Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO PROVA PRÁTICA ENTOMOLOGIA GERAL ASAS Insetos geralmente possuem 2 pares de asas (com algumas exceções), tais asas são delimitadas superiormente e inferiormente por, respectivas, margens costal e anal, entre elas são encontradas nervuras denominadas “nervuras longitudinais, as mais comuns são: Costal (c); Sc (sub-costal); Radial (R); Mediana (M); Cubital (Cu) e Anal (A). O espaço formado por nervuras transversais e junções é denominada de células, que podem ser abertas ou fechadas (e.g: em lepidopteras existe uma célula denominada discal). Por possuirem 2 pares de asas, os insetos possuem estruturas de acoplamento de ambos pares, tais como o frênulo/jugo; hâmulos e asas amplexiformes. TIPOS DE ASAS: - MEMBRANOSA (1A) - Presente em DIPTERA (mosca; observar presença de caliptras); ODONATA (libélulas); HEMIPTERA (cigarras; pulgões); HYMENOPTERA (vespas, formigas e abelhas); NEUROPTERA (crisopídeo, lixeiro) - MEMBRANOSA PIGMENTADA (2A) - Presente em NEUROPTERA (formiga-leão; hemerobiídeo); EPHEMEROPTERA (efeméride) - MEMBRANOSA COM ESCAMAS (3A) - Presente em LEPIDOPTERA (borboletas e mariposas) - TÉGMINA (Pergaminhosa) (4A) - Presente em ORTHOPTERA (gafanhoto, esperança, grilo e paquinha; MANTODEA (louva-à-Deus); BLATTODEA/Blattaria (barata); em asas tégminas, geralmente o 1º par é Tégmina propriamente dita e o 2º par é membranosa; - ÉLITRO (Coriácea) (5A) - Presente em COLEOPTERA (besouros; élitro verdadeiro); DERMAPTERA (tesourinhas; braquiélitro; apenas cobre parte do segundo par de asas membranosas). Em asas Élitro, geralmente o 1º par é Tégmina propriamente dita e o 2º par é membranosa. - HEMIÉLITRO (7A) - Presente em HEMIPTERA (percevejos), onde 1º par é Tégmina propriamente dita e o 2º par é membranosa. - FRANJADA (8A) - Presente em THYSANOPTERA (trípes), HYMENOPTERA (micro-parasitóides). - BALANCINS (Halteres) - Alteração do segundo par de asas presente em DIPTERA (moscas e mosquitos) - PSEUDO-HALTER - Alteração do segundo par de asas presente em STREPSITERA PERNAS Insetos geralmente possuem 3 a 4 pares de pernas, uma perna típica possui uma Coxa (Cx); Trocanter (T); Fêmur (F); Tíbia (Tb); Tarso (T, composto de 5 tarsômeros) e Pós-Tarso (Pt). Os tipos de perna focam mais nos pares onde possuem especializações, os demais pares geralmente são ambulatoriais típicos (exceto barata d’água) TIPOS DE PERNAS: - SALTATÓRIA (3º Par) (1P) - Presente em ORTHOPTERA (gafanhoto, esperaça, grilo e paquinha), cuja função é fornecer a estrutura e impulso para realizar saltos - FOSSORIAL (1º Par) (2P) - Presente em ORTHOPTERA (paquinha); COLEOPTERA (besouro rola-bosta; HEMIPTERA (percevejo-castanho, ninfa de cigarra), possui a função de cavar, fixação e manipulação (auxilia na reprodução) - AMBULATORIAL (3P) - Presente em HEMIPTERA (cigarra-adulto), perna típica, função de locomoção - RAPTATORIAL (1º Par) (4P) - Presente em MANTODEA (Louva-à-Deus); NEUROPTERA (Mantispidae); adaptação para predação e defesa - PREENSORA (1º Par) (5P) - Presente em HEMIPTERA (barata d’água); adaptação para captura de presas. - NATATORIAL (2º e 3º Par) (6P) - Presente em HEMIPTERA (barata d’água); adaptação para locomoção em meio aquático - COLETORA (3º Par) (7P) - Presente em HYMENOPTERA (abelhas eusociais e pseudosociais); adaptação para coletar