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1 
 
 
 
 
 
 
Grupos 
 Passa a significar reunião de pessoas por volta do século XVII. 
 Se constituiu como uma instituição no século XX. 
 Instituição: campos de saber, redes de poder e especialismo (exigência de 
respostas teórico-técnicas). 
 
Grupos na Experiência 
 Pratt (1905): o objetivo inicial era ensinar aos pacientes a 
melhor maneira de se cuidar. Observou um efeito sobre 
os pacientes e a estratégia foi posteriormente 
reproduzida com pacientes com transtorno mental. 
Foi o percursor da psicoterapia de grupos. 
 Lazell e Marsh (1920): uso de grupos com pacientes 
esquizofrênicos e psicóticos. Discutia assuntos diversos 
como medo da morte, conflitos, homossexualidade, entre 
outros. Observou que alguns pacientes aderiram bem a 
proposta, se manifestando e solicitando posteriormente 
atendimento virtual. 
 Burrow (1925): uso do termo análise de grupos. Uso do grupo em espaço 
ambulatorial e com pacientes não psicóticos. Estimulava os participantes a expor 
francamente seus pensamentos e sentimentos. 
 Metzl (1929): desenvolveu o método de aconselhamento em grupo para 
alcóolatras. 
 Wender e Schilder (1930): experiências de terapia de grupo ambulatorial. 
 Moreno (1932): introduz o termo psicoterapia de grupo; experiência anterior com 
o uso do psicodrama. 
 Kurt Lewin (1933): fundou o centro de pesquisa para dinâmicas de grupo. 
Tornou-se um dos pioneiros e responsáveis pelo desenvolvimento na área. 
 
 
 
2 
 
 Bion (1940): psicanalistas; experiência a partir do trabalho em hospital militar 
durante a segunda guerra mundial. 
 Pichon-Revière: propõe o conceito de grupos operativos (se caracteriza pela 
relação que seus integrantes mantêm como a tarefa, que pode ser de cura ou 
aquisição de conhecimentos). 
 
Grupo Operativo 
→ É um instrumento de trabalho, um método de investigação e cumpre, além 
disso, função terapêutica, além de oferta de co-participação do objeto de 
conhecimento, numa interação espiral dialética mutuamente transformadora, 
sob o viés da aprendizagem que acontece mediante exposição e troca de 
experiências de vida. 
 Todo grupo que tiver uma tarefa a realizar e que puder, através desse trabalho 
operativo, estabelecer dificuldades individuais, romper estereótipos, identificar 
obstáculos individuais, auxiliar no enfretamento de problemas é terapêutico. 
 A mobilização é terapêutica. 
 Todo grupo operativo é terapêutico, mas nem todo grupo terapêutico é 
operativo. 
 O interesse nos estudos e aplicação de teorias de grupos se iniciou no contexto 
da industrialização e 2ª guerra mundial. 
 
Classificação dos Grupos – Finalidade 
 Operativos. 
Não tem em si a finalidade terapêutica, mas sim a de operar numa determinada tarefa 
objetiva; 
Tipos: ensino-aprendizagem; institucional; comunitários; terapêuticos. 
 Psicoterapêuticos. 
Formas de psicoterapias que se destinam à aquisição de insight, dos aspectos 
inconscientes dos indivíduos; 
Abordagem psicanalítica; abordagem gestalt; psicodrama; cognitivo comportamental; 
teoria sistêmica. 
 
 
3 
 
Tipos de Grupos Operativos 
 Ensino-aprendizagem: a tarefa básica desse grupo é “aprender a aprender”. 
 Comunitário: utilizados nos programas voltados para a promoção da saúde, 
onde técnicos de distintas áreas são treinados para a tarefa de integração e 
incentivo a capacidades positivas dos pacientes. 
 Institucionais: grupos formados em instituições, que promovem reuniões com 
visitas ao debate sobre questões de interesses de seus membros. 
 Terapêuticos: promovem melhoria de alguma situação de saúde dos indivíduos, 
seja no aspecto de saúde orgânica ou psíquica, ou ambas. Exemplo: AA, obesos 
e mulheres mastectomizadas. 
 
