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* Estrutura e Função de Carboidratos * Fontes de carboidratos Cereais Massas Frutas Leguminosas feijão, ervilha, lentilha, soja, etc Tubérculos batata e mandioca doces, mel, açúcar refinado, refrigerantes, etc. Trigo, milho, arroz, aveia, etc * Carboidratos- Funções * Carboidratos – Características Carboidratos = Hidratos de carbono, Glucídeos, glúcides ou glicídeos, sacarídeos, sacárides ou açúcares. São as biomoléculas mais abundantes na terra. Açúcar comum e amido – base nutricional humana na maior parte do mundo. Oxidação de carboidratos - principal fonte de energia no metabolismo animal e vegetal. * Estrutura Maioria dos carboidratos comuns – fórmula empírica (CH2O)n Ex. Glicose – C6H12O6 ou (CH2O)6 São poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, ou substâncias que liberam esses compostos por hidrólise. Carboidratos - Estrutura * Biomoléculas orgânicas mais abundantes na natureza; Carboidratos - Estrutura Alguns contêm nitrogênio, fósforo e enxofre. São poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas; Fórmula empírica (CH2O)n * Classificação quanto ao grupo funcional Se o grupo carbonila for de um aldeído, o açúcar será uma aldose; Se o grupo carbonila for de uma cetona, será uma cetose. * Classificação dos carboidratos CARBOIDRATOS * Monossacarídeos: açucares simples, não pode ser hidrolisado. 3 a 7C (trioses, tetroses, pentoses, hexoses e heptoses). Oligossacarídeos: cadeias curtas de unidades monossacarídicas, unidos por ligações glicosídicas. Dissacarídeos: 2 unidades monossacarídicas. Ex: Glicose + Frutose = Sacarose Polissacarídeos: A maioria dos carboidratos ocorre sob a forma de polissacarídeos. Polímeros de média ou alta massa molecular. Celulose ( 4000) Glicogênio ( 30.000) Classificação dos carboidratos * * Monossacarídeos – Características Estruturais Carboidratos mais simples dos quais derivam todas as outras classes. Estrutura: poliidroxialdeídos (ou aldoses) ou poliidroxicetonas (ou cetoses), geralmente de 3 – 7 átomos de carbono. Os monossacarídeos mais simples são as duas trioses: * Características Sabor doce Incolores Hidrossolúveis Cristalizáveis Não hidrolisáveis Carbono não-ramificado Monossacarídeos * Monossacarídeos Cetoses (ex., frutose) apresentam um grupo ceto, geralmente em C-2. glicose Frutose Monossacarídeos mais comuns na natureza: Aldoses (ex., glicose) - apresentam um grupo aldeído em uma das extremidades. * Isomeria Todos os monossacarídeos possuem carbono assimétrico, exceto a diidroxiacetona. Portanto possuem isômeros. Em geral, uma molécula com n carbonos assimétricos (n centros quirais), pode ter 2n estereoisômeros. Assim, as aldohexoses com quatro centros quirais têm 24 estereoisômeros = 16 estereoisômeros. Monossacarídeos * Estereoisômeros Enantiômeros: imagens especulares- isômeros ópticos Diastereoisômeros: um não é imagem especular do outro: série D e série L, epímeros * ISOMERIA ÓPTICA Atenção aos carbonos assimétricos!!!! Isômeros ópticos ou enantiômeros: um é a imagem especular do outro. Possuem *C Propriedades físicas e químicas são iguais. Desvio da luz polarizada: Dextrógiro (d ou +): desviam a PLP para a direita Levógiro (l ou -): desviam o PLP para a esquerda. * POLARÍMETRO * D – Gliceraldeído L - Gliceraldeído SÉRIE D e SÉRIE L Refere-se à configuração ao redor do *C mais afastado da carbonila. Possui um composto de referência, o gliceraldeído. D-gliceraldeído possui a OH do *C voltada para direita e o L-gliceraldeído possui a OH do *C voltada para a esquerda. * D - Glicose D – Frutose Se a monose possuir mais de 1 *C será considerado o *C mais afastado da carbonila. * Monossacarídeos- D-aldoses D-gliceraldeído Três carbonos D-eritrose D-treose Quatro carbonos D-ribose D-arabinose D-xilose D-lixose Cinco carbonos D-alose D-altrose D-glicose D-manose D-gulose D-idose D-galactose D-talose seis carbonos * Monossacarídeos- D-Cetoses diidroxiacetona D-ribulose D-xilulose D-eritrulose D-psicose D-tagatose D-frutose D-sorbose Três carbonos Quatro carbonos Cinco carbonos Seis carbonos * Fórmula química - C6H12O6 Monossacarídeos - Epímeros Diferem um do outro na configuração de um carbono quiral