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Estudo do Novo CPC
Módulo I
Petição Inicial
Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
Secretaria de Gestão de Pessoas
Divisão de Educação Corporativa
Periódo: 14/03 a 06/04/16
Peças Iniciais, Regras e Prazos Processuais.
Instrutor
Apoio Técnico
Cristiane Lima Verde G Rodrigues 
Joseton S. Santos
Cinara M. Moreira
Erlane S. Farias
Katia M. F. Martins
Osiê A. Oliveira
Conteudista
Cristiane Lima Verde G Rodrigues 
Estudo do Novo CPC
Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
Secretaria de Gestão de Pessoas
Divisão de Educação Corporativa
Periódo: 14/03 a 06/04/16
Paças Iniciais, Regras e Prazos Processuais.
Estudo do Novo CPC
Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
Módulo IPeças Iniciais, Regras e Prazos Processuais.
Vamos passar os olhos em cima de alguns artigos do Novo CPC
Petição Inicial
É primeiro tema que iremos estudar, cujos requisitos formais intrínsecos estão elencados no art. 319 do novo 
Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015 ). 
A petição inicial é um dos pressupostos de existência e validade do processo. Basta dizer que ela aparece em 
dois momentos. É um pressuposto de existência, pois é através dela que se requer o provimento jurisdicional. 
Sem petição inicial, não há processo. 
E também é um pressuposto processual de validade. Se for considerada apta, vai propiciar o desenvolvimen-
to regular do processo. 
A partir disso, iremos fazer breves comentários sobre os artigos que tratam da petição inicial, especialmente 
as mudanças ocorridas.
A petição inicial escrita deve ser datada e assinada. Mesmo quando possível a postulação de forma oral, esta 
sempre será reduzida a termo. Ao indicar o juízo a que é dirigida, o demandante deve observar as regras sobre 
competência, procedendo ao endereçamento no cabeçalho da peça exordial. 
No que tange aos requisitos da petição inicial, 
 
 Art. 319 
A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição 
no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicí-
lio e a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da 
causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer 
ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, 
for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a 
obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
 Página 1
Estudo do Novo CPC
Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
Módulo IPeças Iniciais, Regras e Prazos Processuais.
Qualificar as partes é estritamente necessário, para que não se processe pessoas incertas. Além disso, temos 
em nosso ordenamento normas que tomam por base essas informações, como, por exemplo, o litisconsórcio 
necessário de pessoas casadas. 
Além disso, a todo pedido deve corresponder uma causa de pedir – causa petendi -, ou seja, o fundamento ou 
razão da demanda, que se constituem em fatos e fundamentos.
 
Juntamente com os fatos e fundamentos, é requisito necessário ao menos um pedido, com suas especifica-
ções, 
O autor deverá atribuir um valor à causa, ato necessário para estabelecer o juízo competente, bem como para 
basear o cálculo das custas processuais. 
Pois petição sem pedido é 
petição inepta.
Quanto à opção pela realização da audiência de conciliação ou de mediação – que ocor-
rerá antes de o réu apresentar a sua resposta – é decorrência natural desse novo instituto 
necessário ao procedimento comum, que somente será dispensado diante de expressa discor-
dância de ambas as partes. 
 Página 2
Cumpre lembrar que o indeferimento da petição inicial por falta dos 
requisitos supramencionados só ocorrerá diante da impossibilidade de citar-se 
o réu, ressalvado ainda o disposto no § 3º. 
 Art. 320 
A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
vemos a inclusão de duas qualificações do autor e do réu que são exigidas: existência de 
união estável e a opção pela realização ou não da audiência de conciliação ou de mediação. 
Estudo do Novo CPC
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Podemos tomar como regra a produção probatória no momento da postulação, sendo, contudo, possível a 
produção posterior de prova documental. 
O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais, determinará que o autor a emende. 
O autor terá 15 dias para emendar a inicial, bem como o juiz deverá determinar, com precisão, o que deve ser 
corrigido ou completado. 
Tem-se aqui o dever de diligência do advogado da parte autora, que deverá cumprir a determinação judicial, 
sob pena de ter sua petição indeferida. 
