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Individualização da Pessoa Natural Direito Civil – Parte Geral Individualização da Pessoa Natural Elementos: Nome – designação que a distingue das demais Estado – indica a sua posição na família Domicílio – sua sede jurídica Nome Direito Civil – Parte Geral NOME Designação ou sinal exterior pelo qual a pessoa se identifica no seio da família e da sociedade Aspecto Público – interesse do Estado em individualizar as pessoas na sociedade Aspecto Individual – consiste no direito ao nome, no poder reconhecido ao seu possuidor de por ele designar-se e de reprimir abusos cometidos por terceiros NOME Prenome Sobrenome (patronímico ou apelido familiar) Agnome (apenas em alguns casos) NOME Prenome - Nome próprio de cada pessoa e serve para distinguir membros da mesma família. Simples: Carlos, Marcos Duplo: José Roberto, Carlos André Triplo: Caroline Louise Marguerite Quádruplo etc. NOME Prenome – Pode ser escolhido livremente pelos pais desde que não exponha o filho ao ridículo. LRP – Art. 55 Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do juiz competente. NOME Sobrenome – é sinal que identifica a procedência da pessoa, indicando a sua filiação ou estirpe. As pessoas já nascem com o apelido familiar herdado dos pais, não sendo, pois, escolhido por estes, como ocorre com o prenome. O escrivão pode lançá-lo de ofício! NOME Agnome – é sinal que distingue pessoas pertencentes a uma mesma família que têm o mesmo nome. Ex: Júnior, Neto, Sobrinho, Segundo, etc NOME – Outras Denominações Axiônio – designação cortez de tratamento Ex: Conde, Comendador, etc Alcunha – é o apelido depreciativo que se coloca em alguém geralmente tirado de uma particularidade física ou moral Epitélio – é palavra que qualifica pessoa ou coisa, em regra usada como sinônima de alcunha. NOME – Outras Denominações Vocatório –apelido público e notório –Xuxa, Pelé Hipocorístico – é o diminutivo do nome. Ex: Aninha, Zezinho, Tião IMUTABILIADE DO NOME Retificação do Prenome Lei 9.708/98 – Art 58 (LRP) O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios Lei 9808/99 – Art 58, Parágrafo único – A substituição do nome ainda será admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o MP. IMUTABILIADE DO NOME Retificação do Prenome Evidente erro gráfico Exposição de seu portador ao ridículo(art. 55 LRP) Adoção (alteração total prenome + sobrenome) Lei 12.010/2009 IMUTABILIADE DO NOME GRACIOSA RODELA DEZÊNCIO FEVERÊNCIO DE OITENTA E CINCO; ESPARADRAPO CLEMENTE DE SÁ; MARIA PRIVADA DE DEUS; ROLANDO CAIO DA ROCHA NAIDA NAVINDA NAVOLTA PEREIRA; Retificação do Prenome Art. 57. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa. O STJ tem se manifestado em sentido contrário. Retificação do Prenome - Jurisprudência RT 537/75 “ O uso de um nome por longo tempo, sem dolo e com notoriedade, outorga ao seu portador o direito de obter a retificação do registro civil. Substituição de Benedita por Silvia Stéfani. Admissibilidade” IMUTABILIADE DO NOME Artigo sobre registro de nomes nos cartórios IMUTABILIADE DO NOME Mudanças no Sobrenome Em regra é estável, mas o STF aceita sua Mudança para, por exemplo excluir o sobrenome paterno. A lei limitou a mutabiliadde de modo não Absoluto. A mudança deve seu, porém, bem Justificada. IMUTABILIADE DO NOME Outras Hipóteses de mudança do nome: Pelo Casamento (1565, §§1º e 2º do CC) Pela Separação Judicial Pelo Divórcio Pelo Reconhecimento do filho Na união estável Transexualismo (Decisão 7ª. Vara Família SP) causar embaraços comerciais . trata-se do homônimo – na prática costuma-se resolver o problema com a adição de mais um prenome ou do patronímico materno. união estável . a lei permite que a companheira adote o patronímico do companheiro, se houver concordância deste. Estado Vem do latim STATUS – É a soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos. Estado Individual É o modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde, etc. Estado Familiar É o que indica a sua situação na família, em relação ao matrimônio e ao parentesco por consaguinidade ou afinidade. OBS: o estado de companheiro (CF/88) Estado Político É a qualidade de advém da posição do indivíduo na sociedade política, podendo ser nacional (nato ou naturalizado) ou estrangeiro. Ver Art. 12 CF. Características do Estado a) Indivisibilidade – Assim como não podemos ter mais de uma personalidade, do mesmo modo não podemos ter mais de um estado. (uno e indivisível). Ninguém pode ser casado e solteiro ao mesmo tempo! Características do Estado b) Indisponibilidade – O estado civil, como visto, é um reflexo de nossa personalidade e, por esta razão, constitui relação fora do comércio. É inalienável e irrenunciável. Não impede, porém, sua mutação. Características do Estado c) Imprescritível – Não se perde nem se adquire o estado pela prescrição. O estado é o elemento integrante da personalidade. Nasce com a pessoa. Domicílio Domicílio da Pessoa Natural Conceito: O lugar onde ela, de modo definitivo, estabeleça a sua residência e o centro principal de sua atividade. DOMICÍLIO Origem e importância do instituto: Direito romano: domus; Sede da pessoa natural: local em que a pessoa pode ser sujeito de direitos e deveres; Imperativo de segurança: estabilidade das relações jurídicas e facilitação do cumprimento de obrigações (interesses público e privado); Presunção jurídica. 2) CONCEITO: Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Elementos externo/material/objetivo (lugar), fixação da pessoa em dado lugar Elemento interno/psicológico/subjetivo (ânimo), intenção de ali permanecer Circunstâncias observáveis (relações sociais, profissionais, familiares, aquisição de bens etc). Domicílio: conceito jurídico baseado numa relação de fato entre o sujeito e o local em que reside. 3) PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS: Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. Código Napoleônico – unicidade do domicílio contemplado na maioria dos ordenamentos modernos; Finalidade: dar maior eficácia à norma. 4) DOMICÍLIO PROFISSIONAL Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. Classificação quanto à natureza da relação jurídica: residencial ou profissional; Possibilidade de coincidência e de pluralidade. 6) DOMICÍLIO OCASIONAL Art. 73. Onde for encontrado. 6) MUDANÇA DE DOMICÍLIO Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. Elementos necessários: objetivo – transferência efetiva da residência com sinais exteriores; e subjetivo – vontade de deixar em definitivo a residência anterior. Falta de declaração não gera sanção (exceção: mudança de domicílio depois de ajuizada a ação (art. 43 e 270 caput e 273 do CPC)). Presunção juris tantum: admite-se prova em contrário. . 8) CLASSIFICAÇÃO DO DOMICÍLIO Original: adquirido ao nascer (ex. art. 147, I do ECA); Voluntário: arts. 70, 71, 72; Necessário/legal: Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. 8) CLASSIFICAÇÃO DO DOMICÍLIO Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve; d) Eleito: Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. Exceções: art. 112 do CPC e art. 127, §2º do CTN. Perde-se o domicílio: -> Mudança definitiva -> Determinação de lei -> Pela vontade ou eleição das partes nos contratos * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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