Teoria Sistêmica 
 Os praticantes dessa corrente partem do princípio de que os grupos funcionam 
como um sistema, ou seja, que há uma constante interação, complementação e 
suplementação dos distintos papéis que foram atribuídos e que cada um de seus 
componentes desempenha. 
 Assim, um sistema se comporta como um conjunto integrado, onde qualquer 
modificação de um de seus elementos necessariamente irá afetar os demais e o 
sistema como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
Contexto 
 Psicologia social x individual. 
 Observar condutas sociais ou comportamentais em grupo – domínio ou objeto 
específico da psicologia social. 
 Inteligência científica dos comportamentos de grupo – contribuições importantes 
dele na identificação de critérios sobre o comportamento de grupo. 
 
O Problema Mobilizado 
 Centralizar os esforços nos estudos de microgrupos. 
 
Contribuições 
 Pioneiro nos estudos sobre grupos. 
 Lançou as bases de muito do que se fala, pensa e faz nos grupos. 
 Ao afirmar que a unidade de todo grupo e as relações dinâmicas estabelecidas 
entre os elementos que o compõem – cria o termo dinâmica de grupos. 
 Dinâmica de grupo: microgrupos; inclui, ao mesmo tempo, as influências sofridas 
pelos indivíduos em situação de grupo e o estudo desses processos. 
 
Gestalt 
 Princípio da Gestalt: o todo é maior do que suas partes constituintes e de que 
seus atributos (do todo) não podem ser dedutíveis a partir do exame isolado das 
partes constituintes. 
 
No Plano do Objeto 
 Os pequenos grupos constituem as únicas totalidades dinâmicas acessíveis a 
observação e consequentemente a experiência científica. 
 As atitudes coletivas de um grupo não podem ser compreendidas senão a partir 
dos diferentes conjuntos sociais de que fazem parte. 
 
5 
 
No Plano do Método 
 Não é decompondo o fenômeno estuado em elementos e segmentos para 
reconstruí-lo em laboratório, em escala reduzida que o pesquisador irá conhecer 
sua dinâmica total. Será antes, tentando atingi-lo em sua totalidade concreta, 
existencial, não de fora, mas do interior. 
 Deslocamento das pesquisas para “comportamento do grupo” (coletivas) em 
oposição aos estudos sobre aprendizado de atitudes sociais. 
 
 
→ Toda dinâmica de grupo é resultante dos conjuntos das interações no 
interior de um espaço psicossocial. Estas interações poderão ser tensões, 
conflitos, repulsas, atrações, trocas, comunicações ou ainda pressões e 
coerções. 
 
→ Toda situação social pode ser percebida e concebida como constituindo 
uma cadeia de fenômeno cuja resultante serie os comportamentos de 
grupo – atitude coletiva. 
 
Atitudes Coletivas 
 Nível da percepção: atitudes comuns a um grupo, esquemas mentais e afetivos 
de adaptação à situação social determinam a perspectiva geral na qual os 
membros do grupo percebem o conjunto de uma situação. 
 Nível do comportamento: esquemas coletivos e as atitudes pessoais estão 
presentes no campo dinâmico e constituem uma inclinação para certos tipos de 
comportamentos. Esta inclinação cria uma atração por certos aspectos da 
situação ou uma repulse em direção a outros aspectos da situação. 
 Cultura do ambiente: tende a favorecer os vetores de comportamento (direções, 
orientações, barreiras). 
 
 
 
Fórmula do Comportamento 
C = F (P, M) 
 
6 
 
Teoria de Campo 
 Campo: espaço de vida de uma pessoa. 
 Espaço de vida: constituído da pessoa e do meio psicológico, como ele existe 
para o indivíduo. 
 Atitudes coletivas ou pessoais não são resultado de mecanismos exteriores às 
consciências nem atos subjetivos das consciências. São segmentos de uma 
situação social na qual se fundem em uma mesma realidade dinâmica 
elementos objetivos e conscientes. 
 Campo social: totalidade dinâmica constituída não só dos indivíduos 
componentes de um grupo, mas da interrelação entre os grupos ou subgrupos 
constituintes de uma coletividade. É uma Gestalt, um todo irredutível aos 
subgrupos que nele coexistem e aos indivíduos que ele engloba. 
 
