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METODOLOGIA PSICODRAMÁTICA

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METODOLOGIA PSICODRAMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1 Os Cinco Instrumentos 
 
 a) Diretor: 
– é o agente terapêutico. Tem várias funções: dirigir e analisar a cena, ampliar e 
incrementar a cena, focalizando a história do indivíduo ou grupo. Cabe salientar a importância 
da formação teórica, metodológica e pessoal do Diretor, pois só assim ele poderá 
instrumentalizar recursos para a execução clara dos aspectos transferenciais e télicos: 
 
Num psicodrama, o diretor e os egos auxiliares não estão fora do 
processo do drama, como diretor de uma peça de marionetes 
manipulando os cordéis. Eles são parte da produção, portanto parte da 
análise, compartilhando com os pacientes a catarse social (MORENO, 
2006, p. 220). 
 
 b) Ego-auxiliar: 
– Moreno traz esse conceito da experiência do primeiro cuidador: Mãe. Aquela que 
auxilia e complementa as primeiras experiências da criança. A função dele no cenário do 
psicodrama é ser o ator (coadjuvantes) que representa as pessoas ausentes ou mesmo o 
protagonista, interagindo e executando a ação. Ele é o veículo que compõe o cenário. 
Importante também ter a clareza de suas emoções para que não interfiram na história do 
protagonista ou na direção. Nesse contexto, Moreno ressalta o seguinte: 
 
O Psicodrama desenvolveu, a partir disso, um sistema de métodos 
cuidadosamente elaborados, com o qual o terapeuta e seus egos auxiliares se 
introduzem no mundo do paciente e procuram povoá-los com imagens 
extraordinariamente familiares que têm a vantagem de não ser totalmente 
ilusórias e não totalmente reais, mas meio imaginárias e meio verdadeiras. 
Os egos auxiliares são de fato pessoas reais, mas como uma fada boa, 
penetram com os seus sortilégios no psiquismo do homem fracassado. [...] 
Vê a si mesmo representando, ouve a si mesmo falando, mas suas ações e 
pensamentos, seus sentimentos e percepções não vêm dele, vêm 
estranhamente de outra pessoa, do diretor terapeuta [...] os egos auxiliares, 
do duplo, de imagens espelhadas de seu espírito (MORENO, 1974, p. 114). 
 
– para Moreno, os egos auxiliares promovem no paciente uma cartase de amor, à 
medida que eles passam a ouvir e sentir o encontro de pessoas igualmente sofredoras, ou seja, 
o encontro consigo mesmo; 
A) Instrumentos B) Contexto C) Etapas 
 Cinco Três Quatro 
Diretor 
Egos auxiliares 
Protagonista 
Palco/cenário 
 Plateia/Público 
 
Individual 
Grupal 
Social 
 
Aquecimento 
Dramatização 
Compartilhar 
Processar 
N 
O 
 
 c) Protagonista: 
– é o ator central. Termo de origem Grega que significa aquele que se oferece a ação 
em primeiro lugar; que se oferece para sofrer e morrer no lugar do outro. Segundo o 
conceito de papéis e espontaneidade, essa metáfora é verdadeira. O protagonista apresenta, 
“doa” o seu íntimo para o grupo; 
 
 d) Palco/Cenário: 
– é o lugar da representação do mundo físico e do mundo intersubjetivo; 
 
 e) Plateia: 
– são os componentes do grupo, beneficiados pela entrega do protagonista. A plateia 
pode funcionar como caixa de ressonância e consonância. Na metodologia Sócio Educacional 
e Organizacional o protagonista é a plateia, ou seja, o grupo como um todo é o protagonista, 
– o Psicodrama, originalmente, era utilizado em um “setting” grupal. Com sua 
evolução temos hoje: Psicodrama Bipessoal, Psicodrama Interno, Psicoterapia da Relação. 
Além da modalidade Psicoterapêutica, o psicodrama possui vasta aplicabilidade no campo 
pedagógico e empresarial, lugares onde o privado se torna coletivo, o protagonista não é o 
indivíduo, mas o grupo. O foco da sua instrumentalização encontra-se no Treinamento de 
Papéis (Role-playing), no Sociodrama, na Sociometria, no Axiodrama, e no Jogo Dramático, 
aprimorando a aprendizagem e a estrutura criativa dos grupos, abrangendo toda organização 
Empresarial e Escolar. Nesse contexto, recebe o nome de Psicodrama Foco Sócio 
Educacional e Organizacional. 
 
 
5.2 Os três contextos 
 
 a) individual: 
 – é a concretização dramática de todo processo privado; 
 
 b) grupal: 
 – é a interação dramática do pequeno grupo com os desdobramentos latentes, seus 
manifestos e seus “ruídos”; 
 
 c) social: 
 – visa a mobilizar as interações dos papéis sociais – diz respeito ao grupo como 
sociedade. 
 