No entanto, cabe ressaltar que não é permitido ao juiz indeferir a petição inicial sem que conceda ao autor a 
possibilidade de correção; desta forma, sempre que o defeito for sanável deve o magistrado determinar a emen-
da.
O pedido é a providência que se pede ao Poder Judiciário, a eficácia que se pretende ver realizada pelo órgão 
jurisdicional. Ao lado da causa de pedir, o pedido é elemento fundamental à atividade postulatória. 
O pedido restringe a prestação jurisdicional, que não pode ser infra, ultra ou extra petita.
A sentença infra petita é aquela em que o juiz não analisa determinado pedido, ficando a sentença aquém da 
apreciação esperada.
Já na sentença extra petita o juiz concede algo distinto do que foi pedido na petição inicial. Ex.: Há o 
requerimento de indenização por danos materiais, e na sentença é concedido somente indenização por danos 
morais. 
Por fim, a sentença ultra petita é aquela em que o juiz ultrapassa o que foi pedido, ou seja, vai além dos 
limites do pedido. Ex.: Há o requerimento de indenização por danos materiais e o magistrado, em sentença, 
concede os danos materiais e os morais.
Art. 322 
O pedido deve ser certo. 
§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclu-
sive os honorários advocatícios. 
§ 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
 Página 3
Art. 321 
O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta de-
feitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 
(quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. 
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Estudo do Novo CPC
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Módulo IPeças Iniciais, Regras e Prazos Processuais.
Pedido certo é pedido expresso, ou seja, a regra é a da impossibilidade de pedidos implícitos, sendo vedadas 
expressões como “condenar o réu no que for justo”. 
O § 1º traz as primeiras hipóteses de pedidos implícitos, verdadeiras exceções à regra. Pedidos implícitos 
são os pedidos que devem ser analisados mesmo que não constem na Inicial. No entanto, cabe ressaltar que só 
compõe o objeto da demanda o pedido implícito expressamente previsto em lei. 
Quanto à interpretação do pedido, tendo em vista que se trata de uma declaraçãode vontade, há que ser des-
pendida uma interpretação sistemática do “conjunto da postulação”, juntamente com a causa de pedir – através 
dos fatos e fundamentos. 
Desta forma, tendo em vista que o pedido deve ser interpretado de acordo com o conjunto da postulação, e 
assim sendo deve o julgador deter-se mais na intenção consubstanciada do pedido do que no sentido literal da 
linguagem (art. 112 do Código Civil), não pode ser considerado como ultra petita o julgado que interpreta o 
pedido de maneira ampla e concede à parte aquilo que efetivamente pretendia ao ajuizar a ação. 
Nessa esteira, é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (3ª Turma, STJ, RESP n. 1.049.560/MG, em 
04.11.2010).
Nesse caso específico, em havendo prestações sucessivas, não precisa constar do pedido do autor o paga-
mento das parcelas devidas no curso do procedimento, caso o devedor não as tenha adimplido (inclusive através 
de consignação em pagamento e depósito judicial). Desta forma e a título de exemplo, os alimentos devidos ao 
incapaz no curso do procedimento e não pagos ou consignados serão somados às parcelas devidas quando da 
propositura da demanda, independentemente de pedido expresso do autor.
Art. 323 
Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas 
incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, 
enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
 Página 4
Art. 324 
O pedido deve ser determinado. 
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico: 
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; 
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; 
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado 
pelo réu. § 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
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Pedido determinado é aquele que possui objeto mediato (bem ou resultado prático que se pretende obter) e 
objeto imediato (provimento jurisdicional solicitado) determinados, ou seja, é o pedido delimitado em relação à 
qualidade e à quantidade. Pedido indeterminado é pedido inepto e tem como consequência o indeferimento da 
petição inicial. 
Permite a lei, em alguns casos, a formulação de pedido genérico, que é um pedido relativamente indetermi-
nado, pois tem somente o objeto mediato indeterminado (o objeto imediato sempre será determinado). 
As hipóteses previstas de formulação de pedidos genéricos ficam restritas aos incisos do § 1º. 
Enfim, tratando-se de verdadeira nova ação do réu (reconvinte) em face do autor (reconvindo), aplica-se o 
disposto nesse artigo à Reconvenção.