→ Elementos fundamentais para a sobrevivência de um grupo: existência, 
interdependência e contemporaneidade. 
 
Hipóteses da Dinâmica dos PequenosGrupos 
 O grupo constitui o terreno sobre o qual o indivíduo se mantém. 
 Grupo – instrumento para satisfazer suas necessidades psíquicas ou aspirações 
sociais. 
 O grupo é uma realidade da qual o indivíduo faz parte, mesmo aqueles que se 
sentem ignorados, isolados ou rejeitados. A dinâmica de um grupo tem sempre 
impacto social sobre os indivíduos que os constituem (processos de 
crescimento, de separação, de diferenciação, desintegração). 
 Grupo como elemento do espaço vital. 
 No interior desta totalidade dinâmica encontram-se orientados, ou mesmo 
condicionados, seus comportamentos em grupo e suas atitudes sociais. 
 Campo de força: tendências pessoais (percepção individual a partir do passado 
pessoal), tendencias do superego (imperativos da sociedade) e a situação 
social. 
 
→ Lewin conclui que a mudança social para se operar exige que sejam 
modificadas as relações dialéticas que unem três elementos: as estruturas 
da situação social, as estruturas das consciências que vivem nessa 
situação social e os acontecimentos que surgem nesta mesma situação 
social. 
7 
 
Pesquisa-Ação 
 Estudos das minorias psicológicas. 
 Pesquisas fenômenos sociais – dois objetivos que se confundem e se 
completam: oferecer um diagnóstico sobre uma situação social; descobrir ou 
formular a dinâmica própria da vida de um grupo. 
 A pesquisa social deve originar-se a partir de uma situação social concreta a 
modificar e deve inspirar-se constantemente nas transformações e nos 
componentes novos que surgem durante e sob influência da pesquisa. 
 Comunicação – processos de troca fundamental para as relações humanas 
(autenticidade, comunicação aberta, bloqueios e zonas de silêncio interferem na 
coesão e solidariedade do grupo). 
 Comunicação de modo autêntico – semente para as experiências de 
sensibilização para as relações humanas. 
 Experiências – grupos de discussão, grupos de treinamento das técnicas de 
base-pilares do processo de aprendizagem da dinâmica de grupo. 
 
Autoridades e Tipos de Liderança 
 Autocrático. 
 Democrático. 
 Laissez-faire (quando cada um, de maneira oculta e dissimulada, faz algo que 
bem entende). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
Experiência de Rosário (1956) 
 A tática é grupal e a técnica são o uso de grupos de comunicação, discussão e 
tarefa. 
 Coordenação do Pichon-Rivière – várias sessões de grupo, compostos por 
alunos de vários cursos, um coordenador e observadores. O coordenador tem o 
objetivo de favorecer a comunicação intragrupal. 
 Aplicação de uma didática interdisciplinar – baseia-se na preexistência, em cada 
um de nós, de um esquema referencial (conjunto de experiências, 
conhecimentos e afetos com os quais o indivíduo pensa e age) que adquire 
unidade através do trabalho em grupo; ela promove, por sua vez, nesse grupo 
ou comunidade, um esquema referencial operativo sustentado pelo denominador 
comum de esquemas prévios. 
 
→ Pichon considera que o indivíduo é resultante dinâmico no interjogo entre o 
sujeito e os objetos internos e externos, e sua interação dialética através de uma 
estrutura dinâmica que ele denomina de vínculo. 
 
