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110 NBR 8800/86 ANEXO A MATERIAIS A-1 GENERALIDADES A-1.1 As recomendações deste Anexo aplicam-se aos materiais normalmente empregados na construção em aço, incluindo os aços estruturais propriamente ditos, aços fundidos e forjados, parafusos e seus acessórios, metal de solda e conectores de cisalhamento. A-1.2 A substituição de qualquer material feita durante a fase de fabricação ou de montagem deverá ter obrigatoriamente a aprovação do responsável pelo projeto. A-2 AÇOS ESTRUTURAIS O aço estrutural a ser empregado na estrutura sob a forma de perfis, chapas, tubos ou barras deverá ser novo, devendo o comprador especificar o grau de corrosão aceitável para a superfície do aço, A, B, C ou D: A - Superfícies inteiramente cobertas por escamas de laminação aderentes à superfície, apresentando pouco ou nenhum sinal de corrosão. B - Superfícies que apresentam início de corrosão e perda de escamas de laminação. C - Superfícies que já perderam toda a escama de laminação ou que possuem escamas facilmente removíveis, apresentando também poucos poros varioliformes visíveis a olho nu. D - Superfícies que já perderam toda a escama de laminação, apresentando um número considerável de poros varioliformes visíveis a olho nu. Para especificações mais detalhadas sobre aparência e acabamento de superfícies, consultar a norma SSPC-Vis 1 "Pictorial Surface Preparation Standards for Painting Steel Structures" (Steel Structures Painting Council), ou a norma S1S 05 59 00 da Swedish Standards Association. Ensaios de impacto e de resistência à fratura frágil só precisam ser solicitados quando as condições de serviço da estrutura exigirem. A-2.1 Propriedades mecânicas usadas no cálculo Na Tabela 21 são dados os limites de escoamento e a resistência à tração para os aços mencionados no item 4.6.2. fu M Pa 41 5 45 0 f y M Pa 30 0 34 5 N BR 50 00 Ch a pa s gr o ss as de a ço de ba ix a lig a e a lta re si st ên ci a m e câ n ic a Cl a ss e/ gr a u G - 30 G - 35 f u M Pa 37 0 40 0( A) 41 0( B) f y M Pa 24 0 26 0 N BR 66 49 / N BR 66 50 Ch ap a s fin a s de aç o ca rb o n o pa ra u so e st ru tu ra l (a fri o /a qu e n te ) Cl a ss e / gr au CF - 24 CF - 26 f u M Pa 38 0 41 0 f y M Pa 23 5 25 5 N BR 66 48 Ch a pa s gr o ss a s de a ço ca rb on o pa ra u so e st ru tu ra l Cl as se / gr a u CG - 24 CG - 26 f u M Pa 40 0 41 5 45 0 48 5 f y M Pa 25 0 29 0 34 5 34 5 TA B EL A 21 A ço s A B N T pa ra u so s es tr u tu ra is pe rfi s, ch ap as e tu bo s( C) N BR 70 07 Aç os pa ra pe rfi s la m in ad o s pa ra u so e st ru tu ra l Cl as se / gr a u M R - 25 0 AR - 29 0 AR - 34 5 AR - CO R - 34 5- A o u B fu M Pa 40 0 42 7 Se çã o qu ad ra da o u re ta n gu la r f y M Pa 31 7 34 5 f u M Pa 40 0 42 7 Se çã o ci rc u la r f y M Pa 29 0 31 7 N BR 82 61 Pe rfi l t u bu la r de a ço ca rb on o , fo rm a do a fri o, co m e se m co st u ra , de se çã o ci rc u la r, qu a dr ad a o u re ta n gu la r, pa ra u so s es tru tu ra is . Cl a ss e / g ra u B C f u M Pa 45 0 48 0 f y M Pa 31 0 34 0 N BR 59 20 / N BR 59 21 Ch a pa s fin a s de a ço de ba ix a e al ta re si s- tê n ci a m e câ n ic a, re si st ên ci a à co rr os ão a tm o sf ér ic a, pa ra u so s e st ru tu ra is (a fri o / a qu e n te ). Cl as se / g ra u La m in ad os a fri o / bo bi n as a qu e n te La m in ad os a qu e n te (nã o fo rn e ci da s e m bo bi n as ) f u M Pa 48 0 46 0 43 5 f y M Pa 34 5 31 5 29 0 Fa ix a de es pe s- su ra t 19 19 < t 40 40 < t 10 0 N BR 50 08 Ch ap a s gr os sa s de a ço de ba ix a e al ta re si st ên ci a m e câ n ic a , re si st ên ci a à co rr o sã o a tm os fé ric a , pa ra u so s e st ru tu ra is . Cl a ss e / gr au 1, 2 e 2A f u M Pa 41 0 45 0 f y M Pa 31 0 34 0 (A ) La m in a do s a fri o (B ) La m in a do s a qu e n te (C ) Li m ita çõ es de e sp e ss u ra : ve r n or m a co rr e sp o n de n te N BR 50 04 Ch ap as fin a s de a ço de ba ix a lig a e a lta re si st ên ci a m e câ n ic a Cl a ss e/ gr a u F- 32 /Q - 32 F- 35 /Q - 35 112 NBR 8800/86 A-2.2 Aços ASTM de uso permitido por esta Norma - Limite de escoamento e resistência à tração (ver Tabela 22) TABELA 22 Limites de escoamento e resistência à tração Classificação Denominação Produto Grupo / grau fy MPa fu MPa Perfis Todos os grupos Chapas t 200 mm A-36 Barras t 100 mm 250 400 a 550 Grau 40 280 380 Aços - carbono A-570 Chapas Todos os grupos Grau 45 310 410 Grupos 1 e 2 345 485 Perfis Grupo 3 315 460 t 19 345 485 19 < t 38 315 460 38 < t 100 290 435 A-441 Chapas e Barras 100 < t 200 275 415 Grau 42 290 415 Perfis Todos os grupos Grau 50 345 450 Grau 42 (t 150) 290 415 Aço de baixa liga e alta resistência mecânica A-572 Chapas e barras Grau 50 (t 50) 345 450 Grupos 1 e 2 345 480 Perfis Grupo 3 315 460 t 19 345 480 19 < t 38 315 460 A-242 Chapas e Barras 38 < t 100 290 435 Perfis Todos os grupos 345 485 t 100 345 485 100 < t 127 315 460 Aços de baixa liga e alta resistência mecânica resis- tentes à corrosão atmosférica A-588 Chapas e Barras 127 < t 200 290 435 Notas: a) Grupamento de perfis estruturais para efeito de propriedades mecânicas: a.1) Perfis "I" de abas inclinadas, perfis "U" e cantoneiras com espessura menor ou igual a 19mm - GRUPOS 1 e 2; a.2) Cantoneiras comespessura maior que 19mm - GRUPO 3; b) Para efeito das propriedades mecânicas de barras, a espessura "t" corresponde à menor dimensão da seção transversal da barra. A-2.3 Outros aços estruturais Permite-se ainda o uso de outros aços estruturais, além dos anteriores, desde que tenham fy 450 MPa, fu/fy 1,25 e que o responsável pelo projeto analise as diferenças entre as especificações destes aços e dos já mencionados e, principalmente, as diferenças entre os métodos de amostragem usados na determinação das suas propriedades mecânicas. A-3 AÇOS FUNDIDOS E FORJADOS Quando for necessário o emprego de elementos estruturais fabricados de aço fundido ou forjado, devem ser obedecidas as seguintes especificações: a) NBR 6313, tipos AF-422O e AF-4524 "Peça fundida de aço-carbono para uso geral" b) NBR 7242, tipo AF-5534; "Peça fundida de aço de alta resis- tência para fins estruturais. c) ASTM 668 "Peças forjadas de aço-carbono e aço- liga para uso industrial em geral 113 NBR 8800/86 A-4 PARAFUSOS E BARRAS REDONDAS ROSQUEADAS As especificações indicadas na Tabela 23 são aplicáveis a parafusos e a barras redondas rosqueadas usadas como tirantes ou como chumbadores. Elementos fabricados de aço temperado não devem ser soldados, nem aquecidos para facilitar a montagem. TABELA 23 Materiais usados em parafusos e barras redondas rosqueadas Especificação Limite de escoam ento (MPa) Resistência à tração (MPa) Diâmetro máximo (mm) Tipo de material(B) ASTM A 307 - 415 100 C ISO 898 classe 4.6 235 390 36 C ASTM A 325(A) 635 560 825 725 12,7 d 25,4 25,4 < d 38,1 C,T Pa ra fu so s ASTM A 490 895 1035 12,7 d 38,1 T ASTM A 36 250 400 100 C Ba rr as ro sq u ea da s ASTM A 588 345 485 100 ARBL RC (A) Disponíveis também com resistência à corrosão atmosférica comparável à dos aços AR-COR-345 Graus A e B ou à dos aços ASTM A588. (B) C = carbono T = temperado ARBL RC = alta resistência e baixa liga, resistente à corrosão. A-5 CONECTORES DE CISALHAMENTO TIPO PINO COM CABEÇA, CONFORME AWS D 1.1 82 CAP. 7 A-5.1 Os conectores de cisalhamento do tipo pino com cabeça, usados na construção mista aço-concreto, devem ter forma adequada para que sejam soldados aos perfis de aço por meio de equipamentos de solda automática. A-5.2 As propriedades mecânicas para conectores de pequeno diâmetro estão indicadas na Tabela 24. TABELA 24 Propriedades mecânicas Propriedades mecânicas Tipo B (A) Resistência à tração Limite de escoamento Alongamento Redução de área 415 MPa 345 MPa 20% mín. 50% mín. (A) Os conectores tipo B são encontrados com diâmetros de 12,7-15,9-19-22,2 A-5.3 As resistências nominais de conectores tipo pino com cabeça, usados em lajes de concreto maciças, em kN, estão indicadas na Tabela 25 para várias resistências do concreto 114 NBR 8800/86 TABELA 25 - Resistências nominais Dimensões do conector soldado Peso específico do concreto Resistência nominal (qn) em kN para várias resistências do concreto Diâmetro (mm) Comprimento mínimo (mm) kN/m3 18 MPa 21 MPa 24 MPa 27 MPa 12,7 51,0 25,0 18,5 40,1 32,0 45,0 35,9 49,2 39,7 52,1 43,4 15,9 63,5 25,0 18,5 62,9 50,1 70,6 56,2 78,0 62,2 81,5 68,0 19,0 76,0 25,0 18,5 89,8 71,6 100,8 80,4 111 88,9 117 97,1 22,2 89,0 25,0 18,5 122 97,8 138 110 151 121 160 133 Nota: Esta Tabela é aplicável a lajes maciças de concreto, desde que o comprimento do conector soldado seja igual ou superior a quatro vezes seu diâmetro e que a face inferior da laje seja plana e diretamente apoiada sobre a viga de aço. /ANEXO B 115 NBR 8800/86 ANEXO B AÇÕES B-1 ESCOPO