pólen; em abelhas eusociais, a tíbia do 3º par e um segmento denominado BASITARSO apresenta é uma ausência de pêlos na face exterior, contendo pêlos apenas nas laterais, essa configuração recebe o nome de Corbícula; já em abelhas Pseudosociais, ambos basitarso e tíbia são recheados de pêlos para captura de pólen - LIMPADORA (1º Par) (8P) - Presentes em HYMENOPTERA (abelhas eusociais); adaptação para limpeza de antenas, entre o fim da tíbia e o começo do basitarso existe uma fenda, responsável por encaixar nas antenas e realizar o processo de limpeza. - ESCANSORIAL (1º, 2º, 3º Par) (9P) - Presente em ANOPLURA (piolhos); pernas feitas para se prenderem e se locomoverem por folículos capilares. TARSO = o tarso é composto de sub-unidades denominadas tarsômeros, insetos com 5 tarsômeros em cada tarso de cada par de perna possuem a fórmula tarsal 5-5-5, logo são denominados PENTÂMEROS (ex: COLEOPTERA); Insetos com a formula tarsal X-X-4 (último par com 4 tarsômeros) ou 4-4-4 (todos os pares com 4 tarsômeros cada) são insetos TETRÂMEROS; alguns coleópteros possuem um tarsômero embutido no fim da tíbia, logo são CRIPTOPENTÂMEROS; Insetos com a formula tarsal X-X-3 ou 3-3-3 são TRÍMEROS. PÓS-TARSO (10P) = após o último tarsômero existem estruturas denominadas pós-tarso, que são basicamente compostas de 2 PULVILHOS cujas extremidades são dotadas de uma garra-tarsal cada e um EMPÓDIO entre ambos pulvilhos; se esse empódio se assemelha à um pulvilho, ele recebe o nome de empódio pulviliforme. Em alguns pós-tarso pode haver a presença de polvilhos diminutos e garras tarsais desenvolvidas, com uma estrutura globosa entre elas denominada ARÓLIO. —————————————————————————————————————————————————————————————————————————— APARELHO BUCAL TIPOS DE APARELHO BUCAL: - MASTIGADOR (1B) - Presente em ORTHOPTERA, BLATTODEA, COLEOPTERA, MANTODEA, NEUROPTERA etc. Um aparelho bucal mastigador é composto de abro, epifaringe, mandíbula (cardo, estipe, lacínia, gálea e palpo maxilar), hipofaringe e lábio (sub-mento, mento, palpo labial) - SUGADOR LABIAL (2B) - Presente em DIPTERA (mosquitos; hexaqueta), HEMIPTERA (pulgões, tetraqueta), THYSANOPTERA (trípes, etiqueta “conhecido como sugador- raspador, mas esse termo é impreciso pois ele não raspa, o dano é quase celular, logo só na superfície da folha, dando a impressão que ela foi raspada), DIPTERA (moscas, diqueta, conhecido como “Esponjador” pois é incapaz de perfurar ou raspar, apenas friccionar contra a superfície e sugar) - SUGADOR MAXILAR (3B) - Presente em LEPIDOPTERA (borboletas e mariposas), onde a gálea da maxila se super-desenvolve, formando uma estrutura tubular denominada ESPIROTROMBA, capaz de se enrolar e esticar para sugar néctar e outros alimentos - LAMBEDOR (4B) - Presente em HYMENOPTERA (abelhas eusociais e psudosociais), onde a gálea da maxila é um pouco desenvolvida e os palpos labiais se estendem, formando entre eles uma GLOSSA, cuja ponta recebe o nome de FLABELO, cujo centro é o canal de alimentação DIREÇÃO DAS PEÇAS BUCAIS = de acordo com a posição relativa das peças bucais dos insetos em relação ao seu plano longitudinal mediano, pode-se classificá-lo como HIPOGNATA (5B-1), PROGNATA (5B-2) e OPISTOGNATA (5B-3) —————————————————————————————————————————————————————————————————————————— ANTENAS Antenas são estruturas geralmente