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Figuras de linguagem

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Figuras de linguagem
As figuras de linguagem são recursos não convencionais que o emissor cria para dar maior expressividade à sua mensagem. 
A linguagem figurada ocorre quando se quer dar expressividade à mensagem através de:
Recursos semânticos, isto é, trabalhando a palavra do ponto de vista do seu significado.
Ex: A encomenda precisa ser entregue rapidamente. Vá voando leva-la! 
Recursos fonéticos, destacando os sons das palavras.
Ex: Falar em progresso urbano é sentir o ruído da britadeira trepidando na minha cabeça e na rua.
(A repetição dos sons representados pela letra r sugere o ruído constante dos grandes centros urbanos) 
Recursos sintáticos, trabalhando na construção da frase.
Ex: “No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! ” (Olavo Bilac)
(A repetição do conectivo e intensifica a ideia de dedicação ao trabalho)
Em função dessas ocorrências, há figuras semânticas, figuras fonéticas e figuras sintáticas.
Figuras Semânticas:
Metáfora: é o emprego de um termo com significado de outro em vista de uma relação de semelhança entre ambos. É uma comparação subentendida.
Ex: “O Brasil é novo, é um país pivete” (Abel Silva)
“Não sei que nuvem trago nesse peito que tudo quanto vejo me entristece...” (Alexandre de Gusmão) 
“O rio era um bicho que de repente embrabecera” (Deonísio da Silva) “Ela era um mar de confusão, ele adorava nadar” (Llya Natany)�
Comparação: é a aproximação de dois termos entre os quais existe uma relação de semelhança, como na metáfora. A comparação, porém, é feita por meio de um conectivo e busca realçar determinada qualidade do primeiro termo.
Ex: A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido.
“ E há poetas que são artistas
E trabalham nos seus versos
Como um carpinteiro nas tábuas! ” (Alberto Caeiro)
“Como um grande borrão de fogo sujo
O sol posto demora-se nas nuvens que ficam” (Alberto Caeiro) 
Prosopopeia: também chamada de personificação ou animismo é uma espécie de metáfora que consiste em atribuir características humanas a outros seres.
Ex: “Ah! Cidade maliciosa 
De olhos de ressaca
Que das índias guardou a vontade de andar nua” (Ferreira Gullar)
Com a passagem da nuvem, a lua se tranquiliza.
Sinestesia: É uma espécie de metáfora que consiste na união de impressões sensoriais diferentes.
Ex: O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da fazenda, para onde nunca mais retornou.
(Cheiro = sensação olfativa; doce = sensação gustativa; verde = sensação visual)
 
Um doce abraço indicava que o pai o desculpara.
(Doce =sensação gustativa; abraço = tato)
Catacrese: é o emprego de um termo figurado por falta de um termo próprio para designar determinadas coisas. Tratava-se de uma metáfora necessária, que, desgastada pelo uso, já não representa recurso expressivo da língua.
Ex: Sentou-se no braço da poltrona para descansar 
Não me lembro do seu nome, mas ainda vejo as suas eternas maças do rosto avermelhadas.
A asa da xícara quebrou-se 
Metonímia: é a substituição do sentido da palavra ou expressão por outro sentido, havendo entre eles uma relação lógica. 