Esquema Conceitual, Referencial e Operativo (ECRO) 
 Sistematização ocorre a partir de estudos e atendimentos de pacientes 
neuróticos graves e psicóticos (um núcleo psicótico central, bem delimitado e do 
qual partem todas as outras estruturas como formas ou resolvedor tal situação 
básica). 
 Pichon-Rivière parte da hipótese de que no grupo familiar um membro assume o 
papel de porta-voz, o que o torna depositário de todas as angústias, ansiedades 
e patologias que circulam no espaço em que vive. Desse modo, o porta-voz 
passa a funcionar como "sinalizador" para o comportamento do grupo familiar 
como um todo. 
 Esse "padrão" de surto de funcionamento surge a partir das interações com o 
grupo familiar, (qualquer enfermidade deve ser compreendida e esclarecida 
dentro desse contexto). É nesse grupo familiar "disfuncional", que a partir dos 
usos de técnicas, pode-se realizar uma operação corretora. 
 ECRO – conjunto de experiências, conhecimentos e afetos com os quais o 
sujeito pensa, sente e age. 
 
9 
 
Tese 
 Grupo como um agente de cura. 
 Aplicação da técnica de grupos operativos de esclarecimento, aprendizagem, 
treinamento ou de tarefa, atua como o processo terapêutico. 
 Motivo: se configurar uma nova rede de comunicação, o que possibilita a 
mudança e a consequente aprendizagem. 
 O grupo é transformado através da tarefa psicoterapêutica em um verdadeiro 
grupo operativo quando, baseado em progressivos esclarecimentos, há um 
reajuste de papéis, uma maior heterogeneidade entre seus membros e uma 
maior homogeneidade na tarefa. 
 
Experiência com Famílias — Transtorno Mental Grave 
 Técnicas: criar, manter e fomentar a comunicação, progressivamente uma 
espiral, aliviando a ansiedade básica. 
 Reduz os estereótipos e se permite maior fluidez nos papéis. 
 O objetivo é transformar um ciclo vicioso, fechado, em um círculo benéfico, com 
aberturas dialéticas sucessivas. 
 
Esquema do Cone Invertido 
 Na base – conteúdos emergentes manifestos ou explícitos. 
 Espiral – movimento dialético de indagação e esclarecimento que vai do explicito 
ao implícito (envolve aprendizagem, pertinência, comunicação e cooperação), 
como objetivo de explicitá-lo. 
 No vértice – encontram-se as situações básicas ou universais implícitas (medos 
básicos e ansiedade). 
 
Tarefa 
 Pré – tarefa: técnicas defensivas, resistência a mudanças são mobilizadas. 
Função de postergar a preparação de medos básicos. 
 Tarefa: elaboração da posição defensiva. Existência de percepções que 
permitem uma relação diferente com outras pessoas. Implica modificação em 
dupla direção (a partir do sujeito e para o sujeito), envolvendo assim a 
constituição de vínculo. 
 Projeto: compromisso consciente com o projeto. 
10 
 
→ O grupo operativo é um grupo centrado na tarefa que tem por finalidade 
aprender a pensar em termos de resolução das dificuldades criadas e 
manifestadas no campo grupal e não no campo de cada um de seus integrantes, 
o que seria uma psicanálise individual em grupo. Entretanto, também não está 
centrado exclusivamente no grupo, como nas concepções gestáticas, mas sim 
em cada aqui-agora-comigo na tarefa, uma síntese de todas as correntes. 
Consideramos o doente que enuncia um acontecimento como o porta-voz de si 
mesmo e das fantasias inconscientes do grupo. Nesse aspecto reside a 
diferença entre a técnica operativa e as demais técnicas grupais, já que as 
interpretações são feitas em dois tempos e em duas direções distintas. 
 
→ Atividade centrada na mobilização de estruturas estereotipadas por causa 
do montante de ansiedade despertada por toda mudança. No grupo 
operativo, o esclarecimento, a comunicação, a aprendizagem e a resolução 
de tarefas coincidem com a cura, criando-se assim um esquema 
referencial. 
 
Papéis Desempenhados nos Grupos 
 Quanto mais plásticos os papéis, mais saudável é o grupo, quanto mais 
estereotipado mais patológico. 
 Porta-voz: expressa como ansiedades do grupo. 
 Bode-expiatório: depositário das dificuldades do grupo. 
 Líder: tipos de liderança. 
 Sabotador: freia os avanços e sabota as tarefas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
Berço do Psicodrama 
1º MOMENTO 2º MOMENTO 3º MOMENTO 4º MOMENTO 
Desde criança 
“brincava de Deus”, 
“trono de Deus” – 
Primeira sessão 
dramática. 
Estudante de 
medicina – grupos 
de crianças para 
representações 
improvisadas na 
praça/parque. 
 
