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ESCOLA DA JURISPRUDENCIA DOS INTERESSES

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FACULDADE SUL AMERICANA – FASAM
Curso de Direito 
A JURISPRUDENCIA DOS INTERESSES
	Sávio Alencar Sedrim
Pollyanna Oliveira Santos
Isabella Araujo Miranda
Et al.
GOIÂNIA
2016
Integrantes do Grupo:
Sávio Alencar Sedrim, Pollyana Oliveira Santos, Amanda Karolyne de Oliveira Guimarães, Felipe Teodoro Petruci Lopes, Myslene Mellyse Fonseca de Liam Alves, Isabella Araujo Miranda, Laís Fróes Rodrigues Borges, Giovana Tavares.
A JURISPRUDENCIA DOS INTERESSES
Projeto de pesquisa apresentado à Disciplina de Hermenêutica para complemento da nota da Avaliação de N1, visando a compreensão da matéria estudada da referida disciplina do curso de Direito pela faculdade Fasam na orientação do professor J.A.S Cavalcante
	
GOIÂNIA
2016
“Cada ciência lança mão de determinados métodos, modos de proceder, no sentido da obtenção de respostas às questões por ela suscitadas. Quais são os métodos a que recorre à ciência do Direito?”
Karl Larenz (1997, p.1)
INTRODUÇÃO
A jurisprudência dos interesses foi a segunda subcorrente do positivismo jurídico, segundo a qual a norma escrita deve refletir interesses quando de sua interpretação e tamém foi um importante movimento em que a finalidade da norma sobressai como elemento decisivo para a solução do caso concreto. As características da Jurisprudência dos Interesses desencadearam novas funções para o juiz, sobretudo na interpretação da lei, na aplicação da lei e na integração de lacunas.
O QUE É JURÍSPRUDENCIA?
São regras gerais que se extraem das reiteradas decisões dos tribunais, com mesma decisão interpretativa. Sempre que questões jurídicas são decididas reiteradamente, no mesmo modo, temos o surgimento da Jurisprudência. Por ser fonte indireta do Direito, o juiz não fica vinculado a sua aplicação, mas terá nela importantes subsídios para decidir o caso que lhe foi apresentado. 
2. ESCOLA DA JURISPRUDÊNCIA DE INTERESSES
		A jurisprudência dos interesses como observaremos adiante, foi uma das correntes críticas do exegetismo (escola da Exegese). A crítica se deu devido à interpretação feita pela escola da exegese, que não era compatível com a realidade dos tempos modernos devido ao processo evolutivo das nações. Não era admissível, que uma sociedade em constante mudança por causa dos fatos sociais, permanecesse com uma interpretação literal do texto legal, deduzindo o sentido oculto da lei pela lógica. A ideia concebida por Heck é que o direito é um processo de tutela de interesses: as normas como resultantes dos interesses de ordem material, nacional, religiosa ou ética que em cada comunidade jurídica se contrapões uns aos outros e lutam pelo seu reconhecimento, enquanto meras soluções valorosas de conflitos de interesses.
2.2 TESES DA ESCOLAS DA JURISPRUDENCIA
Ensina João Baptista Herkenhoff que a Escola da Jurisprudência de Interesses surgiu na Alemanha, tendo como grande defensor Philipp Heck. Quanto a idéia defendida pela Escola da Jurisprudência de Interesses, seus seguidores argumentavam que o trabalho hermenêutico deve se pautar pela investigação dos interesses e, de forma alguma, pelo raciocínio lógico dedutivo. Consoante ensinamento de Philip Heck:
 “Ao editar uma lei, o legislador colima proteger os interesses de um determinado grupo social. As normas jurídicas constituem assim juízos de valor a respeito desses interesses. O Juiz, quando profere sentença, deve, ante o caso concreto, descobrir o interesse que o legislador quis proteger, isto é, que interesse dos grupos sociais antagônicos deve prevalecer, ou mesmo, se esses interesses devem ser sobrepostos pelos da comunidade como um todo”.
Segundo João Baptista Herkenhoff, a Escola da Jurisprudência de Interesses se fundamenta em duas idéias:
1ª) O Juiz está obrigado a obedecer ao Direito Positivo. A função do juiz consiste em proceder ao ajuste de interesses, em resolver conflitos de interesses, do mesmo modo que o legislador. A disputa entre as partes apresenta um conflito de interesse. A valoração dos interesses levada a cabo pelo legislador deve prevalecer sobre a valoração que o juiz pudesse fazer segundo seu critério pessoal.
2ª) As leis apresentam-se incompletas, inadequadas e até contraditórias, quando confrontadas com a riquíssima variedade de problemas que os fatos sociais vão suscitando, no decorrer dos dias. O legislador deveria esperar do juiz não que obedecesse literal e cegamente as palavras da lei, mas, pelo contrario, que expandisse os critérios axiológicos nos quais a lei se inspira, conjugando-os com os interesses em conflito. A função do juiz não se deve limitar a subsumir os fatos as normas: compete-lhe também construir novas regras para as situações que a lei não regulou e, ainda, corrigir as normas deficientes. Em suma, o juiz deve proteger a totalidade dos interesses que o legislador considerou digno proteção. E protegê-los, em grau de hierarquia, segundo estimativa do legislador.
CONCLUSÃO
Os tribunais devem decidir com uma certa flexibilidade, deveriam evitar solução subjetiva. Heck inssite no dever de obediencia dos dos juízes à lei, só que esta obediencia deve ser uma obediencia inteligente, levando em consideração a situação social no momento da decisão, sendo que o legislador limita-se a dar orientações gerais e nunca oferece uma resposta concrata. O juiz aplica uma lei, deve fazer um trabalho de adequação desta a situação que lhe é submetida.

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