevivência dos embriões e fetos, e dos leitões. 
 
Informações reprodutivas: 
Idade ao primeiro cio (puberdade): 160-170 dias (5,5 meses), 100-110 Kg (variável). 
Poliéstrica anual, ciclo de 21 dias. 
Idade à reprodução efetiva (maturidade sexual): 210 dias (7 meses), 130-140 Kg. 
Período gestacional: 114 a 115 dias. 
Idade desmame cio (IDC): 3 a 5 dias. 
Taxa de reposição: 40-50%. 
 
Aparelho reprodutor: ovário com muitos folículos, gerando um corpo lúteo por folículo (P4). 
Células luteínicas com receptores para (P4), corpo lúteo dependente. Cerviz tortuosa. Deve ter 
proporção de leitões entre os cornos para manter o nível de progesterona. 
*Melhor emprenhar a fêmea no 3º cio, porque o aparelho vai estar bem desenvolvido e o 
número de leitões será melhor. 
*Irmãs de cio: fêmeas que entram em cio no mesmo período. 
 
Ciclo estral e detecção de cio: 
Regulação hormonal: Hipotálamo libera GnRH, que atua na hipófise induzindo a liberação de 
LH e FSH para o ovário, o ovário libera E2 e P4 (CL) para o útero. O E2 atua na hipófise e no 
hipotálamo fazendo feedback positivo, enquanto a P4 faz feedback negativo. A leptina é 
responsável pela saciedade, dispara ocorre quando inicia a puberdade, é produzida pelo tecido 
adiposo, é um indicador metabólico associado a ET, quanto menor a ET menor a quantidade da 
ração de lactação e produção de leite. Não pode ter alta perda de ET na lactação. 
 
Proestro: pré cio, 1-2 dias, ocorre inquietação, redução do apetite, aumento da vocalização, 
edema e hiperemia da vulva (aumento progressivo), presença de muco vaginal, fêmea monta 
sobre as outras porem não aceita monta. 
 
Estro: cio da fêmea suína dura cerca de 60 horas. A ovulação ocorre 2/3 após o início do cio, 
cerca de 40 horas, em média 44h, mas algumas fêmeas podem ter cio de 58 horas. Fêmea 
aceita o cachaço durante 30h ovulando cerca de 20 horas após início do cio. Se a fêmea aceita 
o macho por 60h irá ovular cerca de 40h após o início do cio. 
12-48h: femea com todos os sinais de cio, RTM+ e RTH+, cauda erguida, orelha em pé, não 
salta mais, ideal para cobrir. 
48-60h: RTM+ mas não tem RTH, não insemina nem cobre. 
Momento da cobertura ou IA baseado nos sinais preditores da ovulação (RTM+ e RTH+) Sinais 
de cio claros para monta natural ou IA, fêmea aceita os reflexos. 
*RTH: reflexo de tolerância ao homem, fêmea permanece para ao estimulo do homem, na 
região lombar. 
*RTM: reflexo de tolerância ao macho, realizar contato focinho-focinho para que ocorra a 
melhor estimulação da fêmea com ferohormônios, maximiza a expressão. 
 
Ana Barth 
MedVet6 
Metaestro: 1-2 dias, pós cio, fêmea não tem RTM, sem sinais de comportamento de cio. 
Diestro: até dia 18 do cio. 
*passeio com 18 dias do ciclo estral, 15-18 dias, reconhecimento embrionário. 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
Intervalo ótimo de 12 horas (7-19h), não é muito seguido por causa das leis trabalhistas. Mais 
comum entre as 8:30 até as 10h, e entre 15:30 e 16:45 da tarde. 
Quando diagnosticado de manhã estaria em cio 2-5h atrás, mas em média 12 horas de 
intervalo, ou 11 horas antes. Diagnostico sempre realizado com o auxílio do cachaço, já que 
muitas femeas não respondem ao RTH pois são submissas e não tem RTH. 
Se fêmea não aceita o homem e deixa dúvida, pode usar o macho, se responder o contato 
focinho-focinho e fêmea parada indica que está no cio, inseminar. 
 