As recomendações constantes deste Anexo são aplicáveis ao dimensionamento de estruturas de aço para edifícios sujeitas às exigências mínimas das NBR 6120, NBR 6123 e NBR 8681. B-2 CARGAS PERMANENTES As cargas permanentes consistem de: a) peso próprio dos elementos da estrutura; b) pesos de todos os elementos da construção permanentemente suportados pela estrutura, tais como pisos, paredes fixas, coberturas, forros, escadas, revestimentos, acabamentos etc.; c) pesos de instalações, acessórios e equipamentos permanentes, tais como tubulações de água, esgoto, águas pluviais, gás, dutos e cabos elétricos; d) quaisquer outras ações de caráter praticamente permanente ao longo da vida da estrutura. B-2.2 Pesos de materiais de construção Para efeito de projeto, ao se determinarem as cargas permanentes, devem ser tomados os pesos reais dos materiais de construção que serão usados, sendo que, na ausência de informações mais precisas, os valores adotados devem ser os indicados na NBR 6120. B-3 CARGAS VARIÁVEIS B-3.1 Definição Cargas variáveis são aquelas que resultam do uso e ocupação do edifício ou estrutura, tais como: sobrecargas distribuídas em pisos devidas ao peso de pessoas, objetos e materiais estocados, cargas de equipamentos, elevadores, centrais de ar condicionado, equipamentos industriais, pontes rolantes, peso de paredes removíveis, sobrecargas em coberturas etc.; são também consideradas cargas variáveis os empuxos de terra, as pressões hidrostáticas, o vento, a variação de temperatura, os recalques de fundações, as deformações impostas etc. B-3.2 Valores nominais Devem ser obtidos das normas citadas em B-1 e das especificações do cliente, complementadas pelas informações a seguir e por outras informações, tais como resultados de ensaios, boletins meteorológicos, especificações de fabricantes equipamentos, etc. B-3.3 Cargas concentradas Em pisos, coberturas e outras situações similares, deve ser considerada, além das cargas variáveis distribuídas, uma carga concentrada aplicada na posição mais desfavorável, de intensidade compatível como uso da edificação. Por exemplo: peso de telhas carregadas, ação de um macaco para veículo, peso de uma ou duas pessoas 116 NBR 8800/86 em terças de cobertura ou em degraus etc. Esta carga concentrada será superposta às cargas variáveis distribuídas, se necessário. B-3.4 Carregamento parcial Deve ser considerado o valor máximo da carga variável, aplicado a uma parte da estrutura ou da barra, se o efeito produzido for mais desfavorável que aquele resultante da aplicação sobre toda a estrutura ou barra, de uma carga de mesmo valor. B-3.5 Impacto B-3.5.1 As cargas variáveis, em alguns casos, já incluem os efeitos normais de impacto. Entretanto, devem ser considerados no projeto, além dos valores estáticos das cargas, também os efeitos dinâmicos e/ou impactos causados por elevadores, equipamentos, pontes rolantes etc., caso isto seja desfavorável. B-3.5.1.1 Elevadores Todas as cargas de elevadores devem ser acrescidas de 100%, a menos que haja especificação em contrário, para levar em conta o impacto, devendo seus suportes ser dimensionados dentro dos limites de deformação permitidos pelas normas de elevadores. B-3.5.1.2 Equipamentos Para levar em conta o impacto, o peso de equipamentos e cargas móveis deve ser majorado; para os casos a seguir, podem ser usadas as majorações indicadas, caso não haja especificação em contrario: a) equipamentos leves cujo funcionamento é caracterizado fundamentalmente por movimentos rotativos; talhas.........................................20%; b) equipamentos cujo funcionamento é caracterizado fundamentalmente por movimentos alternativos; grupos geradores ................50%. B-3.5.1.3 Pontes rolantes As estruturas que suportam pontes rolantesdevem ser dimensionadas para o efeito das cargas de projeto, majoradas para levar em conta o impacto, se este for desfavorável, e considerando forças horizontais, como a seguir indicado, caso não haja especificação em contrário: a) a majoração das cargas verticais das rodas é de 25%; b) a força transversal ao caminho de rolamento, a ser aplicada no topo do trilho, de cada lado (ver Nota), deve ser igual ao maior dos seguintes valores: - 10% da soma da carga içada com o peso do trole e dos dispositivos de içamento; - 5% da soma da carga içada com o peso total da ponte incluindo trole e dispositivos de içamento; - uma porcentagem da carga içada, variável de acordo com o tipo e a finalidade da ponte (ver, p.ex., AISE nº. 13 - 1979); c) a força longitudinal ao caminho de rolamento, a ser aplicada no topo do trilho, integralmente de cada lado, quando não determinada de forma mais precisa, deve ser igual a 20% da soma das cargas máximas das rodas motoras e/ou providas de freio; 117 NBR 8800/86 d) a força devida ao choque da ponte rolante com o batente deve ser determinada pela teoria de choque Nota: Nos casos em que a rigidez horizontal transversal da estrutura de um lado do caminho de rolamento difere da do lado oposto, a distribuição das forças transversais deve ser proporcional à rigidez de cada lado, usando-se o dobro das porcentagens anteriores como carga transversal total a ser distribuída, B-3.5.1.4 Pendurais Caso não haja especificação em contrário, cargas variáveis (inclusive sobrecarga) em pisos e balcões suportados por pendurais devem ser majorados de 33% para levar em conta o impacto. B-3.6 Sobrecargas em coberturas B-3.6.1 Coberturas comuns Nas coberturas comuns, não sujeitas a acúmulos de quaisquer materiais, e na ausência de especificação em contrário, deve ser prevista uma sobrecarga nominal mínima de 0,25 kN/m2, em projeção horizontal. B-3.6.2 Casos especiais Em casos especiais a sobrecarga na cobertura deve ser determinada de acordo com a finalidade da mesma. B-4 VENTO B-4.1 Generalidades B-4.1.1 A ação do vento deve ser determinada de acordo com a NBR 6123 para o sistema principal resistente à ação do vento, para elementos individuais da estrutura e para os fechamentos, B.4.1.2 Para a determinação do carregamento e da resposta de estruturas de geometria irregular, flexíveis (ver B-4.2), ou de localização incomum, devem ser feitos ensaios em túneis de vento. B-4.2 Estruturas de edifícios cuja altura não ultrapassa 5 vezes a menor dimensão horizontal (estrutural) nem 50 m podem, na maioria dos casos, ser consideradas rígidas, podendo-se supor que o vento é uma ação estática. Nos demais casos e nos casos de dúvida, a estrutura será considerada flexível, devendo ser levados em conta os efeitos dinâmicos do vento. /ANEXO C 118 NBR 8800/86 ANEXO C VALORES MÁXIMOS RECOMENDADOS PARA DEFORMAÇÕES C-1 GENERALIDADES C-1.1 O objetivo deste Anexo é o de estabelecer critérios de projeto relativos aos valores máximos recomendados para deformações elásticas verticais e horizontais C-1.2 Na Tabela 26 são dados os valores máximos recomendados para algumas situações de ocorrência freqüente em edifícios, bem como as ações a serem usadas no das deformações. Como se trata de estado limite de utilização, devem ser usados valores nominais das ações. Os valores recomendados podem ser ligeiramente alterados, em função do tipo e da ocupação do edifício, em casos especiais. Para construções temporárias, por exemplo, tais valores podem ser um pouco aumentados e, para locais sensíveis a deformações, tais como salas de cirurgia, laboratórios etc. devem ser reduzidos. C-1.3 Para edifícios dotados de paredes externas e divisórias de alvenaria, a ação (pressão) do vento utilizada para cálculo das deformações pode ser reduzida em relação ao valor usado para a verificação de estados limites últimos; esta redução, entretanto, não pode ser superior a 15%. Notas: a) Outras deformações, não citadas na Tabela 26, podem também ter que ser limitadas. b) Deformações horizontais admissíveis para edifícios industriais variam consideravelmente em função de fatores como tipos de parede, altura do edifício, efeito da deformação na operação das pontes rolantes e de outros equipamentos, etc. Para pontes rolantes ou outros equipamentos sensíveis a essas deformações, o limite de 1/400 da altura pode ter que ser reduzido. 119 NBR 8800/86 TABELA 26 - Valores máximos recomendados para deformações Ações a considerar: Sobrecarga Barras biapoiadas suportando elementos de cobertura inelásticos.............................................. 240 1 do vão Sobrecarga Barras biapoiadas suportando elementos de cobertura elásticos................................................. 180 1 do vão Sobrecarga Barras biapoiadas suportando pisos...................... 