O Psicodrama 
nasceu no Dia da 
Mentira – 1º de 
abril de 1921. 
 
Conversão do 
teatro da 
espontaneidade 
para o Teatro 
Terapêutico. 
 
Embrião da ideia 
de espontaneidade. 
 
Espontaneidade e 
da criatividade 
(dava voz as 
crianças). 
 
Primeira sessão 
psicodramática 
oficialrealizada no 
teatro de Viena 
(nasce o teatro da 
espontaneidade). 
 
Representação de 
papéis 
(personagens) que 
contribuem para 
elaboração de 
questões pessoais. 
 
 
 
 O teatro da espontaneidade foi criado para desenvolver a capacidade criadora e 
a espontaneidade. 
 
Introdução 
 Contexto - Pós-guerra (I Guerra Mundial). 
 Sessão psicodramática sozinho – no palco uma cadeira (trono) e uma coroa. 
Tema era a busca de uma nova ordem para as coisas, e o público era chamado 
a participar da encenação (sem script). 
 Objetivo: tratar e curar o público de uma doença, uma síndrome cultural 
patológica de que os participantes compartilhavam – drama coletivo. 
 As apresentações se seguiram com “atores” encenando conflitos, notícias de 
jornal. 
 Foi a repetição das sessões de psicodrama que deu “corpo” ao psicodrama, 
tendo depois organizado em construção teórica. 
 
12 
 
Conceito 
 Pode ser definido como a ciência que explora a “verdade” por métodos 
dramáticos. 
 O psicodrama não tem precedente nos tempos históricos. 
 Nos tempos pré-históricos – nos ritos dramáticos primitivos. 
 O desenvolvimento da ideia de catarse (psicodrama redescobre e elabora a 
noção – retoma Aristóteles). 
 
Catarse 
 “[...] não é um fenômeno, mas um secundário, um subproduto, um efeito da 
poesia sobre os leitores ou o espectador”. 
 Para Moreno a catarse é um fenômeno que se produz juntamente com a 
realização espontânea e simultânea de todo um processo de criação, num 
processo que afeta não apenas os atores, mas também o público. 
 Para que a catarse se produza é necessário que apareça um estado de 
comunitas (conceito de encontro para Moreno). 
 
Psicanálise 
 Moreno era um crítico da psicanálise – determinismo psíquico. 
 Alguns psicanalistas utilizam da técnica do psicodrama para trabalhar questões 
inconscientes. 
 
Espontaneidade 
 A espontaneidade é o fator primordial para uma existência saudável e o 
indivíduo espontâneo amplia a sua capacidade criadora. 
 Capacidade de agir diante de situações novas, criando uma resposta inédita ou 
renovadora ou, ainda, transformadora de situações pré-estabelecidas. É um 
fator que permite ao potencial criativo manifestar-se e atualizar-se. 
 A espontaneidade e criatividade – par dialético (criatividade como co-função da 
espontaneidade). 
 Podemos desenvolver ou nos educar para a espontaneidade – libertação dos 
clichês e estereótipos culturais/maior receptividade e disposição para o 
surgimento de novas dimensões no desenvolvimento da personalidade. 
 A espontaneidade não está vinculada somente a emoção e a ação, está também 
vinculada ao pensamento e ao repouso. 
13 
 
 Grupo como um espaço de reflexão privilegiado, pela possibilidade do 
espelhamento recíproco em clima de superação de “pré-conceitos e atitudes 
estereotipadas (espontaneidade grupal) e prontidão para mudanças ou 
transformações (criatividade grupal). 
 Transformação no “processo/durante” a cena psicodramática. 
 Procura transformar o insatisfatório. 
 Só é possível se a pessoa viver o presente; traz conteúdo do ICS. 
 