Nas obrigações em que há mais de uma forma de cumprimento, através de prestações autônomas e exclu-
dentes, pode o devedor cumprir a obrigação de mais de uma maneira diferente. Não se trata de cumulação de 
pedidos – há que se ter cuidado para não confundir com a cumulação alternativa de pedidos –, pois somente um 
pedido é feito; a forma de satisfação desse pedido é que é disjuntiva.
Trata-se aqui de diferenciar a cumulação subsidiária da cumulação alternativa. 
A Cumulação Subsidiária ou Eventual ocorre quando há preferência por um dos pedidos por parte do autor. 
Nesse caso, temos um pedido principal e um pedido subsidiário que somente será apreciado se o pedido princi-
pal for rejeitado. 
Assim, no caso de o juiz acolher apenas algum dos pedidos subsidiários, haverá sucumbência recíproca. 
 Página 5
Art. 325 
O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de 
mais de um modo. 
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o 
direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alter-
nativo.
Art. 326 
É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando 
não acolher o anterior. 
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
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Já a Cumulação Alternativa ocorre quando não há preferência pelo autor por um dos pedidos, de modo que 
tanto faz para este o acolhimento de um ou outro pedido, não havendo portanto sucumbência para o autor pela 
improcedência de um dos pedidos. 
O presente artigo trata dos requisitos necessários à cumulação de pedidos. 
Cabe analisarmos as outras duas formas de cumulação de pedidos (Simples e Sucessiva), sob o gênero 
cumulação própria de pedidos, lembrando que esses requisitos valem para todas as formas de cumulação. 
A Cumulação de Pedidos Simples ocorre quando o acolhimento de um pedido não depende do acolhimento 
ou da rejeição de outro pedido, ou seja, as pretensões não têm entre si precedência lógica, podendo ser analisa-
das uma independentemente da outra. Exemplo: credor vai a juízo cobrando duas dívidas de um devedor, sem 
que haja qualquer conexão entre uma dívida e outra. Nesse caso, o acolhimento do pedido de pagamento de 
uma das dívidas não depende do acolhimento do pedido de pagamento da outra. 
Já a Cumulação Sucessiva de Pedidos ocorre quando o acolhimento de um pedido depende do acolhimento 
de outro pedido (ex.: alguém vai a juízo com pedido de investigação de paternidade cumulada com pedido de 
alimentos. Nesse caso, o acolhimento do pedido de alimentos dependerá do resultado do pedido de investigação 
de paternidade). 
Quanto aos requisitos previstos no § 1º, tem-se: 
- A Compatibilidade de Pedidos - trata-se de pressuposto lógico da cumulação, podendo a sua inobservância 
dar causa à inépcia da petição inicial. É necessário que os pedidos sejam compatíveis entre si, sendo exceções 
as espécies de cumulação imprópria, nas quais se dispensa a compatibilidade, pois se requer a procedência de 
apenas um dos pedidos. - A Competência do juízo 
- Caso o juízo tenha competência para um pedido, mas não tenha para outro, não será admitida a cumula-
ção, devendo o magistrado admitir o processamento do pedido que lhe é pertinente e rejeitar o prosseguimento 
daquele que não for. 
 Página 6
Art. 327 
É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles 
não haja conexão. 
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que: 
I - os pedidos sejam compatíveis entre si; 
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; 
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. 
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação 
se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas 
previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incom-
patíveis com as disposições sobre o procedimento comum. 
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.
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- Adequação do procedimento – a identidade do procedimento ou a conversibilidade para o procedimento 
comum visa usa flexibilização. 
É necessário que todos os pedidos tramitem pelo mesmo procedimento, em havendo procedimentos diversos 
correspondentes aos pedidos deverá a lide tramitar sob o procedimento comum, sem o prejuízo das adaptações 
que este possa sofrer. Deste dispositivo, pode-se concluir que o procedimento comum é maleável, flexibilizan-
do-se de acordocom o direito material tutelado.
Em havendo pluralidade de credores em relação a esta obrigação, cada um destes poderá exigir a dívida (art. 
260 do Código Civil). O artigo regula a demanda em que apenas um ou alguns dos credores vai a juízo requerer 
o adimplemento. Aplica-se, nesse caso, a disciplina dada às obrigações em que há solidariedade ativa. 