360 1 do vão Cargas máximas por roda (sem impacto) Vigas de rolamento biapoiadas para pontes rolantes com capacidade de 200 kN ou mais........ 800 1 do vão D ef o rm a çõ es ve rti ca is Cargas máximas por roda (sem impacto) Vigas de rolamento biapoiadas para pontes rolantes com capacidade inferior a 200 kN............ 600 1 do vão Força transversal da ponte Vigas de rolamento biapoiadas para pontes rolantes................................................................... 600 1 do vão Ed ifí ci o s in du st ria is D e fo rm a çõ e s ho riz o n ta is Força transversal da ponte ou vento Deslocamento horizontal da coluna, relativo à base (ver nota b)................................................... 400 1 a 200 1 da altura Sobrecarga Barras biapoiadas de pisos e coberturas, suportando construção e acabamentos sujeitos à fissuração............................................................... 360 1 do vão D ef o rm a çõ es ve rti ca is Sobrecarga Idem, não sujeitos à fissuração.............................. 300 1 do vão Vento Deslocamento horizontal do edifício, relativo à base, devido a todos os efeitos.............................. 400 1 da altura do edifício Vento Deslocamento horizontal relativo entre dois pisos consecutivos, devido à força horizontal total no andar entre os dois pisos considerados, quando fachadas e divisórias (ou suas ligações com a estrutura) não absorverem as deformações da estrutura................................................................. 500 1 da altura do andar O u tro s ed ifí ci o s De fo rm a çõ e s ho riz o n ta is Vento Idem, quando absorverem..................................... 400 1 da altura do andar /ANEXO D 120 NBR 8800/86 ANEXO D RESISTÊNCIA AO MOMENTO FLETOR D-1 GENERALIDADES D-1.1 Este Anexo aplica-se a vigas não esbeltas, sujeitas à flexão normal simples com seções e eixos de flexão conforme indicado na Tabela 27. Por definição, vigas não esbeltas são aquelas cujos elementos (almas ou mesas) perpendiculares ao eixo de flexão tem índice de esbeltez inferior ou igual a r ( e r definidos na Tabela 27 para o estado limite FLA). Para efeito deste Anexo o estado limite FLA aplica-se aos elementos perpendiculares ao eixo de flexão, independentemente de seu nome convencional ser alma ou mesa. Nota: Para limitação ver item 5.1.1.3. D-1.2 Para vigas esbeltas ( > r para FLA) com seções "I" duplamente simétricasou simétricas apenas em relação ao plano médio da alma, fletidas em relação ao eixo perpendicular à alma, ver Anexo F. Nota: No caso de seções "I" monossimétricas, para aplicar-se o Anexo F, é necessário que a maior tensão normal na alma, devida ao momento fletor, seja de tração. D-2 RESISTÊNCIA DE CÁLCULO D-2.1 A resistência de cálculo ao momento fletor de vigas não esbeltas é " bMn" onde b = 0,90 e "Mn" é a resistência nominal calculada conforme D-2.2 e D-2.3. n D-2.2 Para seções cheias, podendo ser redondas, quadradas ou retangulares fletidas em relação ao eixo de menor inércia (ver itens 5.4.1.3 e 5.4.4) Mn = Mp D-2.3 Para as seções e correspondentes eixos de flexão indicados na Tabela 27, Mn é o menor dos três valores obtidos, considerando os estados limites FLT, FLM e FLA. Para cada um destes estados limites, exceto para seções "T" tem-se (ver item 5.4.1.3): a) Mn = Mp , para p ou para estados limites não aplicáveis (ver estados limites aplicáveis na Tabela 27); b) rp pr p rppn para ,)MM(MM c) Mn = Mcr, para > r (não aplicável a FLA) No caso de seções "T" para cada um dos três estados limites tem-se: Mn = Mr, para Mcr Mr ou r Mn = Mcr, para Mcr < Mr ou > r (não aplicável a FLA) 121 NBR 8800/86 Para este anexo valem as seguintes notações: FLA = flambagem local da alma FLM = flambagem local da mesa comprimida FLT = flambagem lateral com torção A = área da seção transversal Ac = área da mesa comprimida Af = área da mesa At = área da mesa tracionada Aw = área da alma = htw Cb = ver item 5.4.5 Cw = constante do empenamento da seção D = diâmetro externo do tubo Ic = momento de inércia da mesa comprimida em relação a um eixo no pIano médio da alma If = momento de inércia da mesa em relação a um eixo no plano médio da alma IT = momento de inércia a torção It = momento de inércia da mesa tracionada em relação a um eixo no plano médio da alma Ix = momento de inércia da seção em relação ao eixo de flexão Lb = distância entre duas seções contidas lateralmente Mcr = momento fletor de flambagem elástica Mp = momento fletor de plastificação total da seção = Zfy Mr = momento fletor correspondente ao início do escoamento (incluindo tensões residuais em alguns casos) W = módulo resistente (mínimo) elástico da seção, relativo ao eixo de flexão Wc = módulo resistente elástico do lado comprimido da seção, relativo ao eixo de flexão Wt = módulo resistente elástico do lado tracionado da seção, relativo ao eixo de flexão Z = módulo resistente plástico da seção, relativo ao eixo de flexão bc = largura da mesa comprimida b = relação entre largura e espessura aplicável à mesa do perfil; no t caso de perfis "I" com um eixo de simetria, "b/t" refere-se à mesa comprimida. Ver Tabela 1 e itens 5.1.2.2.1, 5.1.2.2.2 e 5.1.2.2.3, para definições de "b" e "t" em cada caso d = altura externa da seção, medida perpendicularmente ao eixo de flexão fr = tensão residual = 70 MPa h = altura da alma, entre as faces internas das mesas h1 = distância do centro de gravidade da seção até o centro da mesa h2 = distância do centro de gravidade da seção até a borda livre da alma distância do centro de gravidade da seção até o centro da mesa comprimida hc = distância do centro de gravidade da seção até o centro da mesa tracionada ry = raio de giração da seção em relação ao eixo principal de inércia perpendicular ao eixo de flexão tf = espessura da mesa tw = espessura da alma yc = distância do centro de gravidade da seção até a face interna da mesa comprimida y0 = distância entre o centro de gravidade e o centro de cisalhamento da 122 NBR 8800/86 seção; para perfis "I", y0 é positivo quando o centro de cisalhamento estiver situado entre o centro de gravidade e a mesa comprimida, e negativo em caso contrário; para perfis "T", y0 é positivo quando a mesa for comprimida, e negativo em caso contrário. = parâmetro de esbeltez p = valor de para o qual a seção pode atingir Mp r = valor de para o qual Mcr = Mr /TABELA 27 TABELA 27 Parâmetros referentes à resistência nominal ao momento fletor Tipo de seção e eixo de flexão Estados limites aplicáveis Momento fletor limite de flam- bagem elástica (Mr) Momento fletor de flambagem elástica (Mcr) Parâmetros de esbeltez ( ) p r FLT seções com dois eixos de simetria e perfis "U" (fy fr) W 221b 1 C y b r L yf E75,1 Ver nota (a) FLT seções "I" com um eixo de simetria (fy fr) Wc ou fy Wt (o que for menor) Ver nota (b) c b b 12L yf E50,1 Valor de para o qual Mcr = Mr FLM (fy fr) Wc ou fy Wt (o que for menor) 2 E67,0 Wc "b/t" yf E38,0 y c f EW82,0 Perfis "I" e "H" com dois eixos de simetria ou com um eixo de simetria no plano médio da alma, e perfis "U" não sujeitos à torção; todos fletidos em torno do eixo de maior inércia FLA fy W w c w t y2 ou t h Ver nota(d) yf E50,3 yf E6,5 FLA fy W "b/t" yf E38,0 yf E55,0 Perfis "I" e "H" com dois eixos de simetria, e perfis "U" todos fletidos em torno do eixo de menor inércia FLM ver nota (e) (fy fr) Wc ou fy Wt (o que for menor) Wef . fy Ver nota (c) h/tw yf E12,1 Valor de para o qual Mcr = Mr TABELA 27 Parâmetros referentes à resistência nominal ao momento fletor continuação Tipo de seção e eixo de flexão Estados limites aplicáveis Momento fletor limite de flam- bagem elástica (Mr) Momento fletor de flambagem elástica (Mcr) Parâmetros de esbeltez ( ) p r Barras de seção cheia retangular fletidas em torno do eixo de inércia FLT fy W AI EC95,1 T b y b r L AI M E13,0 T p AI M EC95,1 T r b FLT (fy fr) W AIEC95,1 Tb y b r L AI M E13,0 T p AI M EC95,1 T r b FLM (fy fr) W Wef . fy Ver nota (c) b/t yf E12,0 Valor de para o qual Mcr = Mr Perfis "I" e "H" com dois eixos de simetria, e perfis "U" todos fletidos em torno do eixo de menor inércia FLA fy W h/tw yf E50,3 yf E6,5 TABELA 27 Parâmetros referentes à resistência nominal ao momento fletor continuação Tipo de seção e eixo de flexão Estados limites aplicáveis Momento fletor limite de flam- bagem elástica (Mr) Momento fletor de flambagem elástica (Mcr) Parâmetros de esbeltez ( ) p r FLT fy W Ver nota (b) - - FLM Ver nota (f) fy W 2 cEW67,0 b/t - Perfis "T", com um eixo de simetria no plano médio da alma, fletidos em trono do eixo perpendicular à alma. FLA fy W - d/tw - yf E74,0 Perfis tubulares de seção circular FLA (Flambagem local da parede do tubo) fy W - D/t yf E087,0 yf E11,0 Notas: (a) T 2 f T 2 f 2 2 T1 2 r2 1 2 2 r 1b r I )td(A415,6 I )td(A . G4 E AIGE :Onde M C 411 M C707,0 b (b) 2 y b 22 y b b1 cr r LB11 r L CBM Para perfis "I" o sinal (+) se aplica quando Bx for positivo e o sinal (-) quando Bx for negativo. Para