Teoria dos Papéis 
 O termo “papel” vem das artes cênicas, com o desenvolvimento da experiência 
psicodramática, representa a várias possibilidades identificatórias (expressam as 
distintas dimensões do eu (self) e a versatilidade potencial de nossas 
representações mentais. 
 Os papéis e as relações entre os papéis permitidos ou desejados são os fatos 
mais significativos no contexto da cultura (papel social). 
 Os papéis psicodramáticos entram em ação na cena psicodramática. A função 
da cena é reconstruir a realidade vivida, colocando em ação os papéis aí 
implicados. 
 Dramatização: método por excelência para o autoconhecimento, o resgate da 
espontaneidade e a recuperação de condições para o inter-relacionamento. É o 
caminho através do qual o indivíduo pode entrar em contato com conflitos, que 
se mantinham inconscientes. 
 Psicodrama é uma modalidade de expressão catártica que, instrumentada pelo 
exercício da espontaneidade e sustentada na teoria de papéis, viria a se 
constituir no método psicodramático de abordagem de conflitos interpessoais, 
cujo âmbito natural é o grupo. 
 Setting: basicamente grupal. Conta com presença do terapeuta (diretor da cena), 
de seus egos auxiliares e dos pacientes (tanto como protagonistas quanto como 
público). 
 Psicoterapia de grupo – expressão criada por moreno em 1931. 
 
→ Tipos de papéis: psicossomático, social e psicodramático. 
 
 
 
14 
 
O Psicodrama 
 Desenvolveu e introduziu sua Teoria das Relações Interpessoais e ferramentas 
para as ciências sociais que ele chamou de socionomia. 
 Socionomia – ciência que estuda os grupos, leis sociais que regem o 
comportamento interpessoal, propondo métodos de intervenção 
socioterapêuticas. Desenvolve as teorias que nos ajudam a ler os processos e 
fenômenos grupais. 
 Sociometria – formação e organização dos grupos. Uso de teste sociométrico ou 
jogos dramáticos para investigar a posição socioafetiva frente ao grupo (papéis 
afetivos). 
 Sociodinâmica – investiga a dinâmica do grupo, as redes de vínculos entre os 
componentes dos grupos. Estudo das leis e dos momentos grupais. 
 Sociatria – transformação social, hierarquia socionômica, subdivisão dos grupos, 
terapia da sociedade (intervenções socioterapêuticas - tratamento das relações 
sociais). 
 
O Método – Técnica 
 Representação dramática – veículo de expressão dos conflitos, unindo ação à 
palavra. 
 A prática psicodramática começa pelo envolvimento das pessoas com um tema 
ou com a experiência a ser vivenciada, através de lembranças ou histórias do 
cotidiano dos indivíduos e áreas de aplicação. 
 Elementos: diretor, ego-auxiliar, protagonista, palco e plateia. 
 Fases: aquecimento, dramatização, compartilhar (expressão das emoções sobre 
o que foi vivido, o que aprenderam com a vivência) e processamento. 
 Técnicas: inversão de papéis, espelho, técnica do duplo, escultura, solilóquio. 
 
→ Cabe ao diretor o manejo das técnicas psicodramáticas, como recursos de ação 
para garantir envolvimento do grupo e a escolha da cena protagônica, que 
refletirá a experiência dos presentes. 
 
Psicodrama Aplicada 
 Trabalho social com presidiários 
 Violência doméstica 
 Pesquisa 
15 
 
 Saúde/hospitais 
 População Indígena 
 Reinserção social 
 CAPS/NAPS 
 Educação 
 Ampliação e enriquecimento das possibilidades metodológicos do ensino e 
expressão da comunicação 
 Terapêutico 
 Psicoterapia de grupo 
 
→ Empresa: processos seletivos - sociometria, técnicas de Role Playing (jogo de 
papéis); tem-se destacado quando o objetivo é melhorias no ambiente de 
trabalho, fazendo emergir situações conflitantes e possíveis soluções; utilizado 
também como estratégia para o desenvolvimento de habilidades como, por 
exemplo, de liderança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
Experiência no Exército (1940) 
 Seleção dos oficiais técnicas de grupo sem líder/relacionamentos interpessoais. 
 Considerações importantes sobre liderança: 
a) a liderança que é formalmente designada nem sempre coincide com a que surge 
espontaneamente; 
b) vários tipos de liderança espontâneas surgem a partir de distintas locais de cada 
grupo; 
c) um grupo sem nenhuma liderança tende à dissolução. 
 "Se um homem não consegue ser amigo de seus amigos, tampouco pode ser 
inimigo de seus inimigos". 
 Programas de reabilitação e de readaptação restabelecer, disciplina e o "espírito 
de grupo" (rompeu vários títulos do exército). 
 
