Trabalho 2016 1 Iniciação à Filosofia Juanito

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Diretoria de Ensino 
Departamento de Ensino Médio e Licenciaturas - DEMEL 
Licenciatura em Matemática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Iniciação à Filosofia 
Prof. Dr. José William Moreno 
 
 
Francisco Juanito Costa Da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza, 2016 
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Sumário 
Introdução ......................................................................................................................... 3 
Questão 1 .......................................................................................................................... 3 
Como sabemos que os pré-socráticos se preocupavam com o conhecimento? ............ 3 
Questão 2 .......................................................................................................................... 4 
Qual a grande distinção entre os conhecimentos feito por Platão? .............................. 4 
Questão 3 .......................................................................................................................... 4 
Quais são os gruas do conhecimento segundo Aristóteles? ......................................... 4 
Questão 4 .......................................................................................................................... 4 
Que princípios a filosofia estabeleceu para o conhecimento verdadeiro? .................... 4 
Questão 5 .......................................................................................................................... 5 
Qual a mudança de perspectiva na teoria do conhecimento quando comparamos 
gregos e modernos? Por que essa mudança aconteceu? Que papel teve o cristianismo 
nessa mudança? ............................................................................................................ 5 
Questão 6 .......................................................................................................................... 5 
Onde bacon localizava o erro? E descartes? ................................................................. 5 
Questão 7 .......................................................................................................................... 5 
Qual a diferença entre loke e descartes? ....................................................................... 5 
Questão 8 .......................................................................................................................... 6 
Quais os princípios sentidos da noção de consciência? O que é a consciência 
reflexiva? ...................................................................................................................... 6 
Questão 9 .......................................................................................................................... 6 
Quais são os graus de consciência? .............................................................................. 6 
Conclusão ......................................................................................................................... 7 
Referências Bibliográficas ................................................................................................ 7 
 
 
 
 
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Introdução 
 
 O presente trabalho visa apresentar subsídios satisfatórios para responder todos 
os questionamentos levantados para o avanço nos estudos de licenciatura dos alunos do 
curso de matemática, através da obtenção de êxito nesse trabalho e em futuros na 
disciplina de iniciação à filosofia, orientados sobre os cuidados do professor doutor José 
William Moreno, carinhosamente chamado de William Muito Doido. 
Questão 1 
Como sabemos que os pré-socráticos se preocupavam com o conhecimento? 
 
Pelo fato de afirmarem que a realidade (o Ser, a Natureza) é racional e que a podemos 
conhecer porque também somos racionais; nossa razão é parte da racionalidade do 
mundo, dela participando. Por exemplo, se seguirmos a linha de pensar de: 
Heráclito - considerava a Natureza (o mundo, a realidade) como um “fluxo perpétuo”, 
o escoamento contínuo dos seres em mudança perpétua. Dizia: “Não podemos banhar-
nos duas vezes no mesmo rio, porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos 
os mesmos”. O filósofo indicava a diferença entre o conhecimento que nossos sentidos 
nos oferecem e o conhecimento que nosso pensamento alcança, pois nossos sentidos 
nos oferecem a imagem da estabilidade e nosso pensamento alcança a verdade como 
mudança contínua. 
Parmênides - Conhecer é alcançar o idêntico, imutável. 
Demócrito – Conceitua átomo, concordava com Heráclito e Parmênides em que há uma 
diferença entre o que conhecemos através de nossa percepção e o que conhecemos 
apenas pelo pensamento; porém, diversamente dos outros dois filósofos, não 
considerava a percepção ilusória, mas apenas um efeito da realidade sobre nós. 
Esses três exemplos nos mostram que, desde os seus começos, a Filosofia preocupou-se 
com o problema do conhecimento, pois sempre esteve voltada para a questão do 
verdadeiro. 
 
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Questão 2 
Qual a grande distinção entre os conhecimentos feito por Platão? 
 
A divisão dualística entre o conhecimento sensível que se basea na crença e opinião e o 
conhecimento intelectual fundamentando no raciocínio e na intuição, afirmando que 
somente o conhecimento intelectual alcança o Ser e a verdade. 
O conhecimento sensível alcança a mera aparência das coisas, o conhecimento 
intelectual alcança a essência das coisas, as ideias. 
Questão 3 
 Quais são os gruas do conhecimento segundo Aristóteles? 
 
Aristóteles distingue sete formas ou graus de conhecimento: sensação, percepção, 
imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição. Para ele, nosso 
conhecimento vai sendo formado e enriquecido por acumulação das informações 
trazidas por todos os graus, de modo que, em lugar de uma ruptura entre o 
conhecimento sensível e o intelectual, Aristóteles estabelece uma continuidade entre 
eles. 
Questão 4 
Que princípios a filosofia estabeleceu para o conhecimento verdadeiro? 
 