Têm a mesma fórmula química Não são imagens especulares Não são superponíveis * Monossacarídeos Pentoses e hexoses ocorrem geralmente, em solução aquosa, como estruturas cíclicas. Glicose – formação da ligação hemiacetal entre o grupo carbonila do aldeído em C-1 e o grupo hidroxila do álcool em C-5 . São formados dois estereoisômeros, a e b. * O carbono que contém o grupo funcional – aldeído ou cetona, reage com o oxigênio da hidroxila do carbono na posição 4 ou 5. A molécula se torna : Um ciclo contendo 6 átomos – Piranoses (glicose) OU Um ciclo contendo 5 átomos – furanoses (ribose e frutose) CICLIZAÇÃO PIRANO FURANO * CICLIZAÇÃO Ocorre com pentoses e hexoses naturais. Aldopentoses: ciclização entre os carbonos C1 e C4 Cetohexoses: ciclização entre os carbonos C2 e C5 Aldohexoses: ciclização entre C1 e C5 Convenções da ciclização: Todas as hidroxilas localizadas à direita da estrutura linear devem ser desenhadas voltadas para baixo; As hidroxilas à esquerda, devem ser desenhadas para cima; O grupamento CH2OH deve ser desenhado para fora do ciclo se a monose for D e para dentro do ciclo se for L. * D-Glicose Monossacarídeos – Ciclização A OH do C5 forma uma ligação hemiacetal com Carbono 1 mais um carbono assimétrico (o carbono anomérico): isômeros e Anômeros Estrutura de Fischer Estrutura de Haworth * Formação das duas formas cíclicas da D-glicose Aldeído do C-1 com OH do C-5 reagem e produz dois estereoisômeros: Anômero e Monossacarídeos – Ciclização Nome sistemático * Ciclização da Glicose * Monossacarídeos- resumo Formas cíclicas com anel de seis membros: piranoses Os nomes sistemáticos são : a-D-glicopiranose b-D-glicopiranose Anômeros- diferem apenas na configuração de C-1 Mutarrotação- mudança na rotação específica que acompanha a formação de uma mistura em equilíbrio das formas a e b em solução aquosa * Monossacarídeos-resumo Ciclização - produz um novo centro assimétrico em C1. Estereoisômeros são chamados anômeros, a e b. Projeções de Haworth: representam açúcares cíclicos como anéis essencialmente planares. OH no carbono anomérico em C-1: a -(OH abaixo do plano do anel) b - (OH acima do plano do anel). * D-Frutose Monossacarídeos - Ciclização Adoçante natural, presente na maioria das frutas maduras e no mel de abelhas Estrutura de Fischer Estrutura de Haworth Carbono anomérico * Monossacarídeos redutores * Monossacarídeos redutores Podem ser oxidados por agentes oxidantes relativamente brandos Ex. Fe 3+ Fe 2+ Cu 2+ Cu + * Derivados das hexoses biologicamente importantes b-D-glicose b-D-glicosamina N-acetil-b-D-glicosamina b-D-glicose-6-fosfato a-L-Fucose a-L-ramnose Desoxi-açúcares Açúcares ácidos Ácido N-acetil-neuramínico Substituição do grupamento hidroxila do composto parental * Ligações glicosídicas Dissacarídeos - Ligação O-glicosídica R-OH + HO-R' R-O-R' + H2O * MALTOSE (-1,4) -D-glicopiranosil-(1-4)-b-D-glicopiranose H2O Oligossacarídeos -Dissacarídeos sementes de cevada Redutor cereais em fermentação * LACTOSE (-1,4) -D-galactopiranosil-4-b-D-glicopiranose H2O Redutor Oligossacarídeos -Dissacarídeos * SACAROSE (-1, -2) H2O -D-frutofuranosil -D-glicopiranosídeo Cana e beterraba Não-Redutor Oligossacarídeos -Dissacarídeos * Açúcar redutor Açúcar não redutor Extremidade redutora Possui C anomérico livre (não envolvido em ligação glicosídica) Dissacarídeos * Polissacarídeos ou glicanas Homopolissacarídios ramificados não-ramificados Variam quanto tipo de ligações entre as subunidades e ao grau de ramificação Homopolissacarídios contêm apenas um único tipo de subunidade. Heteropolissacarídios contêm dois ou mais tipos de subunidades monoméricas. 