 
5.3 As quatro etapas 
 
 a) aquecimento: 
 – é a primeira etapa de toda sessão de Psicodrama, como também de qualquer outro 
procedimento da Sociatria: Sociodrama, Jogo dramático, Treinamento de papel, Teatro 
Espontâneo etc. Warming up é a preparação para sessão e consiste no conjunto de 
procedimentos que atua para estabelecer os canais de comunicação e maior aproximação entre 
o diretor e o protagonista. O aquecimento é o agente canalizador das energias para a ação. 
Possui duas subetapas: 
 Inespecífico: inicia a sessão. O terreno. O primeiro momento do encontro. Seu 
objetivo é diminuir a tensão, propiciar um ambiente de acolhimento, 
 Específico: começa no momento da construção da cena, com o aquecimento do 
personagem, privado ou público; 
 
 b) dramatização; 
 – é todo o processo da atuação; é o “como se”; a Realidade Suplementar: a 
utilização das técnicas em concordância com a matriz do indivíduo ou do grupo; é o núcleo de 
toda a Sociatria; 
 
 c) compartilhar: 
 – Sharing: trocas do protagonista, platéia e direção; ressonâncias, consonâncias, do 
protagonista e da plateia; é uma catarse de integração, a interação dinâmica do corpo com os 
pensamentos e emoções; 
 
 d) processamento: 
 – é a análise do processo: o diretor encaminha o grupo ou o indivíduo para a reflexão 
cognitiva sobre os procedimentos e o prosseguimento para as aquisições de novos papéis. É 
um momento pedagógico. É importante ouvir as opiniões dos elementos que atuaram na cena, 
as opiniões dos que assistiram, e fazer uma reflexão sobre a ação e incrementar os 
encaminhamentos necessários para as ações posteriores. 
 
6 O SISTEMA SOCIOMÉTRICO
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Organograma da Socionomia. 
 
 
6.1 Conceito de Socionomia 
 
 Socionomia é o conceito mais geral do Sistema sociométrico. É o estudo das 
interações relacionais com os conceitos, espontaneidade, criatividade, conserva e a e 
teoria do momento. Define-se como socionomia a ciência que estuda as leis das 
interações grupais e sociais a partir dos seguintes conceitos da Psicoterapia Interpessoal: 
 SOCIUS – companheiro; o indivíduo com o seu grupo. 
 METRUM – medida; é o estudo das relações interpessoais. 
 DRAMA – ação; Método Psicoterapêutico ou Terapêutico. 
 
 
6.2 Divisão da Socionomia 
 
 A Socionomia se divide em: 
 
 a) Sociodinâmica: 
 – é a ciência da interpretação do estudo profundo dosgrupos isolados e 
unidos e a sua estrutura dinâmica. Estuda o funcionamento das relações, a interpretação 
de papéis, a representação espontânea de papéis, o estudo da organização, compreensão 
e evolução dos grupos; é um diagnóstico, uma técnica de aquecimento para a ação e 
dramatização. Seus instrumentos são os seguintes: 
 Role playing (Treinamento e Adequação de Papéis). Envolve os 
seguintes procedimentos: 
 Teatro Espontâneo: 1º Enquadre Psicodramático: Representação 
Espontânea de Papéis. 
 Jornal Vivo: Técnica de Aquecimento para a Ação e Dramatização. 
 
1
 Apesar de a Socionomia constituir o conceito geral, que compreende a “Sociometria”, como conceitos 
secundários conservaram no título dessa parte a palavra “sociométrico”, como designante do sistema, uma 
vez que, historicamente, a palavra “sociométrico” é a que mais se afirmou para todo este domínio 
científico (LIVRO PSICOTERAPIA DE GRUPO E PSICODRAMA). 
 
 Psicodrama na Educação: Aplicação do Psicodrama ao Contexto 
Educacional. 
 Psicodrama Público – Vivência do Psicodrama numa única sessão, 
aberta ao Público. 
 Psicodrama nas Instituições – Aplicação do Psicodrama às 
Organizações. 
 
 b) Sociometria: 
 – Metrein = medir = Medida das relações sociais com as suas estruturas 
espontâneas, criativas ou conservadas dos grupos. Estuda a qualidade e a quantidade das 
correntes emocionais, a qualidade e a quantidade dos vínculos com as forças de atração 
e repulsão. A organização grupal com suas redes sociométricas, de comunicação e 
grupal. Permite conhecer a posição dos indivíduos no grupo: as redes sociométricas do 
grupo, seu líder popular, líder socioafetivo, membros isolados, rechaçados, com o seu 
status sociométrico (cotas de amor e simpatia). Átomo Social (relacionamentos do 
sujeito e o grupo). A capacidade Télica – transmissão, recepção e percepção de 
sentimentos das funções e dos papéis assumidos por cada componente do grupo, 
 – o instrumento da Sociometria é o Teste Sociométrico, que consiste na análise 
sociométrica, auxilia na investigação de processos complexos relacionados a escolhas, 
aceitações, rejeições, mútuas ou não, que configuram uma realidade social não aparente 
e que por muitas vezes estão em dissonância com a verdade oficial sobre as relações. A 
atuação grupal e o seu co-inconsciente. Moreno afirma que em qualquer vínculo que se 
estabelece existem entre os envolvidos, paralelamente, aspectos claros e conscientes e 
outros inconscientes, que vão se acumulando durante as experiências compartilhadas. 
Pode se entender por aspectos inconscientes, desde conflitos inter-relacionais, até 
momentos traumáticos vivenciados e não elaborados; 
 