Morfofisiologia da reprodução dos machos: 
Funções do cachaço: 
Estimulação tátil e olfativa das femeas através do ferôrmonio 
Auxilio na detecção de cio 
Monta ou coleta 
50% do material genético 
Taxa de concepção e tamanho da leitegada. 
 
Informações reprodutivas: 
Proporção de machos é de 1:20 
Idade a puberdade: 120-150 dias, peso 100-110 kg (varia). 
Idade a maturidade sexual: 7 a 8 meses, peso mínimo 150 kg. 
Frequência de monta/coleta: 7-12 meses= 1x na semana 
 12-15/18 meses= 2x a cada 15 dias 
Ana Barth 
MedVet6 
 >15-18 meses= 2 coletas/ semana 
Taxa de reposição: 20-25 (1000 dias dentro do sistema, aproximadamente 2,7 anos) 
2x ao dia passear com o cachaço antes do arraçoamento, para estimular as fêmeas. 
 
Aparelho reprodutor: pênis possui flexura sigmoide do pênis, epidídimo possui porção caudal 
e dorsal, testículo se encontra posicionado obliquamente, 2-4°C a baixo da temperatura 
corporal. Possui divertículo prepucial. Os suínos possuem glândulas secundárias: vesícula 
seminal, próstata, bulbouretral que faz a produção de liquido seminal e porção gelatinosa. 
 
Regulação hormonal: 
Ocorre a espermatogênese dentro do túbulo seminífero no testículo, o epidídimo recebe o 
espermatozoide ainda imóvel, dentro do epidídimo até a cauda vai adquirindo motilidade, da 
cauda do epidídimo são direcionados para o ducto deferente até a ejaculação.Além disto o 
testículo produz nas células de Leyding testosterona que estimula o crescimento das glândulas 
secundarias e características sexuais e masculinas (ex: músculos, cabeça e deposição de 
gordura e etc) e androsterona que atua como ferôrmonio que é detectado pelo olfato. É 
armazenada na saliva e gordura e á o odor na carne. Nas células de Sertoli é produzida a ABP 
(ligadora de andrógeno), ela leva a testosterona para o túbulo seminífero. A inibina regula, 
inibindo a liberação dos demais hormônios. FSH estimula as células de Sertoli, e o LH as células 
de Leyding. 
 
Coleta de sêmen: 
Treinamento e condicionamento do cachaço após 6 meses de idade, no início levar manequim 
até a baia do macho por questões comportamentais, depois levar macho até a baia de coleta. 
Estimular o animal com sons, urina de fêmea em cio etc. Pode usar um macho experiente 
montando em fêmea na baia de frente para estimular machos jovens. 
Sempre usar baias limpas para evitar lesões de piso escorregadio, pode usar tapetes 
antiderrapantes etc. 
Esvaziar sempre a vesícula prepucial, higienizar, cuidar com substancias espermicidas. 
Avaliar pênis. 
Técnica da mão enluvada, onde mão simula ambiente da cerviz. Usar filtro na caneca, 
preferencialmente de cor escura, para filtrar a porção gelatinosa do sêmen. 
Em monta natural a porção gelatinosa, fecha a cerviz evitando o refluxo. 
 
Benefícios da inseminação artificial: 
Incorpora rapidamente o material genético de qualidade superior. 
Menor risco de transmissão de doenças. 
Melhor aproveitamento do cachaço. 
Redução do número de cachaços, somente para estimular e detectar cio (1:20 MN e 1:80 IA). 
Método simples e de baixo custo. 
Aproveitamento de todas as fêmeas. 
 
Limitações da inseminação artificial: 
Diagnóstico impreciso, qualidade de sêmen, coleta e processamento, protocolo de IA 
empregado, técnica de IA e qualidade da matriz (sanidade, bem-estar, estrutura e ECC). 
 
Processamento do sêmen: 
Saber a concentração de espermatozoide para poder determinar a diluição. 
Volume aceitável: 200-500ml. 
Motilidade: 70-80%. 
Vigor: 3 e Anormalidade: 5-13%. 
Número spz/dose: 1,5 a 3 x 10^9 
Ana Barth 
MedVet6 
 
Tipos de sêmen: 
Sêmen fresco: 2 horas, máximo de 24 horas pós coleta. 
Sêmen resfriado: 5 a 7 dias, 15-18°C (99% IA). 
Sêmen congelado: -196°C, indeterminado, uso em programas de melhoramento genético, 
sêmen suíno não conserva bem sobre congelamento devido características de membrana bi 
lipídica, afetando a taxa de prenhes, pouco usado em escala comercial. 
 