perfis "T" o sinal (+) se aplica quando a mesa for comprimida, e o sinal (-) quando for tracionada. )0C ,"T" perfis (para ABL C4 EAB GI4B 2 EABB w2 x 2 b w 2 x 2 T 2 x 2 1 Para perfis "I": 4 c 4 t w2 cccc 2 tttt x 0x hh4 thAIhhAIhI 1y2B Para perfis "T": f 3 1f1 4 1 4 2 w x 0x AhIhhh4 t I 1y2B (c) Wef é o módulo de resistência (mínimo elástico, relativo ao eixo de flexão, para uma seção que tem uma mesa comprimida (ou alma comprimida no caso de perfil "U" fletido em relação ao eixo de menor inércia) de largura igual a "bef", dada por: b f t b 1731 f t862b y y ef , para seção caixão quadrada ou retangular de espessura uniforme b f t b 1521 f t862b y y ef , para demais seções Nas expressões anteriores bef e b têm a mesma unidade de t , e a unidade de fy é MPa. (d) O valor "2yc/tw" aplica-se somente aos perfis "I" com um eixo de simetria, quando a maior tensão normal na alma, devido à flexão, for compressão; para este caso devem ser obedecidas as seguintes relações: ctw ctw AAA )AA(3A (e) Neste caso o estado limite FLM aplica-se só à alma do perfil U , quando comprimida pelo momento fletor. (f) Aplicável somente quando a mesa for comprimida. /ANEXO E 128 NBR 8800/86 ANEXO E ELEMENTOS ESBELTOS COMPRIMIDOS E-1 GENERALIDADES Barras axialmente comprimidas, cujas seções contêm elementos com relações b/t superiores às dadas na Tabela 1 para seções classe 3 solicitadas por força normal, (exceto tubos de seção circular, para os quais este caso não é previsto por esta Norma) têm o coeficiente Q (ver item 5.3.4) dado por: Q = Qs x Qa Qs e Qa são coeficientes que levam em conta a flambagem local de elementos não enrijecidos (ver 5.1.2.2.1) e enrijecidos (ver 5.1.2.2.2), respectivamente, definidos a seguir. E-2 ELEMENTOS COMPRIMIDOS NÃO ENRIJECIDOS Os valores de Qs a serem usados são os seguintes: a) cantoneiras simples ou duplas ligadas de forma intermitente: y 2 y s yy y s f E90,0 t b para , t bf E52,0Q f E90,0 t b f E0,44 para , E f t b77,034,1Q b) chapas ou abas em projeção de cantoneiras ligadas continuamente com pilares ou outros elementos comprimidos; mesas de perfis "I", "U" ou "H": y 2 y s yy y s f E02,1 t b para , t bf E67,0Q f E02,1 t b f E0,55 para , E f t b76,034,1Q c) almas de tês; 129 NBR 8800/86 y 2 y s yy y s f E02,1 t b para , t bf E67,0Q f E02,1 t b f E0,74 para , E f t b24,191,1Q Onde: "b" e "t" são a largura e a espessura do elemento, respectivamente (ver Tabela 1 e itens 5.1.2.2.1 a 5.1.2.2.3) Elementos não enrijecidos de perfis "U" e "T", cujas relações "b/t" ultrapassem os limites indicados na Tabela 1 para seções classe 3 sujeitas à força normal, devem também obedecer às limitações dadas na Tabela 28. TABELA 28 Limitações para perfis "U" e "T" Perfil Relação entre a largura total da mesa e a altura do perfil Relação entre as espessuras da mesa e da alma 0,25 3,0 Perfis "U" laminados ou soldados 0,50 2,0 Perfis "T" soldados 0,50 1,25 Perfis "T" laminados 0,50 1,10 E-3 ELEMENTOS COMPRIMIDOS ENRIJECIDOS E-3.1 Quando a relação largura/espessura de um elemento comprimido enrijecido ultrapassa os valores indicados na Tabela 1 para seções classe 3 sujeitas à força normal, deve ser determinada uma largura efetiva "bef" para esse elemento, como indicado a seguir: a) em mesas de seção caixão, quadradas ou retangulares, de espessura uniforme: b f t b 1581 f t797bef b) em outros elementos enrijecidos (exceto chapas com sucessão de aberturas de acesso): b f t b 1401 f t797bef Onde: 130 NBR 8800/86 F = tensão de cálculo no elemento enrijecido, em MPa, obtida por aproximações sucessivas, dividindo-se a força normal de cálculo pela área efetiva Aef (ver item E-3.2) b = largura real de um elemento comprimido enrijecido, conforme 5.1.2.2.2, na mesma unidade de "t" bef = largura efetiva, na mesma unidade de "t" t = espessura do elemento enrijecido E-3.2 Determinadas as larguras efetivas de todos os elementos enrijecidos da seção, o valor Qa é definido pela relação entre a área efetiva "Aef" e a área bruta "Ag" de toda a seção da barra: g ef a A AQ Onde: tbbAA efgef (o somatório estende-se a todos os elementos enrijecidos) /ANEXO F 131 NBR 8800/86 ANEXO F RESISTÊNCIA DE VIGAS ESBELTAS AO MOMENTO FLETOR F-1 GENERALIDADES Este Anexo é aplicável ao dimensionamento de vigas esbeltas ( > z para FLA - Ver Anexo D), cuja seção transversal possui dois eixos de simetria ou um eixo de simetria no plano médio da alma, carregadas neste plano e atendendo aos seguintes requisitos: a) no caso de seções monossimétricas, a maior tensão normal na alma, devida ao momento fletor, deve ser de tração; b) o índice de esbeltez = h/tw não pode ultrapassar o valor MPa) em "f" e "E(" 115ff E48,0 y yy máx a não ser que os espaçamentos "a" entre enrijecedores transversais sejam tais que (a/h) 1,5, caso em que máx pode ser tomado igual a yfE7,11 se este limite superar o anterior. h = distância entre as faces internas das mesas tw = espessura da alma F-2 RESISTÊNCIA DE CÁLCULO F-2.1 A resistência de cálculo ao momento fletor é igual a " bMn", onde b = 0,90 e "Mn" é o menor valor obtido de acordo com os estados limites de escoamento da mesa tracionada e de flambagem: a) para o escoamento da mesa tracionada: ypgxtn fkWM b) para flambagem: crpgxcn fkWM Onde: crwf w pg f E6,5 t h A A0005,01k Aw = área da alma Af = área da mesa comprimida Wxc, Wxt = módulos de resistência elásticos em relação ao eixo de flexão, para os lados comprimido e tracionado, respectivamente, da seção fcr = tensão de flambagem conforme itens F-2.2 e F-2.3 F-2.2 A tensão "fcr" é calculada como a seguir indicado, para cada estado limite de flambagem: a) para 'p fcr = fy b) para 'p < 'r pr p ycr '' ' 5,01ff c) para > 'r 2 pg cr C f 132 NBR 8800/86 F-2.3 Os valores de , 'p e 'r e o coeficiente Cpg são determinados para cada estado limite de flambagem, como a seguir indicado. No dimensionamento deve ser usado o menor valor de "f cr". a) estado limite: flambagem lateral com torção (FLT) ECC f EC44,4' f E86,0' r L b 2 pg y b r y p T b Lb = distância entre duas seções contidas lateralmente Para definições de Cb e rT ver item 5.4.5 b) estado limite: flambagem local da mesa comprimida (FLM) E38,0C f E87,0' f E31,0' t2 b pg y r y p f f bf e tf são a largura total e a espessura, respectivamente, da mesa comprimida Nota: O estado limite de flambagem local da alma fica automaticamente verificado. /ANEXO G 133 NBR 8800/86 ANEXO G RESISTÊNCIA À FORÇA CORTANTE INCLUINDO O EFEITO DO CAMPO DE TRAÇÃO G-1 RESISTÊNCIA DE CÁLCULO A resistência de cálculo à força cortante de almas de perfis "I", "H", "U" e caixão, prismáticos, fletidos em relação ao eixo perpendicular à(s) alma(s), incluindo o efeito do campo de tração, é vV'n, onde v = 0,90 e a resistência nominal V'n é determinada como a seguir: a) para p V'n = Vp b) para p < r p pp n v1'V c) para > r 2 p 2 p 2 p n h a115,1 1 :Onde V28,1128,1'V Para o significado dos demais termos ver item 5.5.2. G-2 EXIGÊNCIAS E LIMITAÇÕES REFERENTES AO USO DO CAMPO DE TRAÇÃO G-2.1 A relação "a/h" não pode ultrapassar a 3,0 e nem a [260/(h/tw)]2, independentemente da relação"h/tw". G-2.2 Os enrijecedores transversais, além de atenderem às exigências dadas nas notas "a", "b", "c" do item 5.5.2, devem também ter uma área mínima da seção transversal (num plano paralelo as mesas do perfil), dada por: w pn st YDath a15,11 2 VV1 A Vn = resistência nominal à força cortante, sem incluir o efeito do campo de tração, conforme item 5.5.2 Y = relação entre os limites de escoamento dos aços da alma e do enrijecedor D = 1,0 para enrijecedores colocados em pares D = 1,8 para enrijecedores constituídos de uma cantoneira D = 2,4 para enrijecedores constituídos de uma chapa 134 NBR 8800/86 Para os significados dos demais termos ver item 5.5.2 e G-1. G-2.3 As ligações dos enrijecedores transversais com a alma têm que ser capazes de transmitir uma carga distribuída, na direção do comprimento do enrijecedor, cujo valor para enrijecedor simples ou par de enrijecedores é dado por: 3 ys fh001,0q qs = carga distribuída em N/mm h = altura da alma em mm (distância entre faces internas das mesas) fy = limite de escoamento do aço da alma em MPa G-2.4 O efeito do campo de tração não se aplica a painéis extremos da alma, a painéis com aberturas, nem a painéis adjacentes a estes últimos. G-2.5 O efeito do campo de tração não se aplica a solicitações diferentes da flexão normal simples, sendo que deve ser verificada a interação entre a força cortante e o momento fletor, conforme G-3. G-2.6 O efeito do campo de tração também não se aplica a vigas com almas sujeitas a cargas concentradas em seções sem enrijecedores, por exemplo, no caso de vigas sujeitas a cargas móveis. G-3 INTERAÇÃO ENTRE MOMENTO FLETOR E FORÇA CORTANTE Quando a resistência de cálculo à força