 As fontes e as formas do conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, 
linguagem, raciocínio e intuição intelectual; 
 
 A distinção entre o conhecimento sensível e o conhecimento intelectual; 
 
 O papel da linguagem no conhecimento; 
 
 A diferença entre opinião e saber; 
 
 A diferença entre aparência e essência; 
 
 A definição dos princípios do pensamento verdadeiro (identidade, não-contradição, 
terceiro excluído, causalidade), da forma do conhecimento verdadeiro (ideias, 
conceitos e juízos) e dos procedimentos para alcançar o conhecimento verdadeiro 
(indução, dedução, intuição); 
 
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 A distinção dos campos do conhecimento verdadeiro, sistematizados por Aristóteles 
em três ramos: teoréticoc(referente aos seres que apenas podemos contemplar ou 
observar, sem agir sobre eles ou neles interferir), prático (referente às ações 
humanas: ética, política e economia) e técnico (referente à fabricação e ao trabalho 
humano, que pode interferir no curso da Natureza, criar instrumentos ou artefatos: 
medicina, artesanato, arquitetura, poesia, retórica, etc.). 
Questão 5 
Qual a mudança de perspectiva na teoria do conhecimento quando comparamos 
gregos e modernos? Por que essa mudança aconteceu? Que papel teve o 
cristianismo nessa mudança? 
 
A mudança surge quando os filósofos modernos (a partir do século XVII) consideram a 
questão do conhecimento foi anterior à da ontologia e pré-condição ou pré-requisito 
para a Filosofia e as ciências. A perspectiva cristã introduziu algumas distinções que 
romperam com a ideia grega de uma participação direta e harmoniosa entre o nosso 
intelecto e a verdade, nossoser e o mundo. O cristianismo fez distinção entre fé e razão, 
verdades reveladas e verdades racionais, matéria e espírito, corpo e alma; afirmou que o 
erro e a ilusão são parte da natureza humana em decorrência do caráter pervertido de 
nossa vontade, após o pecado original. 
Questão 6 
Onde bacon localizava o erro? E descartes? 
 
Para Bacon, se formam em nossos órgãos dos sentidos. Para Descartes, localizava em 
duas atitudes: na prevenção e na precipitação. 
Questão 7 
Qual a diferença entre loke e descartes? 
 
Aristóteles e Locke consideram que o conhecimento se realiza por graus contínuos, 
partindo da sensação até chegar às ideias. Platão e Descartes afastam a experiência 
sensível ou o conhecimento sensível do conhecimento verdadeiro, que é puramente 
intelectual. Essa diferença de perspectiva estabelece as duas grandes orientações da 
teoria do conhecimento, conhecidas como racionalismo e empirismo. 
Para o empirismo, a fonte de todo e qualquer conhecimento é a experiência sensível, 
responsável pelas ideias da razão e controlando o trabalho da própria razão. Para o 
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racionalismo, a fonte do conhecimento verdadeiro é a razão operando por si mesma, 
sem o auxílio da experiência sensível e controlando a própria experiência sensível. 
 
Questão 8 
 
Quais os princípios sentidos da noção de consciência? O que é a consciência 
reflexiva? 
A consciência é um conhecimento (das coisas e de si) e um conhecimento desse 
conhecimento (reflexão), os seus princípios são: 
O eu é formado por nossas vivências, isto é, pela maneira como sentimos e 
compreendemos o que se passa em nosso corpo e no mundo que nos rodeia, assim como 
o que se passa em nosso interior (ponto de vista psicológico). É a pessoa, dotada de 
vontade livre e de responsabilidade (ponto de vista ético e moral). O eu é uma vivência 
e uma experiência que se realiza por comportamentos; a pessoa e o cidadão são a 
consciência como agente (moral e político), como práxis (ponto de vista político). 
A consciência reflexiva ou o sujeito do conhecimento forma-se como atividade de 
análise e síntese, de representação e de significação voltadas para a explicação, 
descrição e interpretação da realidade e das outras três esferas da vida consciente (vida 
psíquica, moral e política), isto é, da posição do mundo natural e cultural e de si mesma 
como objetos de conhecimento. Apoia-se em métodos de conhecer e busca a verdade ou 
o verdadeiro. É o aspecto intelectual e teórico da consciência. 
Questão 9 
Quais são os graus de consciência? 
 
São quatros, consciência: passiva, vivida, ativa e reflexiva. 
Passiva: aquela na qual temos uma vaga e uma confusa percepção de nós mesmos e do 
que se passa à nossa volta; 
Vivida, mas não reflexiva: é nossa consciência efetiva, que tem a peculiaridade de ser 
egocêntrica, isto é, de perceber os outros e as coisas apenas a partir de nossos 
sentimentos com relação a eles; 
 
 
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Ativa e reflexiva: aquela que reconhece a diferença entre o interior e o exterior, entre si 
e os outros, entre si e as coisas. Esse grau de consciência é o que permite a existência da 
consciência em suas quatro modalidades, isto é, eu, pessoa, cidadão e sujeito. Esse 
último grau de consciência, nas suas quatro modalidades, é definido pela fenomenologia 
como consciência intencional ou intencionalidade, isto é, como “consciência de”. 
 
Conclusão 
 
 O presente trabalhão buscou atender todos os questionamentos ofertados pela 
professor doutor José William Moreno, carinhosamente chamado de William Muito 
Doido. O trabalho serviu para mostra-me uma viajem no tempo, ofertado, pelo professor 
que nos proporciona informações riquíssimas, através do belíssimo material de aula que 
foi disponibilizado no site do qacadêmico da instituição fomentando o deslumbrante 
mundo da Filosofia da pesquisa e leitura silenciosa na cadeira do meu quarto. 
Referências Bibliográficas 
 
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2000.