Diluição: 
Aumenta o volume de sêmen, protege contra o choque térmico, mantêm o ph, fornece 
substrato ao metabolismo dos espermatozoides, aumenta a viabilidade dos espermatozoides 
após alguns dias. Inibe o crescimento bacteriano, pode ter ação longa (5 dias ou mais) ou curto 
(3 dias). 
 
Momento recomendado para realização da cobertura de acordo com cada IDE: 
IDE curto (<4dias): fêmeas com IDE curto tem cio mais longo, portanto o intervalo início do cio 
até a ovulação será maior. RTM+, 1ª IA 12h após o diagnóstico, próximas de 12-12h. 
IDE longo (5-6 dias): fêmeas com IDE longo tem cio curto, portanto o intervalo início do cio até 
ovulação é menor. RTM+ , 1ª IA no momento e 2ª 12h após. 
*Oócito sobrevive 4-8h (cio curto), 12h (cio longo) em média 6h, espermatozoide sobrevive 
12/16h até 24h. Inseminar antes da ovulação é melhor do que inseminar depois. 
 
Protocolo IA: 
Ovulação: 24/36h (leitoas) e 40/50h (matrizes) após o início do cio (média 30-40h). Ocorre 
após 2/3 do ciclo. Oócitos liberados em 4 horas, sobrevivem 4-8 horas (leitoas), e 8-12h 
(matrizes), média de 6 horas. 
Ideal: IA de 24-0h antes da ovulação, máximo 8h após (detectar RTM/RTH). 
Duas inseminações com intervalo de 12-24h. 
Fêmeas de cio longo (IDC <4d): 2-3x 
 1ª IA 12h após RTH+ 
 2ª IA 12h após 1ª 
 3ª IA 12h após 2ª 
Fêmeas de cio curto (IDC >5d) ou leitoas: 2x 
 1ª IA no RTH+ 
 2ª IA 12h após 
 (pode fazer outra depois de 12h se tiver RTH) 
Introduzir pipeta no sentido anti-horário e retirar no sentido horário. 
 
Tipos de IA pela disposição do sêmen: 
IA intracervical ou cervical tradicional. 
IA pós cervical. 
IA pós cervical profunda ou intrauterina. 
*dose reduz de acordo com a técnica, economia de sêmen e menor uso de machos. 
 
Sêmen não deve ser exposto a luz ou agua e temperatura deve ser <15°C ou >20°C. 
Transporte em caixas de isopor. 
Aquecer bisnaga antes da IA. 
Lavar e ferver material sem uso de detergente ou desinfetante e secar. 
 
Protocolo de monta: 
2 a 3x, constatado o RTH+ com intervalo de 12h entre cada monta. 
Esquema MTM ou TMT. 
Ana Barth 
MedVet6 
Objetivo: garantir fecundação de todos os oócitos. 
Sempre feita na baia do cachaço, evitar distração do macho. 
Auxilio do macho para diagnostico de cio (2x), estimulo visual, olfativo e auditivo. 
Cuidar com femeas com RTH-, estimulo pelo passeio do cachaço. 
Prelúdio: cortejo a femea (contato naso-nasal, naso-genital, pressão no flanco, entre os 
membros posteriores), emissão da saliva, ereção e exteriorização do pênis. 
Monta: salto, abraço, penetração e ejaculação. 
Descida: relaxamento e retração do pênis. 
*pode auxiliar levando penis pelo prepúcio até a vulva. 
Adequar tamanho entre os animais. 
Prepucio do macho deve estar higienizado previamente (esgotr, lavar e secar). 
Atenção com o piso da baia. 
Femea deve ser conduzida com vulva já higienizada para baia do macho. 
Orientar e supervisionar a monta. 
Sempre optar por horários mais frescos do dia, arraçoar somente após a cópula.

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