localizadas na cabeça com funções basicamente sensoriais, uma antena típica é composta de um ESCAPO (encaixe com a cabeça), um PEDICELO (primeiro segmento, geralmente maior e mais largo que o restante) e um FLAGELO (segmentos restantes), os segmentos da antena são chamados de Antenômeros. A classificação de antenas foi baseada e considerada a partir da observação à olho-nu, logo, a observação por instrumentos pode levar à erros e ambiguidades em relação a real forma da antena TIPOS DE ANTENA: - FILIFORME(1T): uma antena cujos antenômeros possuem mais ou menos o mesmo comprimento e largura, formando um “fio” [ex: HYMENOPTERA (vespas); MANTODEA (Louva-à-Deus), HEMIPTERA (percevejos). - SETÁCEA(2T): antena cujos antenômeros próximos ao pedicelo são mais largos que os conseguintes, fazendo com que a antena se afile. - ESTILIFORME(3T): antena que começa grossa, mas se afina abruptamente, formando um estilo (parece um estilete), curvando-se nos últimos antenômeros. - CLAVADA(4T): antena cujos últimos antenômeros parecem o fim de uma clava (bola). - FUSIFORME(5T): antena cujos últimosantenômeros engrossam e se curvam, formando um “gancho”. - PECTINADA(6T): antena que se assemelha à uma pena, flabelos possuem extensões podendo possuir apenas um lado (Pectinada) ou em ambos lados (Bipectinada). - GENICULADA(7T): antena onde existe uma curva/desvio abrupta(o) entre o Escapo e o pedicelo, formando um “L”. - GENICULOCLAVADA(8T): antena composta em “L” com último antenômero em forma de clava. - LAMELADA(9T): antena cujos três últimos antenômeros se enlargam, formando expansões laterais, formando um “taco de golfe”. - GENICULOLAMELADA(10T): antena composta em “L” com três últimos antenômeros se enlargam, formando expansões laterais, formando um “taco de golfe”. - ARISTADA(11T): antena simples de moscas, extremamente pequena, cujo pedicelo de desenvolve exacerbadamente (parece um feijão), de onde sai um único filamento que é o flabelo (que pode apresentar pequenos pêlos). - PLUMOSA(12T): antena semelhante com a filiforme mas com pêlos em toda sua extensão, tem relação com o órgão de Johnson (relacionado com reprodução). - MONILIFORME(13T): semelhante à um cordão com contas, ou seja, com antenômeros arredondados, típicas do cupim. - SERREADA(14T): antena cujos antenômeros possuem expansões laterais que se assemelham com “serras” de um serrote. - IMBRICADA(15T): antena com antenômeros trapezoidais, cuja base maior de um se encaixa na base menor do seguinte. —————————————————————————————————————————————————————————————————————————— ABDOME TIPOS DE APÊNDICES ABDOMINAIS: - SIFÚNCULOS(1AB): presente em HEMIPTERAO STERNORRYNCHAsO, (pulgões), localizado entre as caudas, relacionado com a excreção das fezes açúcaradas - CERCOS(2AB): estruturas presentes na parte posterior do abdômen de baratas, suspeita-se que sua função seja sensorial; são presentes também e bem desenvolvidas em DERMAPTERA (tesourinha) cuja função é primariamente defesa - ESTILOS(3AB): estruturas presentes apenas em baratas macho, auxiliam na posição e fixação da fêmea durante a cópula. - FILAMENTOS CAUDAIS(4AB): presentes em EPHEMEROPTERA, função desconhecida. - PSEUDÓPODES(5AB): são “falsos-pés”, presentes mais comumente em larvas de LEPIDOPTERA, geralmente existem 3 pares de pernas toraicas nos três primeiros segmentos torácicos, 