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3 - O CENÁRIO GERMÂNICO

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O CENÁRIO GERMÂNICO
(ANDERSON, Perry. p 103 – 107)
4. 2013
Grande invasão germânica: último dia do ano 40 cruzando o Reno congelado.
Primeiros contatos: tomada de consciência da presença germânica.
General Mário venceu os teutões em Aix e os cimbrios em Vercelli (101-102 a.C)
Júlio César na ocupação de Gálias: confronto com os suevos de Ariovisto (58 a.C)
Quem eram eles?
Agricultores assentados com economia predominante pastoril.
Modo de produção comunal primitivo; desconhecimento da propriedade privada da terra.
b.1) Todo ano lideres da tribo determinavam qual seria a parte do solo comum a ser cultivada, distribuindo porções dela aos clãs. Estes lavram e se apropriam coletivamente do solo. Motivo: evitar disparidades entre as fortunas.
b.2) O que conheciam de propriedade particular eram os rebanhos que denotavam a fortuna dos guerreiros lideres das tribos.
Chefias: na paz não tinham autoridade sobre todo o povo, na guerra excepcionalmente eleitos para momentos determinados.
Clã matrilinear.
Após os primeiros contatos
Modificações após a chegada dos romanos do rio Reno e a ocupação temporária da Germânia até o Rio Elba.
Comércio crescente de mercadorias de luxo produziu uma estratificação interna crescente dentro das tribos: para comprar bens dos romanos lideres vendiam o gado e capturavam escravos para mandar aos mercados romanos.
Até meados do século II a terra deixa de ser repartida entre os clãs e passa a ser distribuída diretamente aos indivíduos; a freqüência das distribuições diminui.
O cultivo ainda se deslocava em terrenos florestais desocupados: pouca fixação territorial.
Aristocracia hereditária com fortuna acumulada compunha o conselho permanente tribal, embora a assembléia geral de guerreiros tivesse livre poder.
As alterações:
Emersão de linhagens dinásticas quase reais acima do conselho.
Lideres tribais cercados por cortejos de guerreiros (“comitatus”) com finalidade de ataque.
b.1)Recrutados entre a nobreza, mantidos pelo produto da terra a eles redistribuída; Isolados da participação direta na produção agrícola.
b.2) Núcleos de divisão de classes, institucionalizando a autoridade coercitiva dentro dessas formações sociais.
b.3) Freqüência cada vez maior das lutas entre guerreiros comuns e lideres nobres com a finalidade de tomada do poder ditatorial dentro das tribos. Arminio, o guerreiro, vencedor da batalha da floresta de Teotoburgo.
b.4) Roma inflamava disputas entre germânicos nas fronteiras com a intenção de:
 b.4.1) neutralizar a pressão germânica nas fronteiras;
 b.4.2) formar uma aristocracia germânica cooperando com o Império.
O aceleramento das alterações:
Pressão romana acelerou a diferenciação social e desintegração do modo de produção comunitário das florestas germânicas.
Ou seja: povos com maios contato com Roma “avançam” na estruturação.
Ex:
Alamanos (Floresta Negra), Marcomanos e Quados (Boêmia): villae no estilo romano, cultivadas por trabalho escravo de cativos de guerra.
Marcomanos conquistam outros povos germânicos e criam um Estado com governo real no centro da região danúbiana (séc.II); sintoma de mudança.
Visigodos que ocupavam a Dácia após a saída romana exibiam o mesmo processo no início do século IV, com técnicas agrícolas mais avançadas.
 iii.1. Cultivo de cereais , uso do torno de oleiro para artefatos de aldeia, alfabeto rudimentar;
iii.2. Economia visigoda dependente do comércio trans-danubiano com o Império com a possibilidade do bloqueio econômico pelos romanos.
Desaparecimento da assembléia geral de guerreiros.
iv.1. Conselho confederado de nobres exercia autoridade política central sobre aldeias obedientes;
iv.2. Nobreza: classe com terras, cortejos, escravos, difereciada dos demais.
Quanto mais subsistia o poder imperial romano maior sua influencia na diferenciação social e nos níveis de organização militar e política.
Pressão bárbara no “limes” desde a época de Marco Aurélio (161-180) não era elemento pontual para Roma mas produto de sua existência e expansão.

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