cortante de uma barra fletida depender do efeito do campo de tração, deve ser atendida a seguinte equação de interação: 375,1 'V V625,0 M M nv d nb d Md e Vd são o momento fletor e a força cortante de cálculo, respectivamente. bMn e vVn são as resistências de cálculo ao momento fletor (item 5.4, anexos D e F) e à força cortante (item G-1), respectivamente. Adicionalmente devem também ser feitas as verificações isoladas: Md bMn Vd vV'n /ANEXO H 135 NBR 8800/86 ANEXO H COMPRIMENTO EFETIVO DE FLAMBAGEM DE BARRAS COMPRIMIDAS H-1 O índice de esbeltez de uma barra comprimida é definido como sendo a relação entre o comprimento efetivo de flambagem e o raio de giração que for aplicável. O comprimento efetivo "KL", igual ao comprimento real não contraventado da barra "L" multiplicado por um fator "K", pode ser interpretado como sendo igual ao comprimento de uma barra comprimida com extremidades rotuladas, cuja seção transversal e cuja resistência à flambagem sejam iguais à da barra real. O parâmetro de flambagem "K" de um pilar depende de suas condições de extremidade e, teoricamente, poderá variar de 0,5 a infinito. H-2 Uma variação de "K" entre 0,65 e 5,0 é aplicável à maioria dos casos encontrados na prática. H-3 Ao dimensionar pilares com base no conceito de comprimento efetivo, o calculista deve considerar duas situações básicas que influem decisivamente no valor do parâmetro K: a) para estruturas nas quais tenham sido incluídos os efeitos de 2ª ordem na determinação dos esforços solicitantes (efeitos P ), o parâmetro de flambagem "K" é determinado em função dos graus de impedimento à rotação, impostos ao pilar em suas extremidades. O valor de "K" para cada trecho entre pisos, de pilares contínuos, será igual ou inferior a 1,0, como acontece para estruturas indeslocáveis; b) para estruturas nas quais não tenham sido incluídos os efeitos menciona dos na alínea a), o parâmetro de flambagem "K" deve ser determinado em função do grau de impedimento à rotação e à translação das extremidades dos pilares, e o valor de "K" será igual ou superior a 1,0, como acontece nas estruturas deslocáveis. H-4 Em estruturas que não dependem de continuidade para sua própria estabilidade, tais como as estruturas contraventadas, o sistema de contraventamento deverá ser dimensionado para resistir não somente ao carregamento aplicado, mas, também aos efeitos de 2ª ordem. H-5 Na Figura 16 estão ilustrados seis casos ideais para os quais a rotação e a translação das extremidades são totalmente livres ou totalmente impedidas. H-6 Valores de "K" para barras pertencentes a treliças podem ser obtidos da Figura 17, ou podem ser determinados a partir de uma análise de flambagem elástica da treliça considerada. /FIGURA 16 136 NBR 8800/86 A linha tracejada indica a linha elástica de flambagem (a) (b) (c) (d) (e) (f) Valores teóricos de K 0,5 0,7 1,0 1,0 2,0 2,0 Valores recomendados para o dimensionamento 0,65 0,80 1,2 1,0 2,1 2,0 Código para condição de apoio Rotação e translação impedidas Rotação livre, translação impedida Rotação impedida, translação livre Rotação e translação livres FIGURA 16 137 NBR 8800/86 Caso Elemento considerado K 1 corda 1,0 2 diagonal extrema 1,0 3 montante ou diagonal 1,0 Fl a m ba ge m n o pl an o da tre liç a 4 diagonal comprimida ligada no centro a uma diagonal tracionada de mesma seção 0,5 5 corda com todos os nós contidos fora do plano da treliça 1,0 6 cordas contínuas onde somente A e B são contidos fora do plano (F1 > F2) 1 2 F F25,075,0 7 Montante ou diagonal 1,0 8 Diagonal comprimida contínua, ligada no centro a uma diagonal tracionada de mesma seção 5,0 F F75,00,1 c t Fl a m ba ge m fo ra do pl a n o da tre liç a 9 montante contínuo de treliça em K (F1 > F2) 1 2 F F25,075,0 138 NBR 8800/86 ANEXO I CRITÉRIO USADO PARA ESTIMAR O COMPRIMENTO EFETIVO DE FLAMBAGEM DE PILARES PERTENCENTES À ESTRUTURAS CONTÍNUAS I-1 Sujeito a certas limitações (consultar, p.ex., a obra de Johnston, Bruce G. (Ed) "Structural Stability Research Council Guide to Stability Design Criteria for Metal Structures", Third Edition, John Wiley & Sons, 1976): - o comprimento de flambagem de pilares pertencentes a estruturas contínuas, analisadas levando-se em conta os efeitos de 2ª ordem, pode ser obtido através do ábaco aplicável a estruturas indeslocáveis da Figura 18; - o comprimento de flambagem de pilares pertencentes a estruturas contínuas, as quais não são responsáveis pela estabilidade de outros pilares, analisadas sem levar em conta efeitos de 2ª ordem, pode ser obtido através do ábaco aplicável a estruturas deslocáveis da Figura 18. A utilização do ábaco de estruturas deslocáveis permite que não se leve em conta os efeitos de 2ª ordem na análise elástica de estruturas contínuas, não contraventadas, com número de andares superior a 2; entretanto, devem ser obedecidas as limitações citadas pela referência acima. I-2 Os ábacos da Figura 18 são aplicáveis aos casos onde são conhecidos os valores de "I/L" de vigas adjacentes, rigidamente ligadas aos pilares, e são baseados na hipótese de que todos os pilares da estrutura considerada são contínuos e estão simultaneamente carregados com sua carga crítica de flambagem. I-2.1 Nas estruturas comuns de edifícios, nem todos os pilares estarão solicitados por cargas proporcionais àquelas que provocam a flambagem simultânea de todos eles; portanto, esta hipótese está a favor da segurança. I-3 As equações nas quais se baseiam os ábacos estão indicadas a seguir: Estruturas indeslocáveis 1K K2 tg 2 K tg K1 2 GG K4 GG BA 2 BA Estruturas deslocáveis g g c c BA 2 BA L I L I G K tg K )GG(6 36 K GG 139 NBR 8800/86 FI G UR A 18 140 NBR 8800/86 Notas: a) Os índices A e B referem-se às extremidades A e B da barra. b) Na fórmula de "G", " " indica o somatório das relações "I/L" de todas as barras rigidamente ligadas ao nó, situadas no plano em que está sendo considerada a flambagem do pilar. "Ic" é o momento de inércia "Lc" o comprimento de um segmento do pilar. "Ig" é o momento de inércia e "Lg" o vão de uma viga ligada rigidamente ao nó. "Ic" e "Ig" são calculados em relação aos eixos perpendiculares ao plano de flambagem que está sendo considerado. c) Para estruturas indeslocáveis, a rigidez Ig/Lg de uma viga poderá ser multiplicada pelos seguintes fatores : = 1,5 quando a outra extremidade da viga for rotulada; = 2,0 quando a outra extremidade da viga for impedida de girar (isto é, rigidamente ligada a um suporte relativamente rígido). d) Para estruturas deslocáveis, multiplicar a rigidez Ig/Lg da viga por = 0,50 quando sua outra extremidade for rotulada, e por = 0,67 quando sua outra extremidade for engastada. e) Para extremidade de pilares apoiados em bases, porém, não rigidamente ligados a tais bases, "G" é teoricamente igual a , mas, a menos que se execute uma rótula real, pode ser tomado igual a 10 nos casos práticos. Se a extremidade do pilar estiver rigidamente ligada a uma base dimensionada de modo adequado, "G" pode ser tomado igual a 1,0. Poderão ser usados valores inferiores a 1,0 desde que justificados por análise. I-4 Tendo sido determinados "GA" e "GB" para um segmento do pilar, o valor de "K" pode ser encontrado traçando-se uma reta entre os pontos apropriados das escalas "GA" e "GB". O comprimento de flambagem procurado é KL, sendo L o comprimento do pilar AB. /ANEXO J 141 NBR 8800/86 ANEXO J FLAMBAGEM POR FLEXO-TORÇÃO J-1 INTRODUÇÃO A resistência de cálculo de barras comprimidas axialmente para os estados limites de flambagem por flexo-torção ou torção devera ser determinada de acordo com os requisitos deste Anexo. J-2 RESISTÊNCIA DE CÁLCULO É dada por " cNn", onde c = 0,90 e "Nn" é a resistência nominal à compressão calculada como em 5.3.4, usando-se a curva "c" e tomando-se: e y e f Qf fe é a tensão crítica de flambagem elástica por flexão, torção ou flexo- torção, determinada em J-3. J-3 TENSÃO CRÍTICA DE FLAMBAGEM ELÁSTICA J-3.1 Perfis com dupla simetria ou simétricos em relação a um ponto A tensão crítica de flambagem elástica "fe" é o menor valor dentre os dados por e (a), (b) e (c), a seguir: a) flambagem elástica por flexão em relação ao eixo "y" 2 y y 2 ey r LK Ef b) flambagem elástica por flexão em relação ao eixo "x": 2 y y 2 ey r LK Ef c) flambagem elástica por torção: T2 z w 2 2 0g ez GILK EC rA 1f Onde: L = comprimento real, não contraventado, da barra (podendo ter valores diferentes nos casos (a), (b) e (e) anteriores) A = área bruta da seção transversal da barra KzL = comprimento efetivo de flambagem por torção; Kz = 1,0 quando ambas as extremidades da barra tem torção impedida e empenamento livre G = módulo de elasticidade transversal = 0,385 E E = módulo de elasticidade Cw = constante de empenamento IT = momento de inércia à torção r0 2 = x0 2 + y02 (Ix + Iy )/A 142 NBR 8800/86 Ix , Iy = momentos de inércia em relação aos eixos principais de inércia "x" e "y", respectivamente x0,y0 = coordenadas do centro de cisalhamento em relação aos eixos "y" e "x", respectivamente Kx,Ky = parâmetros de flambagem relativos aos eixos "x" e "y", respectivamente, determinados de acordo com os Anexos H, I ou item 4.9.2 rx ,ry = raios de giração em relação aos eixos "x" e "y", respectivamente J-3.2 Perfis monossimétricos A tensão crítica de flambagem elástica "fe" de um perfil cujo eixo "y" é o eixo e de simetria, e o menor valor dentre os dados por (a) e (b), a seguir: a) fex conforme item J-3.1 b) flambagem elástica por flexo-torção 2 ezey ezeyezey eyz ff Hff4 11 H2 ff f Onde: 2 0 2 0 r y1H y 0 , r0, fey e fez = conforme item J-3.1 J-3.3 Perfis assimétricos A tensão crítica de flambagem elástica "fe" de um perfil com seção assimétrica e é dada pela menor das raízes da seguinte equação cúbica: 0 r yfff r xfffffffff 2 0 2 0 exe 2 e2 0 2 0 eye 2 eezeeyeexe x0, y0, r0 , fex, fey e fez conforme item J-3.1 /ANEXO K 143 NBR 8800/86 ANEXO K ABERTURAS EM ALMAS DE VIGAS K-1 Exceto conforme previsto no item K-4 os eleitos de qualquer tipo de abertura devem ser levados em consideração no dimensionamento de vigas. Para efeito deste Anexo consideram-se somente vigas sujeitas é flexão simples. Nota: Em qualquer ponto onde as forças cortantes ou os momentos fletores de cálculo ultrapassarem a resistência de cálculo da seção líquida resultante da presença de uma abertura, levando-se em conta a influência da abertura na flambagem local do elemento que a contém, deverá ser dimensionado reforço adequado. K-2 Quando as solicitações que agem na zona das aberturas forem determinadas por análise no regime elástico, o método adotado na análise deverá estar de acordo com a literatura técnica pertinente. As solicitações de cálculo determinadas pela análise elástica não devem ultrapassar as resistências de cálculo de barras e ligações dadas nesta Norma, atendendo também aos requisitos referentes à fadiga. K-3 A resistência e a estabilidade da barra nas vizinhanças das aberturas podem ser determinadas admitindo-se a formação de rótulas plásticas em determinados pontos, de modo que a distribuição resultante das solicitações satisfaça às condições de equilíbrio, desde que sejam atendidas as exigências (a), (b) e (f) do item 4.9.3. K-4 Podem ser feitas aberturas circulares e sem reforço nas almas de vigas bi- apoiadas, prismáticas, classes 1 ou 2 (Tabela 1) sem considerar a seção líquida da viga, quando (ver Figura 19). a) o carregamento que age na viga for uniformemente distribuído; b) a seção possuir dois eixos de simetria, um no plano da flexão; c) as aberturas estiverem situadas dentro do terço médio da altura da alma e nos dois quartos centrais do vão da viga; d) a distância entre os centros de duas aberturas adjacentes, medida paralelamente ao eixo longitudinal da viga, for no mínimo 2,5 vezes o diâmetro da maior dessas duas aberturas; e) a força cortante de cálculo no apoio não for maior que 50% da resistência de cálculo à força cortante da seção da viga. /FIGURA 19 144 NBR 8800/86 FIGURA 19 /ANEXO L 145 NBR 8800/86 ANEXO L ORIENTAÇÃO PARA O CÁLCULO DOS EFEITOS DE DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS NA ESTABILIDADE L-1 GENERALIDADES As recomendações deste Anexo referem-se a um dos métodos de cálculo dos esforços solicitantes e deslocamentos adicionais, resultantes de cargas verticais aplicadas à estrutura deformada. Por esse método, tais esforços solicitantes e desloca mentos são incorporados aos resultados da análise da estrutura; alternativamente, para incluir os efeitos dos deslocamentos horizontais na estabilidade, pode ser usada uma análise de segunda ordem, que considera as condições de equilíbrio da estrutura deformada (ver Figura 20). FIGURA 20 L-2 CASO ONDE É APLICADA A COMBINAÇÃO DE AÇÕES L-2.1 Etapa 1 - Aplicar à estrutura a combinação apropriada de ações de cálculo (ver 4.8.1). L-2.2 Etapa 2 - Fazer a análiseelástica de primeira ordem da estrutura determinando os deslocamentos horizontais ao nível de cada andar (ver Figura 20). L-2.3 Etapa 3 - Calcular os valores das forças cortantes fictícias "V'i": 146 NBR 8800/86 i1i i i i h P 'V V'i = força cortante fictícia agindo no andar "i" Pi = somatório das forças normais nos pilares do andar " i", inclusive nos pilares que não pertençam ao sistema resistente a cargas horizontais hi = altura do andar "i" i+1, i = deslocamentos horizontais dos níveis "i+1" e "i", respectivamente L-2.4 Etapa 4 - Calcular os valores das forças horizontais fictícias H'i: i1ii 'V'V'H L-2.5 Etapa 5 - Aplicar novamente o carregamento inicial à estrutura como na Etapa 1, incluindo agora as forças H'i. L-2.6 Etapa 6 - Repetir as Etapas 2 até 5, até que os resultados sejam convergentes. Se após 5 ciclos de iteração os resultados não convergirem, pode ser que a estrutura seja excessivamente flexível. L-3 CASO ONDE SÃO APLICADAS SOMENTE CARGAS VERTICAIS Como as cargas verticais normalmente não produzem deformações horizontais significativas na estrutura, os deslocamentos horizontais iniciais aplicados ao nível de cada andar devem ser baseados nas tolerâncias de montagem da estrutura, especificadas no Anexo P. Usando os valores de " i" com base nessas tolerâncias, iniciar os cálculos pela Etapa 3, seguindo as demais etapas indicadas em L-2 observando-se que o carregamento inicial sempre inclui os deslocamentos horizontais aplicados com base nas tolerâncias. /ANEXO M 147 NBR 8800/86 ANEXO M FADIGA M-1 GENERALIDADES M-1.1 A verificação à fadiga de barras e ligações deve ser feita com as ações nominais, de acordo com os requisitos do presente Anexo. Além desses requisitos para fadiga, qualquer barra ou ligação deve ser verificada para os demais estados limites últimos, usando-se as ações nominais multiplicadas pelos seus respectivos coeficientes de segurança, conforme item 4.8.1) sem utilizar qualquer resistência pós flambagem (ver item M-5). M-1.2 Para as cargas que produzem impacto, devem ser aplicados os coeficientes dados no Anexo B ou determinados de outra forma, também na verificação à fadiga. M-1.3 O tipo de fadiga previsto neste Anexo é o correspondente a grande número de ciclos. M-1.4 Quando for previsto que um carregamento será aplicado menos de 20000 vezes durante a vida útil da estrutura, não é necessário fazer verificação à fadiga; entretanto, a estrutura deverá ser projetada, detalhada e fabricada de forma a minimizar concentrações de tensões e mudanças abruptas de seção transversal, além de serem obedecidas às exigências dos itens M-1.6, M-5 e M-6. M-1.5 Quando for previsto que um carregamento será aplicado mais de 20000 vezes durante a vida útil da estrutura, as barras e ligações sujeitas a esse carregamento deverão atender às exigências dos itens M-2 a M-6 e M-1.6. M-1.6 A faixa de variação de tensões atuantes, (tensões normais) ou (tensões de cisalhamento), num ponto qualquer, deve ser determinada pela diferença algébrica dos valores máximo e mínimo da tensão considerada, nesse ponto. A determinação das tensões atuantes deve ser feita através de análise elástica e usando propriedades elásticas das seções transversais. Para qualquer combinação das ações nominais, a maior tensão normal no aço deve ser inferior a fy - 70 MPa e a maior tensão de cisalhamento deve ser inferior a 0,48 fy. Caso, para qualquer combinação de ações, haja apenas tensões de compressão no ponto analisado, não há necessidade de verificação à fadiga nesse ponto (porém, permanecem válidos este item e os itens M-5 e M-6). M-2 DIMENSIONAMENTO M-2.1 No dimensionamento de barras e ligações sujeitas a cargas variáveis durante a vida útil da estrutura, devem ser considerados o número de ciclos de solicitação, a faixa prevista de variação de tensões, o tipo e a localização da barra ou do detalhe. As condições de carregamento devem ser classificadas de acordo com a Tabela 29. 