2 tipos de monômeros e não-ramificado múltiplos tipos de monômeros e ramificado Heteropolissacarídios * * Polissacarídeos: Importância Biológica Alguns homopolissacarídeos são fontes de armazenamento de monossacarídeos usados como combustíveis celulares, p. ex.: amido e glicogênio. Outros homopolissacarídeos como a celulose e quitina, servem como elementos estruturais em paredes celulares de plantas e exoesqueleto de animais. Os heteropolissacarídeos dão sustentação extracelular a organismos, p. ex., os peptideoglicanos que fazem parte do envelope celular de bactérias. Outro exemplo, o ácido hialurônico que dá resistência e flexibilidade a cartilagens e tendões * Polissacarídeos de armazenamento de energia mais importantes: amido - nas células vegetais glicogênio – nas células animais Amido: contém dois tipos de polímeros de glicose, amilose e amilopectina. Amilose: polímero de cadeias longas, não ramificadas de unidades de D-glicose ligadas por ligações a(14) . Polissacarídeos * Amilopectina: um polímero da glicose que apresenta principalmente ligações a(14), e apresenta também ramificações, que ocorrem em cada 24 e 30 resíduos, formadas por ligações a(16). Polissacarídeos Amilopectina � EMBED ChemDraw.Document.4.5 ��� _995973151.cdx * Homopolissacarídeos de reserva Sementes, tubérculos, rizomas, bulbos e em algas AMIDO (Glicose) Tipos de polímeros Amilose Cadeias longas Não ramificadas Ligações lineares ( 14) Facilmente hidrolisado e digerido Moléculas altamente hidratadas (OH expostos que formam ligações de hidrogênio com a H2O) Importantes na alimentação humana Função de armazenamento (combustível para as células) Amilopectina Cadeias ramificadas Ligações: lineares ( 14) ramificadas ( 16) * Polissacarídeos de Reserva * HOMOPOLISSACARÍDIOS Glicogênio (Glicose) Principal carboidrato de armazenamento em animais Encontrado principalmente no fígado e músculo Polímero de D-glucose Ramificações (16) Mais ramificado e mais compacto que o amido Polissacarídeos de Reserva * Celulose e quitina: homopolissacarídios estruturais CELULOSE: substância fibrosa, resistente e insolúvel em água, encontrada nas paredes celulares de plantas talo, caule, tronco. Constitui grande parte da massa da madeira. O algodão, por exemplo, é quase celulose pura. É também um homopolissacarídio não-ramificado. Porém, na celulose, os resíduos de glicose estão ligados de maneira diferente daquela no amido, o que leva às impressionantes diferenças nas propriedades desses carboidratos. * Celulose: longas cadeias lineares de glicose com ligações b(14). celulose Polissacarídeos Estruturais � EMBED ChemDraw.Document.4.5 ��� _1052595189.cdx * Quitina Homopolissacarídeo linear N-acetil glicosamina, ( 14) Exoesqueleto duro de artrópodes – - fibras longas - rigidez - não pode ser digerida por vertebrados. Polissacarídeos Estruturais * Estrutura e Função de alguns polissacarídeos * Heteropolissacarídeos Heteropolissacarídeos ou heteroglicanos – maioria contém duas ou mais unidades de monossacarídeos diferentes. Intimamente associados com lipídeos e proteínas. Heteropolissacarídeos principais: polissacarídeos do tecido conjuntivo substâncias dos grupo sanguíneos glicoproteínas glicolipídeos * Polissacarídeos Heteropolissacarídeos Heparina Glicosaminoglicano Ácido glicurônico sulfatado + Glicosamina sulfatada Anticoagulante * Glicosaminoglicanos Heteropolissacarídios lineares da matriz extracelular (apresentam um dissacarídio repetitivo). Hialuronato, queratan sulfato, heparina Heparina: anticoagulante natural produzida nos mastócitos (um tipo de leucócito). Liga-se à proteína antitrombina, fazendo com que esta se ligue e iniba a trombina (protease essencial à coagulação) * Heparina: glicosaminoglicano altamente sulfatado, encontrado nos grânulos dos mastócitos. Quando liberada no sangue, inibe a formação de coágulos através da interação com a proteína antitrombina. A Heparina mostrada tem 10 resíduos, alternando IDS (iduronato-2-sulfato) e SGN (N-sulfo-glicosamina-6-sulfato). Heteropolissacarídeo heparina: (IDS-SGN)5 * * * * * * * * * * * * * * * * Hidroxila (OH) de C1 e C4: (Mesma posição – Cis) (Posição diferente – Trans) * * * * * * * * * * * * * * A densidade de carga altamente negativa de heparina contribui para a sua interação muito forte eletrostática com trombina. Sob o ponto de vista químico, a heparina é um mucopolissacarídeo sulfatado, com grande quantidade de cargas elétricas negativas e constitui o ácido macromolecular mais forte existente no organismo. Pode ser distinguida de outros polissacarídeos pela sua extrema acidez, decorrente da grande quantidade de radicais sulfatados na sua molécula [7]. A heparina existe nos pulmões, no fígado e, principalmente, nos mastócitos do sistema retículo-endotelial * *