Deste modo, se apenas um dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o 
direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total, descontadas as despesas processuais proporcio-
nais ao seu quinhão.
Ou seja, se a sentença for favorável aos credores, é tratado como parte aquele que não participou do proces-
so.
O dispositivo trata da possibilidade de aditamento e alteração dos elementos objetivos da demanda (pedido e 
causa de pedir), em vista do princípio da estabilização da demanda. 
Em regra, antes da citação é possível a modificação unilateralmente. Após a citação, com a angularização 
da relação processual, o aditamento e a alteração somente são possíveis com o consentimento do réu, em um 
verdadeiro negócio processual: ampliação ou alteração negociada do objeto litigioso do processo. 
 Página 7
Art. 329 
O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de 
consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com 
consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo 
mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à 
reconvenção e à respectiva causa de pedir. 
Art. 328
 Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua 
parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.
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No caso de o réu já ter sido citado e o autor requerer o aditamento ou a alteração do pedido ou da causa de 
pedir, deverá ser oferecido prazo de 15 dias para que o réu manifeste-se acerca desse requerimento, pois se trata 
de ampliar ou alterar o objeto da demanda, com fulcro no princípio do Contraditório.
Se a Petição Inicial tiver satisfeito os requisitos, caberá ao juiz determinar a citação do réu, através do Des-
pacho Liminar. 
Atenção: Antes, de acordo com o Novo CPC, o magistrado deverá designar audiência de conciliação ou de 
mediação. O réu será citado para se fazer presente à audiência.
Importante salientar que o indeferimento da petição inicial só pode ocorrer antes de ouvido o réu, de modo 
que, após a citação, o juiz só poderá extinguir o processo com base em outra situação. 
Quanto às hipóteses de indeferimento, temos a inépcia, a ilegitimidade da parte, a falta de interesse processu-
al e o não atendimento ao disposto nos arts. 106 e 321. 
 Página 8
No entanto, o juiz pode, desde logo, indeferir a Petição Inicial, desde que o vício não pos-
sa ser corrigido ou houver sido conferida oportunidade para que o autor a emendasse e este 
não tenha atendido satisfatoriamente à determinação. 
Art. 330 
A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento 
ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obriga-
ções contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contrata-
dos.
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 Página 9
A inépcia da petição inicial está prevista no § 1º do presente artigo, e gira em torno de defeitos vinculados à 
causa de pedir e ao pedido, impedindo o julgamento do mérito da causa. 
Embora seja a principal causa de indeferimento, a inaptidão da petição inicial não é a única, e ocorre nas 
seguintes situações: quando não há pedido ou causa de pedir – exige-se clareza na exposição, a ausência desses 
elementos impossibilita a limitação da demanda; quando o pedido for indeterminado – salvo as hipóteses em 
que é possível a formulação de pedidos genéricos; quando da narração dos fatos não decorrer logicamente o 
pedido – a petição deve ser coerente, vedada a contradição; e ainda quando houver cumulação de pedidos in-
compatíveis entre si – caso em que um pedido aniquila o outro (exceto, como já visto, nos casos de cumulação 
imprópria de pedidos). 
Além destes, o § 2º traz outro caso de inépcia, de forma que, nos casos previstos, deverá o autor discriminar, 
dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de fixar o valor incontroverso do débi-
to (o valor controverso deverá continuar sendo pago, na forma estabelecida no contrato). 
Outras duas hipóteses de indeferimento da petição inicial dizem respeito a pressupostos processuais, sendo 
estes a ilegitimidade da parte e a falta de interesse processual. Quanto à ilegitimidade, esta se configura com a 
impertinência subjetiva da ação, fato da ação não pertencer a quem alega o direito material. Já a falta de interes-
se processual deve ser analisada a partir do binômio necessidade-utilidade: tem interesse processual quem tem 
necessidade da tutela jurisdicional e para quem a tutela é útil; tem necessidade quem viu o seu direito viola-
do. 
A última hipótese de indeferimento se dá em relação à inobservância do previsto nos art. 106 e 321. 
Art. 321 
O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta 
defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 
15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. 
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Art. 106
Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advo-
gados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações; 
II - comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço. 
§ 1º Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 
5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição. 