148 NBR 8800/86 TABELA 29 - Números de ciclos de solicitação durante a vida útil Condições de carregamento de até 1 2 3 4 20.000(A) 100.000 500.000 >2.000.000 100.000(B) 500.000(C) 2.000.000(D) (A) Equivalente a aproximadamente uma aplicação por dia durante 50 anos, (B) Equivalente a aproximadamente cinco aplicações por dia durante 50 anos. (C) Equivalente a aproximadamente vinte e cinco aplicações por dia durante 50 anos. (D) Equivalente a aproximadamente cem aplicações por dia durante 50 anos. M-2.2 Como referência, na determinação do número de ciclos de solicitação, a vida útil da estrutura não deve ser considerada inferior a 50 anos, a menos que haja indicação em contrário. M-3 CLASSIFICAÇÃO DOS DETALHES Os detalhes estão divididos em seis classes, A, B, C, D, E e F, como indicado na Tabela 30. Exemplos típicos estão ilustrados na Figura 21. A classificação do detalhe depende não somente de sua geometria, mas também do tipo de tensão presente. O tipo de tensão é indicado na Tabela 30 por " " para tensões normais, e por " " para tensões de cisalhamento. Para tensões normais, a direção é indicada pelas setas nos exemplos da Figura 21. /TABELA 30 TABELA 30 - Detalhes Condição geral Situação Tipo de tensão Classe Exemplos ilustrativos Material simples Metal base com superfícies laminadas ou usinadas. Bordas cortadas a maçarico, com rugosidade superficial média não superior a 25 m A 1,2 Metal base e metal da solda em barras sem acessórios, compostas de chapas ou de perfis, ligados por soldas contínuas de entalhe de penetração total ou parcial, ou por soldas contínuas de filete, paralelas à direção das tensões aplicadas B 3, 4, 5, 6 Tensão normal de flexão calculada na interseção da face externa da solda como metal base, em almas e mesas de vigas, na região adjacente a enrijecedores transversais soldados C 7 Perfis soldados Metal base na extremidade de lamelas soldadas em vigas, com ou sem soldas transversais nas extremidades E 5 Metal base da seção bruta de ligações por atrito. Excetuam-se os casos de ligações sujeitas à inversão de sinal de tensões e as ligações sujeitas a forças normais que produzem flexão fora do plano do material da ligação B 8 Ligações com parafusos Metal base da seção líquida de outros tipos de ligação parafusada, incluindo ligações sujeitas à inversão de sinal de tensões, as quais devem ser sempre por atrito D 8, 9 TABELA 30 - Detalhes Condição geral Situação Tipo de tensão Classe Exemplos ilustrativos Metal base adjacente a soldas intermitentes de filete E Metal base em ligações com soldas de filete na extremidade de barras sujeitas a forças normais. As soldas devem ser dispostas em relação ao eixo da barra de tal forma que este contenha o centro de gravidade dos cordões de solda E 17, 18, 20 Ligações com soldas de filete Metal da solda em soldas de filete contínuas ou intermitentes, dispostas na direção longitudinal ou transversal as tensões atuantes F 5, 17, 18, 21 Metal base e metal da solda em emendas com soldas de entalhe de penetração total, de partes que tenham seção transversal similar, devendo essas soldas ser niveladas com o metal base através de esmerilhamento na direção da tensão aplicada; a qualidade das soldas deve ser garantida por inspeção radiográfica ou ultrasônica conforme AWS D1.1 B 10 Metal base e metal da solda em emendas com soldas de entalhe de penetração total, com transições de largura ou de espessura tendo inclinações não superioresa 1 para 2,5; as soldas devem ser esmerilhadas na direção da tensão aplicada de forma a atender essa limitação; a qualidade das soldas deve ser garantida por inspeção radiográfica ou ultrasônica conforme AWS D1.1 B 12,13 Soldas de entalhe Metal base e metal da solda em emendas com soldas de entalhe de penetração total, com transições de largura ou de espessura tendo inclinações não superiores a 1 para 2,5, ou sem transições, quando o excesso de solda não for removido e/ou quando a qualidade das soldas não for garantida por inspeção radiográfica ou ultrasônica conforme AWS D1.1 C 10, 11, 12, 13 TABELA 30 - Detalhes Condição geral Situação Tipo de tensão Classe Exemplos ilustrativos Soldas de entalhe Metal da solda em ligações com soldas de entalhe de penetração parcial, dispostas transversalmente a tensão aplicada, com base na área efetiva da solda ou soldas F 16 Metal base adjacente a soldas de tampão em furos ou rasgos E 27 Soldas de tampão em furos ou rasgos Cisalhamento em soldas de tampão em furos ou rasgos F 27 Metal base na ligação de um acessório de qualquer comprimento, feita com solda de entalhe de penetração total sujeita a solicitação transversal e/ou longitudinal, quando o detalhe de transição do acessório for feito com um raio R igual ou superior a 51 mm, com a solda esmerilhada nos pontos terminais para obter concordância R 610 mm 610 mm > R 152 mm 152 mm > R 51 mm B C D 14 14 14 Acessórios soldados Metal base no local da ligação com um acessório, feita com solda de entalhe ou de filete sujeitas à solicitação longitudinal, com raio de transição, se existir, inferior a 51 mm: 50 mm < a 12b ou 100 mm (o que for menor) a > 12b ou 100 mm (o que for menor) Onde: a : dimensão do acessório paralela à direção da tensão b : dimensão do acessório normal à direção da tensão e à superfície do metal base D E 15 15, 23, 24, 25, 26 TABELA 30 - Detalhes Condição geral Situação Tipo de tensão Classe Exemplos ilustrativos Metal base na ligação de um acessório de qualquer comprimento, feita com solda de filete ou de entalhe de penetração parcial na direção paralela à tensão, quando o detalhe incluir um raio de transição R igual ou superior a 51 mm, com a solda esmerilhada nos pontos terminais para obter concordância R 610 mm 610 mm > R 152 mm 152 mm > R 51 mm B C D 19 19 19 Metal base no local da ligação com um acessório, feita com solda de entalhe ou de filete, quando a dimensão "a" do acessório, paralela à direção da tensão, for inferior a 50 mm C 23, 24, 25 Metal base no local da ligação com um conector de cisalhamento tipo pino com cabeça, ligado com solda de filete C 22 Acessórios soldados Tensão de cisalhamento na seção nominal de conectores de cisalhamento tipo pino com cabeça F 22 (A) Esses exemplos servem como diretrizes e não excluem outras situações razoavelmente similares /FIGURA 21 FIGURA 21 154 NBR 8800/86 M-4 FAIXA ADMISSÍVEL DE VARIAÇÃO DE TENSÕES A faixa de variação de tensões, calculada para as ações nominais conforme M-1.6, não pode ultrapassar os valores dados na Tabela 31. TABELA 31 Faixa admissível de variação de tensões, MPa Condições de carregamento (Tabela 29) (Tabela 30) Condição 1 Condição 2 Condição 3 Condição 4 A B C D E F 414 310 221 186 145 103 248 190 131 110 86 83 165 124 90 69 55 62 165 110 69(A) 48 34 55 (A) Para a tensão normal de flexão calculada na interseção da face externa da solda com o metal base, em almas e mesas de vigas, na região adjacente a enrijecedores transversais soldados, pode ser usada uma faixa de 83 MPa. M-5 LIMITAÇÕES RELATIVAS À FLAMBAGEM LOCAL Em peças sujeitas à fadiga não pode ser usada a resistência pós flambagem de elementos componentes. Assim, não pode ser usado o efeito do campo de tração (Anexo G) para determinar a resistência de almas à força cortante. Também a relação b/t de elementos enrijecidos deve ser limitada como a seguir, quando tais elementos estiverem sujeitos a tensões de compressão causadas por força normal e/ou momento fletor (ver Figura 22): 1 0,45 para fE47,1 t b 0,45 0,79- para 10,30-1fE6,2 t b -0,79 1- para 12,69-1fE6,5 t b -1 para fE6,5 t b y y y y = 2/ 1, sendo 1 a máxima tensão de compressão no elemento; a relação é positiva se 2 for de compressão, e negativa se 2 for de tração. /FIGURA 22 155 NBR 8800/86 FIGURA 22 M-6 FADIGA EM PARAFUSOS Em ligações parafusadas sujeitas à fadiga só devem ser usados parafusos ASTM A325 ou A490, adequadamente apertados (ver item 7.7), e furos padrão (ver item 7.3.4). Quando a ligação for sujeita à inversão de sinal das tensões, ela deve ser por atrito. Em ligações com parafusos sujeitos à tração, para evitar o aparecimento do efeito de alavanca ("Prying action") e conseqüente redução de resistência dos parafusos à fadiga) os elementos parafusados devem ter uma espessura dada por: yf 'Bb4t Onde: B = 0,75 Apfu Ap = d2/4, sendo "d" o diâmetro do parafuso fu = limite de resistência à tração do material do parafuso (Anexo A) b' = b - 0,5 d (b conforme Figura 23) = largura tributária por parafuso, igual a soma das larguras disponíveis de cada lado, isto é, " 1" (até uma borda) ou 0,5 2 (entre parafusos), porém, não mais do que b + 0,5 d de cada lado; " 1" e " 2" conforme Figura 23; usar o menor " " encontrado fy = limite de escoamento do elemento parafusado FIGURA 23 /ANEXO N 156 NBR 8800/86 ANEXO N VIBRAÇÕES EM PISOS N-1 LIMITES DE DESCONFORTO N-1.1 Em geral a vibração em pisos é desagradável. Para o caso de vibrações senoidais contínuas que duram mais do que aproximadamente 10 ciclos, a Figura 24 fornece um limite médio de percepção definida em termos de aceleração de pico para cada pessoa, este limite varia entre a metade e o dobro dos níveis apresentados. Na faixa de freqüência entre 2 e 8 Hz, na qual pessoas são mais sensíveis à vibração, o limite corresponde a aproximadamente 0,5% da aceleração da gravidade "g". O limite de percepção definida, mostrado na Figura 24, pode ser usado como aproximação para um limite de desconforto de projeto, nos casos de residências, escolas e escritórios; o limite de projeto deve ser mais baixo para