Experiência na Clínica Tavistock 
 Grupo com diretores de serviços – integração institucional, formação técnica e 
psicoterapêutico. 
 Movimentos de transferência e contratransferência presente nos grupos. 
 Destes grupos Bion retirou o material empírico para criar sua teoria de 
funcionamentodos grupos. 
 
Termos e Conceitos 
 Espírito de grupo – características: um objetivo comum de todos os 
componentes; o reconhecimento dos limites do grupo e das posições e funções 
do grupo em relação a outros grupos; a capacidade para absorver e perder 
membros; a liberdade e o valor em relação aos subgrupos que formam; a 
valorização das individualidades dentro do grupo; a capacidade para enfrentar o 
descontentamento interno; a tradição do grupo como possível permissão ao 
surgimento de ideias novas deste grupo; o líder e o grupo comungando uma 
mesma "fé". 
 
17 
 
 Mentalidade grupal – unanimidade de pensamento e de objetivo. A expressão 
unânime da vontade do grupo, à qual o indivíduo contribui por maneiras das 
quais ele não se dá conta, influenciando-o desagradavelmente sempre que ele 
pensa ou se comporta de um modo que varie de acordo com os pressupostos 
básicos. Funciona de forma semelhante ao inconsciente para o indivíduo. 
 Cultura do grupo – resulta da necessidade de uma adaptação dos interesses do 
em conformidade aos grupos como uma totalidade. Aspectos do comportamento 
do grupo que surgem do conflito entre as necessidades "unanimidade grupal" e 
de cada indivíduo. 
 Valência – aptidão do indivíduo combinar-se com os demais, em função de 
fatores inconscientes (esfera afetiva e inconsciente do grupo). 
 Cooperação – ocorre entre duas ou mais pessoas, é próprio do funcionamento 
do grupo de trabalho. 
 Grupo de trabalho – destaque-se por estados mentais onde predomina o 
aspecto racional, implica regras e objetivos conscientes envolvidos na realização 
de uma tarefa fornecida, há um estado mental cooperativo. 
 Grupo de pré supostos básicos – obedecem prioritariamente como leis do 
inconsciente dinâmico. Ignoram a noção de temporalidade, de relação causa-
efeito, ou se opõe a todo processo de desenvolvimento e conservam as mesmas 
características defensivas mobilizadas pelo ego primitivo. 
Tem relação com a valência e suas raízes está no texto Psicologia das Massas e 
Análise do Ego (rompe com a ideia de instinto gregário e defende uma noção de 
investimento afetivo horda primária). 
 
→ Todo o grupo opera em dois níveis que são simultâneos, opostos e 
interativos, embora bem delimitados entre si. 
 
Grupo de Pré Supostos Básicos 
 Quando um grupo se reúne para desenvolver uma tarefa (de qualquer natureza - 
terapêutica, institucional, de aprendizagem), está sujeito ao surgimento de certos 
estados mentais inconscientes. O desenvolvimento positivo de sua dinâmica, 
são estados mentais inconscientes. 
 São esses “supostos básicos” que impedem o desenvolvimento positivo de sua 
dinâmica, são estados mentais que evitam a frustração relacionada com o 
trabalho, com o sofrimento e com o contato com a realidade. 
 
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 A possibilidade de desenvolvimento de um grupo independente de sua natureza, 
relacionada à formação dos conflitos e fantasias inerentes àquela está formada 
grupo, pois ao permanecer paralisado em sua angústia, ele não se constitui 
como um grupo de trabalho. 
 A forma como esses professores combinados e estruturados definem sua 
modalidade e por isso, aptidão um tipo de líder específico apropriado para 
preencher os requisitos do suposto básico predominante e vigente no grupo. 
Para Bion, o líder é que é o emergente das necessidades do grupo. 
 