§ 2º Se o advogado infringir o previsto no inciso II, serão consideradas válidas as intimações enviadas por 
carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos.
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Já o art. 321 positiva o que já mencionamos: sendo sanável o vício, o juiz deve determinar a emenda da Ini-
cial, no prazo de 15 dias, sob pena de indeferimento.
A retratação por parte do juiz já era prevista no Código de Processo Civil de 1973, porém o Novo Código 
traz um prazo maior para o magistrado: em vez de 48 horas, serão 5 dias que o juiz terá para reformar sua deci-
são. 
A grande novidade, no entanto, diz respeito à expressa previsãode que o réu apresente contrarrazões à Ape-
lação, o que no CPC de 73 não ocorria (embora alguns processualistas já discordassem dessa disposição). 
O Novo CPC, baseado no princípio ao Contraditório, é consciente de que a antiga sistemática trazia prejuí-
zos ao réu, pois ainda que pudesse alegar a matéria que originou o indeferimento, a decisão da apelação influen-
ciava o julgador, seja em 1º ou em 2º grau, sem que o réu tivesse se manifestado. 
Portanto, com essa nova sistemática, é indispensável a citação do réu para responder ao recurso, de forma 
que, sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para Contestação inicia-se somente quando da intimação 
do retorno dos autos.
 Página 10
Art. 332 
Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminar-
mente improcedente o pedido que contrariar: 
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo SuperiorTribunal de Justiça em julgamento 
de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competên-
cia; 
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
O artigo 106 determina que se indique na peça exordial o endereço para a intimação do 
advogado, o número de inscrição na OAB e a sociedade de advogados da qual participa.
Art. 331 
Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-
-se.
§ 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso. 
§ 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intima-
ção do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334. 
§ 3º Não interposta a apelação, o réu ser á intimado do trânsito em julgado da sentença 
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Trata-se de uma hipótese de julgamento antecipado do mérito, figurando como decisão definitiva, apta à coi-
sa julgada e possível objeto de ação rescisória. 
Explica-se: no Código de 1973, o magistrado só poderia julgar liminarmente improcedente o pedido caso 
este contrariasse entendimento do próprio juízo de 1º grau; 
Já o Novo Código de Processo Civil determina que o juiz julgue liminarmente improcedente o pedido que 
contrariar enunciado de súmula do STF ou do STJ. 
Dessa forma, a estabilidade de julgamento necessária à aplicação do instituto passa a ser da jurisprudência 
consolidada no âmbito dos Tribunais, indicando clara tendência em adotar o sistema de respeito e vinculação 
dos precedentes, típico da common law. 
 Página 11
O objetivo aqui é a 
aceleração do processo, pois em situa-
ções de manifesta improcedência do pedido 
é dispensada a citação do demanda-
do. 
A grande modificação 
foi a passagem do prestígio de en-
tendimento da primeira instância para as 
instâncias superiores. 
Sendo dispensável a fase instrutória e enquadrando-se em uma das hipóteses previstas 
no artigo, a causa pode ser liminarmente julgada improcedente, antes mesmo da citação do 
réu. 
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocor-
rência de decadência ou de prescrição. 
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 
241. 
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se 
não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) 
dias.
Estudo do Novo CPC
Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
Módulo IPeças Iniciais, Regras e Prazos Processuais.
Além das hipóteses referentes à jurisprudência dos Tribunais, o juiz também deve julgar improcedente a 
demanda quando verificar a prescrição ou decadência do direito. 
Tratando-se de decisão de mérito, o recurso cabível é a Apelação, tendo o juiz 5 dias para juízo de retratação, 
que se não ocorrer deverá ser procedida à citação do réu para apresentação de contrarrazões. 
Ocorrendo a improcedência liminar do pedido e apelando o autor, as contrarrazões a serem apresentadas 
terão conteúdo muito semelhante ao de uma Contestação, afinal será a primeira manifestação do demandado no 
processo. 
Além disso, o réu defenderá a sentença, corroborando as afirmações do juiz. Por fim, nada impede que o 
Tribunal, reformando a sentença, não remeta o processo à primeira instância para julgamento, mas examine o 
mérito e julgue procedente a demanda, alegando que o réu já apresentou a sua defesa e considerando que a cau-
sa está pronta para ser decidida.
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