4 pseudópodes abdominais nos últimos segmentos do abdômen e um pseudópode anal - BRÂNQUIAS(6AB): em ninfas de EPHEMEROPTERA (chamadas de Náiades) os filamentos caudais são inexistentes, em seu lugar existem brânquias. - OVOPOSITOR(7AB): em vespas; especializada na ovoposição. TIPOS DE ABDOME: - LIVRE(1AB-1): de abelhas, pequena junção no fim do tórax e começo do abdome, facilita inoculação do ferrão - SÉSSIL(2AB-2): esclerotizado, pouco ou nenhum movimento entre tórax e abdome - PEDUNCULADO(3AB-3): de vespas, abdome alongado e bastante móvel, geralmente alargado no fim LARVAS As larvas fazem parte do clássico ciclo de vida dos insetos, apenas insetos holometábolos possuem estágio larval. Larvas são estágios com adaptações que visam em grande parte o consumo de alimento e estocagem de energia para uso na metamorfose e sobrevivência inicial do adulto. TIPOS DE LARVA: - ERUCIFORME(1L): larva típica, comum de LEPIDOPTERA, diversas cores vívidas, estruturas urticantes para defesa. - ESCARABEIFORME(2L): larva típica de coleóptera (escaravelhos), são branco-cremosas, de grande dimensão e corpo mole, possuem pernas próximas à cabeça para ajudar na escavação e locomoção no solo. - ELATERIFORME(3L): larvas de coloração branca-leitosa até castanho, possuem micropernas, quase vestigiais, que as auxiliam na locomoção limitada no solo, são típicas de COLEOPTERA. - CAMPODEIFORME(4L): larva altamente móvel com corpo esclerotizada, capaz de locomoção em grandes distâncias, são típicas de NEUROPTERA e COLEOPTERA. - BUPRESTIFORME(5L): larva grande, de cor leitosa e cabeça alargada, diferença clara em relação ao restante do corpo. - CERAMBICIFORME(6L): larva cuja cabeça ainda é alargada mas o restante do corpo se aproxima. - CURCULIONIFORME(7L): larva branco-leitosa, geralmente pequena em extensão, curvada, cujo cabeça quase não é visível. - VERMIFORME(8L): larva branco-leitosa à amarelada, cujo corpo se afila na parte posterior. —————————————————————————————————————————————————————————————————————————— PUPAS As pupas (erroneamente chamadas de casulo) são estágios pré- metamorfose, onde o inseto permanece praticamente imóvel (movimentos do abdome limitado) onde a larva ou ninfa passa a consumir a energia estocada e transformá-la em novas estruturas para o adulto, esse estágio é altamente vulnerável, por isso existem adaptações para proteção ou ocorrem em locais de difícil acesso. TIPOS DE PUPA: - EXARATA (Livre)(1PP): HYMENOPTERA, COLEOPTERA; são pupas que não secretam envoltório, simplesmente articulam seus apêndices e pernas em direção ao externo e permanecem nessa posição, sendo capazes apenas de mover seu abdome limitadamente - OBTECTA(2PP): pupa típica de LEPIDOPTERA, a ninfa ou larva secreta um envoltório de seda ou feita com materiais forrageados, que envolve o inseto, protegendo-o. Esse envoltório é denominado de Casulo, que pode ser uma simples camada translúcida frágil, ou um casulo opaco resistente - COARCTADA(3PP): larvas de DIPTERA, semelhante à obtecta, porém o envoltório não é constituído de seda, mas sim da exúvia deixada da última insta, na qual a pupa se abriga. —————————————————————————————————————————————————————————————————————————— OVOS TIPOS DE OVOS: - ISOLADOS(1O)|EM MASSA(2O)|PEDUNCULADOS (NEUROPTERA)(3O)|OOTECA (BLATTODEA, MANTODEA)(4O): IMAGENS
Compartilhar