A metonímia ocorre quando se emprega:
O autor pela obra
Ouvi Mozart com emoção (a música de Mozart)
Graciliano Ramos porque ele fala da realidade brasileira (a obra de Graciliano)
O continente (o que contém) pelo conteúdo (o que está contido) 
A fome era tamanha que o homem comeu todo o prato de arroz (continente: todo o prato; conteúdo: o arroz) 
Ele comemorou tomando um copo de caipirinha (continente: um copo; conteúdo: caipirinha contida no copo) 
A parte pelo todo
“O bonde passa cheio de pernas” Carlos Drummond de Andrade
(Pernas: pessoas) 
São muitas as famílias que procuram um teto para morar (teto: casa) 
O singular pelo plural 
“Todo homem tem direito à vida, à liberdade e a segurança pessoal” Art.3º - Declaração Universal dos Direitos Humanos
(Homem: humanidade)
A mulher deve ser respeitada (a mulher: todas as mulheres)
O instrumento pela pessoa que utiliza 
Os microfones corriam atropelando até o entrevistado (microfones: repórteres)
Os engravatados do senado (engravatados: políticos) 
O abstrato pelo conceito 
A juventude é corajosa e nem sempre consequente (juventude: jovens)
A infância é saudavelmente desordeira (infância: crianças)
O efeito pela causa 
Com muito suor, o pedreiro construiu a casa (suor: trabalho)
As industrias despejam a morte nos rios (morte: poluição)
A matéria por objeto
Os bronzes tangiam avisando a hora da missa (bronze: sinos)
Os cristais tiniam na bandeja de prata (cristais: copos)
Perífrase: expressão que designa um ser� através de alguma das suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.
Ex: A cidade luz (Paris) 
Olhos de cigana oblíqua e dissimulada (Capitu, personagem do livro Dom Casmurro de Machado de Assis)
O presidente dos pobres (Getúlio Vargas)
Antítese: figura que consiste no emprego de termos com sentido opostos.
Ex: “Tristeza não tem fim, felicidade sim” Vinícius de Moraes 
“Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e adormecer as crianças” Carlos Drummond de Andrade 
Paradoxo: é uma proposição aparente absurda, resultante da reunião de ideias contraditórias.
Ex: “Para se viver do amor, há que esquecer o amor” Chico Buarque 
“No discurso, o sindicalista afirmou que quanto mais trabalha, mais tem dificuldades econômicas” 
Eufemismo: figura que consiste no abrandamento de uma expressão de sentido desagradável.
Ex: Aqueles homens públicos se apropriaram do nosso dinheiro. (Apropriar-se: roubar)
O médico comunicou a família que ela estava com um tumor (câncer)
O prisioneiro preferiu retirar-se da vida do que confessar um crime que não cometera. (Retirar-se da vida: morrer/suicídio)
Hipérbole: figura que através do exagero procura tornar mais expressiva a ideia.
Ex: Na época de festas juninas, sempre morro de medo dos fogos de artifícios.
Ela possuía um mar de sonhos e aspirações.
Ironia: consiste na inversão de sentido: afirma-se o contrário do que pensa, visando a sátira ou a ridicularizarão.
Ex: Que careta mais bonita 
Cada vez que você interrompe o colega, sem pedir licença, percebo como és bem-educado. 
Figuras Fonéticas: Ocorrem quando são realçados os sons das palavras para que a mensagem ganhe maior expressividade.
Onomatopeia: consiste na imitação do som ou da voz natural dos seres.
Ex: “Sem o coaxar dos sapos ou o cricri dos grilos como é que poderíamos dormir tranquilos a nossa eternidade? ” (Mário Quitanda) 
O miado desapareceu quando as crianças puseram, em volume alto, a gravação do au-au. O gato pensou que o perigo estava próximo e emudeceu.
Aliteração: consiste na repetição de sons no início ou interior das palavras.
Ex: Ele era bruto, bravo como a agreste região onde nascera e morrera.
“São Paulo – metrópole 
O metrô - bisturi que rasga
O ventre da noite...” (Clínio Jorge)
Figuras Sintáticas: as figuras sintáticas ocorrem quando se quer atribuir maior expressividade ao significado: a lógica da frase é substituída pela maior expressividade que se dá ao sentido.
Elipse: ocorre quando há o ocultamento de um termo, que fica subtendido pelo contexto e que é facilmente identificado.
Ex: À direita da estrada, sol, à esquerda, chuva, e nosso carro deslizava entre um e outro
(Omissão da forma verbal estava: estava o sol, estava a chuva)
“Na rua deserta, nenhum sinal de bonde” (Clarice Lispector)
(Omissão de não havia)
Zeugma: omissão de um termo já enunciado antes. Pode-se considerar a zeugma como uma forma de elipse.