locais sensíveis (por exemplo: salas de cirurgia, laboratórios especiais) e pode ser mais elevado para ocupações industriais. N-1.2 Para vibrações transientes, o limite de projeto, em termos da aceleração de pico inicial de uma vibração decrescente, como mostrado na Figura 25, se eleva com o aumento do amortecimento (ver Figura 26). Isto se deve ao fato das pessoas acharem as vibrações contínuas muito mais desconfortáveis do que as vibrações que rapidamente se extinguem. N-1.3 Limites de projeto equivalentes aos aplicáveis a vibrações contínuas são mostrados na Figura 24, para vibrações transientes causadas pelo caminhar de pessoas, para diferentes níveis de amortecimento. N-2 VIBRAÇÕES CONTÍNUAS - RESSONÂNCIA N-2.1 Vibrações contínuas, causadas por máquinas, podem ser reduzidas por precauções especiais no projeto, tais como indicação do uso de meios para isolamento de vibrações. Deve-se tomar cuidado durante o estágio de planejamento, de modo a locar o maquinário longe de locais sensíveis, como escritórios. N-2.2 Vibrações de pisos podem também ser causadas por tráfego de veículos pesados em ruas com pavimentação irregularsobre subsolo de pouca rigidez. O desconforto aumenta consideravelmente quando o trânsito repetitivo de veículos, tais como ônibus, cria vibrações no solo que entram em sincronismo com a freqüência da estrutura do piso. N-2.3 Vibrações contínuas causadas por atividades humanas podem ser um problema para os pisos residenciais leves ou para pisos com grandes vãos, utilizados para fins especiais, tais como dança ou esportes. Pessoas sozinhas ou em grupo podem criar forças periódicas com freqüência na faixa de 1 a 4 Hz aproximadamente e, portanto, para tais atividades, freqüências naturais de pisos menores que 5 Hz devem ser evitadas. Para atividades muito repetitivas, tais como dança, é possível ter alguma ressonância quando o impacto rítmico ocorrer a cada dois ciclos de vibração do piso e, portanto é recomendável que a freqüência destes pisos seja no mínimo de 10 Hz, a menos que haja bastante amortecimento. N-3 VIBRAÇÕES TRANSIENTES EM PISOS DE GRANDES VÃOS COM LAJE DE CONCRETO 157 NBR 8800/86 N-3.1 Vibrações indesejáveis devidas ao impacto do caminhar de pessoas podem ocorrer em sistemas de pisos com pouco amortecimento, em residências, escolas, escritórios e ocupações similares. N-3.2 Vibrações transientes podem ser um problema para vigas treliçadas ou de alma cheia com laje de concreto ou piso de madeira. Neste Anexo serão abordados apenas pisos com laje de concreto. As vigas, mistas ou não, mais sensíveis têm geralmente vãos de 7,5 m a 20 m e freqüências na faixa de 4 a 15 Hz. Para tais pisos, as divisórias, se localizadas adequadamente, proporcionam amortecimento mais do que suficiente para evitar vibrações excessivas. Por outro lado, as vibrações transientes podem ser um problema para pisos sem divisórias e com baixo amortecimento inerente, como é o caso da construção mista. A Figura 24 mostra que o limite de desconforto, para um amortecimento de 12%, é aproximadamente 10 vezes maior do que o limite correspondente a 3% de amortecimento, N-3.3 Para se avaliar a aceitabilidade de uma determinada vibração, é necessário conhecimento da freqüência, do amortecimento e da aceleração de pico devida ao impacto de calcanhar das pessoas. Se não for possível fazer um projeto com base em ensaios, tais parâmetros devem ser calculados como a seguir. N-3.4 A freqüência própria pode ser estimada considerando-se ação mista de interação total, mesmo para construções não mistas. Para um sistema simplesmente apoiado, com vigas em uma só direção, a freqüência f1 é dada em Hz por: 4 tr 1 mL EI57,1f Onde: E = módulo de elasticidade do aço Itr = momento de inércia da seção transformada (concreto transformado em aço - ver item 6.2.3.1.2), considerando a largura efetiva do concreto igual ao espaçamento entre vigas L = vão da viga m = massa da seção mista considerada, por unidade de comprimento ao longo do vão Freqüentemente, sistemas com vigas em uma só direção são apoiados em vigas de aço transversais, o que pode reduzir a freqüência própria calculada anteriormente. Neste caso, a freqüência f é dada aproximadamente por: 2 2 2 1 2 f 1 f 1 f 1 Onde: f2 = freqüência própria do sistema, calculada como anteriormente, considerando que a laje se apóia somente nas vigas transversais Vigas contínuas devem ser tratadas como simplesmente apoiadas, já que os vãos adjacentes vibram em direções opostas. N-3.5 O amortecimento em geral é mais difícil de ser estimado do que a freqüência. Um piso em aço e concreto, sem divisórias, possui amortecimento da ordem de 3 a 4% 158 NBR 8800/86 do amortecimento crítico, se a construção não for mista, e cerca de 2% do amortecimento crítico se a construção for mista com interação total. A colocação de componentes tais como acabamentos de piso, tapetes, mobiliário, forro, proteção contra fogo e dutos aumenta o amortecimento cerca de 3% ou mais. As divisórias, tanto acima como abaixo do piso, proporcionam o amortecimento mais eficiente, principalmente se forem colocadas em ambas as direções. Mesmo as divisórias leves que não se estendem até o teto, proporcionam amortecimento considerável. As divisórias colocadas sobre os apoios, ou paralelas às vigas de apoio da laje e distanciadas entre si mais do que aproximadamente 6m, podem não ser eficientes, porque as linhas nodais de vibração formam-se sob as próprias divisórias. As pessoas também proporcionam amortecimento, porém, isto é menos eficiente para pisos pesados com grandes vãos do que para pisos leves e de pequenos vãos. Os valores do amortecimento dados na Tabela 32 são indicados para o cálculo (em percentual do amortecimento crítico): TABELA 32- Amortecimento Tipo de piso Amortecimento em percentual do crítico Piso não acabado 3% Piso acabado (incluindo revestimentos, forro, dutos e mobiliário) 6% Piso acabado com divisórias 12% N-3.6 A aceleração de pico causada pelo impacto de calcanhar, para pisos com vãos maiores que 7,5 m e freqüências menores que cerca de 10 Hz, pode ser estimada considerando-se um impulso de 67 N.s subitamente aplicado a um sistema massa- mola, cuja massa corresponde à metade da massa do painel de piso limitado pelas linhas nodais de vibração. Para um sistema de uma só direção isto pode ser aproximado através de um painel de piso cuja largura é 60 vezes a espessura efetiva da laje de concreto. (Para concreto sobre formas nervuradas, a espessura efetiva deve ser determinada através do peso médio de concreto, incluindo as nervuras.) A aceleração de pico "a0" em porcentagem da aceleração da gravidade "g" pode ser determinada aproximadamente pelas fórmulas: - Para concreto normal 4,25tt.L f68800 a cc 0 - Para concreto leve 4,25tt.L f88500 a cc 0 Onde: f = freqüência em Hz L = vão em metros tc = espessura efetiva da laje de concreto em milímetros 159 NBR 8800/86 As equações anteriores mostram que, para reduzir vibrações transientes de pisos, aumentar a espessura do concreto é mais eficaz do que aumentar a rigidez das vigas (isto é, a relação altura/vão). A rigidez lateral da laje é também importante; a não continuidade da laje, em particular o uso de painéis pré-moldados não interligados, deve ser, portanto, evitado. Contraventamentos verticais entre vigas não têm mostrado aumento significante da distribuição transversal de carga, além daquela proporcionada por uma laje contínua de concreto. N-3.7 Para pisos com vãos menores que 7,5 m, são recomendadas as limitações de flechas dadas no Anexo C, onde, para construção não mista, a rigidez deve ser baseada no comportamento não misto. Em qualquer caso, devem ser tomadas precauções para evitar valores baixos de amortecimento. N-4 MEDIDAS CORRETIVAS PARA PISOS COM VIBRAÇÕES INACEITÁVEIS N-4.1 As medidas corretivas para pisos com vibrações desconfortáveis dependem das vibrações serem contínuas ou transientes. N-4.2 Para vibrações transientes, em geral a medida mais efetiva consiste em aumentar o amortecimento. Isto pode ser obtido acrescentando-se divisórias ou elementos de amortecimento apoiados no piso abaixo. Se estes métodos não forem aplicáveis, pode-se incorporar ao sistema de piso alguns dispositivos especiais, tais como absorvedores de vibração ou materiais de amortecimento. Para pisos leves, um tapete é capaz de reduzir o impacto do caminhar de pessoas, assim como diminuir a oscilação de armários de louças. N-4.3 Dentre as medidas para correção de vibrações contínuas, incluem-se: isolamento da vibração, correção das superfícies de tráfego e alteração da freqüência natural do piso afastando-a da ressonância. 160 NBR 8800/86 FIGURA 24 Limites de desconforto causado por vibrações
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