 c) Sociatria; 
 – Iatreia = terapêutica = Ciência dos tratamentos dos sistemas sociais. Para 
processar o tratamento das estruturas inter-relacionais: o indivíduo e o grupo possuem 
diferentes enquadre com objetivos terapêuticos ou psicoterapêuticos específicos. Seus 
instrumentos são: 
 Psicoterapia de Grupo, 
 Psicodrama, 
 Sociodrama, 
 Jogo Dramático, 
 Psicodrama Individual, 
 Psicodrama Bi-Pessoal, 
 Psicodrama de Casal, 
 Psicodrama Infantil, 
 Sociodrama Público, 
 Sociodrama Institucional, 
 Sociodrama Educacional, 
 Sociodrama Familiar, 
 Role playing – Treinamentos de Papéis, 
 
6.3 Tricotomia Social – o Universo Social e suas três dimensões 
 
 
 O Universo Social possui três dimensões e caracterizam a Tricotomia Social. 
Estas três dimensões são as seguintes: 
 
Sociedade Externa – são os grupamentos palpáveis e visíveis ao olho 
macroscópico, grandes ou pequenos, formais ou informais, que 
compõem a sociedade humana: Família, Estado e Igreja. 
Matriz Sociométrica – são as estruturas sociométricas invisíveis, mas 
que se tornam visíveis através do processo sociométrico de análise da 
configuração grupal, ou seja, como se dão as escolhas dentro do 
grupo, a existência de subgrupos. A Matriz sociométrica consiste em 
várias constelações de átomos interligados de correntes ou de redes 
interpessoais. É o que há de interno nas relações. 
Realidade Social – constitui-se na síntese dinâmica e na 
interpenetração da Sociedade Externa e Interna e na Matriz 
Sociométrica, ou seja, a Realidade Externa e Interna. Cada Indivíduo 
com o seu Átomo Social encontra com outros indivíduos com seus 
Átomos Sociais e forma-se uma constelação de Átomos Sociais que 
são as Redes Sociométricas (MORENO, 1992, p. 181-182, v. I). 
 
 
 Em Moreno, o correto é pensar em uma sociopsicopatologia onde se postula que a 
dor de um indivíduo reflete o sofrimento do coletivo, já que a psique é formada através 
de constelações psicossociodinâmicas. 
 
 Psicossociodinâmica: 
 Matriz Social/Átomo – Social/Matriz Sociométrica – para Moreno é 
impossível separar o intrapsíquico do interpsíquico para análise e 
compreensão dos processos de cada ser humano. Intra e interpsíquico, 
objetivo e subjetivo, o interno e externo contribuem para a formação e para a 
compreensão do ser humano e legitimam o seu caráter complexo, formado 
lado a lado pelas forças sociais e ambientais. 
 Forças Sociais – Relações Interpessoais X Relações de Fantasia – Matriz de 
Identidade. 
 Forças Ambientais – Realidade Externa X Realidade Interna – Papéis Sociais. 
Toda cultura é caracterizada por certo conjunto de papéis imposto, com grau 
variado de sucesso. 
 
 A patologia do Grupo é também uma patologia do Indivíduo. As escolhas, os 
isolamentos, as invejas, as atuações irracionais revelam a patologia dos Indivíduos e dos 
Grupos. Moreno procurou encontrar um meio de investigar os mais complicados e 
secretos mecanismos internos do indivíduo e seu grupo social. Para ele as questões 
coletivas só poderiam ser tratadas em sua forma subjetivada. Decidiu permanecer 
centrado aos métodos de ação, acreditando que as ações ratificam as contradições que a 
racionalidade esforça por invalidar. A ação, ou a metapraxis proporcionariam, através 
de uma metodologia apropriada, uma terapêutica do conhecimento interno e externo do 
indivíduo, de seu grupo e do seu sistema social. 
 Psicodrama: Psique = Alma/Drama = Ação – Ação da Alma – Alma em Ação. 
 Sociodrama: Sócio = Amigos/Drama = Ação – Ação entre amigos. 
 
6.4 Objetivo do Psicodrama 
 
 O objetivo do Psicodrama é o aprofundamento psicoterapêutico do indivíduo ou 
do indivíduo inserido no grupo. O indivíduo é o Protagonista do Psicodrama. 
 
 
6.5 Objetivo do Sociodrama 
 
 O objetivo do Sociodrama é o tratamento sociodinâmico das relações 
interpessoais em grupos operativos, em grupos de estudo, trabalho, igrejas, 
comunidades, empresas. Segundo Moreno (1992, p. 188, v. I), seu objetivo é o 
“tratamento das Relações intergrupais e das ideologias coletivas”. O seu Protagonista é 
o Grupo.

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