Ex: Nem eu o ouvi, nem ele a mim
(Omissão de forma verbal ouviu) 
“Acorda, Maria, é dia
De matar formiga 
De matar cascavel
De matar tempo
De matar estrangeiro
De matar irmão
De matar impulso 
De se matar” (CarlosDrummond de Andrade) 
(Omissão de acorda, maria, é dia)
Hipérbato: é a inversão da ordem natural (direita) dos termos na oração, ou das orações no período. 
Ex: “Bendito o que, na terra, o fogo fez, e o teto” (Olavo Bilac)
(Bendito o que fez o fogo e o teto na terra)
Viajam cansados os pescadores de ilusões.
(Os pescadores de ilusão viajam cansados) 
Pleonasmo: é a repetição de um termo, ou reforço do seu significado.
Ex: Choramos um choro sentido, mas nos refizemos logo.
A esperança do nordestino era que a água da chuva aguasse a terra, preparando o terreno para a plantação.
A ele resta-lhe a boa oportunidade de provar a sua inocência.
Polissíndeto: ocorre quando há a repetição do conectivo (conjunção).
Ex: E falei, e gritei, e tentei, e gesticulei e pedi ajuda, mas ninguém parou para socorrer o acidentado.
Eu ia no ônibus como pingente e levava vantagem, e não pagava, e saltava onde queria e sentia o vento bater na cara.
“E a noite é negra
E estrelas não brilham
E pessoas mascaram a voz
E a dor
E expõem o rosto ao riso
E à solidão”
Anacoluto: ocorre quando há uma interrupção da construção sintática para se introduzir uma outra ideia.
Ex: uma das moedas velhas caídas no fundo da gaveta, nós descobrimos o seu valor depois que o colecionador as quis comprar.
“Os nordestinos quando chegam, em família, entre sacos e sacolas, na estação central, eu acho que merecem mais do que uma reportagem: merecem um livro que conte a resistência dessa brava gente”
Repetição: é a repetição de uma palavra para enfatizar o sentido, criando maior expressividade.
Ex: “Na solidão solitude,
Na solidão entrei,
Na solidão perdi-me,
Nunca me alegrarei” (Mário de Andrade) 
“Vários tons de vermelho dançam para mim,
O vermelho da guerra,
O vermelho das terras,
O vermelho do nada” (Kátia Maristela Ongaro) 
Silepse: ocorre quando se realiza a concordância com a ideia e não com os termos expressos.
A silepse pode ser: 
1. De gênero
Ex: Vossa excelência ficou cansado com o discurso
 (Há concordância com a pessoa a que se refere o pronome de tratamento e não com o sujeito) 
A antiga São Paulo da garoa é hoje uma das campeãs de monóxido de carbono.
 (Há concordância com a cidade)
O Rio de Janeiro dos turistas e das belezas naturais é famosa no mundo inteiro. 
(Há concordância com a cidade)
2. De numero
Ex: O bando de moleques brincava de pipa. Não ouviam nem buzina e nem chamado de mãe. 
(Há concordância com o adjunto nominal e não com o núcleo do sujeito)
A família do réu procurou o advogado e queriam saber se ele poderia ficar em liberdade durante o processo. 
(Há concordância com a ideia)
3. De pessoa
Ex: Crédulos, amistosos, todos os interioranos somos assim, até que a cidade grande comece a nos transformar
(Procuramos = todos + eu)
“Os alemães não devem se misturar com os judeus”
(alemães = todos os alemãs) 
REFERÊNCIAS
PASCHOALIN & SPADOTO. Gramática. 9º edição. São Paulo: editora FTD SA, 1989. 415 P.
� Acadêmica de Literatura na Universidade de Federal de Roraima. Siga-me nas redes sociais: LORD3_
� Quando a perífrase indica uma pessoa ela recebe o nome de antonomásia
[Digite aqui]

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