Três Modalidades 
 Supostos básicos de "dependência" – nível mais primitivo de formação grupal, 
busca um líder idealizado revestido de poderes mágicos, onipotentes e que irá 
satisfazer todas as necessidades e desejos do grupo (como a relação de 
proteção entre pais e pequenos filhos). 
A busca por esse líder ocorre em função da falta de coesão do grupo e presença de 
angústias primárias: desconfiança, hostilidade, medo e inveja, frente ao terapeuta e aos 
membros do grupo. O grupo de proteção de proteção no líder, defesa contra sua 
própria angústia através da dependência e atitude regressiva; 
Nos grupos religiosos, esse é o suposto básico predominante. 
 Supostos básicos de "luta e fuga" ou "ataque e fuga" – inconsciente grupal 
dominado por ansiedades paranoides, levando a reações defensivas. Forte 
carga agressiva que impulsiona o grupo, levando-os a criar um inimigo para 
canalizar, de algum modo, seus impulsos agressivos. 
Quando o grupo alterna movimentos de fuga e agressão, em relação ao Coordenador 
ou aos seus membros próprios. Existe uma convicção de que existe um inimigo e que é 
necessário atacá-lo ou fugir dele; 
O líder requerido para esse tipo de suposto básico grupal deve ter características 
paranoides e tirânicas; 
Quanto mais idealizado o coordenador na fase de dependência; tanto maior será a 
hostilidade e ressentimento a sua figura provocará na fase de ataque e fuga. 
 Supostos básicos de "acasalamento" ou "pareamento" – quando o grupo não 
consegue realizar suas ações, mas se sente culpado e, assim, posterga sua 
atividade através da esperança em "algo" ou "alguém" que virá resolver a 
dificuldade do grupo. Nega seus conflitos e dificuldades internas, racionalizando 
19 
 
sobre eles. E, o grupo delega ao par a função reparadora e integradora do 
grupo. 
Espera por um Messias. As esperanças messiânicas do grupo podem estar 
depositadas em uma pessoa, uma ideia, um acontecimento etc., que virá salvá-los e 
fazer desaparecer todas as dificuldades; 
Costuma organizar-se com defesas maníacas, e o líder desse tipo de grupo deve ter 
características messiânicas e de algum misticismo. 
 As três modalidades de suposto básico não se contrapõem entre si. 
 Podem coexistir em um mesmo grupo e se alternar no surgimento. 
 O surgimento de uma concepção original surgida no grupo "ideia nova" 
promoveria a mudança de um pressuposto para o outro. Representa uma 
ameaça a estabilidade do estabelecimento (pequenos grupos e grupos sociais 
sistemas sociais envolvem uma microssociologia e macrossocilogia). 
 Sistema Protomental – corresponde a uma matriz de onde surge os fenômenos 
("escolha" de cada modalidade está em ação enquanto os outros não se 
manifestam ou temporariamente inativos ", tendo como referência a noção" 
hereditária/atávica de viver em grupo). Os níveis protomentais originariam as 
patologias grupais. 
 Caberia ao terapeuta investigar como etapas protomentais dos pressupostos 
básicos e a relação dos sujeitos com um determinado pressuposto. 
 
Dimensão Comunicativa 
 O maior mal da humanidade consiste no problema dos mal-entendidos da 
comunicação. 
 Transtorno da comunicação – tríplice aspecto (transmissão da mensagem, 
recepção da mensagem verbais distorções a partir de um estado de 
defesa/canais de comunicação: comunicação não-verbal, atitudes, 
somatização). 
 Ênfase em todos os níveis de comunicação humana e na sua relação como 
estabelecimento dos vínculos. 
 
→ Sua maior contribuição é referente à normalidade e patogenia dos sistemas 
sociais. A principal dedicação de Bion foi voltada para desvendar a mentalidade 
de grupo.

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